Seguidores

domingo, 11 de setembro de 2016

ANTONIO CHIQUINHO

Por Geraldo Júnior
Essa fotografia é uma cortesia do amigo José Sabino Bassetti.

O personagem da fotografia acima é o ANTÔNIO CHIQUINHO proprietário da "Fazenda Tanque do Touro" na época do ataque de Lampião à Volante do Tenente Arsênio Alves de Souza. Nesse mesmo combate Ezequiel Ferreira irmão de Lampião foi atingido mortalmente por uma rajada de metralhadora (Hotchkiss) disparada pelo Tenente. Esse fato ocorreu no ano de 1931.

Ezequiel Ferreira da Silva irmão de Lampião

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo O Cangaço)

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=635865656577334&set=gm.1309917879021327&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LIVROS DO ESCRITOR ANTONIO VILELA DE SOUZA


NOVO LIVRO CONTA A SAGA DA VALENTE SERRINHA DO CATIMBAU
Adquira logo o seu, antes que os colecionadores venham invadir a estante do autor.

Peça-o através deste e-mail: 

incrivelmundo@hotmail.com


O livro "DOMINGUINHOS O NENÉM DE GARANHUNS" de autoria do professor Antonio Vilela de Souza, profundo conhecedor sobre a vida e trajetória artística de DOMINGUINHOS, conterrâneo ilustre de GARANHUNS, no Estado de Pernambuco.

Adquira logo o seu através deste e-mail:
incrivelmundo@hotmail.com
R$ 35,00 Reais (incluso frete)

http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com

MARIA CORREIA: A PARTEIRA DAS MULHERES POBRES DE MOSSORÓ

Por José Romero de Araújo Cardoso

A importância das parteiras tradicionais para a assistência de mulheres pobres é indiscutível, sobretudo em regiões carentes espalhadas pelo mundo, as quais imprescindem de auxílio em razão que ainda são precárias as condições de saúde devido a ineficiência do Estado e privilégio das classes mais favorecidas com relação a esse importante setor relacionado à qualidade de vida do gênero humano.


Existiu em Mossoró (RN) uma grande mulher, consciente do papel que deveria desempenhar junto aos seus semelhantes, em vista que o trabalho desenvolvido durante décadas foi responsável pela salvação de centenas de vidas devido à intervenção da mais tradicional parteira que deu importante contribuição às famílias pobres da Capital do Oeste Potiguar.

Seu nome era Maria Correia, moradora da Rua Venceslau Braz, localizada no Bairro Paredões. Em sua residência existiam leitos a fim de acomodar parturientes pobres que não podiam pagar por serviços médicos.

A pobreza mossoroense afluía em massa em busca dos seus cuidados, pois nunca se negou em atender famílias carentes a qualquer hora do dia ou da noite, pois seu compromisso sempre foi com a vida em sua dimensão maior. Maria Correia foi exemplo de obstinação em servir ao próximo, sem buscar nenhuma recompensa para sua luta hercúlea em prol da edificação do bem comum.

Amiga de políticos importantes, sempre usou sua influência visando concretizar melhores condições infraestruturais para a clientela carente que assistiu durante sua digna trajetória no plano terrestre.

Nenhuma mulher gestante pobre chegava à sua residência sem receber os cuidados necessários embasados em seus conhecimentos práticos, os quais efetivava de forma brilhante e precisa, pois a parteira Maria Correia tornou-se expert em diagnosticar e tratar casos de gravidez de risco que exigiam certos cuidados especiais a fim de garantir o bem estar da mãe e da criança que esta carregava no ventre.

As gestantes que Dona Maria Correia assistia só saiam de sua residência quando se encontravam em condições absolutamente exatas de ter uma vida normal. Dona Maria Correia não media esforços para dar o melhor para suas pacientes.

A grande parteira de Mossoró (RN) não tinha orgulho em sair à rua para pedir o que necessitava para ser usado nas mulheres carentes que tratava, razão pela qual se tornou bastante conhecida e bem-quista no meio político local.

