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domingo, 23 de julho de 2023

AS BOMBAS AMERICANAS DESTROEM CIDADES DE HIROSHIMA E NAGASAKI NO IMPÉRIO JAPONÊS.

 Por José Mendes Pereira



"Morrer pela pátria é uma coisa sem graça e sem sentido. Por que morrer pela pátria, se os que deveriam estar lá, lutando pelo a defesa do seu país, ficam escondidos em suas mansões, só ordenando que ataquem isso ou aquilo? Eu, hein! Quem quiser morrer pela a Pátria, que morra, eu não sou tolo de forma alguma."


A nuvem de cogumelo sobre Hiroshima após a queda da Little Boy - pt.wikpedia.org 

Os ataques feitos  com grande poder de destruição em massa, às cidades de Hiroshima e Nagasaki, ocorridos no final da Segunda Guerra Mundial, realizados nos dias 6 de agosto e 9 de agosto do ano de 1945, contra o Império do Japão, foram feitos pela Força Aérea dos Estados Unidos da América, com ordens de Harry S. Truman, que na época, era presidente dos Estados Unidos.
 


Após seis meses de horrorosos bombardeios, os Estados Unidos  tentavam convencer o Japão desistir da batalha, atacando outras cidades,  mas só conseguiram vencer o Japão com a mais potente bomba atômica "Little Boy", soltando em uma segunda-feira, sobre a cidade de Hiroshima. 

Em 6 de Agosto de 1945 às 8:15am, uma bomba atômica carregada de Urânio explodiu 580 metros acima da cidade de Hiroshima com um grande Flash brilhante, criando uma gigantesca bola de fogo, a temperatura no centro da explosão chegou aos 4,000ºC. Mandando raios de calor e radiação para todas as direções, soltando uma grande onda de choque, vaporizando em milésimo de segundos milhares de pessoas e animais, fundindo prédios e carros, reduzindo uma cidade de 400 anos à pó. O que era de árvores foram todas destruídas com o forte calor
 
Em Hiroshima foi jogada a bomba atômica “Little Boy” e, três dias depois, a bomba “Fat Man” em Nagasaki. Até os dias de hoje, as duas bombas foram as únicas . - www.infoescola.com   

Três dias depois, no dia 9, a "Fat Man" caiu sobre Nagasaki. Historicamente, estes são até agora os únicos ataques onde se utilizaram armas nucleares. As estimativas, do primeiro massacre por armas de destruição maciça, sobre uma população civil, apontam para um número total de mortos a variar entre 140 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki, sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação. A maioria dos mortos eram civis.

 
No dia 3 foi a vez de Nakasaki, recebendo de presente a bomba “Fat Man”. Até os dias de hoje, as duas bombas foram as únicas .http://pt.wikipedia.org/wiki/Fat_Man 

Com a destruição em massa dessas duas cidades e milhares de mortos em poucos segundos, o Japão resolveu entregar os pontos no dia 15 de agosto de 1945. Mas para isso, foi obrigado assinar oficialmente da sua rendição em 2 de setembro, na baía de Tóquio,  e finalmente foi anunciada o fim da II Guerra Mundial.

Que destino tomou esta criança - corujapaideia.blogspot.com 

O papel dos bombardeios atômicos na rendição do Japão, assim como seus efeitos e justificações, foram submetidos a muito debate. Nos Estados Unidos, o ponto de vista que prevalece é que os bombardeios terminaram a guerra meses mais cedo do que haveria acontecido, salvando muitas vidas que seriam perdidas em ambos os lados se a invasão planejada do Japão tivesse ocorrido. No Japão, o público geral tende a crer que os bombardeios foram desnecessários, uma vez que a preparação para a rendição já estava em progresso em Tóquio.

Vítima da crueldade do homem - corujapaideia.blogspot.com 

As Bombas Atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki ficaram em nossas mentes. Todos os dias, as imagens são uma mistura da devastação das terras e prédios. Imagens chocantes das ruínas, mas quanto as vítimas? 

