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terça-feira, 11 de abril de 2023

ROUPAGEM

Por Helio Xaxá

O meu coração é um vaso
Bonito e sem flores...
Carrega ainda os perfumes
De tantas outras primaveras...
É um velho não por acaso
Recheado de dores
Achaques e cios dos ciúmes
Canteiro de silêncios e esperas...
Curvado pelo peso dos anos
Sob as intempéries dos amores
Mil sonhos e nada de planos
Nos olhos e mechas incolores...
Adolescente de experiências marcado
Com saídas nem sempre dignas...
Um velho moço então cansado
Marcas da paixão e seus estigmas...
Carro velho movido à álcool
Ruido no motor, ferrugem na flandelagem
Exposto à brisa marina e ao sol
Busca num amor jovem a garagem...
Nas folhas da juventude, um lençol
Para se cobrir de nova e bela ramagem...

https://www.facebook.com/helio.xaxa

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AMOR SENDO VERDADEIRO...

Por José G. Diniz

 Amor sendo verdadeiro
Não fica se repetindo
Nem indo e nem vindo
Chega e da um cheiro
Quando é o amor primeiro
É de um ninho o indes
Igual ao segundo mês
E a explosão de uma bomba
Amor é igual cachumba
Só acontece uma vez
Se pudesse nem lembrava
Mas lembro porque sinto
Por ser honesto não minto
Se mentisse me calava
Nem um pouco lembrava
Lembro porque sou cortes
De Novembro o dezesseis
Minha estrutura tomba
Amor é igual cachumba
Só acontece uma vez
Que me dera ter dado o não
No lugar que esta o sim
Era melhor para mim
Calava meu coração
Já botei no meu portão
Um chifre de uma réis
Eu acho que alguém fez
Feitiço ou uma macumba
Amor é igual a cachumba
Só acontece uma vez.

https://www.facebook.com/josegomesd

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O LUGAR DA MORTE DE JESUÍNO BRILHANTE

 Por Dr. Epitácio de Andrade

“ Valha-me, Nossa Senhora da Conceição! Uma bala envenenada atravessou meu coração.” ( Sussurrou Jesuíno Brilhante na ânsia da morte).

Com direção e roteiro de Epitácio de Andrade Filho, fotografia: João Lima, “ O Lugar da Morte de Jesuíno Brilhante” é uma realização áudio visual amadora, produzida em 2005, que documenta mediante depoimento do cidadão nonagenário Mário Valdemar Saraiva Leão (98 anos) o local exato da emboscada fatal que ceifou a vida do cangaceiro potiguar Jesuíno Brilhante. O Serrote da Tropa na comunidade Santo Antônio, zona rural de São José de Brejo do Cruz, microrregião de Catolé do Rocha, Sertão da Paraíba, foi apontado por Mário Saraiva como “ O Lugar da Morte de Jesuíno Brilhante”. Segundo Seu Mário Saraiva Leão, após ser atingido por disparo de bacamarte, Jesuíno Brilhante, em seus últimos estertores, teria sussurrado: “Valha-me, Nossa Senhora da Conceição! Uma bala envenenada atravessou meu coração”.

Era dezembro de 1879. O Cabo Preto Limão foi o autor do tiro que pôs fim ao cangaço de Jesuíno Brilhante. Sob o título ‘Local da Morte de Jesuíno Brilhante’, uma versão simplificada do documentário foi reeditada pelo cineasta sergipano Robério Santos do canal “Cangaço na Literatura” e está disponível pelo Youtube.




Enviado pelo o autor.

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CANDEEIRO: OS SEGREDOS DE LAMPIÃO

Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=W3Zlam7eL5g&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Vídeo inédito com o ex-cangaceiro Candeeiro em visita a Fortaleza. Já havia postado uma parte e essa é a segunda, com Candeeiro na casa do saudoso memorialista Christiano Câmara. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios:    / @aderbalnogueirac...  