Grandes personalidades com atuação no cenário nacional vislumbraram com afeto o trabalho realizado pela heroína mossoroense que empenhou sua vida em busca de melhores condições de existências para seus semelhantes sofredores.

Aglomerados humanos localizados na periferia de Mossoró (RN), marcados pelo sofrimento e pela exclusão, foram sobremaneira beneficiados com o humanismo que alicerçava as ações da mais devotada parteira tradicional da terra de Santa Luzia.

Bairros mossoroenses inteiros, como Paredões, Barrocas, Bom Jardim e Santo Antônio, os quais não contavam na época com a prestação de serviços médicos garantidos pelo Estado, tiveram em Dona Maria Correia um porto seguro com o qual sempre puderam contar nas horas de maior aflição, quando famílias se desesperavam em busca de socorro que pudesse viabilizar o aumento da prole.

Dona Maria Correia, com fidalguia e extrema abnegação, acolhia todas as mulheres pobres que lhe procuravam, intuindo um bom parto, menos sofrimento nas horas difíceis que assinalam a angústia de não ter com quem contar quando se trata de assistência médica que possa salvar vidas.

Além de parteira de raros dotes, possuindo extrema habilidade na divina arte de viabilizar a vinda de uma nova vida a este planeta, Dona Maria Correia também realizava com precisão intervenções pertinentes à enfermagem, como aplicar injeções, fazer curativos e aliviar sofrimentos diversos que incomodavam e ainda incomodam parcela significativa da população carente em todo mundo.

Centenas, talvez milhares de famílias de baixa renda da Capital do Oeste potiguar devem agradecer bastante ao Grande Arquiteto do Universo por ter enviado um anjo de luz que ajudou bastante a aliviar infortúnios e sofrimentos, razão pela qual há de ser enfatizada a oportuna homenagem feita a Dona Maria Correia quando esta se tornou patrona do Hospital da Mulher inaugurada em Mossoró (RN), cujo trabalho tem reeditado bastante as lutas heróicas da grande mulher que honrou o solo no qual se desenrolam batalhas titânicas em prol da elevação do gênero humano.

*José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-adjunto do Departamento de Geografia do Campus Central da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.


Enviado pelo o autor:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

CURRALINHO E OS ESCOMBROS DA HISTÓRIA

Rangel Alves da Costa*


Curralinho é uma povoação ribeirinha, às margens do Velho Chico, no município de Poço Redondo, este fincado no Alto Sertão Sergipano do São Francisco. Situa-se na região mais semiárida, mais seca e mais empobrecida do Nordeste brasileiro. É um contexto geográfico até contrastante, vez que a secura da terra não fica muito distante das beiradas do São Francisco. Da sede do município à margem do rio não são mais que 14 km.

Pois bem. Foi nas beiradas do São Francisco onde todo o povoamento do sertão sergipano teve início. E foi em Curralinho que o homem e o animal primeiro aportaram, vindos dos litorais mais distantes, ainda nos tempos da colonização portuguesa e invasões holandesas, para ali colocarem os pés e darem início ao que se tem hoje como sertão. E o nome Curralinho pelos pequenos currais que foram surgindo assim que os rebanhos eram descidos das embarcações.

A partir destes pequenos currais, verdadeiros “curralinhos”, o forasteiro, então se tornando desbravador dos desconhecidos sertões, foi abrindo veredas entre as serras até encontrar local apropriado para erguer moradia, levantar novo curral, demarcar e tomar posse da terra inabitada. Assim, passo a passo, a partir das beiradas do Velho Chico, o sertão foi sendo povoado. Contudo, Curralinho permanecia com fundamental importância neste nascente contexto sertanejo.

Ora, era das margens do Curralinho, bem defronte às altas calçadas que ainda servem de proteção às grandes enchentes, que toda a vida sertaneja respirava. As grandes embarcações, chatas e vapores, faziam percurso trazendo e levando pessoas, mercadorias, animais, tudo. Açúcar, carvão, tecidos, farinha, café, nada do utilizada deixava de chegar por aquelas beiradas. Daquele porto se seguia a Pão de Açúcar, Penedo, Propriá, e daí ao mundo inteiro. E não havia outro meio de chegar ou partir.

