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domingo, 8 de novembro de 2015

MÁQUINA DE COSTURA QUE PERTENCEU A DONA EMÍLIA LIMÃO


Joelma CordeiroDudé Viana Nestor Oliveira Neto Francisco Veríssimo De Sousa NetoJosé Mendes Pereira Mendes na foto, a máquina de costura que pertenceu a dona Emília Limão, esposa de seu Vicente Cordeiro, o casal DE MASCATES controlava o comércio de Patu e Caraúbas, no século XIX. 


Mais informações em FUI AO CROATÁ... - UMA GEOLOVEHISTORY, QUE TERÁ Lançamento do livro digital: FUI AO CROATÁ... - UMA GEOLOVEHISTORY

Fonte: facebook
Página: Médico Epitácio Andrade

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LUTO NA CULTURA POTIGUAR

Por Epitácio Andrade

Luto na cultura potiguar. 

Faleceu na sua residência em Patu, a escritora Mocinha Saraiva. Com os familiares, divido meus sentimentos. 
Aos admiradores da cultura popular, a certeza que a lembrança é a única que permanece. 

Na foto acima, o último autógrafo da Escritora.

Fonte: facebook
Página: Epitácio Andrade

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VARGAS E O CANGAÇO

Por Clerisvaldo B. Chagas

Preocupado com tanto descontentamento, desde o início, 1930, Getúlio estava muito mais voltado para sua situação política de que para os problemas regionais do cangaceirismo. Certo promotor de Água Branca, Alagoas, envia uma carta enérgica para Vargas, explanando o marasmo das volantes e expondo fatos que fizeram com que o ditador se voltasse para os sertões nordestinos. 

Coronel José Lucena

Ao receber ordem severa da presidência, o governo estadual apertou o major Lucena de tal maneira que o comandante saiu da reunião tão acabrunhado que foi direto pedir proteção e ajuda dos santos, na Catedral de Maceió. 


O governo estadual lhe dava trinta dias para trazer a cabeça de Lampião. Major Lucena convocou o tenente João Bezerra (acusado de cumplicidade) dando-lhe quinze dias para entregar a cabeça do Virgulino Ferreira da Silva. 

Tenente João Bezerra 

O desenrolar dos fatos, a partir daí, são narrados cientificamente pelo grande pesquisador do cangaço, Frederico Pernambucano. 

Escritor Frederico Pernambucano de Melo

Para poucas pessoas com bastante conhecimento sobre o aperto dos tenazes getulienses, foi esse o toque decisivo que faltava para o golpe final na hoste lampionesca. Uma simples carta dos montes da Matinha ─ terra de Corisco ─ pareceu irrelevante, mas foi ela quem colocou frente a frente Getúlio VARGAS E O CANGAÇO.


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AS LAVADEIRAS DO RIACHO ANTIGO

Por Rangel Alves da Costa*

Os tempos são outros, e como foram modificando tudo. E na esteira dos tempos novos a negação das tradições, dos costumes, dos afazeres próprios de um povo. Logicamente que os avanços tecnológicos e os modismos relegaram ao esquecimento até mesmo os hábitos mais sublimes e os ofícios mais singelos. Como disse o velho na sua calçada, antigamente se passava e retornava, e hoje apenas se vai sem olhar pra trás.

Somente nas distâncias interioranas, naqueles lugares onde as porteiras do progresso ainda não foram completamente escancaradas, ainda é possível encontrar alguns costumes que fincaram nos povos como raízes. Mas apenas alguns, pois tantos outros já foram, em nome das facilidades da vida, devidamente expurgadas do dia a dia das pessoas, até mesmo as mais humildes.

Muito há que se recordar. O remédio recolhido ali mesmo no quintal, o fogão de lenha com a panela de barro por cima, a vasilha de leite à porta esperando o leiteiro chegar ao alvorecer, o cuscuz sendo ralado para depois perfumar os quintais sertanejos, o café sendo batido em pilão e depois fazendo a festa do sabor na chaleira bonita, o lavatório de mãos, a goiabada com queijo após a refeição, a moringa à janela, as vizinhas debulhando feijão de corda pelas calçadas, as senhoras rendeiras com suas almofadas de bilros, os velhos senhores pinicando fumo de rolo para o cigarro de palha de milho, o arroz doce sendo oferecido pelas ruas, o tacho de cocada defronte às casas, a vendedora de araçá, o retratista com seu tripé mágico, a chegada do circo sendo anunciada em festa, o bilhete de amor deixado à janela, a menina bonita toda faceira com seu vestidinho de chita. Mas os tempos são outros.