#lampiao #cangaço #maria bonita #cangaceiros #candeeiro #christiano câmara

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DADÁ E O TENENTE ZÉ RUFINO

 Recorte de jornal


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A EX-CANGACEIRA DADÁ

 Por José Mendes Pereira


Esta foto eu a encontrei por aí, Eu nunca tinha visto, e acredito que é Dadá. Onde eu a encontrei não diz que é ela e nem outra mulher.

https://br.pinterest.com/pin/144467100535856424/

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O LIVRO "QUEM MATOU DELMIRO GOUVEIA"?

 Por Gilmar Teixeira 

O livro "Quem matou Delmiro Gouveia? Livro este que desvenda um dos crimes mais enigmáticos do Brasil, acontecido há mais de um século atrás, e que depois de uma pesquisa e investigação séria, revela os seus verdadeiros executores desse crime que abolou o nordeste e o Brasil no século passado, está acabando esta segunda edição.

Você pode adquirir os últimos exemplares com um preço especial de 50,00. 

Com envio para todos os lugares do Brasil através deste email:

gilmar.ts@hotmail.com

Aguardo o seu contato para enviarmos o nosso livro para você, abraços.

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VENHA FAZER PARTE DE UM VÍDEO AO VIVO SOBRE A SEGUNDA EDIÇÃO DO MEU LIVRO AS MULHERES NO CANGAÇO.

 Por Raquel Nogueira

Pessoal ,o meu livro já está terminado, ele tem 358 páginas, 92 páginas a mais do que o da primeira edição, tem mais fotos, mais assuntos, que não tinha no outro, como por exemplo fala um pouquinho sobre as nazarenas, um pouquinho sobre as mulheres mossoroenses, sobre Dadá depois do Cangaço, sobre o Livro Maria Bonita de Afrânio Peixoto, sobre a nova data de nascimento de Maria Bonita, sobre a pequena Zefinha, um pouco sobre as Heroínas de Tejucopapo, um pouco sobre As Mulheres Ferradas, um pouco mais sobre Lídia, Inacinha, Sobre Maria Bonita e o ataque à Serrinha do Catimbau, sobre o que o nome dela virou depois de sua morte, um pouco sobre Anaíde Beiriz, um pouco sobre Zé Baiano, sobre novos filmes que fizeram sobre o Cangaço tal como o filme chamado Querença, produzido pela atriz Iziane Mascarenhas, sobre a Série da Netflix o Cangaceiro do Futuro.

Quero marcar uma transmissão ao vivo pelo Facebook no qual eu convido todos vocês do grupo Cangaço na Bahia às 16 horas no dia 15 de Abril desse ano de 2023, vocês poderão enviar perguntas legais, de forma ética sobre a produção do livro, podem solicitarem pra mim, partes da leitura do livro, perguntarem sobre o que vocês quiserem com relação a ele ou sobre o meu interesse sobre a história do cangaço.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=6546218255423369&set=gm.747592080361616&idorvanity=414354543685373

