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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O NOVO LIVRO DO PROFESSOR BENEDITO VASCONCELOS MENDES, “ LEMBRANÇAS CAMPESTRES “ SERÁ LANÇADO NA CASA DO CEARÁ, EM BRASÍLIA.


Por Benedito Vasconcelos Mendes

O novo livro do Prof. Benedito Vasconcelos Mendes, “Lembranças Campestres“ é uma memória de sua adolescência em Sobral, vivenciada na Fazenda Aracati e no Sítio Frecheiras, de propriedade do seu avô paterno, onde ele passava as férias escolares. Ele transcreve as atividades destas duas propriedades rurais, uma no sertão e a outra na Serra da Meruoca, durante as décadas de 1950 e 1960 e também relembra seus momentos de lazer, como o banho e pescarias nas águas do Rio Aracatiaçu e outros fatos interessantes observados no cotidiano sertanejo. 

Este livro será lançado na Casa do Ceará, em Brasília, no próximo dia 14 de setembro. A convite do Presidente da AQQB-Sobral/DF, Senhor Agapito Cavalcante de Vasconcelos, o Prof. Benedito Vasconcelos Mendes proferirá uma palestra sobre Cultura Nordestina, na Casa do Ceará, em Brasília e depois lançará seu mais novo livro “ Lembranças Campestres “. O evento vai ocorrer às 19:30 horas da próxima sexta-feira, dia 14 de setembro.

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LAMPIÃO E A ROTA DE FUGA PELO AGRESTE DE ALAGOAS

Por Vilceia Melo
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Vila Craíbas, em 1938, quando ainda pertencia a Arapiraca.

A história de Virgulino Ferreira da Silva, o cangaceiro Lampião, provoca admiração por parte de alguns historiadores que encontra, nessa figura emblemática, um dos primeiros revolucionários sociais no Nordeste brasileiro. Outros escritores desmistificam a imagem do filho justiceiro – que queria vingar a morte do pai- em função da barbárie dos crimes cometidos. Herói ou bandido, a história de Lampião, que liderou o cangaço durante duas décadas, também teve o seu registro no Agreste de Alagoas.

Silvan Oliveira, pesquisador sobre a passagem de Lampião pelo Agreste
Silvan Oliveira, pesquisador sobre a passagem de Lampião pelo Agreste
Para saber detalhes sobre a passagem do cangaceiro e seu bando nessa região, fomos até Craíbas conversar com o funcionário público Silvan Oliveira. Há alguns anos ele vem colhendo depoimento com os familiares dos primeiros moradores da antiga Vila Craíbas, que pertencia ao município de Arapiraca, para obter informações sobre a passagem de Lampião e seu bando pelo região. O trabalho de pesquisa resultou no esboço de um livro intitulado “O dia em que Lampião assustou o Agreste alagoano”.

De acordo com o pesquisador, Lampião e 17 cangaceiros passaram por aqui em abril de 1938, cerca de três meses antes de sua morte. Segundo Silvan, nessa época o cerco estava fechado e as forças policiais estavam concentradas em Santana do Ipanema, com a criação do 2º Batalhão de Polícia Militar. “Os estados de Pernambuco e Bahia já não admitiam o trânsito de cangaço na região. Virgulino estava escondido na fazenda do coronel Antonio Caxeira, em Gararu-SE, quando resolveu ir a Piranhas-AL encontrar-se com o cangaceiro Corisco por dois motivos: tramar a morte do tenente Zé Rufino e em seguida abandonar o cangaço, refugiando-se com Maria Bonita, no estado de Goiás.

Ainda de acordo com o pesquisador, a rota de fuga foi iniciada atravessando o rio São Francisco, em Traipu. Há relatos que durante essa passagem pelo local Lampião teria encontrado uma “retreta” – pequena banda de música. “Ele pediu que os músicos tocassem uma música e teria recompensado os músicos com cinquenta mil réis”, relatou Silvan Oliveira.

Bando de Lampião

Após atravessar o rio São Francisco, o bando de lampião chegou ao povoado Capivara, e teve o primeiro combate nessa região, ao deparar-se com a volante do tenente Valdemar Goes, que naquela época era o delegado de Batalha. Lampião estava a cavalo acompanhado de 16 cangaceiros. “Durante o confronto, Lampião e seu bando fogem a pé em direção a então Vila de Girau do Ponciano.

