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terça-feira, 15 de junho de 2021

PEÇA LOGO ESTES TRÊS LIVROS PARA VOCÊ NÃO FICAR SEM ELES. LIVROS SOBRE CANGAÇO SÃO ARREBATADOS PELOS COLECIONADORES.

  Por José Mendes Pereira


A primeira obra é "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS" que já está na 5ª. edição, e aborda o fenômeno do cangaço e a vida do maior guerrilheiro das Américas. Um homem que não temeu às autoridades policiais  e muito menos aqueles que lutavam contra a sua pessoa, na intenção de desmoralizá-lo nas suas empreitadas vingativas, e eliminá-lo do solo nordestino. Realmente foi feito o extermínio do homem mais corajoso e mais admirado do Nordeste do Brasil, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, mas não em combate, e sim, através de uma emboscada muito bem organizada pelo alagoano tenente João Bezerra da Silva. 


O Segundo livro da trilogia do escritor e pesquisador do cangaço é: "FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE" com 332 páginas, e um grande acervo de fotos relacionado ao assunto. E para aqueles que gosta de ler e ver fotos em uma leitura irá se sentir realizado com todas as fotos.


O terceiro livro da trilogia também do escritor José Bezerra Lima Irmão é: "CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO NORDESTE" resgata fatos sobre os quais a história oficial silencia ou lhes dá uma versão edulcorada ou distorcida: o "desenvolvimento" do Brasil, o desumano progresso de colonização feito a ferro e fogo, Guerra dos Marcates, Cabanada, Balaiada, Revolução Praieira, Ronco da Abelha, Revolta dos Quebra-Quilos, Sabinada, Revolta de Princesa, as barbáries da Serra do Rodeador e da Pedra do Reino, Guerras de Canudos, Caldeirão e Pau-de-Colher, dando ênfase especial à saga de Zumbi dos Palmares, Invasões Holandesas, Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equador e Guerras da Independência, incluindo o 2 de Julho, quando o Brasil se tornou de fato independente... São assuntos que dão gostos a gente lê-los.  

Adquira-os com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

ou com o autor através deste g-mail: 

josebezerralima369@gmail.com

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NOVO LIVRO NA PRAÇA SOBRE CANGAÇO

   Por José Mendes Pereira


Recentemente o escritor e pesquisador do cangaço Guilherme Machado lançou o seu trabalho sobre o mundo dos cangaceiros com o título "LAMPIÃO E SEUS PRINCIPAIS ALIADOS". 

O livro está recheado com mais de 50 biografias de cangaceiros que atuaram juntamente com o capitão Lampião. 

Eu já recebi o meu e não só recebi, como já o li. Além das biografias, tem fotos de cangaceiros que eu nem imaginava que existiam. São 150 páginas. Excelente narração. Conheça a boa narração que fez o autor. 

Pesquisador Geraldo Júnior

Prefaciado pelo pesquisador do cangaço Geraldo Antônio de Souza Júnior. Tem também a participação do pesquisador Robério Santos escritor e jornalista. Duas feras no que diz respeito aos estudos cangaceiros.

Jornalista Robério Santos

Não deixa de adquiri-lo. Faça o seu pedido com urgência, porque, você sabe muito bem, livros escritos sobre cangaços, são arrebatados pelos leitores e pelos colecionadores. Então cuida logo de adquirir o seu! 

Pesquisador Guilherme Machado

Adquira-o através deste e-mail: 

guilhermemachado60@hotmail.com

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A MORTE DE PEDRO DE CÂNDIDO

 Por José Mendes Pereira


Os escritores Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Faustino contam no Livro “Lampião em Alagoas” páginas 450 e 451, publicado no ano de 2012, que o amigo estudado por nós, o famoso coiteiro do rei Lampião Pedro de Cândido, após a hecatombe de Angico, quando houve festas e promoções policiais no Estado de Alagoas, felizmente o tenente Zé Lucena (responsável pela morte do patriarca da família Ferreira, apesar de ter sido feita pelo seu comandado Benedito Caiçara) lembrou desta figura, e, o indicou ao comando da polícia para incluí-lo no efetivo da Força Policial, como recompensa, dando-lhe a patente de cabo, ficando destacado lá mesmo na cidade de Piranhas no Estado de Alagoas.


