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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Vúdeos para um pequeno recesso

Por José Mendes Pereira

Assim que eu me recuperar da cirurgia, a qual será amanhã a partir das 9:00 horas, estarei aqui com todos os amigos que seguem o nosso blog: http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Para os leitores que viveram a bossa nova, fiquem com a Nara Leão.



Para os leitores que viveram a jovem guarda, fiquem com a Renato e seus Blue Caps.



Para os que estão vivendo a juventude linda, fiquem com Lucas Lucco e Gaby Amarantos


Gaby Amarantos


Assim que eu me recuperar da cirurgia começaremos a segunda fase do nosso estimado blog. Até logo amigos visitantes, escritores, pesquisadores, historiadores, estudantes e curiosos (no bom sentido). Se Deus quiser, voltarei logo.

Para os católicos - O homem


Para os evangélicos


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"Não façam isso comigo, sou um sacerdote católico!"

Por José Romero Araújo Cardoso

Notas sobre o sangramento do Padre Aristides Ferreira da Cruz

Convivi e conversei muito com o brioso oficial da Polícia Militar Coronel Manuel de Assis, pois assim como eu, o valente guerreiro das caatingas nasceu na velha terra de Maringá. Arruda era um homem espetacular, ser humano formidável, possuía prosa animada, muito atencioso e dotado de memória prodigiosa.

Apesar das qualidades ímpares, Arruda era afoito demais, pois querer enfrentar a Coluna Miguel Costa - Prestes quando da passagem por Piancó (PB), em fevereiro do ano de 1926, foi um ato temeroso e intempestivo, mas que lhe rendeu honraria do governo do Presidente João Suassuna por bravura - a espada do herói! Arruda negava peremptoriamente os fatos, mas sem sombras de dúvidas foi ele quem abriu fogo contra a vanguarda dos militares insurrectos, abrindo os portais dos infernos para a cidade de Piancó e seus defensores.

Nas inúmeras conversas sobre a passagem da Coluna pelo desditado município paraibano, havia incontida emoção quando o velho combatente falava sobre o Padre Aristides Ferreira da Cruz, vigário e chefe político da cidade sertaneja literalmente arrasada em fevereiro do ano de 1926.

O Coronel Manuel Arruda de Assis informava que o Padre Aristides nasceu no então distrito pombalense de Lagoa. Quando de minha fixação no Estado do Rio Grande do Norte, efetivamente a partir do ano de 1998, fiquei sabendo por intermédio de informações fornecidas por dileto amigo de nome Raimundo Soares de Brito, verdadeiro arquivo vivo da cultura potiguar, que o Padre Aristides havia exercido o cargo de vigário em Caraúbas (RN).

Arruda narrava que o Padre Aristides era inimigo de muita gente em Piancó, mas que todos o respeitavam. O vigário andava com inseparável F. N. Brown na cintura, acompanhado de grupos de capangas, era metido em tudo que não prestava no sertão daquela época, viveu maritalmente com jovem da localidade, tiveram filhos, enfim, como dizemos no sertão, era mais desmantelado do que vôo de anum molhado ou galope de vaca amojada.

Quando os informes enviados de Pombal (PB), notificando sobre a passagem da Coluna Prestes por Malta (PB), chegaram em Piancó (PB), o Padre Aristides se animou em enfrentar, telegrafando para Júlio Lyra, o chefe de polícia de Suassuna, comprometendo-se a conseguir dois mil homens em armas em quarenta e oito horas, prontamente aceito pelo governo do Estado. Não obstante os esforços, Padre Aristides não conseguiu reunir o número de homens prometido para a defesa.

Mas o que ninguém sabia em Piancó era que esta consistia em uma tática de Prestes, a guerra de movimento, depois usada por Mao-Tsé-Tung, quando da grande marcha pela China, a fim de ludibriar o inimigo. Prestes dividia a coluna em inúmeros subgrupos que se reuniam em local previamente determinado em cartas e mapas.

Quando a Coluna entrava em Piancó, descargas certeiras alvejaram cavalos e cavaleiros. Daí por diante fechou-se o tempo, quando intenso tiroteio transformou Piancó em praça de Guerra. Vinha de ambas as partes, mas com maior intensidade, devido ao número de componentes, disparado pelos integrantes do movimento tenentista originado no sul do País.

