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sábado, 19 de janeiro de 2019

18.01.2019 às 18:15 XAXADO TOMA CONTA DO RIO GRANDE DO NORTE


O grupo pernambucano “Cabras de Lampião”, de Serra Talhada, região do Pajeú, se apresentou ontem (18) e amanhã de hoje (19), no Rio Grande do Norte, com o projeto Alpercatas Circulando, que vai mostrar a importância do Xaxado para a região Nordeste e para a identidade cultural do Brasil. O evento foi realizado na Praça Paz de Deus, em Parnamirim, e na Vila de Ponta Negra, em Natal.

O Cabras de Lampião é o maior divulgador da dança nordestina e mantém a originalidade e a autenticidade do ritmo dos cangaceiros do sertão. Trata-se de uma trupe de artistas sertanejos que reproduz no palco como os cangaceiros se divertiam nas caatingas, nos intervalos dos combates.

De acordo com a presidente da Fundação de Cultura Cabras de Lampião, Cleonice Maria, o projeto Alpercatas Circulando, além da dança e da música, que demonstram a força do Cangaço e do povo nordestino, apresenta ainda uma riqueza de elementos como as indumentárias, comidas, hábitos e, principalmente, histórias, narradas nas letras das canções.

Durante a realização do projeto Alpercatas Circulando, também foi exibido o filme Lampião e Fogo da Serra Grande, que tem a produção da Fundação Cabras de Lampião. Ainda teve o lançamento do livro Lampião e o Sertão do Pajeú, do pesquisador e escritor Anildomá Willans de Souza.

O Projeto Alpercatas Circulando tem o incentivo cultural do Funcultura/Fundarpe/Secretaria Estadual de Cultura/Governo de Pernambuco.

Serviço:

Projeto “Alpercatas Circulando ”
18/01 – Praça Paz de Deus – no Centro de Parnamirim/ às 20h
19/01 – Vila de Ponta Negra – em Natal – em frente a Igreja/ às 20h
Entrada Gratuita

https://www.blogdedaltroemerenciano.com.br/2019/01/xaxado-toma-conta-do-rio-grande-do-norte/?fbclid=IwAR1BiB5YMur5O1RtsTz2uY6Bohj3IwcmeoecVo68eT5WH53RmTCTvcwM228

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O CÉLEBRE CANGACEIRO ANDRÉ TRIPA

Por Júnior Almeida

Que Lampião foi o maior nome do banditismo rural do país, não resta dúvidas, é consenso. Mesmo após tantos anos da sua morte em Sergipe, o cangaceiro é uma celebridade. Foi em vida e como morto mais ainda. Com aproximadamente vinte anos de atuação no cangaço, o pernambucano de Vila Bela, hoje Serra Talhada, levou o terror às cidades nordestinas pelas quais passou com seus cabras. Virgulino é ícone maior do cangaço. O mais estudado, o brasileiro mais biografado de todos os tempos, o mais admirado e com toda certeza o mais temido em sua época. Só que o cangaço no Nordeste brasileiro não se resume a Lampião. Muito pelo contrário. Sanguinários cangaceiros como Gato, Corisco, Moreno, Moderno, Zé Baiano, Jararaca e tantos outros ajudaram a escrever essa sangrenta página da História do Brasil.

Lampião em seu tempo promoveu uma espécie de terceirização do seu “negócio” através de subgrupos chefiados por cangaceiros de sua confiança. Poderíamos até dizer que o “Rei Vesgo” era um franqueador, pois abriu franquias da atividade cangaceira para vários bandidos. Também o Sertão, sem dúvidas, foi o palco maior dessas atividades criminosas, mas nem só dessa região e nem só de Virgulino viveu o violento fenômeno chamado cangaço. Muito antes de Lampião, já eram conhecidos Cabeleira, Lucas da Feira, Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e também o chefe de Lampião, Sinhô Pereira.

