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terça-feira, 1 de outubro de 2019

COITO DA PIA DAS PANELAS


Por Rangel Alves da Costa

Pia das Panelas, o nome pode ser entendido pela foto abaixo. O musgo verde está por cima da água num buraco formado na pedra pela própria natureza. No rochedo avistado há pelo menos cinco formações como esta. Cada formação aberta na pedra é conhecida como panela, precisamente por seu formato em bojo e o poder de acumular muita água. E pia significando o contexto de todas as panelas existentes neste rochedo. Daí o nome Pia das Panelas. E Coito da Pia das Panelas pelo fato de que este local, neste rochedo e arredores, o bando de Lampião muito buscou repouso e refúgio nas suas andanças pelos sertões de Poço Redondo. Não somente se acoitou como deixou marcas profundas de mortes e sofrimentos. Nada menos que cinco pessoas foram mortas e enterradas nestes arredores, entre cangaceiros e pessoas comuns. Onde fica? Na região da Comunidade Areias. E será um dos destinos do 1º Caminhos do Cangaço, que será realizado em Poço Redondo nos dias 15 e 16 de novembro de 2019.


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TRAGÉDIA DO RIO DO SAL

Por Antônio Corrêa Sobrinho

Em julho que passou fez 68 anos do desastre aéreo ocorrido nas proximidades de Aracaju, capital do estado de Sergipe, considerado, na época, uma das maiores tragédias da aviação comercial brasileira, em que morreram os 32 ocupantes do bimotor Douglas, prefixo PPL-PG, pertencente à Linhas Aéreas Paulistas (LAP), dentre os quais o governador do Rio Grande do Norte, Sr. Jerônimo Dix-Sept Rosado Maia, membros do alto escalão do governo e 6 pessoas pertencentes a uma só família.

Governador Jerônimo Dix-sept Rosado Maia

12 de julho de 1951 foi a data do desastre, um dia que consternou o Brasil, o Nordeste, os sergipanos, pernambucanos, paraibanos, e enlutou profundamente os rio-grandenses-do-norte, que perderam conterrâneos e o seu governador.

Apesar da grandiosidade do acidente, da enorme repercussão que teve em todo o país e do seu significado político, o tempo, o ofuscador natural das coisas pretéritas, associado ao desinteresse do geral da sociedade em manter vivas certas significativas memórias, encarregou-se de tornar praticamente esquecido o infausto ocorrido no rio do Sal, momento da extinção de valorosos seres humanos, um deles chefe de Estado.

Sou filho de Aracaju, cidade onde sempre vivi, e desde menino sei da história do avião que caiu no rio do Sal, um dos afluentes do rio Sergipe, entre os povoados Sobrado e Calumbi, de Nossa Senhora do Socorro, município da Grande Aracaju, situado nos limites norte e noroeste desta capital. Mas, sempre soube porque a família do meu saudoso avô materno, Erundino José de Santana, é originária justamente do Sobrado, onde nos idos dessa tragédia parte dela morava. Nem é preciso dizer o quanto estes meus parentes diziam dessas horrendas mortes no rio do Sal, bem como, da possibilidade de o avião ter caído sobre suas cabeças, casas ou nas salinas que eles ali possuíam, bastando o destino ter querido.



Sem este quando em vez recordar, estaria eu na mesma condição do geral da população, de pouco, quase nada ou nada saber a respeito do acidente aéreo em 1951 no rio do Sal, e que tantas vidas ceifou, como a do novel governador potiguar, Dix-Sept Rosado Maia, este que o aqui já mencionado destino fez nascer na gloriosa Mossoró das grandes salinas, e falecer no rio das salinas sergipanas.