Não há mais pomar no quintal, não há mais fruta madura ao amanhecer. Não há mais feijão sendo batido pelos arredores nem aquela imensidão de grãos espalhados pelas calçadas. Não há mais caçada que resulte em preá, codorna, nambu ou qualquer outro animal de caça. Não há mais passarinho pulando de galho em galho nem gorjeios pelos quintais. Não há mais ferreiro fazendo chocalhos nem velha senhora preparando um xarope bom. Desde muito que não se faz sabão de cinzas nem manteiga de garrafa da boa. Até o leite de hoje não tem serventia à coalhada. Poucos são os carros de bois que ainda rangem pelos estradões, raros são os transportes no lombo de burros. Quando a noite cai, ao invés de acender o candeeiro ou a lamparina, basta apertar o botão da energia elétrica. O radinho de pilha deu lugar à televisão, o fogo de chão ao fogão a gás, o pote e a moringa à geladeira. Até mesmo lavanderia já não é comum pelos quintais.


Mas ainda recordo do muito que havia e hoje foi relegado ao esquecimento. É como se ainda avistasse aquelas sertanejas passando com latas ou baldes na cabeça em direção aos tanques e barragens pelos arredores. Seguiam em grupos, num converseiro danado, e voltavam já molhadas de suor e da água que escorria, em passos lentos e cuidadosos. E também outras mulheres passando com imensas trouxas de panos em direção ao riachinho. Num tempo sem água encanada, sem energia elétrica e máquina de lavar, não havia outro jeito senão lavar as roupas nas águas das chuvas ou nos poços grandes formados no riachinho. Um local ideal tanto para lavar como bater e estender as roupas molhadas.

Aquelas lavadeiras dificilmente levavam para o riacho os panos sujos de casa, pois procuravam sobreviver lavando roupas de outras famílias. Os panos de casa tinham de aguardar os afazeres em troca do dinheiro do pão, da farinha, do açúcar. Por isso mesmo que logo cedinho seguiam com trouxas imensas em cima das cabeças. Além das roupas, sempre carregavam o sabão em pedra. E caminhando iam até chegar às pedreiras em cujos lados as poças grandes se formavam após as enchentes. Então começavam a lide. Molhar os panos, passar sabão, esfregar, bater, enxaguar e depois estender nas pedras ao redor. E cantavam enquanto exerciam seus ofícios de lavadeiras:

O meu amor partiu
diga comadre se alguém viu
o meu amor quando partiu

o meu amor me deixou
numa tristeza sem fim
para mim tudo acabou
só há tormento em mim

onde está meu bem querer
cadê comadre cadê
já não posso mais sofrer

Debaixo do sol sertanejo, com rostos avermelhados dos esforços para esfregar e com suores caindo como gotas d’água, ainda assim não se cansavam de cantar:

Sou a fulô mais bonita
de rosto rosado e vestido de chita
sou a fulô do sertão
e você jardineiro do meu coração

O trabalho todo era ensaboar e esfregar aquele monte de roupa. Não só passar sabão como bater cuidadosamente na pedra para que a sujeira espanasse. Tudo isso era um dureza danada, até mesmo para quem quase todo santo dia estava naquele ofício. Mas depois era só estender as roupas em cima das pedras, ter o cuidado para o vento não levar, que não demorava muito e tudo já estava pronto para ser dobrado. Depois retornavam deixando para trás o eco de suas canções: Sou a fulô mais bonita, de rosto rosado e vestido de chita...

Poeta e cronista

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PERSONAGENS DO CANGAÇO


Pedro José dos Santos (Pedro Batatinha) foi vítima de castração pelo grupo de Lampião, em 17/10/1930, no município de Nossa Senhora das Dores-SE. 

Aproximando do povoado por nome Tabocas, Pedro Batatinha escuta tiros, sem saber que naquele momento estava sendo morto um rapaz que tinha problemas mentais, e que segundo contam, teria mexido com o cavalo de Lampião, o que o sentenciou imediatamente a morte. Lampião e seu bando fez barbáries no Estado Sergipano. 