Três anos após a morte do rei Lampião e sua rainha Maria Bonita uma notícia tomou conta da cidade de Piranhas que um lobisomem estava tirando a tranquilidade da população daquela região, no local chamado Piranha de Baixo.

Nessa noite do dia 23 de agosto de 1941, um jovem de nome Sabino José Vieira passa no Bar de um senhor de nome Pedro Chico, sendo que este ambiente era muito frequentado pela população, e ali, a conversa sobre o lobisomem está sendo espalhada no recinto. Naquele tempo, as luzes da cidade tinham um controle, e eram apagadas às 23 horas (talvez, não sei, para economia de óleo diesel, já que naquele tempo a maior parte das cidades dos Estados Brasileiros era movido por motores explosões, assim eram chamados).

Como morava um pouco distante de onde se encontrava, e inevitavelmente tinha que passar por Piranhas de Baixo, Sabino põe a sua peixeira na mão, e seguiu viagem para sua residência. Em uma das curvas na estrada, ouviu um tropel, seguido de um ronco. Assustado, mas preparado, enfiou a sua peixeira no peito do suposto Lobisomem, ouvindo um gemido e a queda do corpo no chão. Às carreiras, Sabino José Vieira saiu em gritos, afirmando ter assassinado o lobisomem, que até então, para ele, era o suposto lobisomem.

“ - Eu matei o lobisomem”! “ - Eu matei o lobisomem! ”

O Sabino José caiu desmaiado em uma calçada. De repente, apareceu uma porção de gente do lugar, e cuidou dele, que mesmo no chão, continuava gritando, afirmando ter assassinado o lobisomem. Assim que se acalmou, Sabino contou como foi que assassinou o lobisomem.

Mas o Sabino José Vieira não havia assassinado um lobisomem, e sim o famoso ex-coiteiro do rei do cangaço Lampião, o Pedro filho da dona Guilhermina e seu Cândido lá de Piranhas, conhecido por Pedro de Cândido, que ali se encontrava envolvido num lençol de sangue.

Um dos participantes do reconhecimento do corpo de Pedro de Cândido com uma candeia, pôs a mão no peito da vítima para saber se ainda existia vida, mas findou dizendo: “- Acabou-se o homem”.

Fonte de pesquisa:
Livro: “Lampião em Alagoas”.
Páginas: 450 e 451.
Ano de publicação: 2012
Autores: Clerisvaldo B. Chagas e Marcello Faustino.

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POÇO DOS HOMENS

 Clerisvaldo B. Chagas, 15 de junho de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.554


Devido a pandemia não foi possível fazermos lançamentos relâmpagos do livro “Canoeiros do Ipanema”. Aguardamos melhores dias para sairmos com os Canoeiros às ruas, às aglomerações, palestrando juntos sobre essa fase da história santanense que estava completamente esquecida. Entretanto, para se adquirir rapidamente um exemplar os pontos de venda estão divididos em três lugares, em Santana do Ipanema: Espaço Cultural, livraria à Rua Nova; Hiper Mercado Nobre e Salão Gil Cabeleireira. A parte física da história é o poço do Juá, no rio Ipanema, onde os canoeiros transportavam pessoas e mercadorias para ambas as margens do rio, e escoavam a produção das inúmeras fabriquetas da época.  Entretanto, a fama de outro poço parecia não a acabar nunca. Trata-se do Poço dos Homens, localizado logo abaixo do poço do Juá.