O pesquisador relata que quando o bando de Lampião chegou em Girau do Ponciano, no local estava acontecendo uma feira livre. Os cangaceiros e seus comparsas fizeram um arrastão nas bancas e saquearam os armazéns do comerciante Eloi Maurício. Ainda em Girau, há outro confronto com a polícia e os cangaceiros se deslocam em direção a Lagoa da Canoa e o povoado Salomé, atual município de São Sebastião. “Lá eles sentiram que não estão sendo mais perseguidos e no dia posterior eles retornaram a rota de fuga pelo Agreste, em direção ao alto Sertão”, informou o pesquisador.

Em Arapiraca

Uma curiosidade relatada por quem teve contato com o cangaceiro é que ele sempre andava com uma caderneta anotando os nomes dos coronéis mais abastados da região para fazer os saques. Ao chegar no Povoado Lagoa da Pedra, próximo a Vila Fernandes, em Arapiraca, Lampião foi informado que o coronel Lino de Paula tinha muitas posses.

O bando encontrou o próprio Lino de Paula que estava em uma de suas fazendas trabalhando com uma roupa suja e desgastada. Pensando que era um trabalhador comum, o cangaceiro perguntou se ele sabia onde morava o coronel Lino de Paula e ele com medo de morrer disse que levaria o bando de lampião até a casa do militar.

Durante o percurso, Lino de Paula, com medo que Lampião descobrisse sua verdadeira identidade pediu ao chefe do cangaço para ir até o “meio do mato” defecar pois estava com dor de barriga. Lino de Paula aproveitou essa oportunidade e fugiu pela vegetação, enganando Lampião e seu bando.

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A notícia de que Lampião estava em Arapiraca se espalhou, e segundo o pesquisador, muitos moradores dos bairros Baixa Grande, Cavaco, e Baixão deixaram suas casas, e dormiram no mato com medo que Lampião chegasse durante à noite para saquear as casas.

Outros foram se abrigar nas residências de parentes no centro do município, onde o cangaceiro não chegaria com medo da ação da polícia.

“A próxima parada de Lampião e seu bando no município de Arapiraca se deu na Vila Canaã, onde cometeu alguns saques. Lá ele apreende um rapaz identificado apenas como “João Catenga”, que informou quem são os homens de posse da redondeza como “Zé Ciben”, Manoel Ireno, Possidônia. Todas as propriedades foram saqueadas e, continuando a rota, o bando chegou a Vila de Craíbas”, relatou Silvan Oliveira.

Ao chegar na Vila, Lampião com os 16 cangaceiros armados, renderam os moradores que ainda permaneciam no local. Eles entregaram dinheiro, pertences pessoais e armas. Segundo os relatos de moradores de Craíbas, um senhor que se chamava “Nicolau” negou ter armas em casa, mas quando os cangaceiros entraram na residência encontraram munições. “Por ter mentido para Lampião, Nicolau foi amarrado em um cavalo e arrastado até a lagoa da vila para ser “sangrado”.

Segundo Silvan Oliveira, nesse dia que Lampião esteve na Vila Craíbas, seria celebrado um casamento. Quando o padre Epitácio estava a caminho foi avisado que Lampião estava saqueando os moradores . Ele rapidamente retornou a Arapiraca e avisou a três volantes do tenente Porfírio sobre o bando.

No momento que Lampião e os cangaceiros iriam executar Nicolau à beira da lagoa, os policiais chegaram atirando e os disparos de armas de fogo assustaram o bando de Lampião, que fugiu sem executar ninguém.

Um fato curioso nesse dia do casamento é que a casa do sanfoneiro que iria tocar no casamento está situada na praça onde Lampião rendeu os moradores. Com medo de ter o seu principal instrumento de trabalho roubado pelos cangaceiros, Artêmio, como era conhecido o músico, escondeu a sanfona dentro de um saco de farinha. Até os dias de hoje a casa, situada no centro comercial de Craíbas, permanece com as mesmas características da década de 30. “Devido a questões de herança, o imóvel não pode ser vendido, pois está em processo judicial. Tanto a fachada quanto todo o interior permanece com a mesma estrutura de quando lampião passou pela região”, revelou Silvan Oliveira.