Batatinha testemunhou um assassinato praticado pelo bando e viu se cercado entre cangaceiros. Começou o suplício. Não teve jeito de sair sem uma marquinha do cangaço. Foi castrado por dois irmãos cangaceiros Fortaleza e Cajueiro.


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UM ÍDOLO SEM ROSTO - WHERE IS BILLY JAYNES CHANDLER?

por Bárbara de Medeiros e Honório de Medeiros
Honório de Medeiros, filhos e esposa

Era hora do almoço quando papai pediu que eu traduzisse uma reportagem pra ele. Nessas horas, os quatorze anos de estudo de inglês geralmente se pagavam, e foi com prazer e uma certa confusão que li para ele uma reportagem policial de uma criança, Billy James Chandler, que fora assassinada por um de seus pais. O mistério estava em qual dos dois fora o responsável pele monstruoso ato, mas os testemunhos levavam a crer que o pai, William Chandler, tinha sido o verdadeiro algoz do pequeno ser de apenas seis meses.


Claro, a minha curiosidade não podia permitir que eu realizasse tal trabalho sem perguntar o quê papai queria com aquele casal louco e seu falecido filho. Balançando a cabeça com uma expressão de decepção, ele me disse que não era isso que ele procurava, e começou a me contar acerca de Billy James Chandler, o pesquisador, que teria escrito alguns dos livros mais importantes acerca do cangaço. Era ele quem meu pai procurava.

Bastou uma rápida procurada no Google pra descobrir que o nome do historiador era, na verdade, Billy Jaynes Chandler, e obviamente ficou claro que não havia nenhuma relação entre esse homem e a notícia que ele me colocara para ler.

Eu ainda não tocara na comida.

Fui atrás do meu computador para procurar mais acerca do homem que meu pai queria encontrar na rede social. Mas uma rápida pesquisa do seu nome apenas indicava sites onde os seus livros mais conhecidos estavam disponíveis para compra.

Foi aí que meus conhecimentos das ferramentas do Google vieram a calhar. Tirando as palavras chaves relacionadas às suas obras, sobraram poucos sites disponíveis, mas que aparentemente seriam mais importantes na minha pesquisa.

O primeiro deles foi o da editora Record, responsável pelos livros de Chandler (doravante denominado BJC) aqui no Brasil. Ela mantém uma página com informações de todos os escritores que publicam pelo seu selo. Obviamente, fui para a página do historiador, mas qual não foi a minha surpresa ao descobrir que nela não havia qualquer palavra. Nenhuma. Só o nome inteiro do americano como título, o resto era completamente branco.

Meu primeiro instinto foi encontrar a página de contato da editora e escrever pedindo informações sobre Mr. Chandler. Embora sabendo que a maioria das companhias brasileiras têm o péssimo hábito de ignorar seus leitores, não custava nada pedir. Feito isso, prossegui na minha pesquisa. Nada obtive.

O próximo passo foi procurar a editora americana responsável pela primeira impressão dos seus trabalhos. Depois de pesquisar na Amazon, descobri que era a Texas A&M University Press, e foi para o site dela que parti. Não consegui achar nenhuma informação na página deles, mas me atrevi a lhes mandar um e-mail pedindo alguma informação que pudessem me conceder. Até o presente momento, nada.

Ainda mexendo nas páginas da web descobri o site da faculdade onde Billy Jaynes fez seu bacharelado em história: a Austin Peay State University. Na parte da Alumni, seu nome consta na lista de “perdidos”, e pede-se que qualquer pessoa que tiver alguma informação a seu respeito (e outros que também se encontram na lista), favor entrar em contato. Lá consta que o ano da sua graduação foi 1954. E agora eu sabia pelo menos mais uma pequena informação sobre esse homem que agora começava a me fascinar (mais pelo seu mistério, devo admitir, que pelo seu trabalho).

O próximo passo foi olhar no site da Universidade onde ele lecionou história - a Texas A&M University - Kingsville. Foi lá que descobri que o homem por quem procurávamos havia se tornado professor emérito em 1995. Dez anos atrás. Escrevi um e-mail pedindo informações, sem maiores expectativas. De todos os que eu enviara, esse era o que eu menos esperava que fosse respondido.

