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segunda-feira, 4 de maio de 2015

VIRGULINO FERREIRA DA O LAMPIÃO


Em 21 de agosto de 1928 Lampião cruzou a fronteira do São Francisco e adentrou na Bahia para homiziar-se durante algum tempo no sertão. Fugia da implacável perseguição de policiais de vários Estados desde quando ousará invadir Mossoró, em junho do ano anterior, então a maior cidade do Rio Grande do Norte. Iniciativa esta atrevida e mal sucedida.

Lampião aportou na Bahia com o propósito de dar um tempo, recompor forças, restaurar o seu bando e planejar novas investidas longe das fronteiras pernambucanas que a polícia desse Estado se apressou em controlar, temendo o retorno do Capitão Virgulino. Lampião chegou na Bahia faminto, cansado, porém com muito dinheiro na mochila; assim declarou na época ao Coronel Petronilo de Alcântara Reis, chefe político de Santo Antônio da Glória.

Coronel Petronilo de Alcântara Reis " ... – lampiaoaceso.blogspot.com

Entenderam-se o bandido e o Coronel em torno de um acordo de proteção, cogitaram negócios em comum, desentenderam-se mais tarde. Em represália o Rei do Cangaço botou fogo nas propriedades do chefe político e matou várias cabeças de gado. Este reagiu, segundo conta Oleone Coelho Fontes no seu livro “Lampião na Bahia”, contratando mais de 50 jagunços em Pernambuco, a maioria criminosos comuns, para defender seu patrimônio.


Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

VOCÊ JÁ CONHECIA ESTA FOTO DO REI DO CANGAÇO, O LAMPIÃO? EU AINDA NÃO A CONHECIA


Esta foto do cangaceiro e rei do cangaço Lampião eu a encontrei nos arquivos de Angélica Bulhões, na sua página no facebook - ‎Lampião, Cangaço e Nordeste.

O escritor e pesquisador do cangaço Dr. Archimedes Marques disse o seguinte:

Parabéns por encontrar essa relíquia e compartilhar com o grupo cara amiga Angélica Bulhões. Consegui a original dela? Onde? Quem teria sido o fotografo?...



Caro amigo Archimedes Marques, resolvi compartilhar essa foto porque particularmente eu nunca tinha visto. Então esses outros detalhes, deixarei para vocês especialistas responderem. Ressalto, que esta imagem foi encontrada desta forma isolada nas coisas de meu avô, portanto não sei dizer a fonte. 



A GERAÇÃO DE CORISCO E DADÁ

ÁRVORE GENEALÓGICA da família do famoso casal de Cangaceiros Corisco e Dadá.

A ÁRVORE GENEALÓGICA abaixo apresenta os seus descendentes (Filhos e Netos) até o segundo grau.

Meus agradecimentos aos familiares do senhor Silvio Bulhões (Filho de Corisco e Dadá) que nos forneceram suas imagens para a elaboração do projeto abaixo.

Meu agradecimento em especial à ANGÉLICA BULHÕES (Bisneta de Corisco e Dadá) que nos forneceu as imagens e informações necessárias.

Geraldo Júnior

Fonte: facebook
Página: Angélica Bulhões



Esta outra foto pertence ao acervo do pesquisador Sérgio Roberto  

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PROGRAMAÇÃO do XVII Forum do Cangaço.


SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS DO CANGAÇO – SBEC CNPJ: 07.220.746/0001-50
Endereço: Museu Histórico Lauro da Escóssia Praça Antônio Gomes, S/N. CEP. 59610-150 - Mossoró/RN
Endereço eletrônico: http://www.sbecbr.com
Email: sbecbr@gmail.com.br

DIA 05 – SEXTA-FEIRA

09h00 – Sessão Solene da Câmara Municipal de Mossoró em Homenagem ao XVII Fórum do Cangaço
Local –   Auditório da Câmara Municipal de Mossoró
  
