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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

LIVRO

    Por Luma Hollanda

Gratidão a Deus e a todos que compareceram ao lançamento do meu 3⁰ livro, na Livraria do Luiz. "Lugares de Memória" do Cangaço, reuniu familiares e amigos que estavam tão distantes! Um beijo no coração de cada um.



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LIVRO

   Por José Bezerra Lima Irmão

Diletos amigos estudiosos da saga do Cangaço.

Nos onze anos que passei pesquisando para escrever “Lampião – a Raposa das Caatingas” (que já está na 4ª edição), colhi muitas informações sobre a rica história do Nordeste. Concebi então a ideia de produzir uma trilogia que denominei NORDESTE – A TERRA DO ESPINHO.

Completando a trilogia, depois da “Raposa das Caatingas”, acabo de publicar duas obras: “Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste” e “Capítulos da História do Nordeste”.

Na segunda obra – Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste –, sistematizei, na ordem temporal dos fatos, as arrepiantes lutas de famílias, envolvendo Montes, Feitosas e Carcarás, da zona dos Inhamuns; Melos e Mourões, das faldas da Serra da Ibiapaba; Brilhantes e Limões, de Patu e Camucá; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas, da Serra do Teixeira; Pereiras e Carvalhos, do médio Pajeú; Arrudas e Paulinos, do Vale do Cariri; Souza Ferraz e Novaes, de Floresta do Navio; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques, os sanhudos de Arapiraca; Peixotos e Maltas, de Mata Grande; Omenas e Calheiros, de Maceió.

Reservei um capítulo para narrar a saga de Delmiro Gouveia, o coronel empreendedor, e seu enigmático assassinato.

Narro as proezas cruentas dos Mendes, de Palmeira dos Índios, e de Elísio Maia, o último coronel de Alagoas.

A obra contempla ainda outros episódios tenebrosos ocorridos em Alagoas, incluindo a morte do Beato Franciscano, a Chacina de Tapera, o misterioso assassinato de Paulo César Farias e a Chacina da Gruta, tendo como principal vítima a deputada Ceci Cunha.

Narra as dolorosas pendengas entre pessedistas e udenistas em Itabaiana, no agreste sergipano; as façanhas dos pistoleiros Floro Novaes, Valderedo, Chapéu de Couro e Pititó; a rocambolesca crônica de Floro Calheiros, o “Ricardo Alagoano”, misto de comerciante, agiota, pecuarista e agenciador de pistoleiros.

......................

Completo a trilogia com Capítulos da História do Nordeste, em que busco resgatar fatos que a história oficial não conta ou conta pela metade. O livro conta a história do Nordeste desde o “descobrimento” do Brasil; a conquista da terra pelo colonizador português; o Quilombo dos Palmares.

Faz um relato minucioso e profundo dos episódios ocorridos durante as duas Invasões Holandesas, praticamente dia a dia, mês a mês.

Trata dos movimentos nativistas: a Revolta dos Beckman; a Guerra dos Mascates; os Motins do Maneta; a Revolta dos Alfaiates; a Conspiração dos Suassunas.

Descreve em alentados capítulos a Revolução Pernambucana de 1817; as Guerras da Independência, que culminaram com o episódio do 2 de Julho, quando o Brasil de fato se tornou independente; a Confederação do Equador; a Revolução Praieira; o Ronco da Abelha; a Revolta dos Quebra-Quilos; a Sabinada; a Balaiada; a Revolta de Princesa (do coronel Zé Pereira),

Tem capítulo sobre o Padre Cícero, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, o episódio da Pedra Bonita (Pedra do Reino), Caldeirão do Beato José Lourenço, o Massacre de Pau de Colher.

A Intentona Comunista. A Sedição de Porto Calvo.

As Revoltas Tenentistas.

Quem tiver interesse nesses trabalhos, por favor peça ao Professor Pereira – ZAP (83)9911-8286. Eu gosto de escrever, mas não sei vender meus livros. Se pudesse dava todos de graça aos amigos...