Casa do sanfoneiro Artêmio mantém as mesmas características da década de 30
Casa do sanfoneiro Artêmio mantém as mesmas características da década de 30
Três meses após essa passagem por Arapiraca/Craíbas, no dia 28 de julho de 1938, Lampião, Maria Bonita e seu bando sofreram uma emboscada e foram assassinados na Grota em Angicos, em Poço Redondo-Sergipe. Suas cabeças foram expostas em várias cidades como troféus.
Essa parte da história tem uma ligação muito pessoal com o pesquisador Silvan Oliveira. Após a exposição das cabeças nas escadarias do município de Piranhas-AL, os policiais seguiram para Água Branca, Mata Grande e Santana do Ipanema. “Nessa época minha mãe, Jaci Oliveira Santos, tinha 6 anos e morava em Mata Grande. A casa dos pais dela era próxima à delegacia da cidade e quando os caminhões da polícia chegaram com as cabeças dos cangaceiros foi um alvoroço só. Centenas de pessoas, entre crianças e adultos lotaram a praça para ver os “troféus” exibido pela polícia. Mesmo com apenas 6 anos de idade, minha mãe até hoje, nunca se esqueceu daquela imagem de cabeças cortadas em cima do caminhão”, finalizou Silvan Oliveira.
14 de outubro de 2017
Vilceia Melo
93 anos de Arapiraca, Notícias
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HISTÓRIA DE CANGAÇO


Por Conrado Matos - Psicanalista
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Após a morte de Lampião as traições e delações começaram a correr soltas. Corisco um bandido experiente não conseguiu escapar da Volante. Um filho do Velho Pacheco não mediu sentimento, entregou o "Diabo Louro" e sua mulher a temida Dadá. Um cangaceiro que continuou vivo após a morte de Lampião foi "Saracura". Seu nome verdadeiro Benício Alves dos Santos. 

Antes de relatar um breve resumo sobre este cangaceiro eu vou detalhar algo curioso sobre um interior da Bahia. O sertão nordestino baiano também foi uma rota de cangaço, andando por estas terras, os cangaceiros, Zé Baiano, Lampião, Corisco, Volta Seca e tantos outros. 

A cidade de Paripiranga (BA), por exemplo, foi um lugar de cangaço, ou seja, de cangaceiro. Foi Paripiranga um fato doloroso e bem estudado na história do cangaço. A cidade de Paripiranga faz divisa com a cidade de Simão Dias, em Sergipe. Além de um local de cangaceiro, a região ficou conhecida como um reduto de "coiteiros" que protegiam e escondiam cangaceiros. 

Nasceu em Paripiranga, justamente, o cangaceiro Saracura. O cangaceiro nasceu numa região chamada de Curral, onde faz divisa com as cidades sergipanas de Carira e Pinhão. Já na penitenciária Saracura falou em entrevista como entrou no bando de Lampião, logo inserido no grupo do cangaceiro Zé Sereno e mais tarde entrando para o grupo do cangaceiro "Labareda". 

Saracura revelou que optou pelo cangaço para vingar o que fizeram de ruim com seu pai. Alegou que policiais invadiram o sítio da família. Os policiais partiram pra cima do seu pai para que ele falasse do paradeiro de Lampião e seu bando. O velho disse que não sabia de nada. Os policiais então torturaram o velho e chegaram até a arrancar as suas unhas, numa tamanha crueldade. 

Muitos cangaceiros entraram no bando de Lampião por se sentirem injustiçados e perseguidos. Quando Saracura saiu da prisão, o mesmo foi trabalhar no necrotério do Instituto Nina Rodrigues em Salvador. Quem o arranjou este emprego foi o doutor e escritor Estácio de Lima. 
Um cargo que quase ninguém queria. Mas, como se tratava de um ex-cangaceiro, nada lhe amedrontava nessa tarefa. Se não tinha medo de vivos, como iria ter medo de mortos?

Para deixar mais claro aqui, "Coité" era o nome anterior de Paripiranga, "Nossa Senhora do Patrocínio do Coité".

