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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

OS MACACOS DE LAMPIÃO.


Por João Filho de Paula Pessoa

O Cangaço sempre foi combatido pelo Estado, desde seu início, através das forças policiais locais, dos batalhões de soldados enviados pelas capitais e, principalmente, pelas Tropas Volantes, que eram destacamentos militares itinerantes de perseguição e caça aos cangaceiros, formadas por policiais, soldados e sertanejos, presentes em sete Estados do Nordeste, conhecidas pela bravura, determinação e perseverança no combate ao cangaço, com destaque para Manoel Neto (Pe), Zé Rufino (Ba) e João Bezerra (Al). 

Na fase Lampiônica estas forças policiais, especificamente os soldados das volantes foram apelidados pejorativamente de “Macacos” pelo próprio Lampião, pois segundo ele os soldados vestidos de marron, ao fugir nos tiroteios, corriam e pulavam desviando das balas feitos macacos, apelido este amplamente disseminado na cultura cangaceira e difundido em todas as memórias, obras literárias, pesquisas, livros, relatos, histórias, lembranças, depoimentos, cordéis, contos, dentre outros, até os dias atuais, sendo mais uma das características originais do Cangaço. 

(João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.) 10/12/2019.
Na foto: A Volante de Zé Rufino.


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A FAMÍLIA CARVALHO DA SERRA NEGRA VISITA O MEMORIAL

*Rangel Alves da Costa

Recentemente, mais precisamente ao final do mês de dezembro passado, expressivos membros da Família Carvalho, da baiana Serra Negra (Pedro Alexandre), estiveram visitando o Memorial Alcino Alves Costa, na sergipana e sertaneja Poço Redondo. Contudo, como se uma família estivesse reencontrando seu próprio lar, vez que Poço Redondo e Serra Negra são unidos e enlaçados por raízes profundas, até mesmo familiares.
De forma mais contundente no passado, a verdade é que como se não existissem limites entre as duas localidades. Para uma ideia da influência de Serra Negra sobre as terras sergipanas, somente os irmãos João Maria de Carvalho e Piduca Alexandre, filhos de um potentado senhor chamado Pedro Alexandre (que acabou dando nome ao município baiano), eram donos de mais de vinte grandes fazendas em Poço Redondo, e todas imensas, verdadeiros latifúndios.
Também foi de pujança a influência política e de proteção do Coronel João Maria de Carvalho na vida e destinos do sertão sergipano. Numa época em que o caçador de cangaceiros e perseguidor de inocentes, o famoso comandante Zé Rufino (com quartel baseado em Serra Negra), prometia perseguir e dizimar os poço-redondenses tidos como coiteiros do bando de Lampião, levantou-se a voz do coronel João Maria simplesmente para dizer: “Se na estrada apontar alguma pessoa vinda de Poço Redondo, então faça o favor de fazer de conta que está indo pra Jeremoabo. Não quero nem admito que incomode um só sergipano que venha em minha direção”.
Ora, Zé Rufino, comendo na mão e lambendo as botas do coronel baiano (que também era seu compadre e fiel cumpridor de suas ordenanças), nada tinha a fazer senão baixar a cabeça e esquecer os seus ódios. E acentuava o coronel: “Mexeu com gente de Poço Redondo está mexendo comigo. Entonce é melhor nem se meter a besta”. Durante o período de maior incidência cangaceira em Poço Redondo e o governo estadual ordenava que as famílias deixassem seus lares como forma de se protegerem de possíveis ataques ou confrontos entre bandoleiros e volantes, era em direção a Serra Negra que a maioria seguia. Assim aconteceu com meus avôs Ermerindo e Emeliana. E muitas famílias e pessoas continuaram em terras baianas.