 Foi lançada a primeira bomba atômica da nossa história, na cidade de Hiroshima, Japão. Somente no primeiro instante foram mortas mais de 70.000 pessoas, ... - eleteimou.blogspot.com 

O calor provocados pelas bombas, foi tão intenso que  tudo foi vaporizado. As sombras dos parapeitos foram imprimidas no chão. Em Hiroshima, tudo o que sobrou de alguns humanos, sentados em bancos de pedras próximos ao centro da explosão, foram as suas silhuetas.


A explosão da bomba hiroshima fez os relógios pararem 8:15 

Adultos e crianças foram incinerados ou paralisados em suas rotinas diárias, os seus organismos internos entraram em ebulição e seus ossos carbonizados. Que maldade dos homens! No centro da explosão, as temperaturas foram tão quentes que derreteram concreto e aço. Dentro de segundos, 75,000 pessoas foram mortas ou fatalmente feridas. As mortes causadas pela radiação ainda aconteceram em grandes números nos dias seguintes. “Sem aparente motivo as suas saúdes começaram a falhar. Eles perderam apetite. Seus cabelos caíram. Marcas estranhas apareceram em seus corpos. E eles começaram a ter sangramentos pelas orelhas, nariz e boca”. 

Médicos “deram aos seus pacientes injeções de Vitamina A. Os resultados foram horríveis. E buracos começaram a surgir em seus corpos causados pela injeção da agulha. Em todos os casos as vítimas morreram”. Como pode!

Hibakusha é o termo usado no Japão para se referir as vítimas das bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki. A tradução aproximada é “Pessoa afetada por explosão”.

Eles e suas crianças foram vítimas da falta de conhecimento sobre as consequências das doenças causadas por radiação.

olavosaldanha.wordpress.com  - Hiroshima e Nagasaki 

Muitos deles foram despedidos de seus empregos. Mulheres Hibakusha nunca se casaram, muitos delas tinham medo de dar a vida para uma criança deformada. Os homens também sofreram discriminação. “Ninguém quis se casar com alguém que poderia morrer em poucos anos”.

Em 10 de Agosto de 1945, o dia depois dos ataques à Nagasaki, Yosuke Yamahata, começou a fotografar a devastação. A cidade estava morta. Ele caminhou através da escuridão das ruinas e corpos mortos por horas. Mais tarde, ele fez as suas últimas fotos próximas a estação médica, ao norte da cidade. Em um único dia, ele completou o único registro fotografico logo após às bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki.

O  sonho acabou - julia-nopaisdasmaravilhas.blogspot.com 

A detonação da Little Boy, como era chamada a bomba que causou a morte de mais de 250 mil pessoas em Hiroshima, foi ouvida até nas cidades vizinhas. Ela destruiu tudo o que encontrava num raio de dois quilômetros e meio, devastando vegetação e estrutura da cidade. Porém, o aporte térmico da bomba teve um alcance ainda maior. A detonação daFat Man sobre Nagasaki causou tanta destruição quanto em Hiroshima.

Vida findada - olavosaldanha.wordpress.com

Sobreviventes que sofreram fortes queimaduras devido a propagação do intenso calor, fora da área de explosão, andavam pelas ruas sem saber o que havia acontecido. A radioatividade se espalhou provocando chuvas ácidas, causando a contaminação da região, incluindo lagos, rios, plantações. Os sobreviventes foram atendidos dias depois, o que ocasionou a morte lenta e agonizante de muitos.

Até os dias de hoje, os descendentes dos habitantes afetados sofrem os efeitos da radioatividade. 

Fonte: Wikipédia

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A ANTIGA CORRENTE NA PRESIDENTE DUTRA COM A BENÍCIO FILHO.

 Por José Mendes Pereira


Na década de 50, estendendo-se até o início da década de 60, quem caminhava em Mossoró, pela Avenida Presidente Dutra, com o cruzamento da Rua Benício Filho, iria encontrar uma corrente, a qual evitava que as pessoas passassem com mercadorias sem pagar impostos. 

