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domingo, 15 de dezembro de 2024

ALMOCEI COM O GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO NORTE JOSÉ AGRIPINO MAIA, E COM TRÊS EX-GOVERNADORES, SEM TER SIDO CONVIDADO ANTES.

 Por José Mendes Pereira



Antes de 1988, para que uma pessoa entrasse como funcionário de qualquer repartição pública, não era necessário ser concursado, bastava ter um "QI - quem indique", ou diretamente com um político, que já estava dentro de uma repartição pública. Era o emprego chamado de "Trem da Alegria", porque todos que ocupavam funções públicas morriam de felicidades, vez que não queimavam os olhos por longas noites estudando, para serem aprovados em concursos públicos.

Em 1983, eu já era formado em letras pela Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte, nos dias de hoje, UERN, e não sendo diferente dos outros, eu precisava ocupar uma sala de aula pela Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte,  como professor, e nesse período, eu ainda não tinha um (QI) ou amizade com um político, que me desse uma vaga em qualquer escola de Mossoró.
 

 Delfina R. de Souza, ver.1963-1967. com o ex-governador Tarcísio Maio, já falecido - obaudemacau.com 

Ciente de que se eu não procurasse um meio para entrar na educação, e sabendo que  um dos homens fortes na política do Rio Grande do Norte, Doutor Tarcísio Maia, e que já tinha sido  governador do Estado, domingo sim, domingo não ele estava descansando em sua fazenda, denominada "São João", na localidade Barrinha, peguei minha velha e desmoronada lambreta,

Seu Madruga em sua lambreta - Sou eu, José Mendes Pereira

e abalei-me até lá, confiante que uma solução sobre um emprego poderia ser confirmada por ele, e naquele momento, quem dirigia o Estado como governador, era o seu filho, José Agripino Maia, que fora eleito através das urnas, e com uma grande maioria de votos válidos.
 
Ex-governador do Rio Grande do Norte - José Agripino Maia

Ao chegar, vi que ali eu não iria ter chance nenhuma de falar com ele, porque sob o alpendre da fazenda, uma porção  de pessoas também procurava emprego, mas mesmo assim, resolvi ficar, para ver o que iria acontecer.


Doutor juiz Antonio Mariz, já falecido - www.wscom.com.br

Mas lá se encontrava o Dr. Antonio Mariz, que eu não tenho certeza se era irmão ou primo do Dr. Tarcísio Maia, e que havia sido governador da Paraíba, chamou-me para ajudá-lo, tirar uma carroça que estava atrapalhando a entrada para a casa da fazenda. 

Mesmo ele sendo ilustre, equilibrou o peso comigo, e em seguida convidou-me para olhar um plantio de capim. No percurso ele me perguntou de quem eu era filho, onde eu morava, onde os meus pais moravam, e ali eu fiquei respondendo todas, e quando eu disse que os meus pais moravam na Barrinha, ele disse: 

- Você mora aqui na Barrinha?

Meus pais moram na Barrinha, mas sendo esta da família Duarte. - Eu o respondi. 

Ele fez: 

- Ah, sim, Barrinha do Dr. Duarte Filho,  é? 

https://www.flickr.com/photos/oliveiraecruz/14168073971

A partir disto, fui bem tratado. Pelo o que eu vi, o Dr. Antonio Mariz gostava de músicas eruditas. Foi até a radiola, colocou um disco, e lá ficou ouvindo aquelas músicas chocas, que para ele, sem dúvida, eram as melhores.

Ex-governador do Rio Grande do Norte  Lavoisier Maia, já falecido  - salomaodemedeiros.blogspot.com

Nesse dia, além das pessoas que procuravam empregos, tinha vários políticos na fazenda, sendo eles: Lavoisier Maia, que pouco menos de três meses entregara o poder ao governador eleito, o  José Agripino Maia, filho de Tarcísio Maia.

