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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Mexendo o Pirão

Autor: Adriano Marcena
 
Serviço: Lançamento


Mexendo o Pirão: importânciasociocultural da farinha de mandioca no Brasil holandês (1637-1646)
Tema:
História da alimentação
Páginas: 160
Local de lançamento:
Mercado da Boa Vista – Recife-PE
Data:
15 de dezembro de 2012 (sábado)
Horário: 10h
Preço do livro:
R$ 20,00.
 http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Semna dedicada ao rei do baião - Luiz Gonzaga por Moreira de Acopiara


Luiz Gonzaga por Moreira de Acopiara

*
Pra falar da competência
Do cidadão que falou
De rola fogo-pagô
E de frente de emergência.
Eliminou divergência
E fez canção pra vaqueiro;
Pra doutor, pra violeiro,
Pra retirante, carroça,
Pra trabalhador da roça,
Pra jumento e pra tropeiro.
Moreira de Acopiara/Cadeira 04/ABLC

*

Dina tentava unir pai e filho, mas Helena não gostava da proximidade deles, e passou a espalhar para todos que Luiz era estéril e não era o pai de Luizinho, mas Luiz sempre desmentia, já que ele não queria que ninguém soubesse que o menino era seu filho somente no civil. Ele amava o menino de fato, independente de ser filho de sangue ou não. 

Foto do acervo de Dalinha Catunda. 
Texto retirado da Wikipédia.

http://cordeldesaia.blogspot.com.br

Conquista vai sediar o III Congresso Nacional do Cangaço



Nesta terça-feira, 11, foi apresentado o projeto do III Congresso Nacional do Cangaço, que acontecerá em outubro de 2013, em Vitória da Conquista, com o tema Sertões: Memórias, Deslocamentos, Identidades. O congresso tem a finalidade de promover o diálogo entre historiadores e pesquisadores de outras áreas de conhecimento.

A participação de estudiosos de diversos estados brasileiros vai contribuir para articular as discussões que estão sendo desenvolvidas em outros lugares do país e do mundo, em relação ao cangaço e a outras temáticas relacionadas à região e a seus habitantes. Para o professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Marcílio Falcão, a escolha do município para sediar o evento foi acertada. “Aqui em Vitória da Conquista eu percebo uma força cultural muito grande”.

O secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Gildelson Felício, sinalizou a disponibilidade de apoio da Administração Municipal. “Nós vamos ver no que podemos ajudar e temos a intenção de contribuir da melhor forma possível”. (Fonte: Secom PMVC)


Postado por: 
Airton Fernandes

http://luzdefifo.blogspot.com.br

Dê uma passadinha neste blog:

http://educamidias-aruza.blogspot.com.br/

OS MISTÉRIOS DO ATAQUE DE LAMPIÃO A MOSSORÓ, CONCLUSÃO

Por: Honório de Medeiros(*)
[Honório+lindo+026.jpg]

Terá sido assim que tudo aconteceu? Concretamente não se sabe. Os indícios, entretanto, estão aí, para quem quiser analisá-los, relacioná-los e descobrir o que eles formam.

São fortes esses indícios. São como pontos de uma malha, intersecções de uma rede, elementos possivelmente conectados formando uma unidade, aguardando que alguém consiga tirá-los da sombra e trazê-los para a luz do sol, revelando a verdade que o tempo cada vez mais condena ao esquecimento.

Os personagens são todos fartamente citados na literatura acerca do assunto. Uns mais, outros menos: 

Coronel Rodolpho Fernandes e o Coronel Francisco Pinto

o Coronel Rodolpho Fernandes; o Coronel Francisco Pinto; o jagunço/cangaceiro 

Massilon e Lampião

Massilon Leite; Lampião, o rei do cangaço; o Coronel Isaías Arruda; os coronéis apodienses; 

Coronel Isaías Arruda

os coronéis paraibanos; o Governador José Augusto Bezerra de Medeiros.

José Angusto Bezerra de Medeiros

É difícil acreditar que todas as questões levantadas e não respondidas teriam respostas circunscritas à própria causa específica que as fez surgir, sem que houvesse qualquer relação entre as mesmas que suscitasse uma conexão, uma unidade de propósitos.

Essa teoria, evidentemente, ainda está sob o domínio da especulação: talvez jamais venha a ser descartada ou encampada definitivamente, se não surgir algum fato novo, como alguma correspondência, algum diário, relato, guardada em baús, armários ou armazéns, em propriedades rurais ou imóveis urbanos, coberta pelo pó do tempo.