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O POETA DAS QUEIMADAS

Autor: José Di Rosa Maria

01
Ontem pela madrugada
Depois da morte do sono,
Busquei a inspiração
No baú de Deus é dono,
Pra compor uma canção
Falando de Fabião,
Poeta que não destrono.
02
E afoguei os meus olhos
No mar da biografia
Do poeta que tocava
Rabeca, porque sabia
Que cedo ou tarde cantando
Terminaria pagando
O preço da alforria.
03
A biografia diz
Que em mil e oitocentos
E quarenta e oito, nasce
Ele, sem conhecimentos
Mas com o dom evidente
De encantar sua gente
Cantando seus sentimentos.
04
E em Lagoa de Velhos
Seu torrão, sua cidade
Lá na fazenda Queimadas,
Com dez anos de idade,
Fabião já trabalhava,
Já cantava e já sonhava
Com a luz da liberdade.
05
Ao fazer catorze anos
O seu primeiro instrumento,
Foi comprado com o saldo
Do seu próprio sofrimento
Na sua pacífica guerra
Tentando extrair da terra
O seu suado sustento.
06
Mas foi cantando bonito
Que Fabião encantou
O coronel Zé Ferreira
Que encantado passou
A dar incentivo a ele
Porque dava pra ver nele
A luz do dom que ganhou.
07
Com permissão do seu dono
O poeta instrumentista,
Rabequeiro e cantador
Ganhou fama de artista
E passou o romanceiro
A cantar pra fazendeiro
Preludiando a conquista.
08
Consta também na história
Que foi guardando quantias
Que Fabião conseguiu
Pagar pelas alforrias
Da mãe querida, que tinha
E também duma sobrinha
Com quem casou noutros dias.
09
A mãe custou 100 mil reis
E o poeta pagou.
E quatrocentos mil reis
A sobrinha lhe custou;
Três liberdades compradas...
Três pessoas libertadas,
O trio que mais se amou.
10
E mesmo sem saber ler
Bilhete nem telegrama,
Quem cresceu lavrando a terra
Sentindo cheiro de rama,
Depois fazendo sarau
Com O BOI DA MÃO DE PAU
Conseguiu respeito e fama.
11
Esse romance foi lido
Por Luiz da Câmara Cascudo
E publicado num livro
Para servir de estudo
Pra muita gente formada
Saber que quem não lê nada
Compõe para quem lê tudo.
12
Está no famoso livro
Vaqueiros e Cantadores
Do maior dos folcloristas,
Também dos pesquisadores
Que nossa Pátria conhece
Então, Fabião merece
Méritos pelos seus valores.
13
Ariano Suassuna
Recriou a sua obra
Sem sombra de dúvida alguma
Com competência de sobra
E pelo talento dele
Mais homenagens a ele
Lagoa de Velhos, cobra.
14
A besta de Joana Gomes
Foi um romance vistoso,
A vaca lisa vermelha
E o cavalo fogoso,
Que o povo ainda aprecia
Também são da autoria
Do romanceiro famoso.
15
Fabião por levar cartas
Ao povo da região,
Recebeu o cognome
De carteiro do sertão
Por ter sido tão coeso
Mais um destaque de peso
Na vida de Fabião.
16
A grandeza do poeta
Me deixou admirado,
Porque sem televisão,
Rádio e jornal, no passado
Ele de alma dileta
Conseguiu como poeta
Tornar-se famigerado.
17
Sem formação acadêmica,
Sem diploma, sem dinheiro,
Apenas com seu talento
De cantador Rabequeiro
Querido e solicitado,
Deixou um grande legado
De poeta romanceiro.
18
Fabião Hermenegildo
Ferreira da Rocha, fez
Essas obras e mais outras
Antes de chegar a vez
De para sempre partir
Pra cantar pra Deus ouvir
No reino da sensatez.

José Di Rosa Maria

Enviado pelo o autor.

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COITEIROS DE LAMPIÃO - PARTE I

 Por Rei Dos Cangaceiros

01- Antonio da Piçarra, 02 - Rosalbo Marinho, 03 - Mané Félix - 04 - Adauto Félix

03 - Mané Félix - O que lhe disse Lampião: Manoel Félix, Lampião encontrou com ele levando uns gados no meio da estrada, na ida pra Angico e pediu pra ele levar grandes volumes de carne no outro dia, e disse-lhe: " três coisas para se viver muito, ver, ouvir e calar"

Padre Cicero e Benjamim Abrão Callil Botto

José Pereira de Princesa-PB, e seus cabras.


Eronides de Carvalho, Governador de Sergipe.

Antonio Linard

Quando na Serra do Mato; famosa fazenda do grande Cel. Santana, de Missão Velha/CE, o Capitão Lampião precisou de um ferreiro para limpar/lubrificar seu armamento, foi logo que trouxeram a sua presença o jovem Antonio Linard.

Ao final do trabalho realizado, o mesmo não cobrou nada ao Capitão Lampião. Esse último perguntou-lhe, qual seria o seu maior desejo ? O jovem ferreiro respondeu: seria adquirir um "Torno mecânico", que á época era muito caro.