E foi em face do acima exposto que me propus a trazer ao presente, reunidos e com a roupagem da tipografia moderna, o que disseram os jornais brasileiros deste lastimável desastre. Para tanto, utilizei-me da hemeroteca digital da Biblioteca Nacional (BN) e do acervo dos jornais sergipanos, disponibilizado no site da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que me levaram às reportagens contemporâneas ao acidente, dos jornais Correio de Aracaju (SE), O Nordeste (SE), O Globo (RJ), A Noite (RJ), Diário de Sergipe (SE), Diário de Natal (RN), Diário de Notícias (RJ), A Ordem (RN), Diário de Pernambuco (PE), Jornal de Notícias (SP), A Cruzada (SE) e Sergipe-Jornal (SE). Além das manchetes acerca do acidente, do O Liberal (PA), Jornal do Dia (RS), Jornal Pequeno (PE), Imprensa Popular (RJ), A Manhã (RJ), Gazeta de Notícias (RJ), Diário Carioca (RJ), O Jornal (RJ), Última Hora (RJ), Tribuna da Imprensa (RJ), Correio da Manhã (RJ) e Correio Paulistano (SP).


Estátua do ex-governador do Rio Grande do Norte Jerônimo Dí-sept Rosado Maia

Por oportuno, fiz constar da presente compilação as duas seguintes coordenadas geográficas: a 10º52’59.0”S 37º07’02.6”W (-10.883041, -37.117395) e a 10º53’21”S 37º06’42”W (-10.889167, -37.111667), as quais tenho como balizadoras do trecho do rio onde o avião sucumbiu (ficarei devendo o ponto exato da queda), o que faço baseado nas informações destes jornais e as a mim recentemente prestadas por pessoas que conversei na localidade: de que a aeronave caiu, a rigor, no riacho Calumbi, um pequeno braço, um adendo, um complemento do rio do Sal; da referência que é feita a uma ponte (férrea, ainda existente) sobre este riacho Calumbi e a, segundo alguns jornais não sergipanos, um choque do avião com a esta; que o desastre aconteceu nas proximidades da fazenda Coqueiro e das salinas da empresa Cabral Machado, nas terras do Sobrado e Calumbi, de Nossa Senhora do Socorro, a três quilômetros do campo de aviação, o aeroporto de Aracaju na época.

Dizer, concluindo, que os estados de Sergipe e do Rio Grande do Norte possuem uma história em comum, nascida há 68 anos, neste rio do Sal, indelével acontecimento, que nem o tempo nem as gerações apagarão. Uma história de compartilhamento de desespero, perdas, encontros, tristeza, sofrimento, dor, lamento, luto, solidariedade, gratidão.

Que sejam as narrativas aqui reunidas, propugnadoras da causa de fazer redivivo este fato social e histórico-político que foi o desastre aéreo ocorrido na manhã chuvosa da quinta-feira, 12 de julho de 1951.

Juntei, no final do trabalho, imagens que publicadas com as matérias jornalísticas e outras colhidas na internet.

Agradecendo ao meu filho Thiago, pela capa e diagramação deste singelo trabalho, dou por encerrada a apresentação.

Aracaju/SE, 28 de setembro de 2019.


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ABLAC HOMENAGEIA ANTÔNIO AMAURY CORREA DE ARAUJO


Flagrante da homenagem da ABLAC a Antônio Amaury Correa de Araujo
Foto: Geraldo Junior
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Aconteceu na tarde desta segunda-feira, dia 30 de setembro de 2019, a visita oficial da ABLAC - Acadêmia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço ao pesquisador e escritor Antônio Amaury Corrêa de Araújo. Na oportunidade a Academia representada por um de seus membros, o pesquisador Luiz Ruben Bonfim; acompanhado de sua esposa dona Ângela; entregou ao ilustre pesquisador o Título de Membro Honorário do referido sodalício como também Medalha Comemorativa ao ato. O referido título, uma proposição do senhor presidente da ABLAC, pesquisador Archimedes Marques; aprovada por unanimidade em Assembléia do prestigiado sodalício; presta uma das mais justas homenagens ao Mestre da pesquisa do Cangaço, Doutor Antônio Amaury Correa de Araujo.