Canindé Queiroz - Jornalista, já falecido. - www.kareninefernandes.con

Mais o jornalista Canindé Queiroz, que além de colunista, era também diretor e proprietário do jornal "Gazeta do Oeste", com sede na cidade de Mossoró, e da Rádio Gazeta do Oeste, que funciona em Areia Branca. 

https://defato.com/mossoro/114062/uern-inicia-semestre-20241-nesta-segunda-feira-para-cerca-de-85-mil-discentes

Apesar de formado em Economia pela Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN), hoje Uern, e em Direito na cidade de Sousa, interior paraibano a grande paixão profissional foi o jornalismo. O sonho começou a ser idealizado com a formação da Astecam e foi consolidado em 30 de abril de 1977 (três anos depois da Astecam), com a fundação da GAZETA DO OESTE, um jornal inicialmente semanal que se tornou referência para o jornalismo do interior potiguar.

https://www.google.com

Aqui, apenas uma pequena explicação sobre a minha  participação no Jornal "Gazeta do Oeste", que antes da sua fundação, era "ASTECAM"; e como gráfico da Editora Comercial S/A., durante 12 anos, fiz algumas vezes, linotipicamente, horas extras noturnas  em seu jornal "Gazeta do Oeste" -  já extinto.
 

Erivan França

E ainda o  Jornalista Erivan França, que fora secretário da comissão do Vale do São Francisco, chefe do gabinete do Instituto Nacional do Sal e autor do primeiro Plano de Assistência Social aos trabalhadores das salinas, e em 1961, foi Deputado Federal, tendo o mandato cassado em janeiro de 1969. 

Ex-governador do RN, Aluízio Alves - https://blogcarlossantos.com.br/os-99-anos-de-aluizio-alves/

Em 1961, foi interventor do Departamento Estadual de Imprensa no Governo Aluízio Alves. Dentre as múltiplas funções de homem público que lutou em prol do progresso e da democratização do país e do Rio Grande do Norte, ajudou a organizar o Diretório Regional do PDT em 1980 e foi agraciado com o mérito profissional pela Associação Brasileira de Imprensa e medalha de mérito forense por relevantes serviços prestados à justiça do país. (http://erivanfranca789.blogspot.com.br). 

Mas ali, naquele momento, o mais importante mesmo, era o governador do Rio Grande Norte, o José Agripino Maia, que  sabia o que deveria fazer, contratar ou não, funcionários durante os seus quatro anos  de governo. E além destes, muitos outros políticos que eu não sabia os seus nomes.

Todos estavam participando de uma reunião política na própria fazenda São João, e assim que terminou, Dr. Tarcísio Maia deu início atendendo as solicitações dos que procuravam empregos.

A minha ficha era o número 8, mas quando estava próximo a minha vez, de falar com ele, afastei-me, no intuito de ficar por último, porque quem não estivesse presente, ficaria por último. E assim idealizei de perder a chamada e ser o ultimo.

Logo que ele terminou de falar com o penúltimo aí, sim, eu entrei. Dr. Tarcísio me fez várias perguntas, qual o curso eu tinha terminado, se eu era mossoroense, qual escola eu gostaria de trabalhar, caso surgisse um vaga, se eu já tinha entregue o meu currículo lá no Nure - Núcleo Regional da Educação, nos dias de hoje - DIRED, à diretora Zilda Maria Cabral Freire Costa. Fez-me uma porção de perguntas, eu ficando de levar o currículo e entregar nas mãos da diretora.

Zilda Maria Cabral Freire Costa

Naquele momento, não tinha mais ninguém, os desempregados já haviam ido embora. Mas  assim que eu sai da sua sala, fui de encontro à lambreta, para vir embora. Ao ver que eu estava me montando nela, ele gritou: 

- José, para onde vai? 

- Eu vou embora, Dr. Tarcísio. - Respondi. 

- Não vá embora. Vamos almoçar conosco. - Dizia ele caminhando em minha direção. 

- Quem sou eu Dr, para almoçar diante de tanta gente importante? 

- Conversa rapaz, vamos logo! Desça do transportinho e caminhe lá para sala. O almoço já vai sair. 