Desde cedo ouvíamos falar que a primeira pessoa que morrera no poço dos Homens, fora um cidadão chamado Zé Belebebeu, também chamado Jabobeu. Assim o poço foi virando assassino profissional e até as últimas notícias, há bastante tempo, contava com cerca de vinte afogamentos mortais. Sempre se dizia por ali: “Cuidado que Jabobeu puxa nas suas pernas, para o fundo do poço, rapaz!”. E de vez em quando surgia a notícia de mais um afogamento no poço. Lembramos da notícia de um homem de apelido estranho que morrera em suas águas, chamado pelo povo de “Tinteiro”. Após o finado Tinteiro, os banhistas ficaram mais cautelosos, principalmente em relação à bebida, que provoca um torpor e o cabra morre dormindo nas águas.

A ponte sobre o Ipanema, em 1969, foi o grande impacto que tornou o poço dos Homens inviável. A ponte ficou a pouco metros do poço e o casario de ambas as margens se aproximaram mais do rio. Do, praticamente, nada surgiram os Bairros Domingos Acácio, Floresta e Rua Santa Quitéria que atualmente é chamada também de Bairro. A estrutura atual da margem direita do rio Ipanema, corresponde praticamente a um terço da cidade. Possui hospital, faculdades federais, hiper mercado e um comércio não tão profundo mais bastante movimentado. O poço dos Homens não tem mais volta, mas também continua lá, sem clientes. Existe a necessidade de outra ponte que ligue à Rua São Paulo ao alto das antigas olarias, rodagem Santana – Olho d’Água das Flores

O poço dos Homens não mata mais, porém, vez em quando pula da ponte ali pertinho, um suicida! Ave!

POÇO DOS HOMENS, ENTRE PEDRAS NA PARTE CENTRAL DA FOTO. (FOT. B. CHAGAS).


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POR QUE ALGUMAS MULHERES ENTRARAM NO CANGAÇO?

 Por Helton Araújo

Pelos mais variados motivos diversas mulheres adentraram no mundo hostil do cangaço. A montagem que vos apresento tem algumas das mais conhecidas mulheres que aturam em meio ao fenômeno social.

Em pé da esquerda para direita : Dadá de Corisco, Dulce de Criança, Moça de Cirilo de Engrácia, Maria Jovina ( Maria de Pancada ) de Pancada, Cristina de Português, Adília de Canário, Sila de Zé Sereno e Durvinha de Moderno/Moreno.

Sentadas da esquerda para direita : Inacinha de Gato, Maria de Déa ( Maria Bonita ) de Lampião e Neném do Ouro de Luiz Pedro.

Montagen feita por : Luci Guimarães

Identificações na foto : Helton Araújo

Conheça mais do novo grupo no Facebook Cangaço Eterno, segue o Link para os interessados :

https://www.facebook.com/groups/476477993607651/

https://www.facebook.com/photo?fbid=1116191065546023&set=gm.483026166286167

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OS CANGACEIROS CAJUEIRO E BALIZA

 Por Cláudio Silveira


https://www.facebook.com/groups/508711929732768

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LAMPIÃO O ETERNO FUGITIVO

Por Raul Meneleu Mascarenhas

Toda vez que tentamos enquadrar e definir Lampião, ele foge. Talvez até por conta de dificuldades que temos nos dias de hoje em estudar sua história, por conta de não termos mais referências vivas dos que andaram com ele ou o combateu, que possam tirar dúvidas surgidas por novas avaliações.

Herói ou bandido? Violento ou amoroso? Justiceiro ou generoso?  É isso. Toda vez que  procuramos definir Virgulino Ferreira da Silva, encontramos em sua história diversos caminhos que nos levam achá-lo bandido, herói violento, amoroso justiceiro e generoso.
Querem saber: ninguém está pondo em dúvida a existência de Lampião, assim como não podemos ver com cem por cento de garantia as histórias que se fala sobre ele e que cobrem a sua figura. E o que é pior, é que, com o passar dos tempos, vai ser cada vez maior o volume de versões a seu respeito,  cada vez fica mais longe da verdade em tal história. Não que duvidemos 100% da história dita oficial.