Coluna Miguel Costa–Prestes. Costa é o quarto sentado (esq. para dir.) e Prestes, o terceiro. - In Ijuí Memória Virtual 

O ódio que a Coluna Miguel Costa - Prestes passou a devotar ao piquete do Padre Aristides teve seu recrudescimento quando ato considerado de alta traição inflamou os ânimos acirradíssimos dos combatentes.

Arruda contava, parece até que o estou ouvindo neste momento, que havia um preso de justiça em seu piquete. Esse detento, por bom comportamento, tinha tratamento diferenciado. Apelidaram-no de "preá", pois bastava dar-lhe uma rapadura que ele conseguia trazer do meio da caatinga qualquer cabra ou bode espavorido que por ventura se desgarasse do rebanho.

Conforme Arruda, havia visualizado sinal do Tenente Antônio Benício, delegado de Piancó, para que levasse quatro fuzis e um cunhete de balas para o piquete dele, ao que "preá" retrucou com toda razão ser impossível furar as mil modalidades de ataque dos revoltosos e chegar ao piquete do Tenente do outro lado da rua. Arruda teve a idéia de instruir "preá" para pendurar a camisa branca que vestia em um dos fuzis. Quando o defensor de Piancó saiu à rua com o fuzil hasteando a bandeira branca, imediatamente o código ético-militar da Coluna Miguel Costa - Prestes foi acionado, com os combatentes ensarilhando armas e respeitando a decisão contida no símbolo internacional.

Talvez por não saber o que acontecia na área defendida pelo então Sargento Manuel Arruda de Assis, o piquete do Padre Aristides aproveitou o momento de distração da Coluna Miguel Costa - Prestes para intensificar o tiroteio em direção ao grupo revoltoso. O resultado foi catastrófico, pois a Coluna teve muitos integrantes mortos e feridos.

Daí em diante era ponto capital para os comandados pelo General Miguel Costa e pelo Capitão Luiz Carlos Prestes chegarem ao piquete do Padre Aristides Ferreira da Cruz. A Coluna, então, lutou com gosto, botando para quebrar. Foi em direção aos defensores sediados na residência do vigário de Piancó com vontade de esbagaçar.

Arruda me contava que o Padre Aristides quando viu a coisa ficar preta mandou seu guarda-costa, de nome Rufino, subir no muro para ver o que acontecia. Rufino informou desesperado que a situação era periclitante, pois se fugissem morriam, se ficassem morriam do mesmo jeito. Nesse momento, a Coluna lançou duas bombas de efeito narcótico dentro da casa do Padre. O pessoal que lutava bravamente começou a demonstrar sonolência, ao que o Padre Aristides instruiu comerem açúcar. A luta era nos corredores, nas salas, em todo canto, quando uma ordem do comandante da investida, que calassem as baionetas de uma vez só, cessou a luta, enquanto o Padre Aristides pedia incessantemente garantias de vida para todos.

Covardemente o comando da Coluna Miguel Costa - Prestes assegurou as garantias. Todos que estavam na casa, incluindo o Padre Aristides e o prefeito de Piancó, o Sr. João Lacerda, bem como o filho deste, foram conduzidos a um barreiro e lá sangrados, um a um, e não fuzilados. A Coluna Miguel Costa - Prestes era formada majoritariamente por gaúchos, notabilizados pela selvageria das degolas, dos sangramentos, das lutas fraticidas que encharcaram os pampas em épocas passadas.

Padre Aristides, sentindo-se mortalmente ferido, implorou para que não fizessem aquilo com ele, pois era um sacerdote católico. As humilhações foram intensificadas, pois o martírio do Padre Aristides Ferreira da Cruz e sua gente foi um episódio macabro patrocinado pela ignominiosa covardia, pela efetiva traição de membros de um movimento que se autointitulava revolucionário, reformista, ou seja lá o que tenha sido ou digam ter sido, mas que não teve hombridade Enem humanismo para respeitar as vidas daqueles que já se achavam dominados e impossibilitados da mínima defesa.