Rua Benício Filho - http://telescope.blog.uol.com.br/arch2011-01-01_2011-01-31.html

O indivíduo que transportava farinha, feijão, milho, criações, etc..., os agentes faziam uma vistoria sobre a mercadoria que o sujeito levava, e ali mesmo, extraía uma nota com o valor do imposto a ser pago. 

 Pedro Nél Pereira

Meu pai, Pedro Nél Pereira, além de ser criador, também comprava criações aos vizinhos, e vinha vender em Mossoró na feira dos bichos. E para ele não pagar o imposto, passava pela Rua General Péricles, mas nela também tinha outra corrente que não era famosa, e esta, era administrada pelo o senhor Mansidão Amâncio, que era casado com uma das primas do meu pai. Este homem nunca proibiu que o meu pai passasse por lar, já que ele sabia muito bem as suas dificuldades para viver. 

Herculana Maria da Conceição, minha avó - Para alguns netos era Mamãenana, e para outros Mãenanana ou Mananana.

Lembro-me que quando o meu pai retornava levando algumas mercadorias para sua casa, ao passar pela famosa corrente, para não pagar impostos, dividia o saco em duas porções, mas ainda dizia aos agentes do governo que, cada meio saco de qualquer alimento,  era um para ele, e o outro para a minha avó Mamãenana. 


A famosa corrente foi extinta pelo o então governador do Rio Grande do Norte, Aluísio Alves, que prometeu aos mossoroenses que, se  eleito fosse ao governo do Estado do Rio Grande do Norte, aquela corrente não iria mais existir em Mossoró naquele lugar, e nem em lugar nenhum.

Cruzamento da Benício Filho com a Presidente Dutra em Mossoró - Foto feita por José Mendes Pereira em 09 de Fevereiro de 2015

Um dos homens que muito colaborou pela desativação daquela corrente, foi  um senhor conhecido por Elísio Vermelho, que morava na Benício Filho. Este foi muito maltratado e perseguido, devido o protesto que ele sempre fez sobre a dita corrente.

Mas felizmente, Aluísio Alves foi eleito, e logo cuidou de mandar aterrar o buraco, e de imediato, a corrente foi desativada da General Péricles e da Presidente Dutra em Mossoró.

Naquelas décadas de 50 e 60, os mossoroenses pagavam impostos até de carvão. 

Minhas Simples Histórias


Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Fonte:

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CONVITE

Por José Mendes Pereira

Quando a esposa do Dr. Archimedes Marques, a escritora Elane Marques estava fazendo o lançamento do seu livro, no dia 06 de abril de 2016, o Dr Paulo Medeiros Gastão, me enviou este e-mail para que fosse publicado em nosso blog:

"Almejo que o gentil convite chegue a tempo para que os pesquisadores
possam projetar viagem de participação ao representativo lançamento.
Sucesso e boa viagem"

Abs. Paulo Gastão.

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LAMPIÃO E A CIDADE DE SAL

Por André Carneiro de Albuquerque
Foto livro 2

Nos primeiros cinco anos como chefe de cangaceiros, entre os anos de 1922 e 1927, Virgulino Ferreira, o Lampião, tinha conquistado fama de sanguinário. Seu nome se fazia presente em inúmeros jornais, que denunciavam uma longa lista de ações criminosas. O cangaço em seu reinado pouco parecia com os seus antecessores e em todos os combates que participou provocou baixas significativas entre seus oponentes. O temido cangaceiro foi invencível neste período. O espantalho, como também ficou conhecido, entendia princípios básicos no campo da estratégica, que os elementos críticos na guerra são: rapidez, capacidade de adaptação, conhecimento do terreno e do inimigo. Porém, a sequência de intermináveis “vitórias”, os aplausos de seus comandados e a vaidade provocada pela notoriedade adquirida; pode ter provocado o esquecimento de que, toda tropa tem seus limites e que por maior que seja o ímpeto guerreiro ela só consegue levar o seu líder até certo ponto. Sendo assim, o comandante de qualquer grupamento armado é obrigado a ponderar e escolher com cuidado suas batalhas. Ignorar tal dinâmica levou Lampião ao seu maior equívoco estratégico. Sair do sertão pernambucano até a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, cooptar cangaceiros pertencentes a outros bandos, atuar em um cenário de operações desconhecido, foram erros agudos.