A única outra menção a Billy Jayne Chandler na história da Universidade na qual fora professor era em um livro de Cecilia Aros Hunter e Leslie Gene Hunter, contando a história da universidade. Algumas páginas estavam disponíveis no Google Books e foi lá que eu encontrei o nome do professor, no último parágrafo da página 155, contando que ele fizera circular uma petição para uma associação dos professores universitários americanos pedindo que um tal Robins explicasse a crise financeira que a escola enfrentava. A petição dele, segundo consta no livro, dizia que a secretaria da administração estava causando um sério declínio na moral da instituição.

Avisei papai do estado da minha pesquisa e agora só me restava esperar pelas respostas aos meus e-mails. Honestamente, a expectativa não estava alta.

Até hoje somente recebi uma resposta, um e-mail, surpreendentemente do único órgão do qual não esperava resposta: a universidade onde Chandler trabalhara. Robert C. Peña, diretor assistente de serviços da web, me respondeu dizendo que não fora possível encontrar nenhum tipo de informação de contato de Mr. Chandler, já que registros pessoais eram mantidos apenas por alguns anos. Ele sugeriu que eu tentasse contactá-lo pela Amazon (e anexou o fórum online do autor) ou pela editora que publicava seus livros.

Como já disse antes, eu já tentara essa segunda alternativa, e o fórum de Billy Jayne Chandler é constituído por duas pessoas tentando encontrá-lo: algum brasileiro, aparentemente, e alguém denominado Elizabeth, representando um antigo colega de trabalho (também ex-professor de história). Após uma conversa com papai, decidimos mandar um e-mail para essa mulher pedindo qualquer informação que ela pudesse nos repassar.

Os dias se passaram e eu não obtive retorno, mas para a minha surpresa o Robert C. Peña, da antiga faculdade onde Billy trabalhou entrou em contato novamente comigo, para me avisar que ele tentara encontrar no campus alguém que tivesse alguma informação a respeito do historiador, mas que ninguém parecia saber onde ele se encontrava.

Tendo agradecido a informação, só me restava aguardar alguém mais responder, quem sabe Elizabeth, do fórum de BJC na Amazon. E talvez por julho ter sido um mês tão bom, os meus pensamentos positivos se concretizaram e em dois ou três dias recebi uma resposta dela.

O e-mail não trazia grandes informações. Informou que ela trabalhava com esse tal professor que trabalhara com Chandler e que ele estava muito interessado em retomar o contato. Ela me avisou que não havia muito a ser dito sobre BJC, que estava na Europa, e quando voltasse responderia meu e-mail com as poucas informações às quais tinham eles acesso.

Eu preferi não responder nada por alguns dias, pois meu longo conhecimento em troca de e-mails assegurava que quase sempre as pessoas tendiam a esquecer de responder uma pergunta quando diziam que fariam isso depois. Então eu deixei para enviar um e-mail agradecendo sua prontidão em compartilhar suas informações praticamente uma semana depois, quando eu ainda não tinha recebido qualquer o retorno dela.

Foi o que fiz. E, até agora, nada.

Oh, my God, where is Billy Jaynes Chandler?



P.S. Billy Jaynes Chandler é um dos mais importantes escritores acerca do cangaço e coronelismo. Suas obras “Lampião, o Rei dos Cangaceiros”, e “Os Feitosas e o Sertão dos Inhamuns”, são canônicas, seminais. Tentando localizá-lo para uma entrevista via internet, esbarrei nessa dificuldade relatada acima, a meu pedido, por minha filha Bárbara de Medeiros. Ficou uma imensa curiosidade acerca de onde anda Chandler. Terá morrido? Por que se esconde? 

Encontrei no blog http://estoriasehistoria-heitor.blogspot.com.br/2012/12/livros-em-que-familia-feitosa-e-tema.html um artigo de Heitor Feitosa Macêdo que publico abaixo, parte dele, acerca de Chandler:

“O norte americano Billy Jaynes Chandler era um doutorando em história pela Texas A & University, tendo despertado seu olhar para o Brasil, como campo de estudo, em 1963, durante o curso de Introdução à Língua Portuguesa na Universidade da Flórida, pois era pré-requisito para o doutorado pretendido.

Inicialmente o autor cogitou o México para servir-lhe de objeto para a dissertação, contudo, durante um curso de Sociologia ministrado pelo Dr. José Arthur Rios, professor visitante da Universidade da Flórida, Chandler fora dissuadido, e terminou optando pelo Brasil.