Esses bandoleiros que agiram antes de Lampião, e também fora da zona sertaneja têm suas histórias bem conhecidas através da literatura especializada, mas existiu um sicário chefe de grupo que aterrorizou o Agreste de Pernambuco e Alagoas no final do século IXX, início do XX, que tem sua biografia pouco conhecida por pesquisadores: ANDRÉ TRIPA, cangaceiro alagoano de “Mundauh Merim”, atualmente Santana do Mundaú. O bandido era filho de Joana Fateira, assim chamada por vender fatos (vísceras) de animais nas feiras de sua cidade e também em Correntes, Pernambuco. 

André Tipa é citado por Frederico Pernambucano em seu “Guerreiros do Sol”, que ao falar sobre a "glamourização" do cangaço diz que:

(...) Também a literatura de cordel se encarregava dessa celebrização, capaz de atingir, com um João Calangro, um Jesuíno Brilhante, um Viriato, um Guarabira, um Rio Preto, um Cassimiro Honório, um ANDRÉ TRIPA, um Vicente do Areal, um Antônio Silvino, um Sinhô Pereira ou um Lampião, abrangência espacial e intensidade difíceis de avaliar, tal o volume. A importância do registro ressalta (...)

Outro que escreveu sobre o cangaceiro alagoano foi o escritor garanhuense Luiz Jardim. No romance “Maria Perigosa”, de 1938. Jardim incluiu o célebre cangaceiro no conto “O Castigo”, em que narra os medos de uma criança de sete pra oito anos de idade, após ouvir várias histórias de “mau assombro”. O romancista conta que o menino com muito medo, pensava em Jesus descendo do céu e abraçando sua família e perdoando seus pecados, assim como “todos da terra, mortos, vivos e até ANDRÉ TRIPA, o célebre cangaceiro que tinha setenta e tantas mortes”.

A MORTE DE ANDRÉ TRIPA

Em de 5 de agosto 1904 duas forças volantes, de Pedra de Buíque e de Garanhuns, ambas em Pernambuco, se dirigiram até Capoeiras, então distrito de São Bento do Una, no mesmo Estado, para darem combate ao bando de André Tripa. O grupo de sicários vinha de ferrenha perseguição por parte das volantes, desde que no início de junho daquele ano haviam participado do episódio que ficou conhecido como a “Hecatombe de Correntes”, onde foram assassinadas cinco pessoas: major Francisco (Chico) Missano, chefe político de Correntes, capitão e delegado local, Antônio da Costa Monteiro, o advogado Victor de Albuquerque e Melo, Pedro Alexandrino de Albuquerque e Melo e Agostinho Ferreira da Costa, sendo esse último, afilhado de Chico Missano.

André Tripa chegou com seus cabras ao Sítio Barra, em Capoeiras, e mandou que a dona da casa fazer comida e pisar um pinto, pois estava ferido. Os sicários vinham fugindo das forças com as quais já haviam dado um fogo na localidade Bom Destino. Enquanto a comida estava sendo preparada, os cabras disseram que queria beber cachaça, produto que não existia na casa. O dono da casa mandou então que o seu filho, um garoto com aproximadamente 12 anos, fosse numa bodega buscar a bebida. Já distante da casa, quando voltava com a cachaça, o menino se topou com as volantes.

A força de Garanhuns era comandada pelo alferes Cavalcanti, e a de Pedra de Buíque, do sargento Joaquim Felix Cavalcante, o Chiquito Vaz. Os homens das volantes perguntaram ao garoto pra onde ele ia, e esse respondeu que estava indo pra casa levar bebida que tinha comprado para seu pai. Desconfiados, os militares perguntaram se em sua casa não tinha chegado uns homens estranhos. O assustado garoto a princípio negou, mas depois de ser “apertado” pela volante,confessou que em sua casa havia oito homens e todos muito bem armados. Pronto. A volante tinha reencontrado o bando de André Tripa.

