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terça-feira, 5 de maio de 2020

O CANGACEIRO (1953)


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A MORTE DE FLORO NOVAIS O CANGAÇO NA LITERATURA | #308



Começamos hoje nossa saga em busca da história do vingador do Sertão. O mito Floro Gomes Novais chega ao nosso programa em 5 programas, que vai de sua morte até seu nascimento. Acompanhe nosso canal!

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CONVITE: LAMPIÃO E O CANGAÇO NA HISTORIOGRAFIA DE SERGIPE

Por Archimedes Marques




https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

Informação: Não tenho informação se o professor Pereira está vendendo este livro: Mas aqui está o seu e-mail: 

franpelima@bol.com.br

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TÚMULO DE "DONA LINA" - PRIMEIRA COMPANHEIRA DE SINHÔ PEREIRA.


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O EMPALAMENTO DO COVARDE.


Por João Filho de Paula Pessoa

Em 1917, Sinhô Pereira e seu primo/irmão Luiz Padre, com seu bando, percorriam os sertões de Pernambuco a procura do assassino do Cel. Padre Pereira, pai de Luiz Padre, para vingar a sua morte, ocorrida covardemente anos antes em uma tocaia, quando este, já idoso, caminhava a cavalo, sozinho e inesperadamente foi atingindo por tiro sorrateiro, covarde e mortal, sem nenhuma chance de defesa, fuga ou luta. Ao pistoleiro, que matava covardemente, sem combate e de forma traiçoeira, não era atribuído nenhum respeito ou consideração, era considerado uma escória do sertão, sendo-lhe destinado a mesma ojeriza e repulsa que se tinha ao ladrão de bode, o mais odioso e menosprezado dos bandidos. Ao saberem onde, provavelmente, estaria o assassino, numa casa de uma fazenda isolada, Sinhô Pereira se disfarçou de romeiro, foi até a casa, pediu água e constatou que alí estava sim o assassino procurado, de nome Luiz França, e retornou ao grupo para preparar o ataque. Luiz Padre ao ouvir a confirmação, mesmo sendo de noite, seguiu alucinadamente ao confronto do assassino de seu pai, arrobou a porta da casa e entrou atirando muito, acertou alguns tiros em sua vítima que ainda conseguiu fugir gravemente ferido e se escondeu nos matos, mas foi encontrado pela manhã, próximo à casa e preso pelo bando, momento em que, covardemente, confessou o crime com detalhes e o nome do mandante da morte como sendo José Nogueira, um inimigo da família, após isto foi posto de pernas para cima e golpeado no anus por um punhal longo que cortou suas vísceras até o seu intestino pelo cangaceiro Sereno, após foi apunhalado inúmeras vezes por Luiz Padre, que liberou ali sua angústia e sua fúria, tendo assim concretizado sua vingança pela morte de seu pai, motivo que o fez entrar no Cangaço. José Nogueira foi morto nove anos depois, em 1926, por Antônio Ferreira, irmão de Lampião. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 04/05/2020.


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ASCRIM/PRESIDENCIA – NOTA DE GRANDE PESAR PELA PARTIDA DO IMORTAL “EMERY JUSSIER DA COSTA”- OF. Nº 010/2020.

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MOSSORÓ-RN, 04 de MAIO de 2020.

“RECEBES ESTE EXPEDIENTE PORQUE A ASCRIM O(A)VALORIZA E RESPEITA, PELO ALTO NÍVEL DE QUEM TEM O PRESTÍGIO DE SER ASSIM CONSIDERADO(A).” 