Trabalho louvável, de suma importância para a compreensão de nossa história regional, intitulado "A Vida do Coronel Arruda, Cangaceirismo e Coluna Prestes", de autoria do ilustre Promotor de Justiça paraibano, Dr. Severino Coelho Viana, um dos mais cultos e inteligentes pombalenses, orgulho da terra de Maringá, constitui-se em brilhante contribuição para a literatura sobre o assunto que tanta polêmica suscitou, sobretudo quando dos embates do Padre Manoel Otaviano com o Coronel Manuel Arruda de Assis na época que ocupavam cadeiras na Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor do Departamento de Geografia do Campus Central da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.

Imagem pescada no site da prefeitura municipal de Piancó. Confira um outro excelente texto sobre a passagem dos revoltosos por esta cidade: Clique aqui

http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/2010_06_01_archive.html

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Lampião em vídeos


Matéria da globo sobre a invasão de Lampião em Mossoró


Outras mais


Mais outra


Moacir Assunção Fala sobre Lampião, Maria Bonita e o Cangaço


Jô Soares entrevista Frederico Pernambucano de Mello 

Vídeos para enriquecer mais o seu conhecimento

Fonte: Youtube

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1927 Guarda de Mossoró derrota Lampião e seu bando

Prefeito Fernandes que comandou sua Guarda e os cidadãos de Mossoró rumo a vitória.

Virgulino Ferreira, o Lampião, havia alcançado o ápice da sua saga sanguinolenta pelo interior do Nordeste pelos idos de 1927. Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Ceará conheciam a sua fama de bandoleiro. Homem frio e bandido contumaz, o Capitão Lampião, foi convencido por Massilon de invadir a "meca" nordestina da época, Mossoró, terra de comércio forte, com lojas sortidas, grandes armazéns de mercadorias, prensas de algodão, fábricas, cinemas, mansões senhoriais, caminhões e automóveis. Mossoró, apesar de ser a maior cidade a ser atacada até então pelo bando, não pôs medo aos facínoras, embora Lampião tivesse ficado reticente a princípio.

O cangaceiro não tinha motivos para invadir o Rio Grande do Norte. Aqui nunca havia sido molestado nem havia qualquer tipo de perseguição contra ele e os seus. Por várias vezes, ele havia de dizer aos seus comandados que só entraria no Estado em necessidade de viagem e isso mesmo sem precisar mexer com ninguém. A realidade foi outra. Lampião usou o marketing do medo para a sua mais ousada aventura: invadir Mossoró.

Massilon Leite, que tinha o seu próprio grupo de cangaceiros, juntou-se a Lampião pelas bandas do Ceará. Sabino Leite, outro cangaceiro destemido, também fazia parte do bando que queria saquear Mossoró. A ânsia era tanta, que contam os historiadores Raul Fernandes (autor do livro A Marcha de Lampião) e Raimundo Nonato (autor do livro Lampião em Mossoró) 400 quilômetros foram percorridos em apenas quatro dias e meio. De Luiz Gomes - primeiro município a ser invadido - até Mossoró, deixou-se um rastro de destruição, mortes e medo. Chegava à cidade tudo aquilo que Lampião mais soube fazer: amedrontar todos os que ouvissem o seu nome.


Em Luiz Gomes, Virgulino e seus seguidores fizeram dois reféns: a mulher do coronel José Lopes da Costa, Maria José, de 63 anos, e Joaquim Moreira, outro ancião. De lá até chegar a Mossoró, Lampião ainda destruiu boa parte de Apodi, tocando fogo em várias lojas e atacando residências. Foi até a comunidade do Gavião (hoje Umarizal) e ainda invadiu Itaú.

Antes de chegar à zona urbana, ele ainda cometeria atrocidades na comunidade de São Sebastião (município de Governador Dix-sept Rosado hoje), há cerca de 40 quilômetros do centro de Mossoró. Virgulino Ferreira chegara à noite com um único intuito: alastrar o medo e a incerteza diante da sua chegada. O local era estratégico.

O coronel Antônio Gurgel, feito refém quando viajava à comunidade de Pedra de Abelha (hoje município de Felipe Guerra) para ir apanhar a sua esposa, acompanhou tudo aquilo e registrou no seu diário, publicado pelo jornal A Notícia, do Rio de Janeiro. Segundo ele, no dia 12 de junho de 1927, por volta da meia-noite, os homens de Lampião chegaram a São Sebastião: "Quando chegamos a S. Sebastião era quase meia-noite. O grupo dirigiu-se à Estação da Estrada de Ferro, onde inutilizaram tudo que lhes caiu nas mãos. Arrebentaram as portas dos armazéns vizinhos, incendiaram dois automóveis ali encontrados; finalmente o grupo passou pela Vila, onde felizmente não cometeu desatino algum".

