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quinta-feira, 26 de março de 2015

CASA DA CANGACEIRA LÍDIA

Por Susi Ribeiro Campos

Uma casa que um dia foi linda, a casa da cangaceira Lídia, assassinada em 1934 aos 18 anos de idade, segundo informações da família, pelo ciumento cangaceiro Zé Baiano, primo irmão de meu sogro Zé Sereno e portanto tio de meu falecido esposo Wilson! as histórias se entrelaçam, muito interessante.

Da esquerda para direita: Mané Moreno, Zé Baiano e Zé Sereno, primos entre eles.

Lídia Pereira era considerada a cangaceira mais linda do Cangaço. 


Infelizmente por ter sido assassinada antes do período que o fotógrafo Benjamin Abraão filmou e fotografou o bando de Lampião, não há uma só foto dela. 


Seu sobrinho, Senhor Terto tem lembrança de sua tia Lídia, pois na época que ela acompanhou Zé Baiano, aos 15 anos de idade, ele era criança e muito apegado à ela.





''Seus cabelos eram longos e negros, a pele fina e delicada, alta, esbelta e muito linda'' me conta com lagrimas nos olhos esse senhorzinho de quase noventa anos!

Fonte: facebook
Página: Susi Ribeiro Campos Vida Animal

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"LAMPIÃO E O RIO GRANDE DO NORTE", POR SÉRGIO DANTAS

Por Honório de Medeiros

“Lampião e o Rio Grande do Norte”, cujo subtítulo é “A história da grande jornada”, de Sérgio Augusto de Souza Dantas, Gráfica Editora, é uma obra seminal. Não é possível mais, a partir do lançamento, tratar do Cangaço, seja no Rio Grande do Norte, seja de uma forma geral, sem uma consulta à obra.


Mossoró é assunto importante, no livro. Não pode ser diferente. Mesmo tratando da incursão do bando de Lampião ao Rio Grande do Norte, desde sua entrada pela Tromba do Elefante, margeando Luis Gomes, até sua saída, no rumo de Limoeiro do Norte, Ceará, a ida a Mossoró é onipresente, por que o quixó preparado por Massilon e o Cel. Izaias Arruda, de Aurora, Ceará, no qual Virgolino – assim mesmo, com “o”, como nos previne o Autor – é parte fundamental do trabalho.

As informações colhidas durante quatro anos de pesquisa, perambulações, visitas, entrevistas, cruzamento de informações, consulta à literatura hoje vastíssima sobre o cangaço estabelece um contraponto interessante com o estilo do Autor. Para coroar, um valioso acervo fotográfico é colocado à disposição de quem adquiriu o livro.

Em relação a Massilon, acerca do qual mantenho permanente interesse, Sérgio Dantas, jovem juiz norteriograndense agrega informações valiosíssimas, dentre elas o “raid” que esse personagem singular empreendeu nos costados do Jaguaribe e Cariri logo após o episódio de Mossoró. Isso significa dizer que a lenda segundo a qual Massilon, mesmo antes da célebre foto de Limoeiro, Ceará, já se separara de Lampião e teria ido embora para o Norte, não é verdadeira. Alguns, inclusive, diziam que o cangaceiro que aparece na foto tirada em Limoeiro não seria, na realidade, Massilon.

Detalhada, a história da marcha espanta pela riqueza de detalhes. Assim, ficamos sabendo da passagem de Lampião por todo o território do Rio Grande do Norte cidade por cidade, povoado por povoado, sítio por sítio, fazenda por fazenda. Os acontecidos nas cercanias de Martins e Umarizal, antiga “Gavião”, são relatados com precisão. E tudo quanto aconteceu em Apodi, antes da chegada de Lampião, protagonizado por Massilon, recebe tratamento de pesquisador sério e interessado.

A descrição geográfica e sociológica dos lugares pelos quais passou o bando de cangaceiros merece respeito. Através dela é possível perceber o dia-a-dia daquelas comunidades existentes no início do século XX. E a descrição dos mal-tratos, arruaças, bebedeiras, torturas físicas e psicológicas comove e revela a sensibilidade do Autor.

Agora resta esperar que a obra semeie críticas e informações outras, alguma correção de rumo – se for o caso – para retornar ainda mais rica para o acervo dos historiadores e sociólogos do Brasil. É assim que ocorre quando uma obra deixa de pertencer ao Autor, por sua importância, e passa a fazer parte do referencial bibliográfico ao qual pertence.

* Republicação

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BEM CRIADA ESTA MENSAGEM


Fim do mês chegando. Hora do capitão Lampião fechar a folha de pagamento da cabroeira. Mas só irão receber o "soldo" aqueles(as) que responderem a chamada.

Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior‎ O Cangaço

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POÇO REDONDO: O VERDADEIRO MUSEU DO CANGAÇO

Por Rangel Alves da Costa*

Lampião e seu bando percorreram quase o Nordeste inteiro. Em cada lugar a cangaceirama deixou marcas de sua passagem. Contudo, em estados como Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas, a presença foi mais constante, principalmente pela teia de protetores e apoiadores que Lampião teceu com maestria.

Do mesmo modo, alguns municípios e povoações receberam a visita do bando com mais constância. Os sertões dos referidos estados eram frequentemente percorridos pelo bando e, consequentemente, pela volante no encalço. Contudo, mesmo que as refregas e perseguições não permitissem que o bando se demorasse em determinado em local, certamente que Lampião tinha suas predileções.

Desde os testemunhos orais aos relatos dos historiadores, firmou-se o entendimento de que Lampião sempre gostou de bandear para o sertão sergipano. A verdade é que o Capitão se sentia bem na proximidade de amigos como o Coronel João Maria de Carvalho (da Serra Negra, município baiano vizinho a Poço Redondo) e Teotônio Alves China, o China do Poço. Certamente não acoitava aos pés dos serrotes baianos por causa de Zé Rufino e seu quartel-general também na Serra Negra. 

Então permanecia nas terras de Poço Redondo.

Lampião certamente gostava de se amoitar na região limítrofe entre o Velho Chico e as montanhas e carrascais sertanejos. Ficava, a um só tempo, perto do caminho das águas e das veredas espinhentas mais adiante. E a Gruta do Angico é assim, de um lado a então grandeza do rio e do outro e arredores a selva de catingueiras, facheiros, umburanas, mandacarus e xiquexiques. E a gruta ou grota fica, pois, entre serras dessa brutal e encantadora paisagem.

Outro fator de relevância para a predileção pelo sertão sergipano está também no grande número de coiteiros da região. Pedro de Cândido, suposto delator de Lampião, era coiteiro filho da dona da Fazenda Angico, Dona Guilhermina. Durval, então aprendiz na lide da serventia aos homens das caatingas, também era filho da proprietária. E pelos arredores os préstimos de outros sertanejos como Mané Félix e Messias Caduda, dentre muitos outros.

Há relatos afirmando que Lampião se sentia em casa na região de Poço Redondo. Quando deixou as distâncias hostis e esturricantes do Raso da Catarina, no sertão baiano, o Capitão dizia abertamente que não via a hora de chegar logo ao Angico para um repouso mais demorado. Estava muito cansado, sem dúvidas, pois já chegando aos vinte anos de luta pisando em sangue, com quase toda uma vida vivida na mira do mundo.


Dizem até que houve premeditação na escolha do Angico. Além do cansaço da luta, também estava de alma cansada. Nesta última fase da vida, o Lampião já era outro homem buscando o seu destino. Já não era o feroz comandante, mas apenas o homem compreendendo a si mesmo. Estava mais apegado às coisas sagradas, mais tomado de fé, mais reflexivo. E também muito mais entristecido. Não suportava mais viver aquela desdita na vida.

O que aconteceria a 28 de Julho, quando os homens comandados por João Bezerra se fizeram de vaga-lumes no cerco ao bando para chaciná-lo, assemelha-se muito mais a uma consequência a uma fatalidade. Ora, o cangaço estava destinado a morrer ali. Lampião não queria mais combater, mas apenas sobreviver. Lampião não queria mais um fogo na sua vida, mas tão somente um destino de um homem qualquer. Mas também sabia que era impossível. Daí o sofrimento de Virgulino. O Virgulino triste pela alma sofrida de Lampião.

E todo o desfecho da saga se deu nas terras sertanejas do Poço Redondo. E não há outra localidade nordestina onde o cangaço se fez tão presente. Mais de duas dezenas de poço-redondenses se tornaram cangaceiros do bando do Capitão. Coiteiros, fazendeiros, pessoas influentes de então, todos indistintamente serviram à cangaceirama. Por fim, há o cenário maior de toda a história do cangaço: a Gruta do Angico.

Portanto, cada município ou estado nordestino tem o direito de chamar para si o reconhecimento e as homenagens ao Capitão e seu bando, mas o verdadeiro museu do cangaço está mesmo em Poço Redondo, não entre paredes e objetos cangaceiros, mas na história viva, nos cenários e paisagens que falam por si mesmos. Não só no Angico, mas também na Maranduba e outros arredores de fogo e sangue.