Se formos verificar, existem pelo menos dois "Lampiões". Um é aquele que cresceu em um ambiente violento onde a palavra do coronel, decidia sobre a vida e a morte daquelas pessoas que moravam ao seu redor e marcados por lutas sangrentas entre famílias de grandes proprietários de terra. O outro Lampião, é aquele jovem que trabalhava como tropeiro para seu pai, varando as veredas do sertão, levando mercadorias para as vendas das cidades, chamadas bodegas e também levar mercadorias para os comerciantes de ferramentas, tecidos, utilidades domésticas  e até mesmo para pequenos industriais com seus alambiques e engenhos de fabricar rapaduras e mel. Chegou até mesmo transportar mercadorias para o grande industrial Delmiro Gouveia em sua fábrica de linhas, no distrito de Pedras, atual Delmiro Gouveia, município brasileiro no estado de Alagoas.

Virgulino Ferreira da Silva em foto de 1926 em Juazeiro do Norte,CE

Lampião, aliás virgulino, era também um bom artesão. Ele fabricava celas, arreios, capas para facões, chicotes de couro e também era um bom domador de cavalos e burros Era bastante conhecido na região. Além disso ele era um ótimo versejador e tocava sanfona de 8 baixos que acompanhava os seus versos. Ora, era um rapaz que por ter seu trabalho, seu ganho e seu sustento, quando estava em casa principalmente nos fins de semana, onde ia para aquelas festinhas, aqueles arrasta-pés tão famosos no sertão, com dinheiro no bolso para consumir bebidas e gastar com os seus amigos, só podia ser famoso mesmo! Isso causava inveja a alguns rapazes e entre eles o Zé Saturnino, que era filho de um fazendeiro que possuia mais posses que o pai de Lampião, Zé Ferreira.
Virgulino foi poeta, foi amigo, foi valente, foi namorador. Tornou-se o homem que viveu à margem da lei depois que passou a ser perseguido pelos seus inimigos que tinham inveja de sua juventude e da sua capacidade em conquistar amigos.

A partir de 1922, quando assumiu o grupo de cangaceiros que participava, conseguiu criar a seu redor, um imaginário fabuloso. Quando se tornou uma pessoa bastante perseguida pelas volantes policiais, que constantemente estavam no seu encalço, foi criado então esse imaginário. Criado Por muitos repentistas que faziam os seus cordéis para serem vendidos nas feiras das cidades do nordeste, onde alguns deles chegavam a tocar sanfonas e violas, mostrando nos seus versos  versões imaginárias desse homem tão perseguido. Eram histórias mirabolantes nessa cultura que se escrevia e que explodia nos cantos da pobreza e da própria fome dos sertanejos.


Lampião nunca apresentou pra ninguém uma plataforma política ou um programa de reinvindicações sociais, mas traduziu como ninguém a  insatisfação popular contra um regime autoritário que já perdurava há muito tempo e que infelizmente até os dias de hoje persiste. Regime autoritário de nossa história, que ficou conhecido como República Velha, se bem que na República Nova, que já se iniciou corrupta, pois tinha os mesmos personagens corruptos da Velha, na sua linha de frente. Não é a toa que Jornais da época que recebiam benesses do governo, procurassem mostrar Lampião com imagem de criminoso de alto grau de delinquência, procurando com isso denegrir totalmente o lado humano e social vivido por lampião e seus cangaceiros.

Contrário a isso,  de Lampião traduzir como ninguém a insatisfação popular, os poetas de cordel que estavam constantemente nas feiras das cidades do nordeste, mostraram um Lampião valente, com alto grau de capacidade libertadora dos pobres, suas lutas contra os poderosos e que até hoje é lembrado e cantado pelos poetas e repentistas. É Por isso que, tão impressionante figura lendária de Lampião seja um pretexto para acabar com as injustiças sofridas pelos mais pobres.