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MANOEL PEREIRA DA SILVA


Por Geraldo Júnior
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Lampião (Virgolino Ferreira da Silva) e Jurity II (Manoel Pereira de Azevedo) em fotografia registrada no ano de 1936, por Benjamin Abrahão Calil Botto.

Um fato intrigante que envolveu a figura desse cangaceiro após a morte de Lampião foi a delação à polícia sobre a existência e localização da menina Expedita Ferreira, filha do casal Lampião e Maria Bonita, que na época dos fatos estava sendo criada pelo vaqueiro Severo Mamede e sua esposa dona Aurora, moradores da Fazenda Enxu no município de Porto da Folha em Sergipe.

No ano de 1941 Jurity II foi preso por um grupo de soldados liderados pelo Sargento Deluz (Amâncio Ferreira da Silva) da polícia sergipana e assassinado. Preso e sem chances de defesa Jurity II, ainda vivo, foi jogado em meio a uma fogueira e seu corpo foi consumido pelas chamas. Uma morte trágica e impiedosa para o antigo bandoleiro do bando de Lampião.


Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a biografia do ex-cangaceiro Jurity II (Manoel Pereira de Azevedo) e do seu algoz o Sargento Deluz (Amâncio Ferreira da Silva), vou deixar um texto incrivelmente detalhado e rico em informações que foi escrito pelo saudoso escritor sergipano, Alcino Alves Costa.

Boa leitura.

De Luz, o matador de Juriti.
Por:Alcino Alves Costa

Em nossos livros “Lampião além da versão” e “O Sertão de Lampião”, existe em cada um deles um capítulo discorrendo sobre a vida e morte de Deluz e de Juriti, este assassinado cruelmente pelo famoso e temido sargento, então delegado de Canindé de São Francisco. No “O Sertão de Lampião”, a página 269, está o capítulo “A morte do sargento Deluz” e no “Lampião além da versão, a página 345, está o capítulo “Juriti: perverso na vida, valente na morte”.

Amâncio Ferreira da Silva era o verdadeiro nome do sargento Deluz. Nascido no dia 11 de agosto de 1905, este pernambucano ainda muito jovem arribou para o Estado de Sergipe, indo prestar os seus serviços na polícia militar sergipana. Os tempos tenebrosos do banditismo levaram Deluz para o último porto navegável do Velho Chico, o arruado do Canindé Velho de Baixo. Por ser um militar extremamente genioso, violento e perverso, ganha notoriedade em toda linha do São Francisco e pelas bibocas das caatingas do sertão. Dos tempos do cangaço ficou na história, e está registrada no livro “Lampião em Sergipe”, o espancamento injusto que ele deu no pai de Adília e Delicado, o velho João Mulatinho, deixando-o para sempre aleijado.

No pós-cangaço, sem jamais sair de Canindé, também ficaram na história aquelas versões de que os assaltantes de Propriá quando presos eram entregues a Deluz e ele ao transportá-los em canoas que faziam o trajeto Propriá/Canindé, prendia as mãos dos prisioneiros e amarrava uma pedra nos pés dos mesmos jogando-os dentro do rio. Um de seus maiores prazeres era caçar ex-cangaceiro para matá-los sem perdão e sem piedade. Foi o que fez com Juriti, prendendo-o na fazenda Pedra D`água e o assassinando de maneira vil e abjeta jogando-o em uma fogueira nas proximidades da fazenda Cuiabá. Foi em virtude de desavenças com o seu sogro, o pai de Dalva, sua esposa, que naquele dia 30 de setembro de 1952, quando viajava de sua fazenda Araticum para o Canindé Velho de Baixo, se viu tocaiado e morto com vários tiros. Morte atribuída ao velho pai de Dalva, o senhor João Marinho, proprietário da famosa fazenda Brejo, no hoje município de Canindé de São Francisco.

Diz à história que João Marinho foi o mandante, chegando até ser preso; e seu genro João Maria Valadão, casado com Mariinha, irmã de Dalva, portanto cunhado de Deluz, ainda vivo até a feitura desse artigo, com seus 96 anos de idade, completados no mês de dezembro de 2011, foi quem tocaiou e matou o célebre militar e delegado que aterrorizou Canindé e o Sertão do São Francisco.