Mossoró, possuía cerca de 20.000 habitantes, um centro comercial significativo, linha férrea, agencia bancária e um setor salineiro importante. Uma cidade em pleno desenvolvimento. Como se não bastasse, a população tomou conhecimento prévio da aproximação do bando. O cangaceiro, usou inúmeras táticas de intimidação: sequestro de pessoas para forçar pagamento de resgate, constantes deslocamentos de bandos menores e bilhetes exigindo dinheiro para deixar a região sem lutar. Ao esbarrar com o determinismo da população em não se curvar ao temido invasor, Lampião é duramente afrontado e muito provavelmente não considerou a possibilidade de recuar e deixar a região. Parte da cidade foi ocupada, por três grandes ondas de cangaceiros, sendo a terceira falange comandada pelo próprio Virgulino. Em alguns pontos o tiroteio foi acirrado, tendo os cangaceiros entrado em uma dinâmica de luta desconhecida, pois tiveram de confrontar citadinos bem abrigados nos telhados das casas, o que gerava uma significativa vantagem bélica. Os líderes da resistência perceberam que a melhor chance diante do experiente bando, era trocar espaço por tempo; manobra conhecida no meio militar como: estratégia do não compromisso, resistiram à tentação de combater em campo aberto, e permitiu ao cangaceiro aparentemente dominar a zona rural, enquanto ganhavam tempo para planejar e organizar a exitosa defesa. Graças a tal iniciativa foi possível retirar da cidade quase toda a população inapta para a luta, alertar autoridades vizinhas e pedir reforços. Perder homens e ser obrigado a deixar a cobiçada Mossoró após uma constrangedora derrota não foi a pior parte da malfadada campanha. Retornar para terras pernambucanas foi um verdadeiro flagelo. Acuado por inúmeras volantes, que foram alertadas de sua localização e possíveis rotas de retorno, abandonado por coiteiros aliados e enfrentando indisciplina entre os seus comandados, foi a primeira vez que Lampião sentiu na pele o peso do fracasso, aprendendo na prática que “cidade de duas torres não era lugar para cangaceiro”.

André Carneiro de Albuquerque* 

Mestre em História Militar/ Autor do Livro –Capitães do fim do Mundo 

a.c.albuquerque@hotmail.com/andre@historiasolidaria.com.br 

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O CASO DO SEQUESTRO DE CARLINHOS.

 Por José Mendes Pereira


O caso sobre o sequestro de Carlos Ramires da Costa,  o Carlinhos do Rio de Janeiro, no ano de 1973, até hoje não foi solucionado, mostrando os verdadeiros culpados pelo o sequestro da criança. Vamos conhecer como tudo aconteceu, e as tentativas de encontrá-la. O que você irá ler a seguir, é do site Wikipédia, famoso por sinal. Vamos conhecer toda história.

WIKIPÉDIA ESCREVEU SOBRE O CARLINHOS.

O Caso Carlinhos refere-se ao sequestro do menino Carlos Ramires da Costa, ocorrido em 1973, no Rio de Janeiro, o qual permanece insolúvel[1].

O caso, repleto de hipóteses, suspeitos e informações controversas, gerou grande repercussão nacional. Carlinhos, uma criança de dez anos, era um dos sete filhos da dona de casa Maria da Conceição Ramires da Costa e do industrial João Mello da Costa, proprietário da indústria farmacêutica Unilabor, em Duque de Caxias.