O FOGO

O alferes Cavalcanti disse ao garoto que ele desse um jeito de avisar aos seus pais que saíssem da casa, pois eles iriam atacar. O menino fez o que lhe foi mandado. Dentro da casa os moradores ficaram tensos com a situação, mas não tinham o que fazer. Foi questão de tempo começar a fuzilaria, pois alguns cangaceiros estavam fora da casa e começaram a atirar assim que avistaram a volante. André Tripa estava dentro da casa sentado à mesa comendo, e quando ouviu os tiros correu para um dos quartos onde ficou atirando pela janela. Em meio ao fogo cruzado, os moradores da casa ficaram atordoados sem saber pra onde correr. Uma mocinha filha do dono da casa usava uma trança, e ao correr foi atingida no chicote do cabelo por um tiro disparado pelo cangaceiro de nome Bala, que atirou para trás enquanto fugia em meio à caatinga.

Dentro da casa, cercado e debaixo de intenso tiroteio, André Tripa pulou a janela e tentou fugir pelos fundos da casa onde existia um aprisco cercado de pau a pique. O sicário tentou pular a cerca quando foi atingido na nuca, voando o tampo da cabeça, tendo morte imediata. Foi a vitória da força, pois os outros bandidos já tinham fugido adentrando na caatinga. Em meio às comemorações os militares notaram um companheiro caído. Era o soldado da volante de Garanhuns José Pereira da Costa, conhecido por José Veado que estava baleado. O militar não resistiu aos ferimentos morrendo no local. O sargento Felix Cavalcante também foi baleado, mas sem muita gravidade.

Ao final da refrega se contava dois mortos, sendo um deles o célebre André Tripa. Os militares trataram de recolher os pertences, armas e dinheiro, que segundo testemunhas era uma considerável quantia. Com a euforia da vitória e com o dinheiro do cangaceiro morto mais os objetos deixados pelos que fugiram, a volante foi embora do sítio Barra, nas barrancas do Rio Una, levando os dois corpos com destino à Garanhuns sem se dar ao trabalho de procurar os outros bandidos pela redondeza. Já depois de tudo calmo na localidade, moradores encontraram no meio do mato, cerca de um quilômetro do local do fogo, o corpo do cangaceiro Bala, que tinha sido atingido durante o tiroteio e fugiu pela caatinga, vindo a falecer depois. Os moradores da localidade trataram de enterrar o sicário em um local mais afastado.

De Capoeiras os corpos do célebre bandoleiro André Tripa e do soldado José Veado foram levados a cavalo para Garanhuns, e muitas pessoas se ajuntaram nas ruas da então vila pertencente a São Bento do Una, para ver passar os volantes com o aquele que aterrorizara toda uma região naquele final de século IXX, início do XX.

*FOTO: ruínas da casa onde no tiroteio morreram os cangaceiros André Tripa, Bala e o soldado volante José Veado.

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DESABAFO!

Por Francisco Carlos Jorge de Oliveira

Amigos do grupo Homem do Mato desculpem o desabafo, mas às vezes tem coisas que não dá pra engolir. Ontem frente à mídia, nosso presidente cumpriu sua promessa de campanha e assinou o documento que da ao cidadão de bem o direito de possuir uma arma de fogo em sua residência para defender a si e a sua família de possíveis ameaças da parte de meliantes foras da lei. Membros da oposição já no ato se manifestarão contra deixando explícitos seus motivos contrários a tal ato. Tudo isso começou no tempo do presidente FHC, que encontrando resistência por parte da população, resolveu efetuar um “REFERENDO” para ver qual era o desejo do cidadão quanto à posse de armas de fogo. O resultado foi o contrário do que esperava o presidente, mas mesmo os cidadãos ganhando a questão, os parlamentares da base aliada do governo criou emendas que dificultou ao extremo a posse de arma para o cidadão de bem.


Então entrou o PT no poder, e tudo continuou do mesmo jeito que se encontrava. Foi no primeiro mandato da presidenta Dilma que as coisas pioraram, pois mentes comunistas criaram uma tremenda cilada para ludibriar o cidadão e deixa-lo irregular em desconforme com as leis e as regras estabelecidas perante a legalidade dos registros de sua(as) arma(as). Como todos sabem o registro era feito pela policia civil de cada estado e era vitalício ah! Mas alguém criou um novo estatuto que por incrível que pareça obrigava o cidadão a cadastrar sua arma na policia federal, e assim foi feito; a maior parte da população cadastrou suas armas ah! Mas agora que a policia sabe quem tem as armas é mais fácil de agir NE? Então os parlamentares comunistas como já haviam planejado tudo: Vamos agir agora ganhando, ou melhor; roubando um dinheiro fácil.