Mas a realidade seria diferente no dia seguinte, 13 de junho de 1927, ainda de acordo com o diário. "Às 5h30 o grupo levantou acampamento, rumo de Mossoró. Então, à luz do dia, pude ver, horrorizado, aquele bando de demônios entregues aos maiores desatinos, quebrando portas, espaldeirando quem encontravam, exigindo dinheiro, roubando tudo, numa fúria diabólica. A palavra de ordem era matar e roubar!".

O ataque era um aviso para Mossoró, ali perto. O bando iria entrar na cidade para fazer o mesmo. Tomaria a cidade, saquearia o comércio, limparia os cofres do Banco do Brasil. As notícias a respeito da prosperidade de Mossoró ganhavam as ruas e praças de todo o Nordeste. E não havia um homem de Lampião sequer que não pensasse em enriquecer às custas dos mossoroenses.

A ganância era tanta, que o comedimento inicial de capitão Virgulino foi substituído pelo desejo de por as mãos nas riquezas de Mossoró. Estava diante dele a mais ousada empreitada de guerra. Lampião não iria colocar em jogo apenas as vidas dos seus comparsas, mas colocaria na mesa o maior dos recados dos governos nordestinos. Não existiria, a partir da queda de Mossoró, outro lugar que não pudesse ser invadido por Lampião.

O coronel Antônio Gurgel teve papel importante neste fato histórico. Lampião queria que ele fizesse o pedido de 500 contos de réis para evitar o ataque à cidade. Gurgel ponderou que não tinha muita amizade com o prefeito Rodolfo Fernandes e este poderia não considerar a missiva. Foi então, que surgiu a idéia que se transformou num dos mais importantes documentos históricos de Mossoró: as duas cartas em que o Rei do Cangaço pediria dinheiro para não atacar a cidade.

Em Mossoró, o prefeito Rodolfo Fernandes lutou para convencer as autoridades estaduais do perigo iminente. O primeiro sinal positivo deu-lhe o direito a criar a guarda municipal com poderes de rechaçar qualquer ameaça contra a cidade. E assim ele o fez: com fuzis arrecadados pela Associação Comercial, comprados pela prefeitura e outros enviados pelo Governo do Estado, transformou Mossoró numa grande trincheira.

Mesmo sem conhecimento bélico, Rodolfo Fernandes montou a estratégia vencedora: distribuiu os Guardas em pontos altos da cidade os principais focos de resistência e estabeleceu algumas metas. A primeira delas seria evitar que os bandidos alcançassem o centro da cidade. E assim o fez. Transformaram-se em trincheira: a própria casa de Rodolfo Fernandes (hoje o Palácio da Resistência, sede do poder público municipal), a torre da Igreja de São Vicente (a mesma que está até hoje erguida no centro da cidade), a casa de Afonso Freire, o Ginásio Santa Luzia (hoje sede do Banco do Brasil no centro da cidade), o telégrafo, a torre da Matriz e a empresa F. Marcelino & C.

Ás 16h do dia 13 de junho de 1927, Mossoró vivia uma tarde chuvosa. Dia de Santo Antônio, dia de ir a missa, mas a cidade não tinha ninguém em suas ruas. O coronel Vicente Sabóia já havia sido alertado da presença dos cangaceiros em São Sebastião e comandou a bem sucedida operação de evacuação da cidade. Os mossoroenses que não se entrincheiraram foram para casas de parentes e amigos na zona rural ou até mesmo em outros Estados. Em meio ao céu nublado, começou a cortar naquele escuro de fim de tarde o relampejo das balas dos cangaceiros.

Lampião vendera ao prefeito Rodolfo Fernandes a imagem de que iria atacar Mossoró com 150 homens, muito bem armados e com sede de vingança pela sua insurgência. O prefeito não se intimidou e montou uma guarda municipal com cerca de 90 homens. Capitão Virgulino apostou no seu marketing do medo, que traduzia as suas atrocidades muitas vezes maiores do que as cometidas. O prefeito Rodolfo Fernandes apostava na valentia do povo mossoroense e de sua recém criada Guarda e na estratégia montada em que o campo visual para o ataque seria excelente.