 Antônio Amaury e Luiz Ruben
Antônio Amaury e Pedro Popoff
Fotos:Carla Mota

A visita aconteceu na residência da família Corrêa de Araujo em São Paulo, tendo como anfitriões, além do homenageado, sua esposa, dona Renê e o filho Carlos Elidyo. Participaram também do momento da homenagem os pesquisadores; Geraldo Antônio de Souza Junior, Adauto Silva, além da família Popoff; Carla e Marcelo, além de Pedro Popoff, o "Menino do Cordel e do Baião".

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Fonte: YouTube
Por: Geraldo Antonio Souza Junior

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ABLAC - Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço, foi fundada na noite do dia 25 de julho de 2019 no auditório do Hotel Lagoa Lazer, Hotel Oficial do Cariri Cangaço 10 Anos na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará . A ABLAC apresentou como acadêmicos fundadores representantes de oito estados da federação, sendo o estado de Pernambuco com 6 membros: Ana Lucia Granja de Souza, Luiz Ruben F. de A. Bonfim, Antônio Vilela de Souza, Euclides José de Almeida Junior, Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho e Lourinaldo Teles Pereira Lima, Sergipe com 5 membros: Archimedes José Melo Marques, Elane Lima Marques, Raul Meneleu Vasconcelos, Osvaldo Abreu e Rangel Alves Costa, seguindo o estado do Ceará também com 4 componentes: Ângelo Osmiro Barreto, Juliana Pereira, Manoel Severo Gurgel Barbosa e Severino Neto de Souza, Bahia com 4 integrantes: Gilmar Teixeira Santos, João de Sousa Lima, José Bezerra Lima Irmão e Voldi Ribeiro, Paraíba com 3 - Bismarck Martins de Oliveira, Jorge Remígio e Narciso Aparecido Dias, o estado do Rio Grande do Norte com 2 membros: Ivanildo Alves da Silveira e Francisco Honório de Medeiros Filho, o estado de São Paulo com 1, José Sabino Bassetti como também o estado do Piauí com 1:Leandro Cardoso Fernandes.o

"Paulista, Antônio Amaury, é um dos maiores pesquisadores da vida de Lampião e da história do cangaço, há mais de 60 anos em busca de informações sobre o assunto realizou muitas entrevistas (com pessoas da sociedade, do cangaço e das forças policiais da época e familiares remanescentes). Suas pesquisas minuciosas, diretas, imparciais, fazem-no um autêntico mestre, criterioso e honesto. Nos anos 70, tornou-se conhecido em todo o Brasil ao participar do "Programa 8 ou 800", da TV Globo, respondendo sobre o assunto. Tem vários livros publicados sobre o assunto, entre eles:“Lampião: Segredos e Confidências do Tempo do Cangaço”; “Assim Morreu Lampião”; “Lampião: As Mulheres e o Cangaço”; “Gente de Lampião: Dada e Corisco”; “Gente de Lampião: Sila e Zé Sereno”; “De Virgolino a Lampião”; “O Espinho do Quipá” (estes dois últimos em co-autoria com Vera Ferreira, neta de Lampião); “Lampião e Maria Fumaça” (co-autoria com Luiz Ruben F. de A. Bonfim, de Paulo Afonso – BA); “A Medicina e o Cangaço” (em co-autoria com Leandro Cardoso Fernandes, de Teresina – PI).
Seu trabalho mais recente é “Lampião e as Cabeças Cortadas”, também em co-autoria com Luiz Rubem Bonfim. É também Sócio-fundador da União Nacional de Estudos Históricos e Sociais – UNEHS.