Vejam aí as capas dos três livros:


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Adquira-os através deste endereço:

franpelima@bol.com.br

Ou com o autor através deste:


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VIDA E MORTE DO CANGACEIRO SUSPEITA

Por Fatos na História 

https://www.youtube.com/watch?v=2ME97Hdmizc&ab_channel=FatosnaHist%C3%B3ria-Canga%C3%A7oeNordeste

Referências: "Lampião em Paulo Afonso", de João de Sousa Lima Imagens: .Tok de História .Pinterest .Blog do Mendes e Mendes .Lampião Aceso .Cariri Cangaço

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OANA MARTINS ARAÚJO SOBRINHA DOS CANGACEIROS MASSILON E PINGA FOGO

 Por Geraldo Júnior


VAMOS LÁ CABROEIRA...! VAMOS PARABENIZAR A NOSSA AMIGA PELA ATITUDE. OS AMIGOS (AS) VÃO CHEGANDO AO NOSSO GRUPO E VÃO TRAZENDO NOVAS IMAGENS E INFORMAÇÕES QUE NOS AJUDAM A CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE OS ENVOLVIDOS DIRETA OU INDIRETAMENTE NA HISTÓRIA DO CANGAÇO.

Foi o que aconteceu recentemente aqui em nosso grupo com a chegada da amiga/membro JOANA MARTINS ARAÚJO filha do Sr. Fenelon Gomes de Araújo (Fenelon leite), e de Dona Joaquina Martins Lopes, que nos trouxe uma fotografia de seus pais que até então era desconhecida por todos (as) nós.

Fernando Soares perguntou  no facebooka Joana Martins Araujo sobre o cangaceiro Massilon Leite, qual foi o seu paradeiro D. Joanamartins Araujo? - Joana Martins Araújo respondeu:  Olha, sou filha do irmão caçula deles, a caçula de 14 irmãos, então não sei muito até o momento, o Geraldo e um senhor chamado irmão sabem mais do que eu. Tenho pessoas da família que sabem bastante. Desculpe por não saber informar.

Fenelon Leite (Falecido) era irmão dos cangaceiros PINGA-FOGO e MASSILON LEITE que participaram do ataque à Mossoró/RN promovido por Lampião e seu bando no dia 13 de junho de 1927, sendo Massilon um dos mentores do ataque.

FENELON LEITE (Falecido) para quem não sabe era irmão do Cangaceiro PINGA-FOGO e de MASSILON LEITE que foi o principal instigador do ataque de Lampião à cidade de Mossoró/RN, ocorrido no dia 13 de julho de 1927.

Pouco tempo após o ocorrido Massilon Leite abandonou o cangaço e a partir de então vagas e incertas notícias sobre o seu paradeiro foram encontradas.

Meus agradecimentos à amiga/membro Joanamartins Araujo por ter nos fornecido essa preciosidade fotográfica que até então era conhecida apenas no ambiente familiar.

Joanamartins Araujo Este é meu tio José Leite irmão de Massilon Leite. Morei com ele, e os outros que aparecem na foto eu vou descobrir quem são. - Jose Tavares De Araujo Neto disse: Seu primo Valdecir Pereira, filho de Aurora, irmã de Massilon, disse-me que esta fotografia foi trazida de Imperatriz, MA, por Anésio Leite, outro irmão de Massilon. Nesta foto, ele identificou Manoel Leite e sua filha de nome Mista. Ele acha que este outro senhor é o esposo de Mista e seus filhos.

Espero que outras pessoas sigam esse exemplo e não deixem que esses materiais sejam destruídos com o passar do tempo.

Joanamartins Araujo perguntou: Quem é aquele com o cavalo? - Jose Tavares De Araujo Neto respondeu: É seu tio Anésio Leite, que localizou Pinga Fogo em Imperatriz.

Vamos todos (as) juntos resgatar e preservar a memória dessas pessoas que testemunharam ou vivenciaram esse difícil período da nossa história chamado...

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço

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O CANGACEIRO JURITI E AS CHAMAS DA MORTE.

