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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

O GAÚCHO LUIZ GONZAGA E NOSS@S AMIG@S GAÚCHOS

Kydelmir Dantas (Nova Floresta-PB)

De repente, não mais que de repente, chega à nossa porta 4 gaúchos e duas parentas: Jotabê e Denise, Flávio e Otilina (Venâncio Aires-RS); dona Tita e Fabiana (de Picuí-PB). Vieram nos trazer alegrias, boas companhias e bons papos, para um bom início de semana. Desde o momento que a Fabiana nos avisou que estaria vindo que lembrei-me de como deveria receber estes irmãos brasileiros, num encontro de Nordeste a Sul Daí pensei: o que fazer pra recepciona-los? E lembrei-me que o Rei do Baião havia gravado músicas de compositores gaúchos, inclusive de um dos mais famosos na MPB, Lupicínio Rodrigues e, também, do gaiteiro mais conhecido por lá e por cá, o Renato Borghetti. Entonces, ao adentrarem nosso espaço de leituras e pesquisas, recebemo-los com a música FORRÓNERÃO (Renato Borghetti), com a participação especial do seu autor, que na mesma faixa há uma introdução com música incidental a já conhecida JARDIM DA SAUDADE (Lupicínio Rodrigues – Alcides Gonçalves), valsa gravada anteriormente em 1952, e a prosa do Luiz Gonzaga, gravadas em 1986, no Lp LUIZ GONZAGA - FORRÓ DE CABO A RABO. O que foi tri-legal, bá! Sem “oxêntes” e nem “prumodes”!


Daí, geramos este texto donde acrescentamos, para conhecimentos outros, os Compositores gaúchos na discografia Gonzaguiana:

ALCIDES GONÇALVES - (1908-1987). Compositor, cantor e instrumentista. Nasce em Porto Alegre, RS. Luiz Gonzaga grava uma valsa dele, JARDIM DA SAUDADE, e do conterrâneo Lupicínio Rodrigues, no 78 rpm de 1952.

ALEMÃO - Olmir Stocker, nasceu em Taquari, em 1936. Violonista, guitarrista, compositor, parceiro de Elzo Augusto na canção ETERNO CANTADOR, título do disco de Luiz Gonzaga de 1982.

BARBOSA LESSA. Luiz Carlos Barbosa Lessa (1929-2002). Nasce em Piratini. Folclorista, escritor, músico, advogado, historiador, compositor. Coautor de CAPITÃO JAGUNÇO (Paulo Dantas – Barbosa Lessa), e autor exclusivo do xote AROEIRA (Barbosa Lessa), ambas do disco LUIZ “LUA” GONZAGA, de 1961.

HERON DOMINGUES. Heron de Lima Domingues (1924-1974). Nasce em São Gabriel. Locutor de rádio e de televisão. Em 1957, Luiz Gonzaga lança o disco 78 rpm da toada QUARQUÉ DIA, uma parceria deste gaúcho com o Jairo Argileu.

LUPICÍNIO RODRIGUES (1914-1974). Nasceu e faleceu em Porto Alegre. Cantor e compositor. Em 1952, Luiz Gonzaga grava duas valsas deste: JUCA (Lupicínio Rodrigues) e JARDIM DA SAUDADE (Lupicínio Rodrigues - Alcides Gonçalves).

RENATO BORGHETTI - Nasceu em Porto Alegre, no ano de 1963. Gaiteiro (gaita-ponto), compositor, pesquisador do folclore gaúcho, artista plástico, ensaísta, antropólogo. Luiz Gonzaga grava uma obra instrumental deste gaúcho, Forrónerão, no disco GONZAGÃO FORRÓ DE CABO A RABO, de 1986. A execução do gaiteiro é antecedida de música incidental - Jardim da Saudade - e da declamação do Rei do Baião exaltando as belezas gaúchas: “Ô beleza! Eu conheço o RS... Suas serras, as coxilhas, suas praias... É lindo demais. Olhe, se você num vai ter essa glória, faça como eu. Compre um disco de Renato Borghetti, leve pra casa, coloque na eletrola, sente na sua poltrona, tire o sapato, espalhe o pé e feche os olhos. Você vai ver até Lupicínio Rodrigues bebendo, cantando e amando aquelas chinas de lá! He! É bom demais... Rio Grande do Sul!”. Em seguida, Borghettinho executa sua exuberante e saltitante Forrónerão.