Foi o sargento Deluz o matador de Manoel Pereira de Azevedo, o perverso e famoso Juriti.

Manoel Pereira de Azevedo era um baiano lá das bandas do Salgado do Melão. Um dia arribou de seu inóspito sertão e viajou para as terras do Sertão do São Francisco, indo ser cangaceiro de Lampião, recebendo o nome de guerra de Juriti.

Este cangaceiro possuía uma aparência física impressionante. O seu porte atlético abismava as mocinhas sertanejas que se derramavam em desejos para receber os seus carinhos e o seu amor. Contrapondo a toda essa atração que despertava nas jovens, Juriti carregava em seu sentimento e em sua alma um extremado pendor para brutais violências; cangaceiro de atitudes monstruosas sentia especial prazer em torturar e assassinar com requintes animalescos as infelizes vítimas que caiam em suas mãos, como aconteceu com José Machado Feitosa, o rapaz de Poço Redondo que ele após torturá-lo medonhamente, o assassinou com uma punhalada em seu pescoço.

Em pouco tempo Juriti angariou extraordinária fama. A fama de ser um cangaceiro que deixava as mocinhas sertanejas loucas de paixão e a fama de ser um assecla perverso ao extremo. Uma menina-moça, chamada Maria, filha de Manoel Jerônimo e Áurea, irmã de Delfina da Pedra D`água, deixou-o alucinado. Aquela ardente paixão foi recíproca. E o jamais imaginado pelos seus pais aconteceu. A menina de Mané de Aura deixou seu lar, seus pais e se jogou no mundo. Os seus sonhos e a sua ilusão era passar a viver nos braços do tão falado e comentado cabra de Lampião.

Na Grota de Angico vamos encontrar Juriti e Maria vivendo aquele instante de suprema agonia. Lampião, Maria Bonita e seus companheiros foram abraçados pela morte. Sem o grande chefe o viver cangaceiro não era possível. Os bandos espalhados pelas caatingas foram se desfazendo. Alguns fugiram e outros se entregaram as autoridades de Alagoas e Bahia.

Juriti seguiu o mesmo caminho de muitos. Após enviar a sua Maria para a proteção do pai e a ajuda do amigo Rosalvo Marinho que a levaram para Jeremoabo, onde ela foi recebida e bem tratada pelo capitão Aníbal Ferreira que deixando o papai surpreso e feliz liberou a sua filha para que com ele retornasse para sua casa e para o aconchego de sua família. Ainda mais. Solicitou a ajuda de Maria, do pai e de Rosalvo Marinho para que ambos fizessem com que Juriti e seus companheiros também viessem se entregar.

Juriti e Borboleta são convencidos pelo amigo da Pedra D`água e também seguem para Jeremoabo onde se entregam ao capitão Aníbal. Recebem o mesmo presente que Maria recebeu. São liberados. Borboleta joga-se na “lapa do mundo” e nunca mais se soube notícias dele. Talvez não esquecendo a sua Maria, Juriti se demora alguns dias no Canindé Velho de Baixo, porém no início de 1939 viaja para Salvador a capital baiana.

Em Salvador consegue trabalhar como vigia de um fábrica. Em 1941 é despedido do trabalho e retorna para o sertão de Sergipe. É seu desejo visitar os amigos da Pedra D`água, obter notícias de sua antiga companheira e seguir viagem para o Salgado do Melão, a sua terra de nascimento. Chegou ao último porto do Baixo São Francisco em uma quarta-feira e seguiu para a fazenda de Rosalvo Marinho, onde se “arranchou” e dormiu.

O sargento Deluz foi avisado da inesperada presença de Juriti na casa de seu cunhado Rosalvo Marinho. O sentimento impiedoso do militar não perdoava ex-cangaceiro. Juriti teria que pagar todos os crimes praticados durante sua vida no cangaço, e ele seria o juiz que iria condená-lo a morte.