 Por  Cabo Francisco Carlos PMPR-RR


Depois da cruel refrega de Angicos, dizem que alguns cangaceiros feridos em combate, ainda morreram durante a fuga e foram sepultados pelos próprios companheiros em meio às caatingas, outros procuraram a casa de amigos e parentes para se tratar e curar suas lesões até se recuperarem totalmente, e após; seguiam rumo a outros Estados enquanto a maior parte deles se entregava às autoridades locais. Era o princípio do fim da era do cangaço, alguns líderes cangaceiros e asseclas ainda resistiram um bocado de tempo, tal como o bando do alagoano 


Cristino Gomes da Silva Cleto, Corisco ou “Diabo Loiro” que implacavelmente perseguido, foi impiedosamente abatido pela ferrenha volante do intrépido Tenente Zé Rufino, no dia 25 de maio de 1940 em Barra do Mendes no Estado da Bahia, findando de vez a era do cangaço.

Tenente Zé Rufino o homem que mais assassinou cangaceiros

Dentre os poucos cangaceiros que fugiram ileso do combate de Angicos, encontrava-se Manoel Pereira de Azevedo o valente cangaceiro Juriti, baiano de Salgado do Melão que até se entregar às autoridades do lugar, ficou algum tempo foragido perambulando pela região agreste próxima do Rio São Francisco, e quando soube da morte de Corisco, Juriti vendo e sentindo que o cangaço realmente chegava ao fim, conversou e convenceu sua

Maria do cangaceiro Juriti - Esta foto pertence ao acervo do escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima - http://www.joaodesousalima.com

companheira Maria, a voltar para junto de seus genitores e demais familiares, e assim da mesma forma, posteriormente a supracitada mulher, também ajudou a convencer Juriti a se entregar ao Capitão Aníbal Soares em Jeremoabo. Então o tal cangaceiro após se render, apresentou-se ao oficial intermediário que em seguida o libertou para que voltasse a viver como um cidadão comum. Juriti já em trajes civis, depois de alguns dias naquela cidade, viajou para Salvador onde trabalhando em uma fábrica, permanecendo na capital por quase um ano, isto até 1941. 

Lampião e o cangaceiro Juriti

Sentimento é coisa que não se discute, coração é terra que ninguém pisa. E foi assim que Juriti traçou seu cruel destino seguindo ao encontro da morte; quando resolveu voltar para o interior no sertão de Sergipe. Juriti estava ansioso para rever alguns amigos de Pedra D’água e também saber notícias de sua antiga companheira a amada Maria, para depois seguir para Salgado do Melão sua terra natal. E viajando sem muitas expectativas, ele chegou até Canindé, o último porto navegável do baixo São Francisco.
             
Nesta cidade morava uma linda viúva chamada Deusdália  Nogueira, uma morena de longos cabelos negros encaracolados, trazia em seus olhos glaucos um olhar penetrante e sedicioso, seus dentes perfeitos apresentavam branquíssimos em sua boca quando esboçava um sorriso meigo e sedutor, seus lábios úmidos e convidativos enfeitavam ainda mais seu rosto trigueiro e encantador, tinha o tórax avantajado nos ombros e seus grandes seios eram rijos como o cerne da braúna;  sua cintura delgada sob seus largos quadris, além de moldar o seu corpo elegante, dava-lhe a forma perfeita do bojo de um violão. Deusdália não tinha filhos, e era filha única de um casal de portugueses, Dona Anália uma excelente costureira e o Sr. Manoel que era comerciante e dono de uma venda de secos e molhados em Canindé do São Francisco. O seu falecido marido era proprietário de um curtume, onde morreu intoxicado em consequência do trabalho.
               
Sargento Deluz

Nesta mesma urbe encontrava-se Amâncio Ferreira da Silva, o 3º Sargento Deluz que exercia a função de delegado e comandante do destacamento da polícia militar local. Deluz era um homem de estatura mediana, moreno de cabelos carapinha, forte e troncudo, mas feio, frio e muito violento, quanto muito se exaltava; sua voz mudava de tom durante a conversa, falava fino ora grosso e era muito perverso, pois além de usar dos métodos mais terríveis para castigar e assassinar os delinquentes que capturava, também procedia da mesma forma com os outros que já se encontravam presos sob a sua custódia. Por isso era muito temido e respeitado naquela região. Deluz era cortejado por muitas mulheres da cidade, por isso então sempre as esnobava, mas havia uma que ele amava veemente e a desejava de tal forma, que faria de tudo e ainda o impossível para tê-la só por um instante em seus braços e gozar as migalhas dos seus carinhos ah!  Mas esta o desprezava de uma forma tão cortês e gentil, que o bronco nem percebia, e ainda lhe enchia de valiosos presentes. O perfume que ele usava tinha uma essência insuportável.
          