E assim as amizades eram firmadas e fortalecidas. Tanto assim que de repente, em verdadeira comitiva montada em cavalaria de ponta, pelos caminhos de Poço Redondo despontava o coronel baiano em direção à casa de algum amigo. Chegava, desmontava e se aboletava em rede para receber as visitas. E dali mesmo ordenava a vida naquele mundão sertanejo. Sua estadia preferencial era na casa de Zé de Lola e Dona Quininha, ainda que por todo lugar encontrasse uma porta acolhedora, principalmente pelo fato de que a maioria dos vaqueiros da região lidava ou em suas ou nas propriedades de seu irmão Piduca.
Tempos após foi a vez de dois primos baianos abraçarem Poço Redondo como terra amada: Heraldo de Carvalho, filho do coronel João Maria, e Evaldo de Carvalho, sobrinho deste. Duas maravilhosas figuras humanas que deixaram até lendas em suas visitas. Dois famosos e prestigiados políticos (Heraldo e Evaldo foram prefeitos muitas vezes de Serra Negra), mas que chegavam a Poço Redondo e se comportavam apenas como amigos e festeiros.
A casa de Bastião Joaquim era a porteira aberta e acolhedora para os primos baianos. O filho do Coronel João Maria, ou Dr. Heraldo, como sempre era chamado, trazia sempre seu cavalo branco, de valor afortunado, nas suas estadias sergipanas. Montado no seu portentoso, então desfilava pelas ruas da cidade em época de festas, principalmente da Festa de Agosto. E certa feita cismou de entrar no bar de Delino, durante um forró lotado de gente, e entrou. Ora, o povo sertanejo já conhecia demais aquele jeito festeiro de ser e tudo ficou na normalidade, com o cavalo ao lado do balcão e o seu dono mandando descer uma garrafa de uísque e cervejada para quem quisesse beber.
Desse modo, os Carvalho da Serra Negra sempre foram como filhos e irmãos de Poço Redondo. Não somente a família como toda a população. Tem gente de Poço Redondo que ama Serra Negra na mesma medida, e vice-versa. As velhas raízes que por lá continuam, também são raízes espalhadas nos sertões sergipanos. As novas raízes vingadas, gestadas daquele sangue de luta, continuam abraçando e amando Poço Redondo, principalmente um sobrinho-neto do velho coronel baiano: Orlando de Carvalho.
Este reformou a casa antiga de seu pai João de Ioiô em Curralinho e quase todo fim de semana está se espelhando nas águas do rio, sempre ao lado de sua esposa, a já baiana e também sergipana Maria José. Outro irmão de Orlando, o prestigiado Zé Maria da Serra Negra, juntamente com sua esposa e prima Ana Margareth de Carvalho (filha de Heraldo de Carvalho) possui a mesma veneração e admiração pelas terras sergipanas.
Os que de Poço Redondo chegam a Serra Negra reconhecem em profundidade a força do entrelaçamento dos laços. Abraços apertados, sorrisos largos, mesa farta, gestos sem fim de amizade. E os de Poço Redondo também tudo fazem para acolher bem os amigos. Na foto abaixo, a demonstração do prazer sentido durante uma visita feita pela Família Carvalho ao Memorial Alcino Alves Costa.
No retrato tirado como recordação, avistam-se os irmãos Orlando e Zé Maria e suas esposas Maria José e Ana Margareth. E o meu prazer incontido em sempre recebê-los na casa de Alcino e Dona Peta, na Casa de Poço Redondo.

Escritor
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O NOSSO DIA



Neste 5 de janeiro, dia tão lindo; Eu canto, eu
brindo; Teu lindo viver!; Que Deus te conserve:
COFRAG; No bem que só deve; Pra te enaltecer!
Parabéns! [Francisco de Paula Melo Aguiar]

Festejar o nosso dia é uma graça.
Recebida de Deus Pai, o Criador.
Aceitando o bem viver, puro sem jaça.
Nesta vida representa o dom do amor.
Contemplando cada ato que se faça.
Integrando nossa força e louvor.
Sem mirar o puro vinho numa taça
Celebrando o seu lutar, o seu fervor.
Ofereça ao Pai do Céu, vidro e vidraça.

Do vidro fino que colores o licor.
E da vidraça onde vês um grande amor.

Podes, assim, só contemplar a vida toda!
Aonde fores só te resta então, amor.
Uma parcela do rebanho que se acomoda
Lá na escola, ela está a te esperar
Ainda há muito que aprender e que ensinar.

Meio de vida, sacerdócio não é.
Ele representa nossa barca de Noé.
Lugar de sonho: educação e instrução.
Origem de nossa pedagogização.

Alimento propulsor para aprendizagem.
Guarda didática da Pedagogia da vida.
Unidade na diversidade formal e na ensinagem.
Instrução e paradigma na ação educativa.
Atitude educacional sem limite e listagem.
Revolução na metodologia não impositiva.

http://www.recantodasletras.com.br


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PALESTRA "AS MULHERES NO CANGAÇO"

Por João de Sousa Lima
Fonte: You Tube - Canal Aderbal Nogueira
  
Em novembro a cidade paraibana de Campina Grande promoveu sob o comando do pesquisador João Dantas o espetacular Campina Cangaço, reunindo alguns dos maiores nomes da pesquisa da temática no Brasil. Hoje Trazemos a palestra do pesquisador e escritor pernambucano, radicado em Paulo Afonso, João de Sousa Lima; presidente do Instituto Geográfico e Histórico de Paulo Afonso e Conselheiro do Cariri Cangaço: As Mulheres no Cangaço.