DIA 10 QUARTA - FEIRA

19h00 – Ato de Instalação do XVII Fórum do Cangaço
                Prof. Dr. Benedito Vasconcelos Mendes – Presidente
                da Sociedade Brasileira de estudos do Cangaço         
                (SBEC)
                Lançamento da Revista”Polígono” da SBEC

19h30 – Conferência de Abertura– Tema: Medicina do Cangaço
               Conferencista: Dr. Iaperi Soares de Araújo
  
DIA 11 – QUINTA – FEIRA

08h00 as 12h00 – MINI-CURSOS (Carga horária de 04h/curso)  

Local:  Sala de Aula 1 do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema : Geografia do Cangaço
Ministrante: Pesquisador Paulo de Medeiros Gastão                                        

Local – Sala de Aula 2  do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema: Guerra de Canudos
Ministrante: Prof. José Romero de Araújo Cardoso
  
Local – Sala de Aula  3 do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema: Religiosidade Sertaneja
Ministrante: Prof. Dr. Lemuel Rodrigues da Silva

Local – Sala de Aula 4 do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema: Arqueologia do Cangaço
Ministrante: Prof. Dr. Valdecir dos Santos Lima

19h30 – A Coragem de Maciel frente ao Bando de Baltazar   
               Meireles – Depoimento Histórico
              Depoente: Profa. Dra. Maria Conceição Maciel Filgueira

20h00 - Palestra/Tema: Padre Ibiapina e o Sertão Nordestino
              Palestrante: Historiador José Joab Aragão
  
DIA 12 – SEXTA – FEIRA
  
08h00 às 12h00 – MINI-CURSOS (Carga horária de 04h00 p/
curso) 
Local – Sala de Aula  1 do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema : Geografia do Cangaço
Ministrante: Pesquisador Paulo de Medeiros Gastão 
                   
Local – Sala de Aula  2 do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema: Guerra de Canudos
Ministrante: Prof José Romero de Araújo Cardoso

Local – Sala de Aula  3 do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema: Religiosidade Sertaneja
Ministrante: Prof. Dr. Lemuel Rodrigues da Silva

Local – Sala de Aula  4 do Curso de Comunicação/FAFIC/UERN
Tema: Arqueologia do Cangaço
Ministrante: Prof. Dr. Valdecir dos Santos Lima


19h30 – Palestra / Tema: Música Sertaneja na Época do Cangaço
               Palestrante: Pesquisador Múcio Robério Procópio de Araújo

DIA 13 – SÁBADO

7h30 – Chegada da Maratona Ciclista seguindo a trilha feita
por Lampião na invasão à Mossoró em 1927

08h00 as 11h30– JURI SIMULADO – O Julgamento de Jararaca

Composição do Júri:
                          Juiz
                          Juiz
                           Promotor de Justiça
                           Advogado de Defesa
                           Jurados

Local – Auditório da Câmara De Vereadores

12h00 – Encerramento
               Fala do prof. Dr. Benedito Vasconcelos  Mendes
               Presidente  da SBEC
               Apresentação do Gr da COMFOLC

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso.

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David Jurubeba e a Intuição de Lampião

 Por Aldomir Ferraz 
Davi Jurubeba

Em Maranduba Nazaré perdeu dois de seus importantes homens. Certa vez quando eu ainda estava na Policia Militar e trabalhava como segurança do senhor Juiz José Nunes Siqueira, de Floresta; o mesmo me pediu para levá-lo a casa de David Gomes Jurubeba, primo de meu pai, para saber mais da história de Lampião e o cangaço. Chegamos lá e batemos palmas no portão, daí David Jurubeba perguntou quem era, me identifiquei e ele mandou entrar ao que apresentei o Dr José Nunes a ele. Me lembro até hoje o episódio. 