Fontes de pesquisa: www.radios.ebc.com.br/supertonica/olmir-stocker. / Enciclopédia da Música Brasileira: 1977. / Revista Nossa História, Nº 5: 2004. / Revista do Rádio: Nº 72; Revista do Rádio: Nº 200. / Lp FORRÓ DE CABO A RABO, 1986. / Acervo do jornalista Xico Nóbrega (Campina Grande-PB). / Acervo de Kydelmir Dantas (Nova Floresta-PB).

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QUE VENHA O ESPETACULAR ANO DE 2023!

 

Se o ano de 2022 foi extraordinário com as edições em Paulo Afonso, Piranhas, Serra Talhada, Calumbi e Bom Nome, o ano de 2023 promete com uma agenda realmente ousada e sensacional, vem ai: Princesa Isabel, São José de Princesa-Patos de Irerê, Triunfo, Mossoró, Campina Grande, Ingá e muito mais...

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço

O Cariri Cangaço volta a Princesa e Patos de Irerê, na Paraíba; marco espetacular do Território Livre de Princesa, as ligações perigosas do Coronel Zé Pereira, Marcolino e Lampião, o lendário Casarão de Patos; e chega pela primeira vez em Triunfo, uma das cidades mais bonitas de Pernambuco e do Brasil; cheia de história, tradição e cangaço, numa das mais aguardadas agendas do ano Cariri Cangaço, num consórcio inédito entre os estados da Paraíba e de Pernambuco. Será entre os dias 23 a 26 de março de 2023. 

No mês de junho o Cariri Cangaço desembarca pela primeira vez no estado do Rio Grande do Norte e na emblemática Mossoró, no oeste potiguar; terra do Chuva de Bala e do ataque de Lampião em 13 de junho de 1927; a trama do ataque, o cerco, a resistência sob o comando de Rodolfo Fernandes, a morte de Jararaca - o santo cangaceiro. Aqui seremos recebidos pelo Fórum do Cangaço da SBEC e pelos Diálogos Paulo Gastão, numa iniciativa extraordinária entre a SBEC e o Cariri Cangaço. Será entre os dias 09 a 11 de junho de 2023. 

Antônio Silvino, outro emblemático personagem da saga sertaneja do cangaço, com trajetória também marcante e longeva nas caatingas nordestinas, mas pouco estudado. Em novembro o Cariri Cangaço traz até você pela primeira vez; a partir da Serra da Borborema e das cidades de Campina Grande e Ingá; a extraordinária história do Rifle de Ouro - A Saga de Antônio Silvino, numa inciativa ousada e inédita. Será entre os dias 30 de novembro a 02 de dezembro.

Cariri Cangaço, Território de Grandes Encontros, sempre...

Agora é com você, vem com a gente; Avante!

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço.

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BOM NOME, TRADICIONAL DISTRITO DE SÃO JOSÉ DE BELMONTE RECEBE EM DIA DE GRANDE FESTA O CARIRI CANGAÇO 2022

 

Grande Festa do Cariri Cangaço em Bom Nome

Em seguida às visitas as Fazendas Pitombeira e Carnaúba, a caravana Cariri Cangaço seguiu para espetacular recepção aos convidados realizada pelo tradicional e acolhedor distrito de Bom Nome no município de São José de Belmonte. Tendo como grande anfitriã Cilene Pereira Valões e toda a equipe da Escola de Referência Napoleão Araújo, a comunidade e as família de Bom Nome realizaram uma das maiores festas de toda a programação do Cariri Cangaço 2022.