NOTA DE GRANDE PESAR PELA PARTIDA DO IMORTAL
“EMERY JUSSIER DA COSTA”

O PRESIDENTE EXECUTIVO, FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO EM NOME DE TODO O CORPO SOCIAL DA ASCRIM, CONSTERNADO COM A “PARTIDA PARA A MORADA DE DEUS”, DO FIDALGO JORNALISTA, O IMORTAL DA ACADEMIA MOSSOROENSE DE LETRAS-AMOL, ESCRITOR MOSSOROENSE, SENHOR EMERY JUSSIER COSTA, CONSAGRADO RADIALISTA,
PESAROSAMENTE,

TRANSMITE À DIGNÍSSIMA MAYSA ALMEIDA COSTA, PROFUNDAS CONDOLÊNCIAS PELA DOLOROSA PASSAGEM DO SEU AMADO ESPOSO, ROGANDO JESUS A CONFORTE JUNTO AOS SEUS FILHOS, FAMILIARES E AMIGOS NESSES TEMPO E NOS SUPERVENIENTES MOMENTOS SÍNCRONOS DA SAUDADE (QUE CHEGA) E, DA DOR(QUE INSISTE ARRAIGAR), CONCEDENDO-LHES TRANSFORMAR O SOFRIMENTO DA PERDA EM RESIGNATÁRIO DA PAZ, CONAÇÃO PARA RECORDAR A COSTUMEIRA ALEGRIA DO CONVÍVIO MATERNO EM FAMÍLIA(BENDITAS OFICINAS DE VIDA) ! 
SAUDAÇÕES ASCRIMIANAS
FRANCISCO JOSÉ DA SILVA NETO
-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS ESCRITORES MOSSOROENSES-ASCRIM E, DA ACADEMIA DE ESCRITORES MOSSOROENSES-ACADEM
P.S.: 1. OPORTUNAMENTE, PUBLICAREI UMA CRÔNICA EM HOMENAGEM A EMERY (IN MEMORIAM): “EMERY, O IMORTAL, FIDALGO JORNALISTA  E CONSAGRADO RADIALISTA”

P.S.: 2. CONSIDERANDO A ESSÊNCIA DA HUMANIDADE INTELECTUAL, INSERIDA NA REPRESENTATIVIDADE DE TODOS SEGMENTOS SOCIAIS ABAIXO RELACIONADOS, ENCAMINHA-SE ESTA CÓPIA ORIGINAL, EM CARÁTER PESSOAL DIRETO AOS INSIGNES DIGNITÁRIOS:
  
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, MAÇONICAS E MILITARES.
REVERENDÍSSIMO(A)S PRESIDENTES, DIRIGENTES E AUTORIDADES DE ENTIDADES RELIGIOSAS.
MAGNÍFICOS REITORES E AUTORIDADES DE UNIVERSIDADES.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES CULTURAIS E INSTITUIÇÕES CONGÊNERES.
EXCELENTÍSSIMO(A)S PRESIDENTES DE ENTIDADES EDUCACIONAIS E INSTITUIÇÕES CONGÊNERES.
ILUSTRÍSSIMO(A)S DIRIGENTES DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS, EDUCACIONAIS E DE CIDADANIA.
ILUSTRÍSSIMO(A)S JORNALISTAS E COMUNICADORES.
DIGNOS ACADÊMICO(A)S DE ENTIDADES CULTURAIS E INSTITUIÇÕES CONGÊNERES.
C/CÓPIA PARA PESSOAS, EM GERAL, DA SOCIDADE,
DIGNOS ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM E DA ACADEM.
DIGNOS POTENCIAIS CANDIDATO(A)S A ACADÊMICO(A)S DA ASCRIM E DA ACADEM.

Enviado pela ASCRIM.

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LUCAS DA FEIRA - UM PRECURSOR DE LAMPIÃO.

Antes da chegada de Lampião no cangaço existiram outros cangaceiros que ganharam enorme notoriedade em suas épocas de atuação, como é o caso do temível Cabeleira, Jesuíno Brilhante, Adolfo Meia-Noite, Antônio Silvino, entre outros. Na primeira metade do século dezenove um escravo foragido chamado Lucas da Feira ganhou destaque ao levar o medo e a morte às mediações da antiga Vila de Sant'Anna a atual Feira de Santana no estado da Bahia. Lucas da Feira atuava basicamente nos limites da Vila de Sant'Anna, onde levou o medo, a morte e a intranquilidade para os habitantes daquela região. Foi preso no ano de 1848 e executado por enforcamento em praça pública no dia 25 de setembro de 1849, no interior da vila que tanto amedrontou.
Vamos à história.
Geraldo Antônio de Souza Júnior