O líder cangaceiro fez passar por entre seus cabras, o chapéu da aba virada e ali cada um colocou a justa paga; desse episódio nasceu a história do primeiro torno das Indústrias Linard, um dos mais tradicionais grupos empresariais de Missão Velha/CE.

Torno mecânico de seu Antonio Linard

Seu Arlindo 

Arlindo residia no povoado Várzea, entrada do Raso da Catarina e foi nessa localidade que ele conheceu Lampião e seu grupo, era um menino de 7 anos deparou-se com Lampião, na estrada. Este lhe pediu que subisse na lomba do seu cavalo e o levasse até sua casa. Lá o ri do cangaço conheceu seu Avô João da Varje e seus pais Quinca e Aristéia e a partir deste encontro a sua residência passou a servir de coito e era sempre um dos lugares preferidos pelos cangaceiros para realizarem os famosos bailes. Ele foi casado com dona Nina, irmã do cangaceiro Bananeira.


Audálio Tenório, CHEFE POLITICO, de Águas Belas-PE, ex DEPUTADO ESTADUAL e amigo fiel de Lampião por 8 anos, até a morte de Lampião. ( o quinto de branco, da esquerda do vídeo)


Coiteiro Joca Bernardes

João de Almeida Santos, o Joca Bernardes. falou ao Sargento Aniceto que arrochasse Pedro de Cândido, que ele sabia onde estava o cego, (Lampião).

Coronel Petronilo de Alcântara Reis

Quando em 1928 Lampião cruzou o Rio São Francisco, saindo de Pernambuco pra Bahia, um dos primeiros contatos foi com o coronel Petronilo de Alcântara Reis "Coronel Petro". Petro era o chefe político de Santo Antônio da Glória, cidade hoje submersa pelas barragens do Rio São Francisco.

Vários livros contam que a amizade de Lampião com o coronel foi desfeita porque o coronel traiu Lampião, teriam os dois uma sociedade em terras e aninais.

Quando houve a batalha que morreu Ezequiel, irmão mais novo de Lampião, fato acontecido na Baixa do Boi, em Paulo Afonso, Lampião encontrou em um dos bolsos de um policial morto no combate, um bilhete do coronel endereçado ao comandante da volante e o bilhete falava dos esconderijos dos cangaceiros.

Lampião arquitetou sua vingança incendiando em torno de 18 fazendas do coronel. Começando de Glória, cruzando o Raso da Catarina, Lampião tocava fogo e matava os animais.


Ex-deputado estadual, chefe político de Águas Belas-PE, Audálio Tenório, amigo fiel de Lampião por oito anos.


Firmina Maria da Conceição nasceu em 1905, no povoado “Poços”, uma das fazendas que se situava às margens do Raso da Catarina e foi incluída por Lampião nos seus trajetos como rota secreta e segura, favorecendo sua passagem em direção aos povoados Malhada da Caiçara, São José, Santo Antônio, Várzea, Riacho e todo o estado Sergipano.

O primeiro filho de Firmina acabara de nascer no meio daquele mundo inóspito e primitivo, tendo por testemunha apenas a população resumida de cinco famílias simples. Presente naquele momento de perpetuação da vida estava o sogro Faustino, dona Clara, Batista, Maria de Zeca e Zé Antônio. Cabocla completou quinze dias de resguardo e como de costume acordou cedo e foi fazer a visita matinal na casa da amiga Clara. O que aquela manhã havia lhe reservado de surpresa a acompanharia pelo resto da vida. Na sala da residência de dona Clara, Cabocla parou extasiada diante do que seus olhos contemplaram. 

Muitas vezes ouvira falar de Lampião, porém, jamais imaginaria ficar diante daquela figura real. Uma voz que mais parecia o som de um trovão quebrou o silêncio que se abatera naquele cubículo abarrotado de cangaceiros:

- Tá cum medo?

Diante de toda expectativa a resposta saiu:

- Não!

- Você sabe cunzinhar?

- Sei!

Cabocla rememora sua amizade com Lampião. Com este pequeno diálogo começaria uma grande amizade entre Cabocla e Lampião. Neste dia Cabocla preparou um verdadeiro banquete para os cangaceiros.