Cilene Pereira Valões ao lado de Manoel Severo

"Cilene abraçou o Cariri Cangaço de uma forma absolutamente extraordinária, talvez com a mesma força do tamanho de seu amor por sua querida terra: Bom Nome. Hoje vivemos uma festa inesquecível aqui em Bom Nome, todo o compromisso de Cilene foi assumido por toda comunidade do lugar, que lotou essa quadra esportiva, proporcionando uma das maiores recepções ao Cariri Cangaço. Uma festa cheia de história, memória e afeto. Nossa gratidão a toda equipe da escola de Referência Napoleão Araújo que se desdobrou com o que tem de melhor; arte, cultura, artesanato, culinária... Sairemos daqui hoje levando Bom Nome em nosso coração, a partir de hoje, Bom Nome é terra do Cariri Cangaço". Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço 

Equipe da Escola de Referência Napoleão Araújo, um show a parte...

Por volta das 13h30 do dia 12 de novembro de 2022, chegava a Bom Nome a caravana Cariri Cangaço, a recepção ficou a cargo do Grupo de Bacamarteiros da Pedra do Reino. O estampido seco e ensurdecedor dos destemidos bacamartes e o entusiasmo dos participantes nos lembravam a força inegável do sertão. Neste dia Bom Nome escreveu sua historia com a força de sua tradição e de seu povo ao receber pesquisadores de todo o Brasil em mais uma grande festa do Cariri Cangaço. 

Quem nos conta é o Conselheiro Cariri Cangaço, Valdir Nogueira: "Surgido em 1902, com a primitiva denominação de “Malhada do Bom Nome”, impulsionado com uma concorridíssima feira, dada a sua excelente localização, Bom Nome, 2º Distrito do município de São José do Belmonte, tem suas preliminares originadas no século XIX, surgido na antiga fazenda Sabonete, de propriedade de José Carlos Rodrigues, remanescente da Casa da Torre da Bahia, e onde foi estabelecido um dos grandes currais pertencente aos membros da família Pereira do Pajeú. Todavia, além dessa família, no início, seu principal contingente humano também se constituiu dos Rodrigues do Nascimento, Ferreira da Cunha, Bezerra,  Gomes e Barbosa Leal, Ribeiro de Freitas, Araújo, dentre tantas outras.

Conselheiros Cariri Cangaço Clênio Novaes e Valdir Nogueira
Manoel Severo e os Bacamarteiros da Pedra do Reino
Grupo de Bacamarteiros da Pedra do Reino, uma festa a parte 
no Cariri Cangaço Bom Nome 2022

Ora, quando foi criado o município de Belmonte em 02 de outubro de 1890, emancipado do município de Vila Bela, através de lei, o novo município foi dividido em três distritos com as respectivas denominações:1º Distrito: Belmonte (Sede); 2º Distrito: Boqueirão;3º Distrito: Santa Maria. Por portaria de 22 de dezembro de 1902, o 2° distrito de Boqueirão teve sua sede transferida para a fazenda Carnaúba, dada a influência política do seu proprietário o coronel Manoel Pereira Lins (Né da Carnaúba). No entanto, por portaria de 3 de julho de 1919,  o povoado de Bom Nome se tornou então nesta data sede do 2º Distrito de São José do Belmonte.