Há divergências quanto ao tempo dos combates. Alguns historiadores, como Raimundo Nonato da Silva, apontam para uma batalha de quatro horas. Em seus depoimentos aos jornais da época, inclusive este O Mossoroense, a ex-refém Maria José Lopes e o bandido Jararaca falaram em pouco mais de uma hora. Em seu diário, o coronel Antônio Gurgel também citou um período curto "de cerca de uma hora".

Em meio ao combate, Mossoró saiu vencedora e com dois troféus de destaque: os bandidos Colchete e Jararaca, ambos do grupo que entrara na cidade cantando os versos da canção paraibana "Mulher Rendeira..." Conta o historiador Raul Fernandes, que é filho do prefeito Rodolfo Fernandes, em seu livro a Marcha de Lampião, que os versos eram entoados da seguinte forma: "Ô mulhé rendeira!/ Ô mulhé rendá/ Me ensina a fazê renda/ Qu'eu te ensino a guerreá..."

Pelo jeito, quem ensinou a guerrear foi o povo de Mossoró. 

Essa é nossa Guarda de Mossoró hoje vida longa a estes guerreiros...


A bicentenária Guarda Municipal, pioneira em segurança pública no Brasil não abandonará suas atribuições constituídas desde a criação deste país.  Seus 100 mil Guardas Municipais estarão sempre prontos para defender a sociedade e proteger o cumprimento da Carta Magna desta nação.

Replicado pelo Subinspetor S. Santos - GMRIO

http://gcmcarlinhossilva.blogspot.com.br/2013/03/1927-guarda-de-mossoro-derrota-lampiao.html

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Lampião, o Rei do Cangaço (Benjamin Abrahão, 1936-1937)


Veja este vídeo sobre cangaceiros. Lamento muito, mas não sei ampliar o vídeo, isto é, no momento da postagem.

Fonte: YouTube

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Cangaço - Rubens Antonio


Declaração de Zephinha, que fora levada ou sequestrada, a depender de quem, por Corisco, na fuga, à imprensa: "-Meu padrinho era muito bom pra mim."
Das asas do fim...



Volante que liquidou Corisco, após o feito. À direita, repórter. Ao seu lado, o policial que disparou a metralhadora que o matou.


Fonte:
Facebook

Página: 
Do acervo do professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio

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"Não temer a morte." A queda de um Cangaceiro.


Fonte: facebook
Página: Rubens Antonio‎ O Cangaço


Padre Cícero Romão Batista (Padim Ciço)

Uma imagem rara e até então inédita em que aparece o famoso Padre Cicero do Juazeiro-Ce ainda jovem no princípio do seu sacerdócio.
Imagem gentilmente cedida por: sálvio siqueira (São José do Egito-Pe).

Fonte: facebook

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EXEMPLO DE DESCASO COM O PATRIMÔNIO HISTÓRICO FERROVIÁRIO DO RN

Publicado em 29/05/2014 por Rostand Medeiros

Rostand Medeiros

Mês passado viajei para a Região Central do Rio Grande do Norte, por onde não circulava já fazia um tempo. Este setor do meu estado eu conheço desde década de 80 do século passado, quando para ali seguia com a intenção de prestigiar ótimas festas de vaquejada. Nestes caminhos em busca do esporte dos vaqueiros nordestinos, muitas vezes passei pelo município de Pedro Avelino.

Atual estado da antiga estação ferroviária de Pedro Avelino, Rio Grande do Norte – Foto – Rostand Medeiros

Quando transitava por esta localidade sertaneja sempre me chamou atenção sua antiga estação ferroviária, localizada as margens da estrada que segue para a cidade de Afonso Bezerra. Algumas vezes parei para comtemplar aquela estação simples, mas interessante na sua estrutura. Infelizmente nestas ocasiões não estava com uma antiga máquina fotográfica de rolo para registrar a beleza típica e simples daquele local.

Foto – Rostand Medeiros

Hoje Pedro Avelino é uma cidade com pouco mais de 7.000 habitantes, foi emancipada do município de Angicos pelo Decreto Estadual nº 146, em 23 de dezembro de 1948, na época do governador José Varela. Mas na segunda década do século passado o esta cidade se chamava Gaspar Lopes e assim permaneceu até o ano de  1921. Com a chegada da ferrovia seus habitantes decidiram alterar o nome da localidade para Epitácio Pessoa, em homenagem ao então Presidente da República, paraibano da cidade de Umbuzeiro, Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa. Ele foi o homem que liberou a verba para o ramal da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte – EFCRN, ligando a pequena localidade a outras regiões do Estado.