Mesmo acanhado, desci da lambreta e caminhei em direção à sala, que sobre a mesa, tinha alimentos que, em toda minha vida, eu jamais tinha os  vistos. E aos poucos, os políticos foram rodeando a mesa, e deram início ao almoço. A princípio, eu estava muito acanhado. Mas com a continuação do almoço, desisti do acanhamento, porque todos almoçavam no meio de tantos assuntos políticos. 

Minhas Simples Histórias 

Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixe-me pegar outro.

Fonte: 

http://minhasimpleshistorias.blogspot.com

Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PADRE FÁBIO DE MELO SE DIZ PERSEGUIDO

Repostado por José Mendes Pereira

https://blogdoinhare.blogspot.com/2024/12/padre-fabio-de-melo-se-diz-perseguido.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A MORTE DE MANÉ MORENO, ÁUREA E CRAVO ROXO NO COMBATE DO POÇO DA VOLTA

Por José Mendes Pereira

O primeiro livro que li sobre cangaço foi "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico", do famoso Alcino Alves Costa, e este, me foi indicado e emprestado pelo bancário e pesquisador do cangaço Chagas Nascimento, natural de Porto do Mangue, no Rio Grande do Norte, mas radicado por muitos anos em Mossoró. 

E o primeiro blog sobre este tema foi o Cariri Cangaço, do pesquisador Manoel Severo, e logo o Lampião Aceso do Kiko Monteiro, ambos indicados pelo Chagas Nascimento. Mas depois vieram outros, como o Tok de História do historiógrafo Rostand Medeiros, seguido do blog do escritor João de Sousa Lima, e o aparecimento do pesquisador Kydelmir Dantas e outros, e assim, tomei gosto ao tema, não tendo muito domínio, mas já tenho boas informações sobre ele registradas nas minhas páginas sociais e gravadas na minha mente.

O escritor Alcino Alves Costa diz no seu famoso livro que após ter assassinado o vaqueiro Antônio Canela nos Camarões, o cangaceiro Mané Moreno com o seu poderoso bando de marginais, tomam rumo ao Porto da Folha. Com o grupo está um jovem chamado Chiquinho de Aninha, sendo que este serviu para trazer os animais de volta que os cangaceiros levaram consigo.

O bando faz parada em Jaramataia para descansar, e naquela localidade, trabalha um senhor conhecido por Pedro Miguel sendo este pai do futuro cangaceiro Elétrico. A presença do grupo de cangaceiros ali, deixa Pedro Miguel chateado, e resolve procurar o proprietário da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia" o afamado e perverso capitão Lampião, e faz sua queixa contra aqueles malfeitores, e dele recebe apoio, prometendo-lhe que os cangaceiros não iriam mais atanazar-lo.

Mas mesmo assim, o cangaceiro aparece com os seus comandados, talvez ainda não tinha sido encontrado pelo capitão para proibir a sua visita naquela região. E lá, permaneceu com os seus homens por alguns dias, e depois foram para Porto da Volta, na intenção de passarem o São João por lá.

O comandante de volante policial Odilon Flor está na região à procura de cangaceiros, e conversa com Pedro Miguel sobre paradeiros de malfeitores, e ele informa que os cangaceiros estão no Poço da Volta.

Nessa região um riacho passa entre Poço da Volta e Palestina. É na fazenda Palestina que está havendo um baile, e lá, os bandidos estão na maior farra, bebendo e dançando. Mané Moreno rodopia no salão com a sua amada Áurea; os outros aconchegam às mulheres, que não faltam no momento. A bebida é franca.

Na calada da noite e escura, Odilon Flor vem chegando ao forró. Ao longe, ele ouve os gritos dos festeiros, o fole ronca e demais instrumentos fazem a algazarra, divertindo os dançarinos, festa na base do candeeiro, que a luz avermelhada, faz com que a volante descubra o local do forró. A noite está mais para volante do que para cangaceiros. Os malfeitores brincam despreocupados, e a morte está por ali, só observa e imagina qual será a melhor maneira de ataque.