Aqueles que persistem em falar mal de Lampião, não vêem ou fazem que não ver, que em um ambiente seco do sertão, na catinga nordestina, outras crianças, com suas famílias, sofrem o descaso das autoridades até os dias de hoje. Lampião tem de ser examinado pelos olhos da sociologia e não pelo olhar policial, pois já fazem mais de 80 anos de sua morte. Foram muitas histórias de ódio, mas também teve muitas histórias de amor e de generosidade, pois Lampião também foi capaz de amar. Realmente meus amigos, falarmos desse personagem histórico, desse mito, nunca é, colocar um ponto final nessa história. Porque Muitas ainda estão escondidas e à medida que o tempo passa,  se refaz cada versão dessa história.

Raul Meneleu Mascarenhas, pesquisador e escritor
Aracaju-Se ; Conselheiro do Cariri Cangaço

Fonte:http://meneleu.blogspot.com/

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MAIS UMA HISTÓRIA QUE NÃO CONDIZ COM A VERDADE..

 Por José Mendes Pereira


As histórias sobre  "cangaço" algumas são criadas facilmente e cabeludas, e rodam o Brasil inteiro como se fossem verdades; enquanto que outras que foram escritas pelos escritores e pesquisadores de responsabilidades, e que são reais, poucas pessoas acreditam, desejam mais as que não têm nenhum fundamento, como é o caso do surgimento da mentira que Lampião não morreu em Angico, e sim, no Norte do Estado de Minas Gerais. - https://josemendeshistoriador.blogspot.com/2021/05/sera-mentira-ou-verdade-que-lampiao-de.html

Vejam o que encontrou o professor e pesquisador do cangaço Ruy Lima escrito pela Editora Saraiva, com o título "Por Dentro da História". 

Professor Ruy Lima

Diz Ruy Lima:

Será mesmo?

A famosa Editora Saraiva publicou uma coleção denominada "Por Dentro da História", formada por vários autores, a qual, como diz o coordenador da coleção, "reconta a História empregando o recurso literário, ou seja, traz histórias sobre a História, Com grau de aprofundamento compatível com o público leitor, os livros abordam de forma crítica e analítica temas históricos presentes no currículo escolar."

Assim escreveu o coordenador da coleção.

Mas, o que tem o cangaço a ver com isso?

Há um livro dessa coleção que me chamou muito a atenção. intitulado "CANGAÇO - A guerra no sertão da Republica."

Oxente! Nunca eu tinha imaginado que existisse um livro didático, de "História", sobre o Cangaço e, em especial, sobre Lampião.

Achei o livro interessante, com páginas ilustradas, parecendo um folheto, Mas, fiquei triste, muito triste mesmo, quando li o seguinte trecho na página 25 do livro, sobre o motivo pelo qual Lampião entrou para a vida de cangaço: 

"Quando seu pai foi assassinado a mando da família Carvalho, de Serra Talhada, ele entrou para o bando de Sinhô Pereira com a intenção de dar o troco. Isso aconteceu em 1917." (Não bate com os estudos do cangaço. - blogdomendesemendes).

Já na página 61 (o livro tem 72 páginas e um questionário (?). o autor escreveu, referindo-se a Corisco, ao saber da morte do seu compadre Lampião: "Cheio de ódio e inconformado com a morte do Rei do Cangaço, matou outro acusado chamado Pedro de Cândido, e se pôs a perseguir todos aqueles que tivessem o sobrenome Bezerra, simplesmente imaginando que fossem aparentados do tenente João Bezerra," Meu Deus! Já ouvi histórias de trancoso, contadas por minha avó, de Belo Jardim, mais verídicas do que essas. (Menos verdade. (Menos verdades. - Pedro de Cândido foi morto no ano de 1941. (Não bate com os estudos do cangaço -

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JOQUINHA GONZAGA É O CONVIDADO ESPECIAL DO CARIRI CANGAÇO PERSONALIDADE DA NOITE DE HOJE.

 

João Januário Maciel Gonzaga, nasceu  no dia  01 de abril de 1952, no Rio de Janeiro, filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João Francisco Maciel. Muito aproximado do tio famoso, ficou mais conhecido como Joquinha Gonzaga, sobrinho e herdeiro de Gonzagão. 