E não seria só a alteração do nome original do lugar que ocorreria em decorrência da chegada dos caminhos de ferro. Basicamente o desenvolvimento de Pedro Avelino se deve a passagem da ferrovia por seu território e a velha estação é o símbolo maior desta história.

Os Trilhos de Ouro

A Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte era conhecida como “trilhos de ouro”, pois grande parte da riqueza econômica potiguar era por ela transportada e a inauguração da estação de Epitácio Pessoa não foi um fato qualquer. Na edição do jornal natalense “A República”, do dia 10 de janeiro daquele ano, temos com grande destaque a informação que a estação começou a funcionar em um domingo, dia 8 de janeiro de 1922. Mas o evento começou ainda na Gare da EFCRN em Natal, às oito horas de uma manhã ensolarada, com a partida de um trem expresso especial em direção a nova estação. Na composição seguiram o então governador potiguar Antônio de Souza, o vice-governador Henrique Castriciano, o chefe de polícia Sebastião Fernandes, o desembargador Hemetério Fernandes, o juiz seccional Teotônio Freire, muitas outras autoridades e a banda de música do Batalhão de Segurança, que ao longo do trajeto foi tocando para animar os presentes. Tudo foi organizado por João Benevides, o diretor da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte.


O trem especial seguiu por Pureza e Taipu, realizando uma parada as 10:45 na pequena povoação de Baixa Verde, atual município de João Câmara. Ali, na pousada de Getúlio Costa, ocorreu o almoço dos viajantes. Depois a comitiva saiu pelas poucas ruas do lugarejo, indo visitar a feira da cidade, que na época ocorria em um grande barracão.

Na sequência da viagem o trem passou por Jardim, atual Jardim de Angicos, onde embarcou o coronel Miguel Teixeira, sua esposa e filhos. Vale ressaltar que a mulher do coronel era Luiza Alzira Soriano Teixeira, que em 1928 seria eleita a primeira prefeita no Brasil, justamente na cidade de Lajes, onde o trem especial realizou a última parada antes do seu destino.

Estação ferroviária de Lajes – Fonte – http://lajesnewsrn.blogspot.com.br/

Na sequência do trajeto as amareladas páginas do jornal “A República” informam que, mesmo visto a distância, deslumbrou a todos a majestade e imponência do Pico do Cabugi, certamente o mais representativo acidente geográfico do Rio Grande do Norte.

Ao redor da nova estação de Epitácio Pessoa estava uma grande multidão. Veio gente montado em alimárias desde Angicos, Carapebas (atual Afonso Bezerra) e até de Macau. Ricos, pobres, fazendeiros, trabalhadores rurais, vaqueiros com chapéus, toda gente da região estava presente para ver a chegada da máquina de ferro. Eram três e meia da tarde quando o trem chegou apitando ruidosamente. Girandolas com potentes fogos de artificio estouravam no céu, vivas foram erguidos aos visitantes que partiram da capital. Primeiro desceu a banda para tocar hinos, marchas e dobrados, depois a comitiva.

Postal antigo que mostra uma locomotiva alemã que foi importada para o Rio Grande do Norte e utilizada pela Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte – EFCRN a partir de 1915. Certamente esta antiga máquina passou pela estação de Epitácio Pessoal, atual Pedro Avelino

Na estação, pelos informes do velho jornal, durante a cerimônia ocorrida há 93 anos, o que não faltou foram discursos e homenagens, principalmente para o então Presidente da Republica. Pela comunidade falou Luiz Tassino de Menezes, enaltecendo a importância da chegada dos trilhos, do trem e da estação para a economia e desenvolvimento local. Fotos foram batidas pelo tenente João Galvão. Simbolicamente a chave da nova estação foi entregue ao encarregado do local, Antenor Brandão. Após os discursos, a comitiva, a banda de música e o povão foram caminhando até o povoado, que na época ficava a 300 metros de distancia da estação (hoje a área urbana cerca o prédio semidestruído).
Eram cinco da tarde quando o trem partiu com a comitiva para Baixa Verde, onde todos pernoitaram. Só chegaram a Natal às nove da manhã da segunda feira.