Uma das perguntas que o Dr José Nunes fez ao David Jurubeba foi essa: "Tenente, Lampião era sabido ?" Tio David olhou pra ele e respondeu: "Olha vossa excelência, se Lampião fosse um besta nós teríamos acabado com ele rapidamente, pois em todos os combates em que nós os Nazarenos dávamos com ele na maioria das vezes ele se saia muito bem". Aí o Dr. Nunes fez outra pergunta a ele: "Tenente, mas o que eu quero mesmo saber do senhor, mais a fundo, é se Lampião adivinhava os perigos, como falam que muitas vezes fazia ?" Aí tio David respondeu: "Doutor eu sou evangélico e não devo acreditar nessas coisas mas Lampião ele tinha sim alguma coisa que avisava a ele".


Tio David Jurubeba ainda contou que certa vez ele e vários companheiros de sua volante botaram uma emboscada muito grande em Lampião, neste dia não tinha como Lampião escapar pois o rei do cangaço estava retornando por aquela direção em que eles estavam em tocaia,mas de repente o homem desviou a direção escapando da morte certa. Tio David disse ainda que naquele dia ficou pensativo sobre Lampião ter se desviado e não conseguia tirar isso da cabeça até que depois de ter prendido um cangaceiro que estava naquele dia, perguntou: "Cabra você estava naquele dia e local, tal e tal, vinha com Lampião , coisa e tal...? E o cabra ai respondeu: "Eu vinha sim com ele!" e tio David arrematou: "E por qual razão vocês não passaram por este local, já que não tinha outro local pra passar, por causa das macambiras e o mato muito fechado, etc e tal?" E cabra respondeu: " Naquele dia Lampião vinha na nossa frente numa marcha bem acelerada com o chapéu caído nos ombros e em dado momento ele parou de repente e fez sinal para todo mundo parar, ficou alguns minutos parado observando tudo em sua volta com muito cuidado como se alguém estivesse falando com ele e de repente ele nos deu outra ordem e falou - rapaziada nós não vamos mais seguir em frente, vamos é abrir caminho por dentro desse mato fechado" .

Por fim tio David Jurubeba completou: "tinha alguma coisa que avisava a ele dos perigos, mas da parte de Deus, que eu como cristão sei que não era, e sim, da parte do diabo..." risos...

Aldomir Ferraz
Buíque, Pernambuco

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REMEMORANDO A SECA DE 15

Por José Gonçalves do Nascimento*

Há cem anos tinha lugar a seca de 15, considerada uma das piores estiagens da história do nordeste, particularmente do Ceará, onde o fenômeno se projetou com maior intensidade, assumindo proporções assaz aterradoras.

A seca de 1915, que inspiraria obras de vulto, como o romance “O Quinze”, da cearense Raquel de Queiroz, eclodiu no momento em que o nordeste ainda tentava se recuperar dos danos provocados pelas terríveis secas de 1877/79 e 1900, quando aproximadamente metade da população nordestina ou morrera de fome ou migrara para outras regiões do país, em especial para Amazônia, de onde nunca mais haveria de voltar
.
Sem qualquer ação governamental que oferecesse condições infraestruturais de combate aos efeitos catastróficos das estiagens prolongadas, como ocorre ainda hoje, transcorrido já um século, a seca de 15 devastou grande parte do nordeste brasileiro, afetando drasticamente a economia regional e levando à morte milhares de seres humanos, entre homens, mulheres e crianças.

Em meio a tamanha crise e na falta dos recursos mais elementares, as pessoas ingeriam o que estivesse ao seu alcance, como raízes, brós, beldroegas, mucunãs, insetos, ervas daninhas, e até mesmo animais infectados. Diante da necessidade extrema, valia a lei da sobrevivência, não importando ao faminto a qualidade do que era consumido.

Doenças relacionadas a esse tipo de calamidade logo começaram a se alastrar pela região, matando sem piedade, principalmente velhos, crianças e pessoas debilitadas. Dentre tais moléstias, avultavam a varíola, o sarampo e a disenteria, além de uma série de outras enfermidades provocadas pela ingestão de água e alimento de péssima qualidade, como a enterite e a gastrenterite.