Segundo o próprio autor, o Brasil oferecia outros tópicos de maior relevo do que os Inhamuns, porém Chandler queria familiarizar-se “com um aspecto mais amplo ou pelo menos diferente da vida brasileira.” Sendo seu objetivo estudar “uma comunidade fiel às tradições”, isolada ou isenta dos avanços do século XX, “onde tudo fosse como antigamente”.

Logo, em face desse anseio por um corpo social que fosse culturalmente mumificado, o Ceará apresentou-se bastante adequado, segundo a indicação do professor Rios.

A região dos Inhamuns foi escolhida depois de leituras adicionais, porque, conforme Chandler, esse espaço sertanejo caracterizava-se por ser uma “área rural, isolada e tradicional”, além disso, também era “a terra de uma numerosa família que mais de uma vez atraíra a atenção local e até do País inteiro”.

Desta forma, depois da escolha, partiu para aquele rincão, chegando em novembro de 1965, onde foi ciceroneado gentilmente pelos filhos daquele sertão. Por isso ficando o autor admirado e agradecido pela gente que o hospedou e conduziu pelas sendas dos Inhamuns, citando-se Antônio Gomes de Freitas, Antônio Teixeira Cavalcante, Lourenço Alves Feitosa, Aramando Arrais Feitosa etc.

A obra, publicada no Brasil no ano de 1981, é considera a segunda [17] a ser forjada em moldes de verdadeira ciência, pois, em sendo tese de doutoramento em história, consubstanciou a aplicação do método científico frente a antigos fatos registrados nos alfarrábios e na oralidade. O estudo é considerado suficientemente amplo por compreender aspectos administrativos, econômicos e políticos.

A análise recai sobre o início da colonização em 1700, e vai até o ano de 1930, considerado como marco final da perda do poder hegemônico dos Feitosa sobre grande parte dos Inhamuns.

Paralelamente sob a ótica do conflito entre o público e o privado, esquadrinha as instituições sociais, sobretudo a família, e a sua relação com o poder estatal. Igualmente identificando causas e consequências, do apogeu ao declínio político-econômico, dos Feitosa no seu feudo continental.

Assim, parece que o declínio relativo dos Feitosas foi acelerado por dois fatores: a importância que davam às prestigiosas atividades pecuárias, mesmo quando outros haviam conseguido constituir uma base econômica mais sólida através da agricultura, e a destruição periódica de seus únicos recursos produtivos – os rebanhos de gado – pelas secas (Billy Jaynes Chandler)”.

Encerro fazendo minhas as palavras de Bárbara de Medeiros: “where is Billy Jaynes Chandler?


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HÁ 145 ANOS MOSSORÓ ERA ELEVADA AO PREDICAMENTO DE CIDADE - 08 DE NOVEMBRO DE 2015

Por Geraldo Maia do Nascimento

Em 9 de novembro de 1870, através da Lei Provincial nº 260, a vila de Mossoró era elevada ao Predicamento de cidade. O projeto foi do Deputado Provincial Antônio Joaquim Rodrigues, vigário colado de Mossoró, com assento pela sexta vez na Assembleia do Estado. 


Mossoró foi emancipada em 15 de março de 1852. Naquela data, era publicado o Decreto Provincial de nº. 246, criando o MUNICÍPIO DE MOSSORÓ, desmembrado do Município do Açu e estabelecia a criação da sua Câmara. Acontece, no entanto, que naquela época o povoado não tinha nenhuma atividade econômica que justificasse o ato, sendo a emancipação uma manobra política de Antônio Joaquim Rodrigues, Presbítero Secular e Pároco Colado na Paroquial Igreja de Santa Luzia do Mossoró, que era Deputado Provincial, para o desenvolvimento da região. Por esse motivo, o povoado foi emancipado como vila e não como cidade.
               
Para cumprir o que determinava a lei de emancipação, deveria ser instalada a sua Câmara. Isso aconteceu em 24 de janeiro de 1853, quando o padre Freire assumiu a Intendência, sendo ele o primeiro governante do novo município e vila de Mossoró.
               
E 23 de maio de 1861, oito anos após a instalação da Câmara, era instalada também a Comarca de Mossoró, sendo a sexta Comarca da Província. O seu primeiro Juiz de Direito foi o Dr. João Querino Rodrigues da Silva, tendo o Dr. Manuel José Fernandes exercido à primeira Promotoria Pública da nova Comarca.
               