O menino foi sequestrado em sua residência, invadida por um criminoso que deixou um bilhete, no qual marcou data e local de pagamento do resgate. Com a publicação do bilhete pelo jornal O Globo e grande repercussão subsequente, os sequestradores não compareceram ao local combinado, e Carlinhos jamais foi encontrado[2]. Desde então, diversas notícias sobre o paradeiro de Carlinhos surgiram[3][4], mas nenhuma obteve confirmação nos testes de DNA[5].

Para o jornalista Celso de Martin Serqueira, que foi a primeira pessoa a chegar ao local do sequestro e que acompanhou o caso, a mãe de Carlinhos, que exibiu comportamento extravagante no curso das investigações, era a principal suspeita do crime na investigação efetuada pelo governo militar[2]. Em 26 de junho de 2003, o programa Linha Direta, da TV Globo, exibiu reportagem especial sobre o caso, expondo a versão da mãe de Carlinhos para os acontecimentos[6].

História/Sequestro.

Por volta das 20h35min da noite chuvosa da quinta-feira de 2 de agosto de 1973, na residência nº 1.606 da Rua Alice, zona sul do Rio de Janeiro, Carlinhos, à época com 10 anos, foi sequestrado[7]. No momento do crime, vestia apenas uma bermuda azul-marinho e assistia a novela Cavalo de Aço, na Rede Globo, juntamente a sua mãe e 4 de seus 6 irmãos (Vera Lúcia, de 15 anos; Carmem, de 14; Eduardo, de 13; e João, de 11), quando a luz da casa foi cortada. O sequestrador, um jovem negro vestindo uma blusa vermelha e com cabelo estilo black power, invadiu a residência, pediu "a criança menor que estava em casa"[8] e trancou a mãe e os irmãos de Carlinhos no banheiro. O pai, que fazia uma entrega em Copacabana, chegou ao local pouco depois, juntamente aos outros dois irmãos de Carlinhos (Luciana, de 3 anos; e Roberto, de 8).

Antes da fuga, o sequestrador deixou um bilhete, redigido com erros de português e em letra de forma num pedaço de papel de caderno comum, no qual pedia um resgate no valor de Cr$ 100 mil (equivalentes a R$ 368 mil em valores de 2017)[9], os quais deveriam ser pagos até o dia 4 de agosto[10]. Juntamente a um de seus funcionários, Abel Alves da Silva, o pai de Carlinhos teria perseguido o sequestrador, que entrara com o garoto em um matagal, após pular um muro na Rua Alice. Ambos comunicaram o sequestro a policiais militares[11].

“Aviso a você que a criança esta em nosso poder e só entregaremos após ser pago o resgate de cem mil cruzeiros. Esta importância deverá cer (sic) em pequeno volume e metido dentro de uma bolsa e deverá cer (sic) depositado ensima (sic) de uma caixa de cimento que fica situada na Rua Alice cruzando com a Rua Dr. Júlio Otoni (sic), junto a duas placa (sic) no dia 4/8/1973 às 02:00 horas, digo duas horas do dia quatro, e lembre si (sic) de que qualquer reação a vítima será liquidada. OBS: Depois de ser feito este depósito deverão seguir em direção ao Rio Comprido e esta carta deverá ser devolvida no ato.” 

A caixa de cimento a que se referia o sequestrador em seu bilhete situava-se na esquina das ruas Alice e Doutor Júlio Otoni, no cruzamento onde estavam duas placas do DER indicando os itinerários para o SilvestreMirante Dona Marta, Lagoinha, Belvedere e Cidade Nova.

Após tomar conhecimento do caso, o Corpo de Bombeiros e a 9ª Delegacia da Polícia Civil dirigiram-se para o local, por volta das 21 horas, e passaram a realizar buscas no mato. Rádiosjornais e emissoras de televisão também seguiram para a Rua Alice. As buscas prosseguiram até o início da madrugada, quando foram suspensas, para recomeçarem de manhã cedo.