E chegaram os novos registros da polícia federal kkkkkk!!!!!!! Que afronta! Os registros vinham com determinado prazo de validade, e isto não foi avisado: pois teria o cidadão que recadastrar suas armas de três em três anos kkkkkkkkk!!!!!! E como faço pra recadastrar minha arma? Simples! Vai até a sede da policia federal de sua cidade polo, que lá eles lhe indicarão um psicólogo credenciado, depois você vai a uma escola de tiro, e após pagar tais custos de mais ou menos R$ 800,00 incluindo as papeladas burocráticas ah! Dai você estará legal por mais três anos. Deus! Mas como o Seu Toninho, o Seu Severino, o Seu Hilário e o Cidadão que moram em propriedades rurais irão fazer para se locomover até a uma grande metrópole para correr atrás disso tudo? Não seria mais fácil entregar a espingarda ou o revolver? Ou então se omitir se tornado irregular perante a lei? Ô PT! Que crueldade com os Homens do Mato! Hoje 80% dos cidadãos brasileiros que possuem armas registradas, estão irregulares perante a lei. Agora pense meus amigos, isso não foi uma manobra suja do governo, parlamentares e base aliada do PT para desarmar a população brasileira, ficando assim todos os cidadãos indefesos perante suas determinações autoritárias? Amigos este foi um método sórdido um usado pelos sectários de Lênin e seu sucessor Josef Stalin para desarmar a população soviética da antiga URSS, deixando-os vulneráveis e expostos às imposições daquele governo comunista e tirano. 

Uma vez me excedi ao comentar minha revolta e ódio sobre os comunistas do Brasil, até fui criticado por alguns membros do grupo, e não lhes tiro a razão; pois eu não podia expressar minhas opiniões, sentimentos e desejos sobre tais adversários políticos, pois vivemos numa democracia e temos que respeitar opiniões adversas como cidadãos e patriotas. Desculpem-me. Abraços!

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MARIA E OUTRAS MARIA

*Rangel Alves da Costa

Toda Maria sertaneja simboliza a mulher na sua força, na sua pujança, na sua luta. Da Maria mãe do Senhor a Maria mãe de José, de Bastião, de Leocádio, de Zefinha, de Fabiano.
Mas Maria no prenome, apenas. Ou no primeiro nome da composta designação. Maria das Neves, Maria das Dores, Maria do Carmo, Maria da Anunciação, Maria do Sertão.
Este escrito, pois, é sobre uma Maria que é tantas Maria. E em todas a mesma Maria da luta, da fé, da Abnegação, do sonho, do sofrimento, da esperança. Maria de tudo.
E ainda, não é só uma história de Maria, pois uma história de mulher sertaneja. E como tal poderia ser uma história de Bastiana, de Zefinha, de Joana, de Conceição.
Maria olha para o alto e observa bem se apareceu alguma nuvem de chuva. Nada de plantação, apenas o cuidado de ir catar lenha seca e antes que caia qualquer pingo d’água.
Maria abre a porta do quintal e de cuia à mão vai de cantinho a cantinho. Há uma roseira, um pé de hortelã, um pé de cidreira, um pé de boldo. Preciso derramar água por riba.
Maria junta a roupa que tá suja, faz uma trouxa bem feita, coloca na cabeça e se bandeia para a beirada do riachinho. Aí ensaboa, bate a roupa, esfrega, estende pra secar.
Maria também lava no tanque do quintal, mas só quando alguma água sobra depois da serventia da casa. A não ser pra molhar planta, primeira cuidar no de beber e de comer.
Maria sempre canta enquanto lava, seja no quintal ou na beirada do riachinho. Mas só Maria para entender por que sempre escolhe velhas canções que sempre fazem chorar.
Maria gosta mesmo é de estender roupa no varal. Estende tudo e mais tarde coloca um tamborete por perto e fica só olhando a roupa seca querendo esvoaçar. E tanta recordação!
Maria não tem luxo algum. Também sua pobreza nunca permite luxo alguma. Mas ela já confessou que se tivesse milhões ainda assim nada de brilho ou de seda colocaria em si.