Juriti tinha um porte físico perfeito, sua aparência atlética impressionava por demais as mocinhas das cidades e também as caboclinhas dos sertões que se desmanchavam de anelo por ele, sonhando um dia em gozar dos seus afagos. Em comparação a toda esta beleza, Juriti trazia em seu imo, uma terrível alma perversa inclinada a atitudes animalescas e brutais, pois era de praxe levar ao suplício com prazer extremo todos os infelizes que caíam como vítimas em suas mãos, assassinando-os com frieza e requintes de crueldades.
           
Ao chegar a Canindé do São Francisco, foi logo tomar uma cachaça para desembaralhar e clarear as ideias, e assim se dirigiu para a venda do Sr. Mané, e quando lá chegou, despertou logo o interesse de Deusdália que ao atendê-lo se engraçou com ele, começando uma prosa bem animada e a recíproca foi ótima. Juriti falou a ela que iria pousar na casa de um amigo e no outro dia iria para Pedra D’água rever alguns amigos e depois viajaria para Salgado do Melão, onde residiam seus familiares e todo o resto da sua parentalha, Deusdália pediu a Juriti que não partisse sem antes falar com ela. Fazia quatro anos que Deusdália era viúva, e sempre que podia, ela ia com uma amiga se refrescar do calor banhando-se na cachoeira de um córrego dali da redondeza. 

O Sargento Deluz descobrindo o laser das moças, sempre ficava na espreita e quando elas saíam, ele as sondava e as seguia até chegarem à queda d’água, onde escuso entre a vegetação, as observava tomando banho nuas nas águas mornas do riacho, daí então o miliciano não contendo seus impulsos lascivos, se masturbava até atingir o orgasmo.
          
No mesmo dia em que Juriti chegou a Canindé do São Francisco, já avisaram ao Sargento Deluz de sua presença na cidade, mas o miliciano não deu tanta importância ao fato naquele momento, por estar fazendo grande negócio, Deluz era proprietário de terras naquele lugar, pois ele era casado com a filha de um fazendeiro.            
          
Na manhã quente do dia seguinte, Juriti foi procurar Deusdália em seu estabelecimento comercial, e durante a prosa; ela perguntou ao cangaceiro se ele podia acompanhá-la até a um lugar  tranquilo para conversar sobre negócios. E assim foi feito eles partiram a cavalo até a tal cascata, lugar maravilhoso onde Deusdália ia esporadicamente se banhar com a amiga. Deluz logo que soube, armou-se até os dentes e partiu como um cão de caça no encalço deles.
         