Há muito que pode ser dito para negar essa teoria, a de que o ataque de Lampião a Mossoró foi resultado de um complô político que visava assassinar o Cel. Rodolpho Fernandes. Tal complô, se houve, foi um dos últimos espasmos [1] do coronelismo que sob a forma pela qual ficou conhecido, ditou os rumos do Sertão nordestino, o Sertão de Lampião e Pe. Cícero, dos cantadores de viola, dos jagunços, das volantes, do final do ciclo do couro, até a chegada de Getúlio Vargas e do Estado Novo.

Esse coronelismo sucumbiu à presença do Estado. O coronelismo, não.

Então resta dizer, à guisa de conclusão, que as coisas podem não ter acontecido como descrito até agora.

Mas que poderia ter sido assim, isso poderia...

[1] O último mesmo, até onde se sabe, foi o assassinato do Cel. Chico Pinto, de Apodi, na famosa campanha do Partido Popular contra o Interventor Mário Câmara.

(*) Mestre em Direito; Professor de Filosofia do Direito da Universidade Potiguar (Unp); Assessor Jurídico do Estado do Rio Grande do Norte; Advogado (Direito Público); Ensaísta.

http://honoriodemedeiros.blogspot.com.br

Semana dedicada ao rei do baião - LUIZ GONZAGA E SEUS PARCEIROS POTIGUARES

Por: Kydelmir Dantas (*)

A primeira biografia do Rei do Baião, LUIZ GONZAGA E OUTRAS POESIAS – de ZÉ PRAXÉDI - o poeta vaqueiro – foi publicada em 1952, editado pela Continental  Artes Gráficas, de São Paulo - SP, Tendo o prefácio do folclorista 

Câmara Cascudo

CÂMARA CASCUDO e com o apoio de outro potiguar, então vice-presidente da República do Brasil, João Café Filho. JOSÉ PRAXEDES BARRETO (1916-1983) - Escritor e poeta, nascido em Cerro Corá, cantor e compositor, lançou o LP “O poeta vaqueiro” em 1967. Também publicou o livro “MEU SIRIDÓ” pela editora Clima, de Natal.

ALGUNS DE SEUS COMPOSITORES E PARCEIROS POTIGUARES

Celso da Silveira

CELSO DA SILVEIRA – Natural de Assu – RN (1929 - 2004). Teve a sua poesia RENASCENÇA, musicada numa parceria com Onildo Almeida, e gravada em estúdio por Luiz Gonzaga, no ano de 1990. A gravadora Revivendo, lançou-a em 2007 através do seu selo a caixa de CDs C- 9914 - LUIZ GONZAGA vol. 4 - RVCD 252, com o seguinte comentário: “Outro destaque é a gravação de Renascença, de Onildo Almeida e Celso da Silveira, inédita, nunca lançada nem em vinil, pois ficou de fora do disco para a qual tinha sido feita. (Paquito)”.

Chico Elion

CHICO ELION  (Francisco Elion Caldas Nobre) – (* 16/5/1930)  Assu - RN.  Compositor. Cantor. Aos 11 mudou com os pais para a cidade de Natal. Desde criança demonstrou habilidades musicais. Em 1948 fez sua estréia como cantor na Rádio Nacional do Rio de Janeiro com a música "Lavadeira", de sua autoria e Capelinha. No mesmo ano formou dupla com Manoel Neves Cavalcante, de duração efêmera. Em 1951 fundou o Trio Acaiaca. No mesmo ano formou o Quarteto Marupiara, que teve pouco tempo de vida artística. De sua autoria Luiz Gonzaga gravou RANCHINHO DE PAIA

Hermelinda Lopes

HERMELINDA - Hermelinda Almeida Lopes, natural de Mossoró – RN, filha de Messias Lopes de Macedo, Joana Almeida Lopes. Cantora e compositora. Fez parte do Trio Mossoró; o grupo gravou dez 10 LPs, 2 compactos e mais 2 LPs em Coletâneas, e conseguiu marcar época levando a música nordestina e o nome de Mossoró por todo o Brasil. Participou ainda de inúmeras coletâneas, entre as quais, "A Grande Parada Nordestina", no qual interpretou "Na Fogueira", de Dominguinhos e Anastácia. O Trio se separou em 1974 e seus integrantes partiram para atuações individuais. Aderiu a música brega, e passou a chamar-se Ana Paula. Hoje, mantendo seu estilo nordestino, continua fazendo shows pelo Brasil. Juntamente com seu irmão João Batista, acompanhou LUIZ GONZAGA em vários shows no início da década de 1960, tocando triangulo.