Maria não usa brinco, não usa batom, não usa roupa de grife, não usa sapato bom, não usa relógio ou pulseira, não usa brinco ou adorno. Maria só veste o pano que lhe recobre.
Maria possui por vício a fé, possui por bebida a sede, possui por fome a precisão. Mesmo necessitada demais e de tudo, sempre crê no amanhã como o dia de acontecer.
Maria reza, Maria ora, Maria passa o terço e o rosário entre as mãos. Não tem vela todo dia para acender, mas acende na mente e no silêncio da oração todas as velas do mundo.
Maria possui na parede um céu inteiro. Jesus Cristo, São Pedro, São José, Santo Antônio, São Francisco de Assim, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora de Lurdes.
Maria possui um outro céu na parede que é o céu sertanejo. Não só na parede como em cima de mesinhas. Aí o Padim Ciço Romão Batista e o Frei Damião, os dois santos matutos.
Maria tem fogão de lenha, de fogo no chão. Tem purrão pra guardar água de chuva, tem panela de barro, tem moringa e tem caneca de alumínio dependurada na cozinha.
Maria não escolhe comida, também não haveria de escolher. Na fome come o que tiver. Cata pedaço de pão, resto de preá assado, farinha seca, rapadura ou qualquer coisa.
Maria possui um jeito estranho de ser. Gosta de andar descalça, de falar com os bichos do mato, de sorrir para o vento, de brincar com passarinhos e borboletas. Numa felicidade só.
Maria talvez seja incompreendida. Talvez queiram que ela seja como as outras, mas ela é só Maria. Nada muda e ninguém muda o seu jeito de ser nem move sua palavra.
Maria não escolhe trabalho. Maria trabalha em tudo que lhe traga sustento, mas sempre com dignidade. Pega na enxada, no facão, enxadeco, no cabo da marreta, em tudo.
Maria deita cedo e acorda cedo. Antes de o galo cantar e ela já está em pé. Ajoelha-se perante o oratório, fala com os anjos e santos, conversa com os mistérios sagrados e se benze.
Maria nunca arredou o pé do seu chão em direção a qualquer cidade grande ou capital. E jura que prefere a morte a fechar a porta de sua casa em despedida ou viagem longa. É terra.
Maria tem os olhos fundos e profundos. Tem o rosto encovado dos magros. Tem as mãos calejadas da luta. Tem a sede da terra e a fome do bicho. Mas é a mais feliz do mundo.
Maria é assim. Eu a conheço. Sou sertanejo e vivo e convivo com muitas assim. Dasdores, Querência, Joaninha, Socorro, Esmeralda, Filó, Titoca...

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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EXPLICANDO

Geziel Moura

É público e notório que o primeiro "suposto" matador oficial de Lampião foi o soldado Antônio Honorato da Silva, conhecido por Noratinho, e este entendimento se manteve por longo período, provavelmente potencializado pelo repórter Melchiades Rocha, correspondente do periódico carioca "A Noite", e que cobriu o combate de Angico em primazia.

Outra teoria vigente, atualmente, é que seria muito difícil estabelecer autoria para o disparo que lesionou o capitão Virgolino, devido ao grande movimento de policiais no palco do conflito, aliado ao matraquear dos armamentos.

Agora nos apagar das luzes, apareceu outro personagem que deu cabo a Lampião, refiro-me a outro volante, neste caso o Sandes ou Santos...Polêmicas á parte, compartilho com os amigos, duas publicações que foram veiculadas nos 60´s e que apontam aspectos da vida e morte de Noratinho, o primeiro matador de Lampião, sendo as Revistas: Fatos e Fotos de 31.03.1962 e Edição Extra de 08.09.1962.