Em tal contexto, logo se observa a importância que Curralinho passou a ter. A própria povoação possuía um comércio florescente e com sustento garantido a toda população, não apenas pela pesca abundante, mas principalmente pelo intenso tráfego comercial. O espelho desse tempo de pujança ainda pode ser mirado nas velhas construções, de beleza arquitetônica inigualável, mas que, infelizmente, estão se tornando em verdadeiros escombros. São os escombros da história de Curralinho, de Poço Redondo, do sertão.

O que aconteceu como o Poço de Cima – local de nascimento da cidade de Poço Redondo – é o mesmo que está acontecendo com Curralinho. Quem chega hoje ao Poço de Cima avista somente restos e escombros de toda a grandeza de um dia. Até mesmo a Capela de Santo Antônio teve de ser “adotada e cuidada” sob pena de mais nada restar ao lado dos antigos túmulos familiares. E o mesmo está acontecendo com Curralinho. Quando as últimas quatro ou cinco casas do Poço de Cima desabarem de vez, apenas a capela e o cemitério restarão da antiga e rica história.

Daquelas antigas e belíssimas construções de Curralinho, somente umas duas ou três continuam de pé, habitadas, e em cujos interiores ainda é possível encontrar a feição viva do passado. Já as demais ou foram completamente derrubadas ou possuem somente a fachada em pé, e mesmo assim quase desabando. Perante tais fachadas, é como se o tempo fosse da história. Mas não. São os descasos humanos que sempre levam ao abandono e à destruição.

Tais relatos são testemunhos do que ontem, sábado, dia 10, pude presenciar. Estive em Curralinho e fui andando de rua a rua, descendo e subindo beco, virando esquina, e cada vez mais me afligindo pela situação daquelas imponentes e suntuosas moradias. Como dito, apenas duas ou três ainda preservam as antigas arquiteturas tanto nas fachadas como nos interiores, mas já com mostras de voraz destruição. As outras, apenas com o que resta das fachadas, esperam apenas o sopro do tempo. E sem o devido cuidado, toda pedra se transforma em pó. Infelizmente.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

COMUNICADO AOS AMIGOS

Por Benedito Vasconcelos Mendes

Comunico aos amigos (as) que receberei a Comenda Mérito Cultural Deífilo Gurgel, indicação do Conselho Estadual de Cultura/ Secretaria de Cultura, no próximo dia 15 de setembro, às 19 horas, no Salão Nobre da Pinacoteca do Estado, em Natal.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço Benedito Vasconcelos Mendes

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

ESCOLHAS DIFÍCEIS

(*) Rinaldo Barros

O homem contemporâneo conquistou grande número de direitos, impensáveis para sociedades anteriores. Era comum aos governantes realizarem suas vontades e disporem de seus súditos como bem entendessem.

É exatamente o desvirtuamento das políticas por algum “déspota” que pode pôr em perigo as conquistas populares, ainda bem recentes. Na Democracia, a alternância de Poder é imprescindível para que novos métodos políticos e administrativos sejam introduzidos.

É vazia a sugestão de que a permanência por mandatos seguidos seria reconhecimento por obra feita e uma necessidade de continuidade das políticas implantadas. Governos bem avaliados podem fazer sucessores na mesma linha de ação sem o risco do personalismo da continuidade no Poder.

A Democracia não é perfeita, nem é o processo mais rápido. São necessárias muitas décadas para que mudanças concretas sejam operadas, e geralmente, as vantagens destas mudanças não são percebidas por todos.

Outra maneira de frustrar a verdadeira alternância é o próprio governo desistir de seu programa de mudanças no meio do caminho. Tal como vivenciamos com o governo Dilma, que se reelegeu mentindo.

Recentemente, o jornal O Estado de São Paulo, em seu editorial, relembrou:

“Decisões governamentais, especialmente aquelas adotadas em períodos de crise, são necessariamente políticas, mas sua pertinência e eficácia estarão condicionadas à observância de fundamentos da boa prática econômica, pela razão óbvia e inelutável de que, sem esses fundamentos, um país não alcança seu potencial de desenvolvimento.