E sem muita dificuldade, a volante se aproxima, e de imediato coloca-se em posição de extermínio ao grupo. Escolhido o primeiro alvo, o casal de cangaceiros Mané Moreno e sua querida, caem já sem vida. Os festeiros gritam em pânico e correm sem direção. Todos queriam sair o mais rápido possível daquele inferno.

O cangaceiro Gorgulho, mesmo com a perna quebrada, consegue furar o cerco dos policiais, e se salva, e aos poucos, se arrastando, desaparece na escuridão da noite, sem nenhuma perseguição policial contra ele.

Segundo o escritor Alcino Alves Costa os escritos afirmam que Gorgulho foi morto neste combate, mas na verdade, quem foi assassinado foi o cangaceiro Cravo Roxo. Gorgulho foi se tratar nos altos do Cajueiro, onde recebeu a ajuda de Lisboa, um dos irmãos Félix. Quando se recuperou, deixou o cangaço e foi embora para a sua terra Salgado do Melão

Segundo a fonte "Lampião Além da Versão..." a cabeça do meio não é a de Gorgulho. É a de Cravo Roxo. Foto extraída do livro "Lampião entre a Espada e a Lei" Autor Sérgio Augusto de Souza Dantas

A vitória do policial Odilon Flor e seus comandados foi muito valiosa, agora era só tomar para si os pertences dos cangaceiros Mané Moreno, Cravo Roxo e Áurea.

O facínora Mané Moreno era primo legítimo dos cangaceiros Zé Baiano e Zé Sereno. Zé Sereno era primo carnal de Zé Baiano.

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CANGAÇO: MANÉ MORENO ELIMINA TONHO CANELA

 Por Fatos na História - Cangaço e Nordeste

https://www.youtube.com/watch?v=PzCadcnU-fo

Narrativa sobre a eliminação de Tonho Canela, pelo cangaceiro Mané Moreno. Referências:
𝑻𝑶𝑵𝑯𝑶 𝑪𝑨𝑵𝑬𝑳𝑨 𝑬 𝑴𝑨𝑵𝑬́ 𝑴𝑶𝑹𝑬𝑵𝑶 - Por Jaozin Jaaozinn - Via Grupo "Lampião, Cangaço e Nordeste"
𝐹𝑂𝑁𝑇𝐸𝑆: 𝐶𝑎𝑟𝑖𝑟𝑖 𝐶𝑎𝑛𝑔𝑎𝑐̧𝑜 𝑃𝑜𝑐̧𝑜 𝑅𝑒𝑑𝑜𝑛𝑑𝑜, 𝑅𝑜𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜́𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑒 𝐴𝑛𝑜𝑡𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 - 𝑀𝑎𝑛𝑜𝑒𝑙 𝐵𝑒𝑙𝑎𝑟𝑚𝑖𝑛𝑜 𝑒 𝑅𝑎𝑛𝑔𝑒𝑙 𝐴𝑙𝑣𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑎; 𝐿𝑎𝑚𝑝𝑖𝑎̃𝑜 𝐴𝑙𝑒́𝑚 𝑑𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑠𝑎̃𝑜: 𝑀𝑒𝑛𝑡𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑒 𝑀𝑖𝑠𝑡𝑒́𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐴𝑛𝑔𝑖𝑐𝑜 - 𝐴𝑙𝑐𝑖𝑛𝑜 𝐴𝑙𝑣𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑎; 𝐵𝑙𝑜𝑔 𝑑𝑜 𝑀𝑒𝑛𝑑𝑒𝑠.

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CANGACEIRO DE CORISCO "TIRANIA".

 Por Robério Santos

Cangaceiro de Corisco que virou volante: Tirania. Morreu em 2008 em Pão de Açúcar-AL. Tá enterrado lá. Foto de Frederico Pernambucano de Mello.

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O ÚLTIMO DIA DE LAMPIÃO - TVE EDUCATIVA

 Por Cangaço em Foco

https://www.youtube.com/watch?v=Ro053bVeSeE

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