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UBE - UNIÃO bRASILEIRA DE eSCRITORES (17.1.2019)

https://www.youtube.com/watch?v=qp4t1VVQ-qw&feature=share

Publicado em 18 de jan de 2019

Vídeo com diversos escritores, cordelistas, trovadores, poetas, etc. que fazem parte do quadro da UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES.
Categoria

Acervo de Verluce Ferraz

https://www.facebook.com/groups/465728227173132/

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UM ESTADO E SEUS CAPÍTULOS TOTALMENTE SITUADOS NA SAGA “LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA” É A MAIS NOVA E IMPECÁVEL CONTRIBUIÇÃO DE SÉRGIO DANTAS


O livro ‘Lampião na Paraíba – Notas para a História’ não foi concebido com a intenção de se tornar uma obra revolucionária. O objetivo do autor foi apenas elaborar um registro perene e confiável sobre a atuação do célebre cangaceiro em terras paraibanas. Com 363 páginas e cerca de 90 fotografias de personagens envolvidas na trama - e lugares onde os episódios ocorreram -, o trabalho certamente será de grande utilidade aos estudiosos de hoje e de amanhã.

Dividido em 19 capítulos, com amplas referências e notas explicativas, tenta-se recontar, entre outros, os seguintes episódios:

“A invasão a Jericó; fazendas Dois Riachos e Curralinho; o fogo da fazenda Tabuleiro; os primeiros ferimentos sofridos por Lampião; as lutas com Clementino Furtado, o ‘Quelé’; combate em Lagoa do Vieira; Sousa: histórico do assalto e breve discussão sobre as possíveis razões políticas para a invasão da cidade; a expulsão dos cangaceiros do município de Princesa; combates em Pau Ferrado, Areias de Pelo Sinal, Cachoeira de Minas e Tataíra; o cangaceiro Meia Noite; Os ataques às fazendas do coronel José Pereira Lima; morte de Luiz Leão e seus comparsas em Piancó; confronto em Serrote Preto; Suassuna e Costa Rego; a criação do segundo batalhão de polícia; Tenório e a morte de Levino Ferreira; ataque a Santa Inês; combates nos sítios Gavião e São Bento; chacina nos sítios Caboré e Alagoa do Serrote; Lagoa do Cruz; assassinatos de João Cirino Nunes e Aristides Ramalho; Mortes no sítio Cipó; fuga de paraibanos da fronteira para o Ceará; confronto em Barreiros; invasão ao povoado Monte Horebe; combates em Conceição; sequestro do coronel Zuza Lacerda; o assalto de Sabino a Triunfo(PE) e Cajazeiras (PB); mortes dos soldados contratados Raimundo e Chiquito em Princesa; Luiz do Triângulo; ataques a Belém do Rio do Peixe e Barra do Juá; Pilões, Canto do Feijão e os assassinatos de Raimundo Luiz e Eliziário; sítios Vaquejador e Caiçara; Quelé e João Costa no Rio Grande do Norte; combates com a polícia da Paraíba em solo cearense; o caso Chico Pereira sob uma nova ótica; Virgínio Fortunato na Paraíba: São Sebastião do Umbuzeiro e sítios Balança, Angico e Riacho Fundo; sítio Rejeitado: as nuances sobre a morte do cangaceiro Virgínio”.

A obra certamente não abrangerá o relato de todas as façanhas protagonizadas pelo célebre cangaceiro no estado da Paraíba. Muito se perdeu com o passar dos anos. Os historiadores de ontem, em sua maioria, não tiveram grande interesse em dissecar os episódios por ele protagonizados no território do estado.



A presente obra busca resgatar o que não se dissipou totalmente na bruma do tempo.

LAMPIÃO NA PARAÍBA – NOTAS PARA A HISTÓRIA, Polyprint, 2018, 363 pgs. Está disponível deste outubro de 2018.