Sob a sombra de um frondoso jequitibá, ela estendeu um lençol branco sobre a relva e sentando confortavelmente, pediu a Juriti que fosse até sua cavalgadura e apanhasse no alfoge, uma garrafa de vinho tinto, duas taças de cristal e trouxesse até ela. Ele assim o fez, em seguida abriu e também se sentou, mas bem à frente dela; pois apesar de ser um violento cangaceiro, ele era bem-educado e sabia se portar como um cavalheiro diante a uma dama. Durante a conversa Deusdália propôs a Juriti uma sociedade, para ambos ativarem novamente o curtume que era do seu falecido esposo, ele gostou da ideia e após tomarem algumas taças de vinho, ela o convidou para se banhar na cachoeira. A princípio ele ficou surpreso, mas enfim excitado concordou com a ideia, Juriti virou-se para tirar as roupas, e quando se voltou; viu a linda mulher já totalmente despida, entrar morosamente nas águas da pequena cachoeira, ele assim também fez; porém mantendo-se a uma certa distância. Ela de costas conversava normalmente com ele, enquanto se banhavam, parecia até que ela estava avaliando suas atitudes, mas o homem se mantinha sempre firme, agindo com a mesma postura. Mas enfim ela virou-se e pediu ao cangaceiro que ensaboasse todo o seu corpo nu. Juriti aproximou-se e com suas mãos hábeis na arte das carícias, deslizou suavemente o sabonete pelo corpo esguio da linda mulher, que mostrava a pele morena arrepiada de tanta excitação, e assim aos poucos foram deixando se  envolver nas delícias daquele momento mais sublime, o desejo de amar... Ele a beijava e a apertava com seus braços fortes, como se fosse um jaguar,  capturando uma inofensiva mateira em suas garras mortais, ela retribuía flutuando nas águas abraçando com as pernas sua cintura e com os braços segurando seu pescoço, posição esta que facilitava para que ele a possuísse. E assim prosseguiram, enquanto o sabiá sonoroso gorjeava interpretando a sua doce melodia, Juriti a penetrava delicadamente aos poucos, bem devagarinho para não a machucar, e mesmo assim por mais carinhoso e delicado que ele... Ah! Ela se contorcia toda num misto de dor e prazer, pois desde que ficara viúva até aquele momento não havia conhecido outro homem, era quase uma virgem. Após algum tempo, o cangaceiro sentindo que ela se desmanchava em deleites, na volúpia se satisfez também regando com um jorro de sêmen a mais bela flor do vale do São Francisco. E na tocaia por atrás do tronco da imburana, Deluz arrancava com os dentes lascas de madeira da coronha do seu rifle papo amarelo, vendo tal sena de sexo explícito com a mulher que ele mais desejava na vida. E mesmo assim, apesar do ódio; o graduado conteve sua fúria e não agiu naquele momento, só planejou uma cruel vingança para aquele que amargou ainda mais o seu acrimonioso coração.
           
Juriti e Deusdália muito felizes por terem se acertado em realizar um bom e vantajoso negócio, regressaram à Canindé, ela foi para a casa dela e ele conforme já lhe havia dito, seguiu com destino a Pedra Da água para visitar um amigo, depois voltaria à cidade para ficar em definitivo. Daí o terrível Sargento Deluz que ouviu tudo escondido, voltou a galope para a cidade e chegando na delegacia, ordenou ao cabo Vicente Preto que avisasse o soldado Zé de Firmino e Mamangaba um jagunço velho que era “bate pau da polícia”, e os deixasse de sobreaviso, já com tudo planejado para dar fim na vida do ex-cangaceiro.
               
Juriti posou na residência de Rosalvo Marinho, e de manhã bem cedinho que a corruíra gorjeava em seu ninho sob as telhas de barro da velha casa, Juriti tomava um café quente comendo um delicioso bolo de fubá junto do seu supracitado amigo, contando-lhe empolgado os seus planos futuros naquela cidade. A prosa estava muito boa, quando o Sargento mais seus três comandos que haviam cercado a casa e já se encontravam de arma em punho, surpreende os dois amigos e sorrindo irônico Deluz diz: 

- Mais qui surpresa! Nunca pensei qui Juriti fosse um passo tom manso, tom faci di se garrado. Teje preso cabra! Num quero cangaceiro perto de mim não. 

E sem nada poder fazer, o ex-cangaceiro é amarrado com uma corda de embira diante da mira das armas dos seus oponentes.
        
Revoltado com o ato covarde dos milicianos, Juriti desafia o sargento dizendo: 

- Deluz você é um covardi, eu sei quem você é! Mostre qui é homi e mi sorte, só assim você vai ficá sabendo quem sô eu. Vamu, mi sorte covardi! Você é um covardi! 

Deluz então transporta o pobre infeliz preso e amarrado numa carroça em direção a Canindé, mas depois de cavalgarem quase uma légua e meia, ao passar por um lugar chamado Roça da Velinha, próximo às fazendas Cuiabá, o sargento para sob as sombras de uma frondosa barriguda e ordena aos seus subordinados que ajuntem bastante lenha e as amontoa perto de um rochedo; e depois de construírem um aceiro ao redor, o graduado manda que ateiem fogo na madeira formando uma grande fogueira. Quando as chamas subiam eretas e bem aprumadas em direção ao infinito, que as brasas incandescentes oscilavam abraçando os raios do sol abrasador, bem no exato momento em que as caatingas retrocediam diante ao confronto com calor do fogo infernal, ouve-se um estanho comando: 

- Já ta boa! Ta muito boa! Sacode agora o cabra pra riba do fogo! 