Assim foi feito. A quinta-feira amanheceu e ainda muito cedo o café foi servido. Juriti conversa animado com seu amigo Rosalvo. Deluz e seus “rapazes” haviam cercado a casa. Surpreso, Juriti se vê na mira das armas dos atacantes e é imediatamente preso. Sorrindo, Deluz diz: “Mais qui surpresa! Nunca pensei qui Juriti fosse um pásso tom manso, tom faci de ser agarrado. Teje preso cabra. Eu num quero cangaceiro perto de mim não”.

Juriti se recompõe da surpresa e desafia Deluz, dizendo: “Deluz, você é covardi. Eu sei quem você é. Um covardi. Mostri qui é homi e mi sorte. Só assim você vai ficar sabeno quem sou eu. Vamu, mi sorti, covardi. Você é um covardi”. Amarrado a uma corda, Deluz transporta Juriti na direção de Canindé. Ao chegar a uma localidade chamada Roça da Velhinha, nas proximidades da fazenda Cuiabá, o sargento, friamente, ordena que se faça uma fogueira e quando as labaredas começam a lamber a caatinga e torrar a mataria e o chão daquele triste cenário da vida sertaneja, Juriti é jogado, sem dó e sem piedade no meio do fogaréu. Em poucos minutos o corpo do antigo cangaceiro havia se transformado em um monte de cinzas. Ficando, por várias décadas, como testemunha daquele medonho momento os botões da braguilha da calça de Juriti, além do negrume deixado pelo fogo no local do monstruoso assassinato do antigo Manoel Pereira de Azevedo, do Salgado do Melão.

Saudações cangaceiras!
Alcino Alves Costa

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SILA EX-CANGACEIRA DO BANDO DE LAMPIÃO EM ENTREVISTA NO PROGRAMA JÔ SOARES ONZE E MEIA (SBT)

https://www.youtube.com/watch?v=eFwfZ7JkqVM&t=384s

Publicado em 27 de fev de 2017

Entrevista completa com a ex-cangaceira Sila (Ilda Ribeiro de Souza) antiga integrante do bando de Lampião no antigo Programa "Jô Soares onze e meia" do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão).

Categoria Educação

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O RESUMO AUTENTICO DA HISTÓRIA DE LAMPIÃO COM CENAS REAIS DO CANGAÇO

https://www.youtube.com/watch?v=VLcYpbwn7y4

Publicado em 25 de fev de 2017

Foi Assim no Sertão o resumo autentico da História de Lampião Lampião (1897-1938) foi o mais famoso cangaceiro brasileiro, chamado o Rei do Cangaço.
Colaborador
Editor
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MISSA DO VAQUEIRO ( HOMENAGEM A RAIMUNDO JACÓ ) - JULHO - 2018....SERRITA-PE SÓ SABE A FORÇA DESSE EVENTO, QUEM UM DIA PARTICIPOU..






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VOCÊ NUNCA VIU NADA IGUAL !


Fortaleza recebe neste Sábado, dia 15 de Setembro no Café Patriota: ANGICO; o Mito, os Mistérios e as Mentiras que cercam a morte do Rei do Cangaço após 80 anos do episódio de 28 de julho de 1938... 

IMPERDÍVEL !!!

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UMA BELA COLEÇÃO DE PUNHAIS


Por Volta Seca

UMA BELA COLEÇÃO DE PUNHAIS..! Muitos deles, ligados aos cangaceiros. Quantos infelizes não foram sangrados por esses PUNHAIS ASSASSINOS? Quantas famílias não foram martirizadas pelos mesmos?

INDAGA-SE: A QUEM PERTENCE ESSA FAMOSA COLEÇÃO DE PUNHAIS?

Dica: Ela é uma pessoa conhecida no meio dos estudiosos do cangaço.

Veja, ai, Dênis Carvalho ..!

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CONGRATULAÇÕES.


Por Geraldo Antônio De Souza Júnior
Foto: Ascom / Semarh



Hoje (13 de setembro de 2018) quem está completando mais um ano de vida é a dona Expedita Ferreira Nunes, filha do casal cangaceiro Lampião e Maria Bonita.

Oitenta e seis anos com muita energia, saúde e vitalidade.

Sem mais delongas eu quero parabenizá-la por mais um ano de vida e espero que essa data se repita ainda por muitos anos e que venha sempre acompanhada por muita paz e saúde.

Feliz Aniversário!

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VEJA UOL

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