Ignorar princípios econômicos para alimentar seus projetos de poder foi a irresponsável inversão de valores que o lulopetismo cometeu com sua voluntariosa “nova matriz econômica”.

O resultado dessa aventura é a profunda crise em que o País está mergulhado. Para os defensores da tal “nova matriz”, a justiça social é apenas questão de vontade política.

Mas vontade política, por si só, não cria riqueza.

Até há pouco o lulopetismo conseguia vender a ilusão de que o Estado pode “distribuir” riqueza antes de oferecer as condições para que ela seja criada. Hoje o País paga o preço dessa mistificação eleitoreira”.

O grande desafio político de Michel Temer é, arrostando interesses pessoais ou políticos de muitos que se apresentam como seus aliados mais próximos, assumir as medidas impopulares, mas indispensáveis ao saneamento financeiro do aparato estatal. São medidas que, além de permitir a compatibilização de despesas e receitas num prazo previsível, promovam a cuidadosa reestruturação dos institutos que disciplinam as despesas governamentais, para evitar seu descontrole mais à frente. Não deve brigar com os fatos.

A propósito, a meta mais ambiciosa de um governo democrático não pode ser a de criar, manter e ampliar indefinidamente programas sociais, mas de trabalhar para que eles um dia se tornem desnecessários.

Nossa tradição de mudanças sempre foi feita de cima pra baixo. A Independência foi um destes casos. A Proclamação da República segue o mesmo padrão, onde a participação popular foi nula.

Atualmente, com um cenário herdado de corrupção sistêmica, alta de juros, dólar e inflação nas alturas, desemprego crescente, famílias endividadas, insatisfação popular crescente, greves de diversas categorias profissionais, vácuo de liderança, ausência de governabilidade, e investidores fugindo do Brasil; com o fortalecimento dos movimentos de rua convocados pelas redes sociais; a alternância de Poder está na Ordem do Dia. O patropi vivencia momentos de escolhas difíceis, mas indispensáveis.

Antes de melhorar, ainda vai piorar um pouquinho. Quando melhorar, todos já terão esquecido as cotas e as bolsas da “nova matriz econômica” do PT governo, ninguém mais lembrará do lulo-dilmismo.

(*) Rinaldo Barros é professor – rb@opiniaopolitica.com

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NOVO LIVRO NA PRAÇA "O PATRIARCA: CRISPIM PEREIRA DE ARAÚJO, IOIÔ MAROTO".


O livro "O Patriarca: Crispim Pereira de Araújo, Ioiô Maroto" de Venício Feitosa Neves será lançado em no próximo dia 4 de setembro as 20h durante o Encontro da Família Pereira em Serra Talhada.

A obra traz um conteúdo bem fundamentado de Genealogia da família Pereira do Pajeú e parte da família Feitosa dos Inhamuns.

Mas vem também, recheado de informações de Cangaço, Coronelismo, História local dos municípios de Serra Talhada, São José do Belmonte, São Francisco, Bom Nome, entre outros) e a tão badalada rixa entre Pereira e Carvalho, no vale do Pajeú.

O livro tem 710 páginas. 
Você já pode adquirir este lançamento com o Professor Pereira ao preço de R$ 85,00 (com frete incluso) Contato: franpelima@bol.com.br 
fplima1956@gmail.com

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2016/08/novo-livro-na-praca_31.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O CANTOR RAUL SEIXAS TINHA UM POUCO DE CANGACEIRO

https://www.youtube.com/watch?v=1xATQFYfMZQ

Enviado em 25 de janeiro de 2010

Raul Seixas - Maluco Beleza AO VIVO

Categoria

Licença
Licença padrão do YouTube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

MASSILON BENEVIDES LEITE E O ÓDIO DE DÉCIO HOLANDA CONTRA CHICO PINTO

(*) José Romero Araújo Cardoso

Décio Holanda era genro de Tylon Gurgel, homem respeitado na região do Apodi, cujos domínios se efetivavam principalmente em Pedra da Abelha, hoje município de Felipe Guerra (RN).