O escritor e humanista Rodolfo Teófilo, velho conhecedor do drama nordestino, assim descrevia os horrores da seca: “uma desgraçada mãe, só ossos e pelancas, morta no meio da estrada, no seio uma criancinha esquelética procurando sugar algumas gotas de leite do cadáver; um retirante animalizado, metido numa gruta, alimentando-se da carniça humana que encontrava nos caminhos; uma criança encontrada numa casa abandonada à beira do caminho, fechada na camarinha, caída de fome e chupada de morcegos, que lhe cobriam o corpo como um lençol negro; um desgraçado retirante estirado na estrada, no marasmo da fome, sem forças para mover um músculo, cercado de urubus vorazes e famintos, que não esperam a morte da vítima, mas a apressam, vazando-lhe os olhos com o bico adunco...”.

Ao invés de adotar iniciativas que atendessem o sertanejo no seu torrão de origem, evitando seu deslocamento para outras paragens, o governo, no caso específico do Ceará, optou por encerrar os flagelados em um “campo de concentração”, nos arredores de Fortaleza, onde mais facilmente poderia distribuir suas migalhas. Encurralados e reduzidos à condição de animais, aqueles homens e mulheres tornavam-se cada vez mais vulneráveis, perecendo aos centos, aos milhares, em consequência das inúmeras enfermidades, que por lá grassavam a todo instante.

Era nessas circunstâncias que, a cada dia, levas inteiras de retirantes cruzavam o nordeste brasileiro, na busca ilusória de melhores condições. Em “O Quinze”, Raquel de Queiroz põe em cena a saga de Chico Bento que, após abandonar terra e criatório no interior do Ceará, parte com a família em direção ao litoral, na esperança de dias melhores.

Ao longo da árdua e tormentosa jornada, dita família de migrantes experimentará todos os rigores da estiagem, a ponto de presenciar a morte, em virtude da fome, do primogênito Josias. Cada vez mais mergulhados na trágica e brutal realidade da seca, e desfeitas as esperanças de uma vida melhor, distante das agruras vivenciadas no torrão de origem, também eles acabam esbarrando no famigerado “campo de concentração”, que se converteria mais tarde em “campo santo”, na palavra balizada de Rodolfo Teófilo.

Passado um século, desde aquele doloroso flagelo que se abateu sobre o nordeste do Brasil, pouquíssima coisa se fez no sentido de combater ou, pelo menos, minimizar os efeitos nocivos da seca (visto ser esta condição intrínseca à conformação climática do nordeste e, portanto, inevitável).

Depois de 15, o nordeste voltaria a experimentar outros longos e severos períodos de seca, como os que se registraram nos anos trinta, setenta e oitenta do século passado. Os governos, no entanto, mantiveram-se indiferentes, pouco fazendo para enfrentar a questão. Neste momento em que áreas inteiras (tanto do nordeste como do sudeste) estão sendo afetadas pela falta de água e seus efeitos deletérios, quase nada vem sendo feito para solucionar o problema. Em lugar de investir em modelos inovadores de convívio com a escassez de chuvas, utilizando o próprio potencial do nordeste, o poder público teima em manter os velhos e superados expedientes, que, de há muito, contribuem para o atraso da região.

Ocorre que as secas representam um negócio altamente lucrativo, havendo quem delas obtenha vantagens e privilégios. A cesta básica e o carro-pipa, irmãos siameses das estiagens, são usados sistematicamente para fins eleitoreiros, alimentando a dependência econômica e alargando o círculo vicioso da miséria. É a chamada “indústria da seca” ,que vive e se abastece à custa da dor e do sofrimento das pessoas menos aquinhoadas.

Urge – nunca é demais repetir – que se adotem medidas, não de combate à seca, como se propôs por longo tempo, e sim de convivência com a mesma. Para tanto, é necessário que se construam políticas públicas capazes de prevenir os efeitos maléficos das estiagens e ao mesmo tempo preparar o sertanejo para a vida no semiárido.
*Poeta e cronista

Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

 http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com