Sobre o autor: Sérgio Augusto de Souza Dantas é magistrado em Natal. Publicou os livros Lampião e o Rio Grande do Norte – A História da Grande Jornada (2005), Antônio Silvino – O Cangaceiro, O Homem, O Mito (2006), Lampião Entre a Espada e a Lei (2008) e Corisco – A Sombra de Lampião (2015).

Adquira-o com o professor Francisco Pereira Lima através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/09/um-estado-e-seus-capitulos-totalmente.html

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OS AMIGOS DO CARIRI CANGAÇO


Por Jose Irari

Férias a sombra de uma boa árvore, enquanto meus nobres amigos planejam nosso cariri cangaço João Pessoa/ PB!! Saudades dessas pessoas queridas. Bons trabalhos e bons frutos.


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MORRE MARCELO YUKA, UM DOS FUNDADORES DO GRUPO O RAPPA

Por Raquel Martins Ribeiro

Baterista tinha 53 anos e tentava se recuperar de um AVC que sofreu em janeiro.

Um dos fundadores do grupo O Rappa, o compositor Marcelo Yuka morreu no fim da noite desta sexta-feira (18/1). O músico tinha 53 anos e lutava contra complicações de um AVC sofrido em janeiro – ele já havia tido um outro acidente vascular-cerebral em agosto de 2018. O artista estava internado em estado grave no hospital Quinta D’Or, zona norte do Rio de Janeiro, e teve infecção generalizada.

Marcelo Yuka ficou paraplégico em 2000, depois de levar nove tiros ao tentar impedir que bandidos roubassem o carro de uma mulher, na Tijuca.



É de autoria de Marcelo Yuka os principais sucesso de O Rappa: Pescador de Ilusões, A Feira, Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero), O Que Sobrou do Céu, entre outras canções. Em 2001, o músico deixou a banda alegando divergências com os demais integrantes. Em seguida, formou outro grupo, o F.U.R.T.O (sigla para Frente Urbana de Trabalhos Organizados), no qual continuou explorando suas letras bem elaboradas e sociopolíticas.

Somente em janeiro de 2017 o artista lançou seu primeiro álbum solo, intitulado Canções Para Depois do Ódio. O disco quebrou um jejum de 11 anos e apresentou uma nova fase do artista, com batidas eletrônicas. O CD traz composições em parcerias com nomes como Céu, Black Alien, Seu Jorge, Bukassa Kabengele e outros convidados.

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BIOGRAFIA DE ALEIJADINHO


Clique no link: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Aleijadinho

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AUGUSTO SANTA CRUZ UM CANGACEIRO DOUTOR

Por: Pedro Nunes Filho

Pedro Nunes Filho
Um dia, Antônio Silvino, vendo sua fama declinar, queixou-se enciumado: ”De uns tempos desses para cá, só se quer saber de cangaceiro-doutor!

Referia-se ao Dr. Augusto de Santa Cruz Oliveira, graduado pela Faculdade de Direito do Recife, em 1895. Moço, esquentado e imbuído dos ideais libertários da Casa de Tobias, foi nomeado promotor público em Alagoa do Monteiro, sua terra natal. Naquele tempo, existia a politicagem togada. Juízes e promotores podiam envolver-se em política e até disputar eleições majoritárias. Numa dessas disputas calorosas, Augusto se indispõe com seu opositor, juiz José Neves, de quem descende a clã dos Neves, que até hoje matém tradição de honradez e dignidade na vida privada e no mundo jurídico do Recife. 

Fonte: Tok de historia "Rostand"
Augusto (foto a esquerda) não demora também a discordar da oligarquia que dominava a Paraíba do Norte, rompendo com o presidente da província, João Lopes Machado. Sentindo-se com suas prerrogativas políticas abolidas e com o direito de defesa cerceado, recruta 120 cabras dos porões do cangaço e, no dia 6 de maio de 1911, invade a cidade de Monteiro, quebra a cadeia pública, solta um protegido seu e os demais presos que se incorporam ao grupo armado. Em seguida, encarcera o destacamento de polícia local, pego de surpresa ainda dormindo, numa madrugada-manhã invernosa e fria. 