Cearense de Pereiro, Décio Holanda possuía hábitos e valores nada louváveis, como cultivar ódio em grau exponencial, não conseguindo perdoar desafetos ou pessoas que o desagradassem. Era vingativo ao extremo, movido por verdadeira sede de revanche.

O cangaceiro Massilon Benevides

Amigo de ex-comboieiro de nome Massilon Benevides Leite, Décio Holanda foi um dos mentores que fomentaram o aliciamento de séquito de bandidos objetivando atacar Mossoró.

Aurora, no Ceará, um dos redutos dominados pelo poderoso “Coronel” Isaías Arruda, foi outro ponto estratégico de apoio à empreitada que resultou na tentativa audaciosa de ataque à segunda cidade potiguar, em 13 de junho de 1927.

Coronel Isaias Arruda

A investida bandoleira contra Mossoró estava prevista para ser realizada no mês de maio, mas quando do início da marcha do bando de Lampião em direção ao Rio Grande do Norte, houve combate em Belém do Rio do Peixe, hoje Uiraúna (PB), resultando em sério revés para o grupo cangaceiro, quando perderam dois importantes membros, pois a torre da igreja havia sido empiquetada. Nesse ínterim, Lampião descobriu ter sido ludibriado. A munição adquirida estava imprestável para uso.

Acatando as ordens do chefe, o bando deu meia-volta e retornou ao Ceará para se refazer do combate desastrosos em Belém do Rio do Peixe, em fazenda do “Coronel” Isaías Arruda, um dos maiores coiteiros de cangaceiros.

A junção de forças, de Lampião e dos demais grupos de cangaceiros que cerraram fileiras com o “rei do cangaço”, com o bando de Massilon estava prevista para acontecer nos primeiros dias do mês de maio, mas devido ao revés ocorrido na Paraíba, ficou absolutamente impossibilitado de acontecer o encontro dos famanazes bandoleiros das caatingas.

Seguindo instruções de Décio Holanda, Massilon e seu bando atacaram Apodi no dia cinco de Maio de 1927. O objetivo era concretizar o ódio devotado pelo irascível genro de Tylon Gurgel contra o chefe político de Apodi.

Tylon Gurgel. Era irmão do coronel Antonio Gurgel sequestrado por Lampião quando da tentativa de  ataque à Mossoró

O “Coronel” Francisco Pinto era um homem que havia colecionado um rosário de inimizades, estando Décio Holanda entre os desafetos mais perigosos. Massilon e seu pequeno bando dominaram facilmente a localidade, exigindo usual tributo e aprisionando sem mais delongas o alvo principal dos atacantes.

Chico Pinto

Humilhado e conduzido como animal pelas ruas de Apodi, Chico Pinto viu a morte de perto na forma de impressionante punhal arrastado por Massilon para sangrá-lo ali mesmo, na frente de todos, talvez, agindo assim, serviria como aviso para que todos respeitassem Décio Holanda. 

A intervenção oportuna do pároco local foi providencial para evitar o martírio do chefe político apodiense. Era conhecido o respeito que os cangaceiros devotavam aos padres. Naquele dia, Padre Benedito tornou-se o grande herói do Apodi, pois os cangaceiros atenderam ao pedido e deixaram Chico Pinto vivo, não obstante no ano de 1935 ter sido assassinado por questões políticas.

Coronel Rodolfo Fernandes

O ataque do bando de Massilon a Apodi, junto com o aviso dado por Joaquim da Silveira Borges e com a carta enviada por Argemiro Liberato de Alencar, de Pombal (PB), destinada ao compadre Rodolfo Fernandes em Mossoró (RN), serviram de aviso para que a inquietude reinasse no peito do bravo chefe político mossoroense de que a iminência de uma invasão cangaceira estava prestes a acontecer a qualquer momento, fato concretizado no mês seguinte quando a audácia de Lampião e seus seguidores chegaram às portas da capital do oeste potiguar exigindo a exorbitante quantia de quatrocentos contos de réis para poupar a cidade de uma invasão violenta. O resultado todos sabemos qual foi.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-adjunto da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente. 

Enviado pelo o autor

http://blogdomendesemendes.blogspot.com