Dr Amaury e o Cariri Cangaço
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Antônio Amaury ao lado da equipe de produção do Cariri Cangaço Barro 2013, 
Fazenda Nazaré...
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Antônio Amaury Corrêa de Araujo possui fortes ligações com o Cariri Cangaço. Desde nossa primeira edição ainda no ano de 2009 como um de nossos principais incentivadores e apoiadores, sendo figura principal dentre todos os ilustres convidados daquele que se prenunciava como um dos maiores eventos já realizados sobre a temática cangaço. Ao longo desses últimos dez anos de Cariri Cangaço, tivemos a honra e o grande privilégio de contar com o Mestre Antônio Amaury em incontáveis de nossas agendas, sendo referência na pesquisa e estudo da temática cangaço, muito nos honra em tê-lo na família Cariri Cangaço.


 Um dos momentos marcantes de Antônio Amaury em nosso Cariri Cangaço Crato 2011; Debate no SESC-Cariri Cangaço - "Angico" ao lado de Alcino Alves Costa, Paulo Gastão, Manoel Severo, Sabino Bassetti e Aderbal Nogueira
Presença marcante de Antônio Amaury em edições Cariri Cangaço:
Juazeiro do Norte em 2009, Barbalha em 2010, Juazeiro em 2010 e Piranhas 2015
Aderbal Nogueira, Leandro Cardoso, Antônio Amaury, Paulo Britto e Alcino Alves Costa na abertura do Cariri Cangaço em Juazeiro do Norte em 2009
Carlo Elidyo e Antônio Amaury no Cariri Cangaço Aurora 2010, 
Fazenda Ipueira de Isaias Arruda
Antônio Amaury ao lado de Manoel Severo, Celso Nogueira e João de Sousa Lima
Debate na Fazenda Patos, Cariri Cangaço Piranhas 2015
Antônio Amaury recebe homenagem das mãos de João de Sousa Lima 
no Cariri Cangaço Barbalha 2011
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"Era ainda o ano de 2015, fazia tempo que não encontrava São Paulo tão quente, a sensação térmica estava terrível, a umidade do ar e termômetro marcando 33º C em plena 18:30h só perdiam para a satisfação e alegria em reencontrar queridos e espetaculares amigos. O bairro; Jardim São Paulo;  extremamente agradável e a travessa Guajurus, um recanto onde pontuam preponderantemente residências, pequenos sobrados e pequenas vendas, nos transportam para uma "Sampa" mais tranquila, onde as pessoas ainda se cumprimentam nas calçadas, jogam conversa fora, sorriem juntas... É ali o "coito" de um dos mais respeitáveis pesquisadores sobre o cangaço no Brasil: Antônio Amaury Correia de Araujo, nosso Mestre." Manoel Severo, Curador do Cariri Cangaço, sobre uma de suas visitas ao Mestre Amaury...
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Manoel Severo, Napoleão Tavares Neves, Antônio Amaury e Múcio Procópio 
no Cariri Cangaço Porteiras 2011
Antônio Amaury e o Cariri Cangaço
 Cariri Cangaço, território de grandes encontros: Antônio Amaury e Alcino Alves Costa no grande Cariri Cangaço Crato 2013

Antônio Amaury e Lamartine Lima no Cariri Cangaço Piranhas 2015
Fazenda Pau de Arara
Narciso Dias, Jorge Remígio, Sousa Neto, Lamartine Lima e Antônio Amaury


"Mestre, segundo o "Aurélio" significa: Professor de grande saber e nomeada, o que é versado em qualquer ciência ou arte, oficial graduado de qualquer profissão... Para mim, Mestre é tudo isso e mais: É aquele que coloca a alma, o coração e todos os seus talentos e esforços, naquilo em que acredita, naquilo pelo qual tem paixão, naquilo que faz o olho brilhar. Querido amigo e Mestre Antônio Amaury temos você como nosso Mestre, e saiba que está em nosso coração" Manoel Severo, Curador do Cariri Cangaço e membro da ABLAC.