No dia seguinte, o bilhete do sequestrador foi reproduzido na íntegra pela imprensa. Na data estipulada pelos bandidos, o local do resgate foi tomado por policiais civis disfarçados de vendedores de sorvete e pipoqueiros, além da presença de vários repórteres. No trabalho conjunto em busca do paradeiro de Carlinhos, foram mobilizados agentes do DOPS, da 9ª Delegacia, da Delegacia de Vigilância Centro e da Delegacia de Roubos e Furtos. João Mello depositou o pacote, que continha apenas algumas cédulas de cem cruzeiros por cima de papéis picados, sobre as caixas de cimento. Nenhum suspeito compareceu ao local.

Investigação

No dia 4 de agosto de 1973, os policiais deram início a investigação, interrogando diretores da clínica médica Dr. Filizzola, localizada ao lado da casa de Carlinhos, pois um deles, Mário Filizzola, oferecera Cr$ 60 mil para comprar o imóvel, o que foi encarado pela polícia como um possível motivo para o crime. O primeiro suspeito preso, Kleber Ramos, trabalhava como marceneiro na clínica e teria sido contratado para o crime a fim de forçar a venda do imóvel pelo preço estipulado[13]. Sua prisão foi baseada nos relatos de Vera Lúcia, a irmã mais velha de Carlinhos, que recebeu o bilhete das mãos do sequestrador. Como álibi, Kleber alegou ter saído da clínica por volta das 20 horas, em companhia de 3 mulheres, em direção à Praça Mauá, de onde tomou um ônibus com destino a sua casa, no bairro do Éden. Esta versão foi confirmada à polícia por uma das mulheres. Kleber foi libertado após 3 dias de detenção, por um habeas corpus expedido pelo juiz Santiago Dantas, da 14ª Vara Criminal.

Um outro suspeito, o mecânico José da Silva, apresentou-se na 9ª Delegacia no mesmo dia. José, que frequentava a casa da Rua Alice, teria tempos antes complicado a situação financeira de João Mello ao deixar de pagar as letras de uma televisão avalizada pelo industrial. A mãe de Carlinhos também esteve no local, porém não o reconheceu como sequestrador. O terceiro suspeito foi apontado por Maria da Conceição, que havia fornecido apenas o primeiro nome à polícia, mas logo fora por esta identificado como Raimundo Pereira Lulu, o qual teria realizado uma tentativa frustrada de seduzir Maria.

No dia 6, o comerciante Celso Vasconcellos de Passos, então com 34 anos, e seu cunhado, Francisco de Almeida, foram detidos. Celso teria uma dívida de cerca de Cr$ 15 mil com João Mello, que, para não ficar no prejuízo, tomou de Celso a sua Variant amarela. No mesmo dia, um funcionário aposentado da Petrobrás, Hildebrando Martins de Castro, de 43 anos, compareceu à residência de Carlinhos para fazer uma proposta. Hildebrando ofereceu um ou dois de seus filhos aos pais de Carlinhos para substituir o menino sequestrado[14].

Os exames do perito Carlos Éboli revelaram que o bilhete do sequestrador fora escrito 3 dias antes e que os erros gramaticais foram propositais, com o objetivo de confundir os pais dos garotos e as autoridades. As suspeitas recaíram sobre os integrantes da família. Chamou a atenção da polícia o estranho comportamento da mãe, que deixou de ir à sessão espírita que costumava frequentar exatamente na quinta-feira do dia do sequestro. Quando a polícia chegou ao local do crime, Maria da Conceição assistia televisão calmamente. No dia seguinte, chamada para depor na delegacia, pôs sua melhor peruca e pintou os olhos. A polícia foi informada de que a mãe de Carlinhos era pouco cuidadosa com os filhos, gastava o dinheiro que recebia em bilhetes de loteria e roupas para si. O pai também entrou na lista de suspeitos, pois encontrava-se em sérias dificuldades financeiras e teria montado o falso sequestro para arrecadar dinheiro.