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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A CANGACEIRA DULCE


Acaba de chegar em nossas mãos através do amigo/membro de nosso grupo Devanier Lopes (Feira de Santana-BA), uma fotografia recente da ex cangaceira Dulce.

O cangaceiro Criança

Dulce para quem ainda não sabe, integrou o bando de Lampião ao lado de seu companheiro, o também cangaceiro Criança, esteve presente no momento do ataque da Força Volante Policial em Angico, quando Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros foram mortos, sendo ela uma das sobreviventes.


Dulce no momento da rendição do seu grupo e após o cangaço

Atualmente é a última integrante do grupo de Lampião ainda viva.

UMA LENDA VIVA DO CANGAÇO.

Fonte: facebook

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Patos de Irere recebe Cariri Cangaço em dia histórico

Cariri Cangaço em Patos de Irerê

O sol começava a despontar na manha fria da sexta-feira nublada, dia 20, quando a Caravana Cariri Cangaço, partiu de Princesa Isabel rumo ao esperado momento da visita ao vizinho município de São José de Princesa e seu famoso distrito : Patos de Irerê, terra do poderoso Major Floro, sua encantadora filha Xanduzinha e do lendário Marcolino Diniz, terra tão cheia de memória e história que a partir desse dia também passaria a ser Casa do Cariri Cangaço.

Patos parece tirada dos livros de história, o pequeno e aconchegante povoado, com suas casinhas de arquitetura do começo do século passado, de pequena e bem cuidada praça, da capela de São Sebastião com gravura vinda da Itália pelos ancestrais das famílias Florentino, Antas, Dantas, Diniz e tantas outras; recebeu o Cariri Cangaço em festa. 

 A festa dos Bacamarteiros do Pajeú !

 Neli Conceição e a festa dos alunos da escola Joaquim Antas

As honras da fantástica recepção ficaram a cargo dos Grupos de Bacamarteiros de Serra Talhada e de Santa Cruz da Baixa Verde formando o Grupo Bacamarteiros do Vale do Pajeú numa autentica festa do sertão nordestino. Alunos da escola Joaquim Antas abrilhantaram a festa na chegada do Cariri Cangaço com a apresentação de numero de baliza e fanfarra, emocionando a todos que tiveram o privilégio de acompanhar o evento, resultado do empenho e dedicação de toda a equipe da diretora Adriana Elizabeth. Para a Coordenadora Pedagógica Josefa Gomes Neta, uma das entusiastas da presença do Cariri Cangaço na região "o evento é um total sucesso e estamos orgulhosos de receber da melhor forma todos do Cariri Cangaço". 

 
Manoel Severo e Lucilene Diniz na festa do Cariri Cangaço em Patos de Irerê
 
Rúbia Diniz Matuto anfitriã do Cariri Cangaço em Patos de Irerê
 
João Antas sob o olhar de Sousa Neto e José Cícero

A grande anfitriã do dia, vice-prefeita de São José de Princesa, Rúbia Diniz Matuto ressaltou a sua emoção e grande felicidade:"A família Cariri Cangaço, visitando nosso município,com pessoas maravilhosas recheadas de conhecimentos, com um rico acervo cultural,é uma honra para todos nós" e conclui, "agradeço a todo povo de Patos do Irerê, terra abençoada e de uma História linda, obrigada pela calorosa  e sensacional acolhida ao Cariri Cangaço, vemos aqui todo o povoado, todas as famílias, a igreja, a escola, realmente um dia histórico para Patos de Irerê". 

Já o memorialista João Alberto Antas Florentino; grande responsável pela chegada do Cariri Cangaço em Patos de Irerê, confessa: "Há um ano quando este tal de Severo chegou aqui com outros cabras, e muito falador, assim e tal, eu fiquei meio desconfiado, mas hoje vi que o homem é dos bons, tem palavra, veio aqui e trouxe a festa do Cariri Cangaço" e completa: "minha casa vai tá sempre aberta, mas a senha é: Sou do Cariri Cangaço".

 João Antas e Manoel Severo
 Lamartine Lima e Manoel Severo
 Miran Basílio, Neli Conceição e equipe de Brejo Santo
Manoel Serafim, Netinho Flor e Geraldo Ferraz
Oleone Fontes, Manoel Severo e José Bezerra Lima Irmão

"Nunca Patos de Irerê recebeu tanto escritor, isso é muito importante" diz seu Antônio, filho de um dos mais destacados homens de Marcolino Diniz, Manuel Ronco Grosso. Para a pesquisadora de Triunfo Diana Rodrigues, "que recepção maravilhosa, grandiosa, emociona a todos", já o pesquisador de Calumbi, Louro Teles comenta "realmente um dia marcante, sensacional". Geraldo Ferraz de Recife assevera:"Dia inesquecível!"Oleone Fontes de Salvador confirma: "Que recepção maravilhosa!" Já Rostand Medeiros, de Natal diz de sua preocupação com "o compromisso da comunidade e das autoridades em possibilitar que Patos de Irerê possa entrar na rota do turismo sertanejo".