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ANNA DE ASSIS

Do acervo do Kydelmir Dantas

História de um trágico amor: Euclides da Cunha - Anna - Dilermando de Assis (2009) 

Há cartas e depoimentos de pessoas ligadas ao trio. Muito da difamação ao Dilermando foi feita pela impressa da época, por motivos óbvios... Um deles é que o agressor era simplesmente o autor de OS SERTÕES, já considerado um clássico da literatura brasileira, e pertencente aos quadros da Academia Brasileira de Letras. O outro: A formação machista de então não admitia que uma Mulher se separasse do marido, quanto mais ir viver com outro mais jovem que ela. 


Ainda teve um viés político para o momento, quando se avizinhava uma eleição presidencial onde se tinha, de um lado Rui Barbosa (civilista e anti-armamentista) do outro o Marechal Hermes da Fonseca (militar e representante do governo de então)... 

Vale a pena conhecer este livro/documento histórico.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1086707938361917&set=pcb.1086713755028002&type=3&theater

Informação: Não sei se o professor tem ele. Mas é impotante tentar acessando este e-mail: 

franpelima@bol.com.br

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COMBATES E FAZENDA PATOS


Por Aderbal Nogueira


(Fazenda Patos foi aonde o chefe cangaceiro Corisco assassinou seis pessoas de uma só família).

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QUEM JÁ SONHOU COM LAMPIÃO?

Por Antonio Corrêa Sobrinho
Ed Wanderley Andrade e Antônio Corrêa Sobrinho

Não é de hoje que leio, releio, reflito, medito, penso, pondero, sobre o cangaço e assuntos afins, compartilho ideias com amigos do Face, até um livrinho sobre o tema eu já fiz, uma compilação de textos jornalísticos, que chamei de “O Fim de Virgulino Lampião – O Que Disseram os Jornais Sergipanos”; sem dizer que, de uns tempos pra cá, tenho reunido, em relativa profusão, em PDF, artigos publicados na imprensa sobre o tema. E não foram poucas às vezes que, no sertão sergipano, andei, como ainda hoje faço, embora sempre a trabalho, por estradas, fazendas, povoados, cidades, em lugares como Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Glória, Aquidabã, Pinhão, Frei Paulo, Ribeirópolis, Capela, Dores, etc.; para mim, caminhos e lugares fartos de simbolismos, significados, visto que visitados pelo mais famoso dos cangaceiros, um dos personagens civis mais destacados da história mundial, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e sua plêiade de célebres bandoleiros, um Zé Baiano, Zé Sereno, Volta Seca, Luis Pedro, Corisco e outros.

Pois, apesar disso tudo, de todo este meu envolvimento com o cangaço, o banditismo fenomenal que imperou e marcou o sertão nordestino até a metade do século passado, e que, ainda hoje, muito fascina, pelas imagens e representações que dele emanaram, nunca sonhei com Lampião, nem com Maria Bonita, nem com qualquer outro cangaceiro.

Eu até gostaria de travar, em sonho, conversa com essa gente pobre e desvalida, seca e faminta, de preferência juntamente com policiais volantes, como um Lucena, João Bezerra, um Manuel Neto, Zé Rufino, e suas tropas. Para dizê-los da guerra fratricida que travaram, enquanto os verdadeiros facínoras sorriam, de longe, fartos de bens e prazeres, em salas, salões, gabinetes, das suas grandes mansões, distantes dos adustos sertões.

E não é que meu colega, o pernambucano, Ed Wanderley Andrade, comigo na foto, meu prezado amigo, apreciador também da história e da cultura nordestinas, ele mais ainda, porque traz consigo a genética cangaceira dos Cacheados - sonhou com Lampião.


Me disse ele, ontem, quando incursionávamos numa diligência fiscal, pelas estradas da velha Itabaiana, terra-berço dos meus amigos Antônio Samarone e Robério Santos, e depois descendo pelos caminhos da valorosa Lagarto, do também amigo Kiko Monteiro, que um dia sonhou com Lampião.