Nos dias seguintes, a Delegacia de Roubos e Furtos, coordenadora das investigações, recebeu diversas informações falsas por telefone. Uma ligação anônima, porém, indicou a casa de número 1908 da Rua Barão de Petrópolis como sendo o primeiro local para onde Carlinhos teria sido levado após o sequestro. A pessoa que telefonou afirmou ter visto um homem subindo em direção ao casebre no dia do sequestro, em companhia de um menino. A placa do veículo em que ambos chegaram ao local fora anotada pelo informante: TA0206, um táxi Opala. A polícia encontrou a casa vazia, sem nenhum móvel, apenas com um pacote de velas.

Uma semana depois do sequestro, a polícia prendeu Ademar Augusto de Fraga Filho, vulgo Capoeira, ex-agente da Polícia Judiciária, e um estelionatário como novos suspeitos. O motivo do crime teria sido vingança por parte de um grupo de contrabandistas que teriam sido lesados pelo pai de Carlinhos. De acordo com a polícia, Ademar usaria o dinheiro do resgate para fugir do país, já que era procurado, acusado de pertencer ao Esquadrão da Morte. Também foram ouvidos o contrabandista José Pereira de Brito e Júlio de Carvalho, que havia realizado o sequestro de um menino em 1966 e fora convocado pela polícia para fazer um exame grafotécnico.

No dia 10, mais 7 pessoas (6 homens e 1 mulher), funcionários das clínicas Dr. Filizzola e Instituto Fleming, ambas vizinhas à casa de Carlinhos, foram presas para serem interrogadas. Dois dias depois, Maria Margarida da Silva, secretária da empresa de João Mello e filha da mulher presa, confessou ser a autora intelectual do sequestro de Carlinhos. Margarida teria fornecido o bloco de papel utilizado para o bilhete dos sequestradores. Sua justificativa para o sequestro seria a de usar o dinheiro para cobrir o desfalque que dera na empresa farmacêutica onde trabalha. A versão foi desmentida pelas autoridades encarregadas das investigações.

O possível sequestrador ligou para o número à disposição da população e marcou um novo local: o Portão 18 do estádio do Maracanã, numa área próxima à estátua de Bellini. Um forte esquema policial foi montado, porém ninguém apareceu. Os sequestradores não entraram mais em contato, o que levou a conclusão da polícia de que o sequestro não foi praticado por motivo de dinheiro.

A ausência de pistas concretas levou os policiais civis à paranoia. Teodorico Murta, comissário da 9ª Delegacia, foi fotografado por jornalistas vestindo roupas de mulher, afirmando que iria investigar alguns suspeitos. Tal iniciativa resultou na suspensão de suas funções por 90 dias. Mesmo punido, continuou suas investigações por conta própria, porém foi assassinado anos mais tarde.

Na ânsia de solucionar o caso, um grupo de policiais torturou e prendeu a lavadeira Ranulfa da Silva. Os policiais queriam que ela denunciasse Antônio Costa da Silva (vulgo Pitoco), seu ex-amante e que trabalhou com ela na casa de Carlinhos havia dois anos, como autor do sequestro. Antônio e Ranulfa haviam discutido e sido demitidos por João Mello, além de haver a hipótese de se tratar de crime passional (a polícia levantou a possibilidade de João Mello também ser amante de Ranulfa). Posteriormente, Antônio foi capturado e apresentado à imprensa como um dos sequestradores.

Em janeiro de 1974, o assaltante Adilson Cândido da Silva entregou-se à polícia, alegando ser o sequestrador de Carlinhos e ter jogado o corpo do menino ao mar, a pedido de João Mello da Costa[15]. Seis meses depois do crime, uma ossada encontrada na praia da Engenhoca, Ilha do Governador, levantou a suspeita de que pudesse se tratar de Carlinhos. A ossada, resgatada por um pescador português em local citado por Adílson em seu depoimento, estava enrolada em arames amarrados juntamente a um mourão de concreto de aproximadamente um metro de comprimento[16]. Comprovou-se posteriormente que a ossada não era de Carlinhos[17].