Depois, os revoltosos avançam contra a cidade, vencem a resistência armada que lhe fizeram as autoridades auxiliadas por alguns cidadãos desafetos do chefe. No final da tarde, a cidade resta dominada e presos o prefeito Pedro Bezerra, o promotor público José Inojosa Varejão, capitão Albino, major Basílio e capitão Victor Antunes, pai do ilustre professor internacionalista da Faculdade de Direito do Recife, Mário Pessoa. No tiroteio, morreram algumas pessoas e, em pavorosa, a população da cidade evade-se, deixando suas casas comerciais e residências abandonadas.Sem condições de resgatar os reféns, o governador João Machado pede ajuda ao governador de Pernambuco, Herculano Bandeira.

Corria o ano de 1911 e confrontavam-se em acirrada disputa pelo governo de Pernambuco, o prestigiado político, comendador Rosa e Silva, e o general Dantas Barreto, herói da Guerra do Paraguai. Em sua mocidade, antes de ir para a guerra, Dantas Barreto havia morado em Monteiro, onde exercia a profissão de relojoeiro e fez amizade com a família Santa Cruz. Por esta razão, o general resolve dar apoio ao bacharel revoltoso. Temendo que durante a disputa política Dantas Barreto pudesse se socorrer do braço armado das hostes guerreiras do paraibano rebelado, o governador de Pernambuco, que era rosista, autorizou um batalhão de 240 praças e 10 oficiais, sob o comando do Major Alfredo Duarte, invadir a Paraíba, munidos de 40 mil cartuchos mauser para guerrear o bacharel-cangaceiro, como o chamavam seus inimigos.

Ao contingente de Pernambuco, somaram-se 120 homens da polícia paraibana. No dia 27 de maio de 1911, um século atrás, atacam a Fazenda Areal, onde o bacharel estava aquartelado e mantinha os reféns prisioneiros. O combate dura uma manhã inteira. Não conseguindo resistir, Dr. Augusto bate em retirada e vai se refugiar no Juazeiro, levando consigo os prisioneiros. Ao longo da fatigante trajetória de muitos dias, vai libertando os reféns um por um, pois não ficaria bem chegar com prisioneiros no reduto sagrado. Na condição de perseguido político, entra no Juazeiro e é recebido pelo padre Cícero que o acolhe, desarma seus homens e arranja-lhes trabalho digno. Naquele mês de junho, o Juazeiro estava em pé de guerra com o Crato, lutando por sua independência e o padre precisava mostrar-se forte.
Homens do Cangaceiro Doutor
O patriarca tenta pacificar a Paraíba e não consegue. O conflito se estende até o ano seguinte e é chamado Guerra de 12. Frustrada em seu intento de resgatar os reféns, antes de deixar o palco da luta, a polícia destrói e queima a fazenda Areal e mais algumas propriedades de familiares do bacharel Santa Cruz.Em 1912, o Dr. Augusto retorna à Paraíba e se junta com o médico-fazendeiro Franklin Dantas, pai de João Dantas. Igualmente insatisfeitos com o desprestígio político que suas famílias estavam sofrendo, os dois doutores formam um exército de 500 homens e saem invadindo as principais cidades do sertão paraibano, com o propósito de depor o governador João Machado. Não conseguindo o intento desejado, Augusto refugia-se em Pernambuco, sob a proteção de Dantas Barreto que havia assumido o governo do Estado. Alguns anos depois, é nomeado Juiz de |Direito de Afogados da Ingazeira. Correto, exemplar e temido por sua história de vida, fez justiça e impôs respeito nas comarcas por onde passou. Morreu na comarca de Limoeiro em 1944. Esse fato histórico está minuciosamente descrito no livro Gurreiro Togado, do autor desta coluna.
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Pedro Nunes Filho é advogado tributarista e escritor, sendo o livro Guerreiro Togado a sua obra de mais destaque.
Contato: pnunesfilho@yahoo.com.br
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