coronel Manoel Pereira Lins, o Né da Carnaúba, sentado à direita

A história é uma colcha de retalho onde cada pedaço se completa e dar novo espaço e nova tonalidade para aquilo que se quer construir. Pois bem, a história de Bom Nome está intrinsecamente ligada a lendária fazenda Carnaúba do coronel Manoel Pereira Linz, que também foi um dos doadores no ano de 1918 do Patrimônio de Santo Antônio de Bom Nome. Prefeito de Belmonte, figura importante no sertão do Pajeú, grande liderança política, este senhor vivenciou todo período do cangaço lampiônico e a última fase da luta entre os dois tradicionais clãs Pereira e Carvalho que por muitos anos se digladiaram no sertão do Pajeú, tendo participação ativamente nos eventos de defesa e ataque da sua família Pereira contra os Carvalhos. E foi justamente nesse momento agudo da questão Pereira e Carvalho que no distrito de Bom Nome foi instalado um comando com reforço de praças numa ferrenha perseguição a Sinhô Pereira e Luiz Padre, primos do coronel Né da Carnaúba, onde se destacaram nomes como o capitão José Caetano e o capitão Theófhanes Torres.  A partir de então Bom Nome começou a fazer parte constante nos noticiários de jornais.

Conselheiros Clênio Novaes, Valdir Nogueira, Manoel Severo e Luiz Ferraz Filho
A beleza e o talento artístico e cultural da meninas de Bom Nome, alunas da Escola de Referência Napoleão Araújo e a homenagem ao padroeiro do distrito Santo Antônio

"De parabéns estão todos os bonomenses que de alguma maneira contribuíram para que este acontecimento cultural pudesse acontecer como realmente aconteceu: pleno de sucesso e brilho intenso. Muito especialmente pela determinação e ousadia desta figura incansável; uma baluarte chamada Cilene Pereira, gestora da Escola Napoleão Araújo neste distrito e toda a sua dinâmica equipe por sinal muito atuante naquele tradicional educandário, também o apoio da Prefeitura Municipal de São José do Belmonte, por meio da Secretaria de Turismo, Diretoria de Cultura, Câmara de Vereadores e movimentou a vila com uma rica programação que surpreendeu e encantou a todos os ilustres visitantes." Comenta Valdir Nogueira.

Professora Lurdes e a canção Ave Maria Sertaneja
"Gente de Raiz, Força e Fé..."
O xaxado tradicional dos sertões nordestinos, na pisada doce e precisa das meninas de Bom Nome passando pela força e o talento dos jovens aboiadores que a todos emocionaram. Foi a grande festa do Cariri Cangaço em Bom Nome.

"Testemunhar a extraordinária festa que a comunidade de Bom Nome aqui em São José de Belmonte proporcionou nessa tarde para o Cariri Cangaço foi realmente algo que nos emocionou a todos. O pessoal das escolas, as crianças, as famílias, todo o zelo com o resgate histórico, as apresentações, o almoço com cardápio regional, enfim, Bom Nome hoje escreveu seu bom nome nos anais de nosso Cariri Cangaço, estão todos de parabéns , principalmente nossa anfitriã, Cilene Pereira" fala Gilmar Teixeira, Conselheiro Cariri Cangaço de Feira de Santana na Bahia.
Conselheiro Cariri Cangaço Gilmar Teixeira
José Francisco e Elita Maria
Manoel Severo e Klyvio Barros
Conselheiro Cariri Cangaço Quirino Silva e Zenon Pereira
Rita Pinheiro, Garimpeira da Cultura
Conselheiros Archimedes e Elane Marques, Geraldo Ferraz e Rosane
Conselheiro Leonardo Gominho e Cássia Gominho 
Conselheiro Luiz Ruben e Ângela Maria 
Conselheiro Joaquim  Pereira e Erivelton Silva
Delegado Luiz Antônio
Conselheiro Junior Almeida e Israel Maria
Darlan Valverde e Bacamarteiros da Pedra do Reino
Afrânio Oliveira, Conselheiros Calixto Junior, Ivanildo Silveira e Ângelo Osmiro 
e Tomaz Cisne
Conselheiros Moustafa Veras e Manoel Severo