Inquérito policial

inquérito policial para apurar o sequestro de Carlinhos só foi aberto oficialmente em 26 de março de 1977, três anos e meio depois de o fato ter ocorrido. Antes disso, só existia um procedimento investigatório. Os delegados Jorge Gomes Sobrinho e Rogério Marchezini, da Delegacia de Roubos e Furtos, foram designados para o cargo. Os policiais ouviram todos os suspeitos, além de João Mello e seus ex-funcionários. A conclusão do inquérito foi divulgada em 25 de novembro de 1977.

Quatro anos após o sequestro, Vera Lúcia relatou à polícia que reconheceu Sílvio Azevedo Pereira, funcionário do laboratório do pai, como sequestrador. No dia do crime, Vera Lúcia afirma ter sentido um cheiro forte, semelhante ao dos produtos farmacêuticos manipulados no laboratório de João Mello. Sílvio chegou a ser condenado na 17ª Vara Criminal a 13 anos de prisão, em 30 de dezembro de 1985, mas seus advogados recorreram da sentença e ele foi absolto.

Indícios

A pessoa seria conhecida da família, pois os 3 cães, Negrinho, Claise, e Suzi, não tiveram nenhuma reação ao invasor. Também conhecia o local onde estava situada a caixa de luz da casa. O portão lateral da casa, que normalmente ficava fechado, estava aberto e foi por onde o sequestrador teria entrado.

A residência escolhida não possuía telefone para o contato com sequestradores e, de fato, não houve contato após o crime. Os pais de Carlinhos estavam praticamente separados na época do crime.

Contradições

Abel Alves da Silva declarou ter visto Carlinhos e o sequestrador entrarem em um táxi Volkswagen vermelho, de 4 portas, parado próximo à casa do menino. O veículo teria partido em seguida. Contou também que, pouco antes, havia visto um desconhecido descer do táxi e entrar no matagal, o homem supostamente perseguido pelo patrão. João Mello, a mulher e os filhos negaram ter visto um táxi perto de casa quando o sequestrador saiu com o menino. Além disso, ao avisar os policiais sobre o caso, Abel apresentou-se como vizinho de João Mello, quando, na verdade, residia em Duque de Caxias, Baixada Fluminense.

ADENDO: 

Se você deseja comprar o livro "CASO CARLINHOS UMA HISTÓRIA QUE NÃO TERMINOU" -  DE CARLOS HENRIQUE PONTES ISNARD MARTINS", entre em contato com o autor através deste endereço eletrônico: 

casocarlinhosolivro@gmail.com

https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Carlinhos

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SAINDO UM POUCO DO NOSSO TEMA - ZOOLÓGICO HUMANO

Foto de um zoológico humano, tirada em 1958 na Bélgica. Há menos de 60 anos, existiam zoológicos como este, onde negros, geralmente africanos, eram expostos para as crianças brancas. Me pergunto se algum dia, sentiremos tanta vergonha em ver animais em zoológicos, quanto sentimos hoje por essa foto.

Para quem não sabe, em zoológicos animais passam cerca de 8 horas por dia expostos e as outras 16h (quando o zoológico fecha e ninguém está olhando) confinados em jaulas minúsculas, sem luz e nenhum espaço para se movimentar. Durante o dia, a maioria é deixada sem comida ou água para “não atrapalhar a vista dos visitantes”. Eles sofrem uma vida inteira, deprimidos, solitários, doentes e malcuidados, para que as pessoas tenham algumas horas de entretenimento e tudo isso é financiado pelo seu ingresso.

Diga não à zoológicos. Boicote quem confina e condena centenas de vidas inocentes a prisão, miséria e sofrimento. Não visite, não contribua, não financie.

Fonte: facebook

Página principal: Luisa Mell

Segunda fonte: José Romero De Araújo Cardoso 

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