No final da década de 1940, o “Rei do Baião” formou o primeiro núcleo nordestino no Sul do país, trazendo sua família composta pelo seu pai Januário, sua mãe Santana, suas irmãs Muniz, Geni, Socorro e Chiquinha Gonzaga e seus irmãos Aluízio, Zé Gonzaga e Severino Gonzaga para o Rio de Janeiro. Eles se instalaram em um Sítio em Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias-RJ, mais conhecido como Sítio dos Gonzagas, onde eram realizadas grandes festas como casamentos, batizados, aniversários, novenas etc, sempre com muitos convidados, músicas, comidas típicas nordestinas e a presença de grandes artistas famosos como Marinês, Abdias, Trio Nordestino, Dominguinhos, entre outros. Cantor. Compositor. Sanfoneiro.  Sobrinho de Luiz Gonzaga e, portanto, primo de Gonzaguinha, foi criado em uma família de músicos, como Januário, Chiquinha Gonzaga, Zé Gonzaga e Socorro.  Ganhou uma sanfona do “Rei do baião” aos 12 anos de idade.

Tio Gonzaga e Joquinha Gonzaga

Em 1986, gravou o seu primeiro disco, “Forró cheiro e chamego”, pela gravadora Top Tape.  Na sequência, foi convidado por seu tio, Luiz Gonzaga, a integrar uma turnê à França.  Em 1988, participou do disco “Aí Tem...”, de Luiz Gonzaga, na faixa “Dá licença pra mais um”.  Em 1989, gravou um disco com composições de seu tio, pela gravadora Copacabana.  Em 1990, lançou mais um álbum, “É só remexer”, novamente pela Copacabana.  No início dos anos 1990, atuou em shows e participou de eventos tradicionais como a Missa do Vaqueiro, preservando a memória de Luiz Gonzaga.  Em 1993, lançou o LP “Sobrinho de Gonzagão e neto de Januário”, pela Somari, obtendo divulgação nacional.  Em 1996, lançou o álbum “Raiz e tradição”, que trouxe participações de Alcimar Monteiro, Joãozinho do Exu e Maída.  

Cariri Cangaço Exu em 2017


Kydelmir Dantas, Joquinha Gonzaga e Juliana Pereira
Homenagem do Cariri Cangaço ao Rei do Baião, Personalidade Eterna do Sertão

Joquinha Gonzaga e o Cariri Cangaço !







A tarde do terceiro dia de Cariri Cangaço Exu começou com o mais autentico forró pé serra e baião, genuinamente da lavra do Rei do Baião. João Januário Maciel ou simplesmente Joquinha Gonzaga, e seu irmão, Fausto Luiz Maciel ou simplesmente Piloto, sobrinhos, herdeiros musicais e companheiros de palco do grande Luiz Gonzaga, subiram ao palco do Parque Aza Branca para ao lado do cantor e músico Tacyo Carvalho, proporcionarem um espetacular show a todos os presentes, interpretando sucessos próprios e do Rei do Baião. Joquinha que nasceu no dia da mentira; 01 de abril de 1952; acabou se tornando uma grande verdade; neto de peixe, peixinho é !!! Nasceu  no Rio de Janeiro e é filho de dona Raimunda Januário; Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga, herdou do avô Januário e do tio Luiz Gonzaga o talento e amor para a música e a sanfona. Atualmente casado com dona Nice, mora em Exu ao lado dos filhos; sarinha de 17 anos e Luiz Januário de 11. 