Da extraordinária recepção festiva, almoço e apresentações artísticas no Ginásio Estadual em Bom Nome, a caravana Cariri Cangaço seguiu pelas ruas do distrito conhecendo os principais cenários de episódios marcantes da época áurea do cangaço no Pajeú, como por exemplo a "cruz de Pedro Santa Fé"... Na vila de Bom Nome, dentro da cronologia do cangaço alguns eventos importantes merecem serem lembrados: Em Bom Nome em 28 de janeiro de 1917 foi assassinado por forças policiais o cangaceiro Pedro Santa Fé, vulgo “Pedro Braquió”, do grupo de Manoel Pereira da Silva Filho (Né Dadu). Pedro Santa Fé foi um dos assassinos de Eustáquio de Carvalho, morto em 1907. 

Conselheiro Cariri Cangaço Manoel Belarmino e a "cruz de Pedro Santa Fé"
Anita Paixão e Manoel Severo
Conselheiros Cariri Cangaço, Joaquim Pereira, Clênio Novaes e Valdir Nogueira 
e pesquisador Zé Bezerra
Padre Agostinho Capelão do Cariri Cangaço, presença marcante em todas as agendas 

Logo a Caravana Cariri Cangaço chegava à Capela de Santo Antônio, tradicional templo em devoção ao padroeiro do lugar. Ali com a capela totalmente lotada as boas vindas foram dadas por Manoel Severo e Valdir Nogueira para logo em seguida a anfitriã da tarde, Cilene Pereira Valões fazer uma apresentação da historia do distrito e de seus principais episódios ligados ao cangaço.

No dia 2 de setembro de 1919, por volta das 4 horas da tarde, depois de várias ameaças, o povoado de Bom Nome foi atacado pelo grupo de Sinhô Pereira e Luiz Padre. Após incendiar a propriedade do coronel Francisco Ramos Nogueira (avô de José Ramos, ex-governador de Pernambuco), da família Carvalho, o grupo atacou Bom Nome, havendo tiroteio com as praças que ali se achavam, chegando logo depois o capitão José Caetano com sua força, tiroteando com o referido grupo que conseguiu romper o cerco em que fora envolvido pela polícia.

Cilene Pereira Valões e as memórias e Bom Nome
Cilene Pereira Valões recebe do poeta Cícero Aguiar Diploma de 
"Amiga da Academia de Poetas do Sertão Central de Pernambuco"
Manoel Severo e Valdir Nogueira 

Em Bom Nome foi assassinado José Gomes de Sá, primeiro nazareno vítima do banditismo. Primogênito do Sr. Manoel Gomes de Sá Ferraz, florestano e primo do Coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, José Gomes de Sá, do sítio Caneta onde residia, no dia 7 de novembro de 1920 se dirigiu para a feira de Bom Nome, onde foi vender uma carga de algodão e resolver outras questões atinentes aos seus negócios comerciais, todavia ao retornar para a sua residência foi cruelmente atacado próximo aquele vilarejo por cangaceiros do bando de Sinhô Pereira, que saquearam a carga de alimentos que trazia nos animais além de todo o dinheiro que foi levado. Seu corpo, varado por tiros e punhaladas foi ali abandonado.

Sinhô Pereira e Luiz Padre

Em 29 de julho de 1921 Bom Nome sofreu outro ataque por parte de cangaceiros do grupo de Sinhô Pereira. Mesmo com a resistência do capitão José Caetano, os bandidos conseguiram ainda incendiar uma bolandeira, de propriedade do comerciante Cícero Bezerra e cortaram também o fio telegráfico. Na tarde de 24 de agosto de 1921, depois de uma peleja na fazenda Carnaúba com a força do capitão José Caetano, onde travou-se renhido tiroteio que resultou na morte do bandido Luiz Macário, cabra de total confiança de Sinhô Pereira, seguiu este com seu grupo em direção a Bom Nome, porém no caminho, bem próximo à vila encontraram com o Sr. João Bezerra do Nascimento, no entanto, na ira em que estava possuído, em decorrência da morte de Luís Macário, desfechou Sebastião Pereira um tiro naquele inocente homem e o matou.