Então o desventurado homem é impiedosamente lançado em meio às labaredas pelas mãos cruéis dos seus algozes, e o fogo impiedoso em pouco tempo transforma em carvão e cinzas o corpo do valente Juriti que morre sem dar um grito sequer. E naquele lugar funesto; além do que restou dos botões da braguilha de sua calça, ficam as marcas macabras daquela fumaça negra, a qual tingiu de preto as rochas que ali permaneceram por muitos e muitos anos, servindo como provas reais de um crime brutal, vindo de um veredicto banal resultante de um pré-julgamento de ódio e vingança. 

Ah! E Deusdália? Coitada! Lamentando mais uma vez a triste sorte, sempre ao passar por aquele local, a pobre viúva deixava uma linda flor banhada em prantos, que murchava aos poucos sobre as pedras aquecidas pelo sol tórrido que sempre castigou o agreste nordestino. E foi assim que se consumou o monstruoso assassinato que pôs fim na vida e nos sonhos de Manoel Pereira de Azevedo, o ex-cangaceiro Juriti do Salgado do Melão, que simplesmente pretendia seguir uma vida pacata e normal se tornando apenas um simples cidadão de bem.
                                                                      
Cabo Francisco Carlos PMPR-RR  “Saudações Militares”

Enviado pelo Cabo Francisco Carlos

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LIBERATO DE CARVALHO - ATUALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES

 Por Rubens Antonio


Documento da Assembléia Legislativa da Bahia:
Dep. Liberato de Carvalho
:: Dados Pessoais
Nome: Liberato Matos de Carvalho
Profissão: Militar e Médico
Nascimento: 13 de agosto de 1903, Vila Serra Negra, Pedro Alexandre-BA
Filiação: Pedro Alexandre de Carvalho e Guilhermina Maria
Cônjuge: Carmem Siqueira de Carvalho
Filhos: José Carlos, Liberato José (in memorian)
Falecimento: 16 de março de 1996

:: Formação Educacional Cursou o Primário e o Secundário em Aracaju-SE. Estudou na Escola Militar na Academia de Agulhas Negras, Rio de Janeiro-RJ. Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, Salvador-BA.

:: Atividade Profissional
Tenente-coronel por decreto de 16 de dezembro de 1932, para comandar as Forças de Operação do Nordeste dos Estados - FONE.
Promovido a Coronel, 1935.
Nomeado Comandante da Polícia Militar da Bahia, 23-02-1935 a 11-11-1937.
Foi antecedido pelo Coronel João Felix de Souza, que comandou a Polícia Militar de 20-11-1931 a 23-02-1935, e sucedido pelo Cel Tito Coelho Lamêgo , que comandou a Polícia Militar de 11-11-1937 a 28-03-1938.
Comandante do Batalhão do Exército, Recife-PE;
capitão da Infantaria do Exército Nacional, reformou-se como General de Brigada. Secretário estadual de Segurança Pública e do Interior do estado de Alagoas.


Liberato de Carvalho aparatado, na sua ação como volante. - Fonte da imagem: livro "Derrocada do Cangaço", de Felippe de Castro.



Liberato e sua volante, em Jeremoabo:


:: Mandato Eletivo:
Eleito deputado estadual Constituinte pela União Democrática Nacional - UDN, 1947-1951.

:: Filiação Partidária
UDN.

:: Atividade Parlamentar
Na Assembléia Legislativa, titular da Comissão de Polícia Civil e Militar (1947-1950).

Setor responsável: Diretoria Parlamentar / Divisão de Pesquisa
ALBA - ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA
Palacio Dep. Luis Eduardo Magalhaes, 1a avenida, 130, CEP: 41.745-001, CAB, Salvador-Bahia


Liberato de Carvalho na época da sua participação no combate de Maranduba.

Sepultura no Cemitério Jardim da Saudade - Salvador - Bahia



Atualmente existe a Praça General Liberato de Carvalho, em Pedro Alexandre, Bahia.