João de Sousa Lima nasceu em São José do Egito, Pernambuco, no dia 20 de dezembro de 1964. Chegou a Paulo Afonso em janeiro de 1970, com poucos anos de nascido e tornou-se filho adotivo das doces e amáveis terras baianas. É filho de Raimundo José de Lima e Rosália de Sousa Lima. Tem três irmãos: José de Sousa Lima, Manuel José de Lima e Maria Bernadete Lima Santos. Pai de duas princesas: Stéfany da Silva Sousa Lima e Letícia da Silva Sousa Lima. Serviu ao Exército Brasileiro em 1983, na 1ª Cia. de Infantaria, em Paulo Afonso, Soldado “Sousa Lima”, nº 145, do 2º Pelotão de Fuzileiros. Em 2016 foi Agraciado com o Título de Amigo da 1ª Companhia de Infantaria pelo Major Barroso Magno e com o Diploma de Amigo da 6ª Região Militar, pelo General Joarez Alves. Em 2016 foi agraciado por unanimidade pela Câmara de Vereadores com o Título de Cidadão de Paulo Afonso. Em 2019 recebeu o Título de Cidadão Honorário de Piranhas, pelo Decreto Legislativo 002/2019. Licenciado em História e Escritor, hoje autor de 20 livros. 

João de Sousa Lima
Conselheiro do Cariri Cangaço

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SERTÕES DO NORDESTE POR HEITOR MACEDO


Não sou historiador, pois não sou formado em história. Não sou memorialista, porque não escrevo minhas memórias. Também não sou literato nem escritor propriamente dito, posto que não tenho o objetivo de cultuar as letras e a ficção. Por conhecer um pouco fontes bibliograficas e documentais, já fui considerado por alguns como "empirista", ou seja, aquele que adquire o conhecimento por meio da experiência pessoal. Igualmente, não concordei com essa tentativa de classificação de pessoa tão esquisita que sou. Na verdade, fico confortável em dizer que sou apenas um curioso que pesquisa e compartilha o que encontra pelos becos obscuros do tempo, onde dorme a maior parte dos fatos humanos. 

Gurgel Feitosa, Heitor Macedo, Manoel Severo e Calixto Junior

Minha proposta é alcançar o autoconhecimento com liberdade, sem as amarras dos modelos formais de educação, por sinal, muito eurocêntricos. Conhecimento não é propriedade privada de ninguém, mas pode e deve pertencer a todos. Nesta obra, de minha autoria, publicada em 2015, defendi a valorização da visão do sertão pelos sertanejos. Alguns não deram muita importância por não terem entendido o título, por acreditarem que sertão é apenas aquele lugar seco, lá no semiárido. Ledo engano, pois o sertão brasileiro de que falo é o território criado pelo branco invasor, lá pelos idos de 1500, e que coincidia com espaço que ainda não havia sido "conquistado" aos índios, o que não era litoral, o que não era "civilizado", o interior. Então, aí está minha pequena contribuição, disponibilizada gratuitamente. Para baixar, é só acessar o link do Cariri das Antigas, do amigo Roberto Júnior. Obs: digitalização feita por Reginaldo Zurlo.


Heitor Feitosa Macedo
Crato, Ceara
10 de janeiro de 2020

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RUBENS ANTONIO


É professor, pesquisador do cangaço, mestre em Geologia, cursou Geologia, Artes Plásticas e História, Entende-se como um Historiador Natural, com aspectos também de Filósofo Natural. Ministrou aulas, na Universidade Estadual da Bahia - UNEB de: - Antropologia - Epistemologia - Metodologia do Trabalho Científico - Ensino de História - Elementos de Geologia - Paleontologia - Sedimentologia - História da Ciência. Rubens Antonio é administrador do blog: Cangaço na Bahia - http://cangaconabahia.blogspot.com

 email: rubensantonio@gmail.com

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GPEC - GRUPO PARAIBANO DE ESTUDOS DO CANGAÇO - JOÃO PESSOAS-PB.


Por Cariri Cangaço

A partir de João Pessoa a querida Paraíba vem se consolidando como um polo de pesquisas sério e responsável sobre o Cangaço, GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço; um dos filhos de nosso Cariri Cangaço; sob o comando de Narciso Dias

Avante, que venha 2020 !!!


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