Os Poços passaria a ser um dos principais esconderijos do Rei do Cangaço. Os coitos que cercavam os Poços e foram utilizados pelos cangaceiros onde permaneciam por dias e dias arranchados, foram: Saco da Palha, Sítio do Sabino, Malhada Bonita, Quixabeira e Serrotinho.

No princípio Cabocla não contou aos pais do encontro que tivera com Lampião.

Como as visitas de Lampião foram ficando muito frequentes Cabocla teve que pedir ajuda a amiga Lúcia de Sabino para ajudá-la a cozinhar. 

Depois Lúcia se encarregou da cozinha e Cabocla da lavagem das roupas, uma árdua tarefa, tendo em vista que as roupas eram lavadas na casa dos pais, no povoado São José e eram escondidas por causa do forte cheiro que ficava, pela quantidade de perfume que os cangaceiros usavam. Cabocla tinha que adentrar alguns metros no mato temendo ser descoberta pelas volantes policiais.


Sabendo dos rumores que Lampião estava nas redondezas, meu pai José Tibúrcio da Silva, ao viajar para Queimadas mandou que minha mãe, Marcionília Pinho da Silva, fosse dormir na casa do cunhado (Martinho Pereira da Silva) que ficava perto, eu Germinia Pinho da Silva tinha apenas seis meses de idade. José Tibúrcio da Silva como proprietário da Fazenda Paraíba, transportava daqui peles de ovinos, bovinos e caprinos que levava para Queimadas pois lá havia um curtume que era do Coronel Vicente Ferreira da Silva, que era primo de José Tibúrcio da Silva. Ao chegar lá ele deixava as peles para serem curtidas e as que já estavam curtidas ele pegava para trazer, completando a carga com sacas de café que vinham de Jacobina para Queimadas.

Meu pai era dono de uma tropa de oito burros, sendo seu tropeiro o Senhor Higino morador da Fazenda Roda, ao chegar aqui na Vila do Raso, como era conhecido na época, meu pai tinha que ir prestar contas ao Coronel Vicente Ferreira da Silva, pois era ele que dava os fretes para meu pai conduzir. Foi no período desta viagem que Lampião chegou em João Vieira arraial de Araci, no mês de Dezembro de 1928, procurou saber quem era fazendeiro e quem tinha tropas de burros, alguém que se dizia ser amigo de meu pai informou a Lampião sobre meu pai e Lampião mandou o cangaceiro Corisco ir até a Fazenda Paraíba guiado por esta pessoa, pois não sabiam onde era a Fazenda, ao chegar não encontrando ninguém colocaram fogo na casa.

Quando foram cinco horas da manhã, pois eu acordava muito cedo para comer, minha mãe chamou as meninas para ir tirar leite das cabras, pois eu só tomava leite de cabra, ela me levava nos braços, ao chegar na malhada ela avistou o fogo em cima da casa e logo viram os cangaceiros com os fuzis, os burros amarrados e etc.

Ela respeitando os cangaceiros não seguiu, pediu que uma das meninas que ela criava que voltasse na casa do meu tio Martinho para chama-lo para poder encorajá-la, pois ele ia enfrentar eles, ao chegar trazendo consigo nos braços o garoto José Brígido da Silva (Zeles) que tinha apenas dois anos e dois meses de idade, ele se reuniu com minha mãe que estava comigo nos braços, ao se aproximar da fazenda ela avista a fumaça em cima do telhado, pois eles já tinham arrombado a porta e entrado, pegado dinheiro, peças de tecido de seda, saquearam a casa e depois pegaram querosene, que na época meu pai comprava querosene em lata, destelharam a cumeeira da casa ensoparam com o querosene e puseram fogo.

O NOSSO BLOG CONTINUARÁ AMANHÃ COM MAIS COITEIROS.

Fonte: facebook
Página:  Rei Dos Cangaceiros
Link: https://www.facebook.com/virgulinoferreira.ferreira.5?fref=photo

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