Extraído do http://cangaconabahia.blogspot.com do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio.

http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2016/01/liberato-de-carvalho-atualizacao-de.html

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O LOCAL DA MORTE do traidor PEDRO DE CÂNDIDO

 

O LOCAL DA MORTE do homem que traiu o rei "Lampião" PEDRO DE CÂNDIDO que denunciou ao Tenente João Bezerra, o esconderijo do cangaceiro, facilitando o seu assassinato e de mais 10 cangaceiros e um volante policial, na Grota do Angico em 28 de Julho de 1938.

Pedro foi assassinado alguns anos depois, no local abaixo (cidade de Piranhas no Estado de Alagoas), pelo adolescente SABINO, que nas altas horas da madrugada escura, vendo-o vestido com um capote, pensou se tratar de um lobisomem, e, enfiou-lhe uma faca no peito.

Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta

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BÁRBARA DE ALENCAR

 Por Buenas Ideias

Bárbara de Alencar nasceu em 11 de fevereiro de 1760. Pernambucana casca grossa, virou líder da comunidade onde vivia na Chapada do Araripe. Liberal e libertária, criou filhos que não teriam como cair longe do pé. Junto da prole, lutou pra libertar o Brasil de Portugal. A família acabou presa e torturada e Bárbara de Alencar é considerada a primeira prisioneira política da história do país. A soltura e anistia dela e dos filhos levou quatro anos para vir -- e só aconteceu, pois, a Independência do Brasil já era praticamente inevitável. Mesmo depois de 1822, Bárbara de Alencar não sossegou: seguiu lutando pelo fim da concentração de poder e totalitarismo.

https://www.facebook.com/buenasideias/photos/a.854038898327911/1889979861400471/

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B I O G R A F I A.

 

Luís Bento de Sousa, é cearense. Nasceu em Jati-CE, no dia 14 de março de 1957.

Filho de:

Joaquim Carolino de Sousa e

Honorinda Bento de Sousa.

Cursou o Ensino Médio na Escola Moisés Bento da Silva em Jati.



Um profundo admirador da história do Cangaço, é Escritor. Em 2017 publicou seu primeiro trabalho " Lampião, figura Controvérsia ", em breve estará lançando seu novo trabalho, " Jati em memoriam e o Cangaço em foco ". Tem duas participações literária em livros do Cangaço:

- Lampião, Cangaço e Coronelismo.

org. Adriano de Carvalho Duarte.

- Forças Volantes- Os homens que combateram Lampião de A à Z - Bismarck Martins de Oliveira.

" Jati, minha cidade ".

Berço que me viu nascer,

Berço que me viu crescer,

Pelas curtas e estreitas ruas,

Aqui dei meus primeiros passos, quando em épocas passadas era parte integrante de Jardim, hoje Jati, então Macapá.

LUIS BENTO

Diretor de Cultura.

https://www.facebook.com/luis.bento.39142/posts/pfbid0WewYLbd2bEr442ZkUaYE58Yx33o2LY9zieH2U1BRnJJ6kequBDiBdV3tCDQRuKJml?notif_id=1676307064103238&notif_t=close_friend_activity&ref=notif

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OS TRÊS PINGUINS...

 Por Gonzaguiano


Em 1949, os Três Pinguins, um trio que se apresentava em feiras e portas de hotéis de Garanhuns, chamou a atenção do emergente Luiz Gonzaga, hospedado no antigo hotel Tavares Correia. Com 7 anos, José Domingos encantou o rei do baião e acabou recebendo uma promessa de receber uma sanfona nova, caso estudasse e fosse pro Rio de Janeiro.

Com o sanfoneiro do Rio da Brígida, lapidou o que a natureza nordestina tinha de melhor. Com sorriso fácil, estudou seu piano de joelho, sanfonou jazz, choro ou a emergente bossa nova. Nas mãos e mente, carregava o diferencial de ser um dos poucos sanfoneiros que fazia Gonzagão suar naqueles antológicos duelos de sanfona pelos palcos. De herança, a continuidade de um reinado especial sem perder sua responsabilidade artística, com muita inovação e criatividade.

Nesse 12 de fevereiro, se estivesse vivo, Dominguinhos estaria completando seus 82 anos. Salve o legado desse ícone da nossa cultura.

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