O período que se seguiu entre os anos de 1862 a 1870 foi de grande expansão comercial para Mossoró. O historiador Raimundo Nonato cunhou a expressão “Ciclo Áureo do Negociante Estrangeiro” para caracterizar esse período. A pecuária já não produzia mais riqueza. Descrentes do resultado da luta das fazendas com o gado sem resistir ao rigor de prolongadas estiagens e onde os rebanhos decresciam de número e de valor, os antigos fazendeiros procurariam outro meio de vida, abraçando a atividade mercantil, bem mais rendosa e de menor investimento. Essa nova atividade floresceu em Mossoró, graças à situação privilegiada que se encontrava a vila: equidistante de duas capitais, onde o comércio podia se abastecer e entre o sertão e o mar, passando a contar, inclusive, com um pequeno porto, por onde recebia os produtos manufaturados e exportava os produtos naturais vindos do sertão. Aí chegaram os comerciantes estrangeiros; trazido pelas mãos do vigário Antônio Joaquim, ainda como Deputado Provincial, veio o suíço Johan Ulrich Graf, instalando aqui um império comercial, a Casa Graff, grande suficiente para justificar a contratação de navios inteiros de mercadorias vindas do velho mundo, a para lá levando as nossas matérias primas. A Casa Graff foi instalada em Mossoró em 1867. Outros grandes comerciantes vieram aqui se instalar, vindos principalmente do Ceará, embalados pelos negócios crescentes da “Praça de Mossoró”. O desenvolvimento foi tanto que Mossoró tornou-se “Empório Comercial” do sertão potiguar. E assim chega o ano de 1870.
               
Em 9 de novembro de 1870, através da Lei nº. 620, da mesma data, a vila de Mossoró era elevada à categoria de cidade, com o nome de Cidade de Mossoró.
                
A elevação da vila de Mossoró ao predicamento de cidade representou um avanço muito mais econômico do que político, haja vista que nada mudou em relação ao governo municipal. O tenente-coronel da Guarda Nacional Luiz Manuel de Filgueira, que havia assumido o governo municipal em 1869, mal se deu conta da mudança, prosseguindo com a sua gestão até 1872 quando, através de eleição, passou o cargo para também tenente-coronel da Guarda Nacional Miguel Arcanjo G. de Melo que ocupava o posto já pela 3ª vez.
               
E assim, de etapa em etapa, o pequeno povoado de Santa Luzia do Mossoró tornou-se vila e depois cidade, dissociando-se do nome da fazenda e absorvendo apenas o nome do rio, passando a ser Cidade de Mossoró.

Geraldo Maia do Nascimento

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BÁRBARA PEREIRA DE ALECAR

Bárbara Pereira de Alencar - www.dec.ufcg.edu.br

Bárbara Pereira de Alencar nasceu em Exu, no dia 11 de fevereiro de 1760na Fazenda Caiçara, de propriedade de seu avô Leonel Alencar Rego, patriarca da família Alencar, e faleceu no dia 18 de agosto de 1832. Foi uma revolucionária da Revolução Pernambucana de 1817, e da Confederação do Equador. Mãe de José Martiniano Pereira de AlencarTristão Gonçalves, e Carlos José dos Santos também revolucionários.


Quando adolescente, Bárbara mudou-se para a então vila do Crato, no Ceará, e casou com o comerciante português, José Gonçalves do Santos.

No contexto da Revolução Pernambucana de 1817, numa das celas da Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção esteve detida Bárbara de Alencar, considerada localmente como a primeira prisioneira política da História do Brasil.

Na poesia

Em 1980 o escritor Caetano Ximenes de Aragão publica o épico livro-poema Romanceiro de Bárbara sobre a Confederação do Equador com ênfase na saga desta heroína em 77 poesias. Recentemente reeditado pela secretaria de cultura do Ceará sob a coleção luz do Ceará.

Homenagens

Em 11 de fevereiro de 2005, foi lançada pelo Centro Cultural Bárbara de Alencar a “Medalha Bárbara de Alencar”. Anualmente, três mulheres, sempre no dia 11 de fevereiro serão agraciadas com o prêmio por suas ações junto à sociedade.

Prisão no forte de N.S. da Assunção onde Bárbara de Alencar cumpriu parte da pena

O centro administrativo do Governo do Ceará é batizado de Centro Administrativo Bárbara de Alencar.