Capela de Santo Antônio em Bom Nome

visitas as Fazendas Pitombeira e Carnaúba, a caravana Cariri Cangaço seguiu para espetacular recepção aos convidados realizada pelo tradicional e acolhedor distrito de Bom Nome no município de São José de Belmonte. Tendo como grande anfitriã Cilene Pereira Valões e toda a equipe da Escola de Referência Napoleão Araújo, a comunidade e as família de Bo

Cilene Pereira Valões e família na festa do Cariri Cangaço Bom Nome 2022 
Valdir Nogueira, Luiz Ferraz Filho, Cícero Aguiar, Joaquim Pereira e as homenagens da Academia de Poetas do Sertão Central de Pernambuco
Otávio Cardoso, Manoel Severo e Julierme Vanderlei
Elita Maria e Manoel Severo
Poeta Cícero Aguiar e Seu Raimundo
Otávio Cardoso e Fagner Lopes
Nierson Ferraz, Manoel Severo, Ciço do Pife, Darlan Valverde, Clênio Novaes, 
Tony Clovis e Joaquim Junior

Em princípios de novembro de 1921, nas proximidade de Bom Nome a polícia travou mais um tiroteio com o grupo de Sinhô Pereira. O delegado de Belmonte, acompanhado de uma força policial, depois de minuciosas indagações, conseguiu descobrir o roteiro do grupo de cangaceiros chefiado por Sebastião Pereira. Tratou de emboscá-lo, o que, com efeito, realizou. Em seguida, rompeu fogo contra o grupo sendo correspondido. Com a força policial participou gente dos Carvalhos: o destemido Antônio Alves de Carvalho (Antônio Cipriano), Mariano Mendes de Moura (esse participou do assassinato de Padre Pereira) e Miguel Umbuzeiro. O tiroteio durou mais de uma hora, terminando com a debandada da polícia, em face do grupo ter se livrado da emboscada. Nesse fogo morreram dois policiais e dois outros saíram gravemente feridos. Outros desapareceram. Consta que os componentes do grupo de cangaceiros nada sofreram. O delegado de Belmonte temendo a derrota do resto da força, diante da audácia dos bandidos, recuou para o povoado de Bom Nome, onde ficou aguando o auxílio do capitão José Caetano, que ali chegou de Vila Bela acompanhado de um contingente de 60 praças.

Vista panorâmica do distrito de Bom Nome, São José do Belmonte, a partir do Monte de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

De Bom Nome também saiu o famoso cangaceiro, o negro Vicente de Marina. Sua fama de bom atirador chegou aos ouvidos de Sebastião Pereira que o convidou a entrar no seu bando vingador. Vicente se tornou o homem de melhor pontaria do bando de Sinhô. Em Bom Nome ainda reside familiares seus. Contar a história do distrito do Bom Nome sem falar no pequeno santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é impossível. Bem próximo da Vila, está localizado numa elevação, que por sinal, é a mais alta da redondeza, um bucólico morro conhecido como Monte de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que ao mais descuidado observador denota a devoção e a simplicidade do seu povo. É voz corrente no lugar que o bandoleiro Lampião sempre que por Bom Nome passava, subia o monte para rezar para sua madrinha e protetora Nossa Senhora. O Distrito de Bom Nome no município de São José de Belmonte é Cenário do Cariri Cangaço Serra Talhada 2022.

Veja o Cariri Cangaço Bom Nome 2022
por José Francisco

Canal Lampião, Cangaço e Sertão
Pesquisador José Francisco
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Cariri Cangaço Serra Talhada-Calumbi-Bom Nome  .                                                       .....
12 de novembro de 2022 - Recepção no Distrito de Bom Nome - Belmonte
Quadra Esportiva e Capela de Santo Antônio

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