Em 1997No ano Joquinha lançou mais um disco, “Cara e coração”, pela Ingazeira Discos, e com produção de Alcimar Monteiro. O CD apresentou músicas de compositores como João Silva e Dijesus, além dele próprio.   No mesmo ano, realizou participação especial em um álbum de Dominguinhos, cantando a música “Tacacá”.  Em 1998, ao lado de Oswaldinho do Acordeon e Daniel Gonzaga, participou do evento “Tributo a Luiz Gonzaga”, realizado em Nova York, nos EUA, para um público de 10 mil pessoas. Em 2000, lançou mais um disco de carreira, dessa vez de forma independente, “Mala e cuia”, que teve participação especial de Daniel Gonzaga na faixa “Espelhos das Águas do Itamaragy”.  Em 2003, realizou participação especial no disco “Na varanda do Rei”, de Flavio Baião, na faixa “São João Tradição”.  Em 2004, lançou o CD “Sanfoneiro da serra do Araripe”, também de forma independente. O disco trouxe uma gravação de Luiz Gonzaga de 1988, em que o apresentou como herdeiro musical da família e perpetuador do baião.  Em 2005, realizou participação especial no disco “Forroboxote 4”, de Xico Bizerra, cantando a faixa “Toró de alegria”.  Em 2006, lançou o disco “Contos e causos do Gonzagão”, em que apresentou três causos que presenciou nas viagens que realizou ao lado de seu tio.  No mesmo ano, participou do disco de Chiquinha Gonzaga “Oito e oitenta”, interpretando a faixa “Sabino”.  

Em 2007, realizou participação especial no disco “Forroboxote 7”, de Xico Bizerra, cantando a música “Jorge da Lua”.  No mesmo ano, realizou participação especial no disco “Achando bom!!!”, de Targino Gondim, cantando a música “Começo de namoro”.  Em 2012, realizou participação na coleção tripla de CDs "Pernambuco forrozando para o mundo - Viva Dominguinhos!!!", produzida por Fábio Cabral, cantando, ao lado de Dominguinhos,  a música "Retrato do nordeste", de sua autoria com Zé Peixoto e Dijesus. A coletânea trouxe forrós diversos, interpretados por 48 artistas, e que fazem referência aos 50 anos de carreira do seu inspirador, Dominguinhos. Interpretando músicas de compositores em sua grande maioria pernambucanos, fizeram parte do projeto também artistas como Acioly Neto, Adelzon Viana, Dudu do Acordeon, Elba Ramalho, Jorge de Altinho, Irah Caldeira, Liv Moraes, Petrúcio Amorim, Geraldo Maia, Sandro Haick, Spok, Jefferson Gonçalves, Chambinho, Hebert Lucena, Maciel Melo, Luizinho Calixto, Silvério Pessoa, Walmir Silva, entre outros, além do próprio Dominguinhos.

Fonte: Cariri Cangaço Exu - https://forrozeirospe.com.br

https://cariricangaco.blogspot.com/2021/06/joquinha-gonzaga-e-o-convidado-especial.html

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A CANUDOS DE JOSÉ CALASANS

José Calasans

Em 1947, quando das rememorações do cinqüentenário da Guerra de Canudos, o vilarejo, reconstruído no início do século XX sobre as ruínas do arraial conselheirista, recebeu a visita de Odorico Tavares e Pierre Verger. Ambos, jornalista e fotógrafo, fariam uma reportagem para a revista O Cruzeiro que seria um marco nos estudos canudenses. Nela são apresentados os primeiros depoimentos dos sobreviventes do conflito. 
A História começou a registrar a voz dos vencidos. Pouco tempo depois, em 1950, José Calasans Brandão da Silva iniciou estudos para elaborar uma tese que privilegiasse a tradição oral sobre a Guerra de Canudos, a vida de Antônio Conselheiro e o Povoado do Belo Monte. Para realizá-la, foi ao sertão, conversou com sobreviventes e compilou preciosas informações que abririam novas veredas para pesquisas sobre o tema. Com a reportagem de Tavares e Verger e as investigações de José Calasans iniciou-se a oralidade da tragédia sertaneja, até então ofuscada pela grandeza literária do livro Os sertões, de Euclydes da Cunha. 
Hoje, mais de cem anos depois da destruição do Arraial de Canudos, dispomos de informações que contemplam os dois lados da bárbara peleja. E muito devemos aos estudos do Professor José Calasans. Suas pesquisas, além de esclarecerem inúmeros episódios da Guerra, tiraram das coxias dos palcos da História as pessoas que ali, às margens do Rio Vazabarris, ouviam ao entardecer as prédicas e conselhos de Antônio Conselheiro. Armado apenas com a obstinação e paciência do historiador, José Calasans entrincheirou-se nos escombros do arraial conselheirista e foi um dos seus mais bravos defensores.