 Antônio Amaury e Manoel Severo
Antônio Amaury, Dr Napoleão Tavares Neves e Lemuel Silva no 
Cariri Cangaço Juazeiro do Norte
 Manoel Severo, Dr Lamartine Lima e Antônio Amaury
Zé Tavares Neto , Valquíria e Antônio Amaury em visita do Cariri Cangaço no Angico
Marcos e Felipe Passos, Ivanildo Silveira, Antônio Amaury e Jorge Remígio
Cariri Cangaço Porteiras 
Antônio Amaury, Ivanildo Silveira e Alcino Alves Costa, Cariri Cangaço Crato
Antônio Amaury, Dorivan Amaro e Lemuel Silva:
Cariri Cangaço Barbalha
 
Dr Benedito, Manoel Severo e Antônio Amaury
Anfitriã, Dona Renê
Manoel Severo e Antônio Amaury

Concessão do Título de Sócio Honorário da ABLAC
Antônio Amaury Correa de Araujo
São Paulo, 30 de setembro de 2019 


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GUGI, PAPAGAIO E CATA-VENTO

Clerisvaldo B. Chagas, 10 de outubro de 2019
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.190

O papagaio e o cata-vento estavam sempre ali na última casa do Bairro São Vicente. Todos os domingos batíamos perna rumo a serra do Gugi. Turminha de quatro a cinco companheiros, descíamos a ladeira do Pelado, Baixio, Imburana do Bicho, Camonga, Cedro, Gravatá, Cedro do Gugi, Terra Vermelha, Pé da Serra. Galinhada na casa do senhor Jonas – várias vezes candidato a vereador – e fila indiana pelo difícil acesso ao lombo da serra. Lá no alto, um paraíso na terra. Inúmeras árvores frutíferas e uma paisagem de tirar o fôlego. Era o dia inteiro chupando manga “Gobom”, grande, deliciosa, quase sem caroço, no sítio de dona Neném. Jabuticaba, caqui, goiaba, cana caiana, laranja, banana, naquele Éden santanense. Mais tarde descíamos mais um pouco para beber caldo de cana no engenho do senhor Olavo.
PAPAGAIO. (FOTO: CANAL DO PET).
Nunca fomos mais acima onde existe uma grande pedra e vista para a cidade de Dois Riachos. Foi por ali que foi morto mais tarde o famigerado pistoleiro Zé Crispim. Ponto culminante do município de Santana do Ipanema, o Gugi está situado a 12 km do centro de Santana. Aos seus pés escorre o riacho Gravatá, afluente pela margem esquerda do rio Ipanema. O complemento das delícias serranas estava num belíssimo poço sombreado com árvores de porte e pedras enormes em suas margens. Nunca encontrávamos o riacho Gravatá em época de cheia, mas o poço de água fria nunca nos faltou naquelas andanças domingueiras. Nos estertores da tarde retornávamos em cima dos pés, chegando à cidade já com as luzes dos postes em atividade.
Atualmente o Bairro São Vicente encontra-se completamente modificado. Inúmeras e importantes construções ocuparam o antigo espaço vazio e acidentado entre ele e a Lagoa do Junco. Até mesmo hotel de luxo se encontra onde se ouvia o charlear do papagaio. O trajeto até a serra parece o mesmo de cinquenta anos atrás. Mas o cume do Gugi só não mudou a parte física. Infelizmente o tal desmatamento está sempre amolando machado a golpear a natureza.
E no pensamento, segue a jornada, Clerisvaldo, Mileno e José Carvalho, Chico de Assis... Subindo e descendo a Ladeira do Pelado...
Saudade no cenário: cata-vento e papagaio.


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MOMENTO ÚNICO COM OS MAIS RESPEITADOS PESQUISADORES E ESCRITORES DO TEMA DO CANGAÇO. ANTÔNIO AMAURY E LUIS RUBEN

Por Pedro Popoff


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ESSA FIGURAÇA DISPENSA APRESENTAÇÕES.

Por Geraldo Júnior

Disponível no canal Cangaçologia (YouTube).