A Caravana Cariri Cangaço chegou a Patos de Irerê em três ônibus e mais algumas dezenas de carros, para participar da visita ao povoado de Patos de Irerê, à famosa casa de Marcolino Diniz, "onde Lampião costumava descansar e jogar baralho" diz João Antas e completa:"aqui ainda temos a mesa onde Marcolino ficava numa cabeceira e Lampião na outra, da posição que estava Marcolino conseguia ver todo o movimento, se vinha inimigo, Lampião saia pelo outro lado da casa", a capela de São Sebastião e o famoso Casarão de Patos.

 Gerlane, Alcides, Manoel Severo e João Antas
 Ingrid Rebouças na Casa de Marcolino Diniz
 André Vasconcelos, Manoel Severo e Rostand Medeiros
Reginaldo Rodrigues, Patricia Brasil, João Antas, Washington Rosa e Sonia Jacqueline

Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço dando as boas vindas a todos do Cariri Cangaço e às famílias do lugar, lembrou: "O Cariri Cangaço promove muitas conferências e debates, visitas técnicas, exposições, feira de livros, mas um de seus grandes legados é justamente promover o encontro das pessoas, isso não tem preço. Muito obrigado à querida Rúbia, ao meu irmão João Antas, a Elizabeth, a Neta, enfim, a todos os que fazem esse acolhedor distrito de Patos de Irerê, a partir de hoje: Casa do Cariri Cangaço".

André Vasconcelos e Manoel Severo, abaixo um pouco da Caravana Cariri Cangaço em Patos de Irere.
Ana Lúcia, Neli Conceição, Wescley Rodrigues, Elane Marques e Juliana Pereira
Luana Lira e Pedro Barbosa ao lado do Bacamarteiros do Pajeú
Rúbia Diniz Matuto e Ivanildo Silveira no forró de fanfarra em Patos de Irere
Narciso Dias, Jorge Remigio, João de Sousa Lima, Diana Rodrigues, Professor Pereira, Archimedes Marques, Manoel Severo, Lira e Neli Conceição
José Cícero, Archimedes Marques, Lira, João de Sousa Lima, Lívio Ferraz e Manoel Severo
Ângelo Osmiro, Wescley Rodrigues e Juliana Pereira

Para o pesquisador de Custódia, radicado em João Pessoa;Jorge Remigio "realmente o evento foi vitorioso. Como falei, parabenizo os gestores públicos, por terem encampado a ideia e realização de um evento cultural de tamanha magnitude para a memória dos municípios, como o Cariri Cangaço.Fiquei honrado em participar e alegre em ver muita gente da cidade interessada na história. No caso, na sua própria história." Já José Tavares Neto assentua: "Em termos de história, foi sem dúvidas melhor evento que participei em toda minha vida. Visitas aos locais históricos, conversando com descendentes dos que fizeram a história e tendo como guia os maiores especialistas da área , não tem preço. Obrigado ao Cariri Cangaço por nós patrocinar momentos inesquecíveis."

Ingrid Rebouças e Jorge Remigio
Rúbia Diniz Matuto, Geraldo e Rosane Ferraz
José Cícero, Juliana Pereira, Emmanuel Arruda e Manoel Severo

Ao final, antes mesmo de iniciarmos as visitas técnicas, os mais de 100 convidados do Cariri Cangaço na Caravana de Patos de Irere foram recepcionados com um autentico Café da Manha Sertanejo na residencia de João Antas Florentino e a equipe da escola Joaquim Antas. Em seguida houve a Conferência do próprio João Antas na capela de São Sebastião e logo após, a visita ao Casarão de Patos, residencia do Major Floro.

Cariri Cangaço Princesa
Dia 20 de março de 2015
Patos de Irerê, São Jose de Princesa, Paraíba

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2015/03/patos-de-irere-recebe-cariri-cangaco-em.html

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" DADÁ"... CANGACEIRA VALENTE...!...


"DADÁ"... CANGACEIRA VALENTE...!...Teve a perna direita amputada várias vezes, em face do tiro sofrido... Mas, aguentou firme... Ô MULHER VALENTE..!


Foto: Cortesia Luiz Rubens


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