Notícia dos Beatos, por José Calasans...

Admitimos, na igreja popular sertaneja, uma hierarquia, com beatos e conselheiros. Tivemos nossa atenção despertada para o assunto numa conversa com Honório Vilanova, em terras do Assaré. Disse-nos que conhecera, por volta de 1873, no Ceará, o beato Antonio, que iria encontrar, depois, na Bahia, como conselheiro. Explicou-nos que conselheiro era mais do que beato. 

Ao beato cabia a missão de tirar rezas, cantar ladainhas, pedir esmolas para obras da igreja. O conselheiro ia além, porque, melhor preparado sobre os temas religiosos, pregava, dava conselhos. Um conselheiro pode ter, debaixo de suas ordens, um ou vários beatos. Foi o caso de Antonio Conselheiro, ao qual estavam subordinados alguns beatos, como o beato Paulo, José Beatinho, Antonio Beatinho, além de outros que não nos foi possível identificar. Cronologicamente, o primeiro a ser apresentado é Paulo José da Rosa, também referido como José Paulo da Rosa. 

Em 1876, apenas dois anos após o surgimento de Antonio Conselheiro no centro das províncias da Bahia e de Sergipe, já era pessoa importante no meio dos acompanhantes. Tanto assim que foi preso na Vila de Itappicuru, no citado ano, vindo em companhia do Santo para Salvador, com ele percorrendo as ruas da capital baiana no dia 5 de julho, juntamente com mais dois outros presos, José Manuel e Estevam, o primeiro apontado como vagabundo e larápio e o segundo acusado de ser escravo fugido, pertencente a uma viúva moradora em Porto da Folha, Sergipe, informações contidas no expediente do delegado em exercício de Itapicuru, Francisco Pereira de Assunção (Aristides Milton, 12 : p.11) , onde Paulo José da Rosa está nominalmente citado por causa de suas ligações com o místico cearense. 


Livre da polícia, o beato Paulo voltou ao sertão, passando a acompanhar, novamente, Antonio Conselheiro, a quem o juiz municipal de Quixeramobim, bacharel Alfredo Alves Matheus, pusera em liberdade, provada sua inocência (Manuel Benício, 03: p.46). Tornou-se a segunda pessoa da grei. Marcos Dantas de Menezes viu o beato Paulo no arraial do Bom Jesus. Velhinho, cabeça branca. Ninguém podia falar ao Bom Jesus sem seu consentimento. Morava no mesmo barracão onde ficava o Conselheiro. Recebia tarefas a serem executadas em outros lugares. 

Em 1893, escreveu-lhe Antonio Conselheiro a respeito da igreja construída em Canudos, dando ordens para não permitir na derrubada do Santuário ali existente, “porque a nova capela não estava benta”. A missiva fora escrita em Brejo Grande, trazendo a data de 10 de maio (Rev. I. G. H. Bahia – vol. 55, p. 741). Nascera no Soure (Natuba)  tinha mais idade do que Conselheiro. Não brigou nas horas dos diversos fogos. Morreu bem idoso. Sepultaram-no na frente da igreja, segundo recordou Honório Vilanova (Nertan Macedo, 11: p. 67). 

Falou-nos Ciriaco do pouco conhecido José Beatinho, cearense, dono de uma voz muito bonita para entoar benditos. A mandado do Santo, saía pelo sertão para tirar esmolas. Nosso informante foi seu companheiro numa dessas oportunidades. Não confundi-lo com Antonio Beatinho, que entrou na história nos derradeiros instantes do Belo Monte. José falecera algum tempo antes da guerra.

Fonte: www.josecalasans.com 

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