Tive no dia de ontem a grata satisfação de fazer um registro em vídeo com o garoto Pedro Motta Popoff "Pedro do Cordel" um dos mais notáveis expoentes da história e da cultura nordestina na atualidade, fala sobre seus trabalhos, que tem como pano de fundo a cultura nordestina e saúda os inscritos e simpatizantes do nosso canal.

Conheçam um pouco da história dessa figura carismática que a cada dia vem ganhando espaço entre os expoentes culturais do Nordeste.

O CANGACEIRO-MIRIM "PEDRO DO CORDEL" VISITA O CANAL CANGAÇOLOGIA.



O garoto Pedro Motta Popoff "Pedro do Cordel" um dos mais notáveis expoentes da história e da cultura nordestina na atualidade, fala sobre seus trabalhos, que tem como pano de fundo a cultura nordestina e saúda os inscritos e simpatizantes do nosso canal. Conheçam um pouco da história dessa figura carismática que a cada dia vem ganhando espaço entre os expoentes culturais do Nordeste.

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TRECHO DE MEU LIVRO "MEMÓRIAS SANGRADAS", COM A PARCERIA LUXUOSA DE LUCIANA NABUCO:

Por Ricardo Beliel

Corisco era pássaro livre. Não tinha nascido para viver na gaiola. Via com desconfiança a oferta de anistia aos cangaceiros desertores, anunciada pelo bonachão Vargas lá do distante Rio de Janeiro. Na companhia de Dadá e seu grupo de cerca de dez bandoleiros seguiu se acoitando por meses nas caatingas inóspitas do interior baiano. Em um tiroteio na Lagoa do Mel o Diabo Louro teve os dois braços destroçados por balaços, perdendo-os para a serventia na luta, e só conseguiu sobreviver com o apoio de Dadá, que apanhou seu fuzil e lhe deu cobertura atirando contra os macacos. Quando acabaram as balas atacou-os com pedras e fúria.

Certa vez, Dadá preocupada com as "persigas" constantes, as duras condições de sobrevivência no isolamento do sertão e a redução do bando perguntou a Corisco se ele andava pensando em se entregar. O destemido guerrilheiro matutou, demorou a responder e quando tentou justificar a demora no aparte, Dadá, revoltada, fuzilou o marido: "então, tome aqui minha roupa e me dê a sua, que isso não é proceder de homem!"

Foto de Benjamin Abrahão, feita em 1936 em Alagoas. Notem que Dadá estava grávida.


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MORRE EM PAULO AFONSO, AOS 114 ANOS DE IDADE, DONA FIRMINA "CABOCLA", COITEIRA E LAVADEIRA DO BANDO DE LAMPIÃO

Por João de Sousa Lima




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"CORISCO NÃO SE ENTREGA PORQUE A MULHER (DADÁ) NÃO DEIXA.



Quando o cangaceiro Velocidade (Antônio Porfírio dos Santos) resolveu se entregar às autoridades, trouxe consigo os pertences de Corisco e disparou:

"CORISCO NÃO SE ENTREGA PORQUE A MULHER (DADÁ) NÃO DEIXA.


Corisco movido pelo vício da embriagues se tornava a cada dia mais dependente de sua companheira, que por sua vez, cada vez mais passava a comandar os poucos Cabras que ainda restavam do antigo grupo cangaceiro, outrora, liderado, por Corisco.

Nas imagens anexadas a essa matéria, que foram estampadas nas páginas do extinto Jornal carioca "A Noite", podemos observar os pertences de Corisco e uma fotografia de Velocidade.



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COMO PODE CORISCO UM CANGACEIRO TÃO BRAVO E SANGUINÁRIO... APANHAR DA MULHER (DADÁ)?


Material do acervo do pesquisador Geraldo júnior

COMO PODE CORISCO UM CANGACEIRO TÃO BRAVO E SANGUINÁRIO... APANHAR DA MULHER (DADÁ)?

Palavras do ex-cangaceiro Pancada (Lino José de Souza) ao Jornal "A Noite".

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