Contou-me que, no sonho, eu e ele estávamos inspecionando a zona rural sertaneja, ali, pelas bandas de Poço Redondo, quando fomos abordados pelos cangaceiros; no exato momento em que, lentamente, percorríamos uma esburacada estrada de acesso para uma das fazendas a serem fiscalizadas, bem no coração da terra querida do meu outro amigo Rangel Alves da Costa. De pronto, perguntei ao colega - agora, fora do sonho -, quem eram os cangaceiros que estavam com Lampião, e ele me disse não recordar dos outros asseclas, que só lembra que esteve em sonho com Lampião.

Disse Ed que, mesmo estando em sonho, o que lhe poderia fazê-lo afoito e corajoso, diante de tantos homens de cara e feições endurecidas, de aspecto rude, ferozes, fortemente armados e em situação clara de ataque, paramos imediatamente a viatura do Órgão, que logo foi cercada pelos asseclas, com armas apontadas em nossa direção. Um porém urge que se diga, eles ficaram extremamente admirados com o carro que nos conduzia - uma Amarok do ano, plotada com o emblema da República e do Serviço Público Federal, coisa que eles nunca tinham visto, um carro tão contrastante com as fobicas Ford do seu tempo. O bom do sonho é que nele cabe tudo, até mesmo a conjugação de tempos.

Determinaram que descêssemos imediatamente.

Diz Ed que saímos da viatura calmamente, e que não fomos molestados pelos cangaceiros, que nos levaram à presença de Lampião, que já se aproximava de nós. Cumprimentamos o rei do cangaço com um enfático: "pois não, capitão!". Lampião, bem equipado de armas e todo paramentado, como os demais companheiros, antes de dizer coisa, olhou vagarosamente para os nossos coletes, que, cheios de penduricalhos de metal, brilhava com a ajuda do sol; tocou-os, puxou-os de leve, perguntando se era de prata, em razão do cinza da cor; depois subiu o olhar, observou que não usávamos chapéu; ainda perplexo, admirou outra vez a caminhonete; fez um hum, passou a mão no queixo. Depois voltou-se pra nós dois e indagou quem éramos e o que fazíamos na região. Respondemos ser auditores-fiscais do trabalho, e que estávamos ali verificando, nas propriedades rurais, a situação trabalhista dos empregados, fazendo-as cumprir as leis trabalhistas de proteção, saúde e segurança no trabalho. Afirmou Ed que Lampião fez um gesto afirmativo, quando dissemos que estávamos ali protegendo vaqueiros, profissão que ele um dia na tenra idade exerceu. Mas nada admirou tanto Lampião do que a caminhonete do Ministério do Trabalho.

"Vocês vão com a gente", asseverou Lampião.

Meu colega Ed Wanderley tem alma de cangaceiro; eu não.

Num momento da sua narrativa do sonho, perguntei-lhe: Camarada Ed, como estávamos diante de tão grave e iminente perigo? "Tranquilo, confiantes, sem temores", disse ele. "Era um sonho, Antônio, não um pesadelo", completou, sorrindo.

Voltemos ao sonho.

Não demorou muito, estávamos trocando tiros com uma força volante. Disse Ed que já se achou no sonho portando um fuzil, e que a cada tiro que dava, olhava pra Lampião, ele que combatia ao seu lado, e lhe sorria com um sorriso leve, de aprovação, de confiança. E mais, que, num certo instante, quando acertou mortalmente um da volante, voltou-se novamente para o famanaz bandoleiro, como que pra dizê-lo: "tá vendo, Capitão, somos dos seus, conte e confie na gente!".

Foi quando, nesta parte da narrativa, perguntei a Ed sobre mim. Se na hora da refrega, do pega pra capar, de bala pra lá, de bala pra cá, eu também tiroteava, olhava pra Lampião? E o filho da mãe, sorrindo, disse que só lembra de mim no sonho, escondido atrás de umas pedras.

É verdade, mesmo nos sonhos dos outros, não sou valente, mas precavido.

Que sonho bom Ed teve!
Antonio Corrêa Sobrinho


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