Em Fortaleza, existe estátua da heroína situada na Praça da Medianeira na Avenida Heráclito Graça próxima ao Ginásio Paulo Sarasate.

O pintor Oscar Araripe retratou Bárbara de Alencar em 2009.

Pela Lei 13.056 de 22 de Dezembro de 2014 teve o seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.

Túmulo de Bárbara Pereira de Alencar - Trem da Vida Web Site - www.myheritage.com.br

Heroína nacional, foi a primeira mulher a ser presa política no Brasil e primeira republicana. Em 1817, frustrada a Revolução Pernambucana e o levante do Crato, foi aprisionada e trazida para Fortaleza juntamente com os filhos Tristão Gonçalves, José Martiniano de Alencar e Padre Carlos José. 

Em 1818 foram mandados para a prisão da Fortaleza das 5 Pontas em Pernambuco, e de lá para o presídio da relação, em Salvador. 

Em 1821 foram postos em liberdade, retornando ao Ceará. Bárbara de Alencar faleceu em 1832, depois de várias peregrinações em fuga da perseguição política, foi sepultada em Campos Sales, no Ceará. Seu túmulo está em processo de tombamento.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A1rbara_de_Alencar

http://cearaemfotos.blogspot.com.br/search?updated-min=2012-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2013-01-01T00:00:00-08:00&max-results=47

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A SIMPATIA DE MARIQUINHA


Maria Miguel da Silva era seu nome verdadeiro, mas no Cangaço era chamada de Mariquinha, a companheira de Ângelo Roque, conhecido como Labareda. 


Foi a  segunda mulher a entrar no bando e era cunhada e prima de Maria Bonita, por ser irmã do primeiro marido da Rainha do Cangaço. 

Maria Bonita e seu primeiro esposo José Miguel da Silva

Acompanhou   Ângelo Roque por mais de 10 anos e a exemplo de Maria Bonita, criou coragem e deixou o marido Elizeu para seguir o   grupo, uma vez que seu casamento não ia bem.

Mariquinha era baiana da Malhada da Caiçara, baixinha, magrinha, porém muito esperta, segundo seus companheiros. Morena, cabelos lisos fazia amizade com facilidade. Era a menor das cangaceiras, mas superava o tamanho pela simpatia.

Foto da volante de Odilon Flor

Foi   uma das que conseguiu escapar do massacre   de Angico em 1938. Morreu no ano seguinte pela volante de Odilon Flor durante demorado tiroteio em Riacho Negro, Sergipe. Eram 15 soldados contra oito cangaceiros. Ela, e mais dois cangaceiros foram decapitados e suas cabeças carregadas num carro de boi para Paripiranga, Bahia, como era o costume das volantes e depois expostas como troféus. Satisfeitos, os soldados foram se deliciar com doce de leite na casa de uma família amiga.

Pesquisador do cangaço e escritor João de Sousa Lima

Sua vida no Cangaço não teve grandes feitos. Entretanto,  não passou despercebida. Uma foto sua é raridade. O escritor João de Souza, de Paulo Afonso, tem apenas foto da sua sepultura.

http://www.mulheresdocangaco.com.br/a-simpatia-de-mariquinha/

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O ESCRITOR JOÃO DE SOUSA LIMA ESTARÁ EM JORDÂNIA EM DEZEMBRO A CONVITE DO CASAL RUAS (TIÃO E MARTHA)


Estará em Jordânia, nos dias 04 e 05/12/2015, a convite do casal RUAS (Tião e Martha), 

Tião e Martha Ruas

o maior escritor e pesquisador do “Brasil Cangaceiro”, JOÃO DE SOUZA LIMA, lançando seu mais recente trabalho literário: LAMPIÃO, O CANGACEIRO!


Este é seu décimo terceiro livro.

Estarão também a convite do casal RUAS, Lili e Gilaene, filhas dos ex-cangaceiros, Moreno e Durvinha e Zé Sereno e Sila, consecutivamente.

Lili Conceição filha do casal de cangaceiro Moreno e Durvalina

 Gila filha do casal de cangaceiro Sila e Zé Sereno

LANÇAMENTO DO LIVRO:
LOCAL: Câmara Municipal de Jordânia
HORA: 20:00 HS.
DATA: 05 - 12 - 2015

Convidamos a todos (as) para assistir este grande momento histórico na nossa cidade.

Obrigado!
Tião Ruas e Martha Ruas

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