O povoado de Epitácio Pessoa passou a presenciar um forte desenvolvimento, tanto na agricultura, quanto no comércio.  Com o crescimento, no ano de 1938, o lugarejo foi elevado a distrito e dez anos depois se desmembrou de Angicos. Pela terceira vez a pequena urbe teve seu nome alterado, passando a chamar-se Pedro Avelino, numa homenagem prestada ao jornalista Pedro Celestino Costa Avelino.

Descaso

Infelizmente eu soube a poucos anos que a velha estação estava abandonada e se deteriorando. Mas em 2013 foi anunciada por parte do Governo Federal a liberação do prédio para a prefeitura de Pedro Avelino. Inclusive havia sido empenhado, desde o dia 25 de outubro de 2013, recursos da ordem de R$ 341.250,00, oriundos de uma emenda parlamentar do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), junto ao Ministério do Turismo, para transformar o velho prédio em um Centro de Cultural (Ver –http://www.aguasdemare.com.br/pedro-avelino-municipio-consegue-predio-da-estacao-ferroviaria-e-transformara-em-centro-de-cultura/ ).

Detalhe da antiga estação – Foto – Rostand Medeiros

Maravilha! Fantástico! Pois a recuperação das antigas estações ferroviárias potiguares é de fundamental importância para a ampliação da memória histórica das comunidades que se desenvolveram ao redor destes locais. Fruto da movimentação proporcionada pelo transporte de pessoas e mercadorias ao longo dos trilhos e por várias décadas.

Esperava que ao passar pelo local encontrasse a tradicional estação renovada no seu esplendor. Mês passado refiz este caminho. Mas aí o que ocorreu foi uma triste surpresa!

A estação está em situação deplorável, uma chuva mais forte e ela pode vir ao chão! Uma parte do teto já veio abaixo, no entorno o mato vai crescendo, existe algum lixo doméstico e o descaso é nítido. Tudo contrasta com a beleza simples da edificação que já tinha visto anteriormente. Uma lástima!

Por uma questão de justiça posso comentar que esta situação ocorre na antiga estação de Pedro Avelino não é exclusiva desta cidade. Mesmo com muitas cidades potiguares devendo sua criação, ou seu crescimento, as ferrovias. Onde as suas antigas estações são importantes marcos de memoria local, algumas só não desabaram por milagre. 

É bem verdade que em algumas cidades potiguares as suas antigas estações sofreram reformas e muitos destes locais passaram a ser utilizados como centros de cultura e memória pela população local. 

Foto – Rostand Medeiros

O que mais me assusta – e isso sim gostaria que servisse de reflexão por parte do poder público e da sociedade civil potiguar em geral – é o descaso com o nosso patrimônio histórico. Sei que o assunto não é novidade, que atualmente existem muitos outros problemas em terras potiguares, mas algumas situações de abandono clamam por mudanças.
As nossas antigas estações das estradas de ferro eram locais de destaque em várias localidades. Diante do quadro atual, se nada acontecer em breve muitas vão desaparecer. E com o fim destes locais, desaparece uma parte da memória e história de muitas comunidades potiguares por onde passavam os trens… 


Extraído do blog Tok de História do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

http://tokdehistoria.com.br/2014/05/29/exemplo-de-descaso-com-o-patrimonio-historico-ferroviario-potiguar/

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O CANGAÇO DOCUMENTÁRIO "MEMÓRIA DO CANGAÇO" (COMPLETO) DE PAULO GIL SOARES. (1964/1965)

https://www.youtube.com/watch?v=giZLHCRriqw

Com roteiro e direção de Paulo Gil Soares, trata sobre o Cangaço, movimento armado de bandoleiros que atuou no nordeste brasileiro nas décadas de 1920 e 1930, incluindo depoimentos de sobreviventes da luta (policiais e cangaceiros), análise do antropologia Estácio de Lima e imagens originais de 1936, filmadas por Benjamim Abrahão, mascate que se infiltrou nas fileiras de Lampião (e que anos depois virou personagem do filme Baile Perfumado).

Outro documentário


Zé Rufino o matador do cangaceiro Corisco, Mariano, Zepelin...




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