Henrique Brito

HENRIQUE BRITO  (*15/7/1908  Natal, RN -   11/12/1935  Rio de Janeiro, RJ) - Violonista. Compositor. Veio para o Rio de Janeiro, com bolsa oferecida pelo então governador do Estado do Rio Grande do Norte, Antônio José de Melo e Souza, que ficou comovido depois de vê-lo tocar violão em um concerto. Aprendeu os primeiros acordes com sua mãe, Maria Leopoldina Brito. Junto com Braguinha e outros colegas do Colégio Batista, iniciou sua curta carreira formando o conjunto Flor do Tempo. Logo se destacou como violonista em festas e reuniões musicais. Logo depois, mudaram o nome do grupo para Bando dos Tangarás, com o qual gravaram os primeiros discos em 1929. De sua autoria LUIZ GONZAGA gravou QUEIXUMES (MEU SOFRER), feita em parceria com o grande compositor sambista e artista carioca NOEL ROSA.

Janduhy Finizola

JANDUHY FINIZOLA – (* Jardim do Seridó – RN.) – Compositor, poeta e médico, radicado em Caruaru - PE. 1973 - Teve as músicas "CIDADÃO DE CARUARU", com Onildo Almeida, "A NOVA JERUSALÉM", "CAVALO CRIOULO” e "FREI DAMIÃO" gravadas por Luiz Gonzaga. Depois... 1976 - Luiz Gonzaga gravou "NOS CAFUNDÓ DE BODOCÓ"; 1977 - Teve nova música gravada por Luiz Gonzaga: "Jesus Sertanejo".; 1978 - Luiz Gonzaga, no LP "Dengo maior", gravou a composição "PAI NOSSO"; 1981 - No LP "A festa", Luiz Gonzaga gravou "OS BACAMARTEIROS".


João Mossoró

JOÃO MOSSORÓ - João Batista Almeida Lopes – Nascido a 15 de janeiro de 1947, filho de Messias Lopes de Macedo e Joana Almeida Lopes. No início do Trio Mossoró, o zabumbeiro era conhecido por CIBITO, apelido colocado por LUIZ GONZAGA. Devido o que fazia no palco, xaxando e pulando, o Canhoto, que era o grande nome do regional, colocou-lhe o apelido de espalha brasas. Mas João, na intimidade do grupo e como compositor era conhecido por ALMEIDA LOPES. Quando o REI DO BAIÃO, uma das maiores atrações da Mayrink, precisou de acompanhamento, devido a problema com seus músicos, pediu João e Hermelinda emprestados a Oséas Lopes. Na época ainda menino(a) com pouco mais de 15 anos, eles assumiram a percussão do cantor nordestino mais importante do país. João tocou com Luiz por mais de dois anos e ainda chegou a pintar em seu zabumba o apelido. O disco “QUEM FOI VAQUEIRO’” tem a imagem do zabumba com o desenho da cara de João sob o apelido grafado em vermelho. Gravou dois CDs com o título... Lançou, recentemente o CD ‘Conexão Nordeste - Pense N’eu, que contém 14 composições dos nordestinos que mais contribuíram para a música local. Além da poesia Nordestinação, de Daudeth Bandeira, a música em ritmo de forró fala de todos os estados nordestinos e de sua cultura.

Cantor Carlos André

OSÉAS LOPES (CARLOS ANDRÉ) - Fundador do TRIO MOSSORÓ, formado por Oseás – Hermelinda e João Batista, começou sua carreira no rastro de Luiz Gonzaga; produziu cinco discos que ajudaram no ressurgimento de Luiz Gonzaga nos anos 80: “DANADO DE BOM” (1984), “LUIZ GONZAGA & FAGNER” (1984), “SANFONEIRO MACHO” (1985), “FORRÓ DE CABO A RABO” (1986) e “DE FIÁ PAVI” (1987).

Em 1966, no LP do Trio Mossoró ‘De Norte e Sul, gravado pela Copacabana, cantou a música CRUZEIRO NORTE, uma paródia de Dezessete e Setecentos (Luiz Gonzaga – Miguel Lima). Neste ano de 2012, está envolvido na produção de um álbum, junto a Sony Music, em comemoração ao Centenário do Rei do Baião.

Compositor Severino Ramos

SEVERINO RAMOS (* Caicó – 1922 / + 2003) - Embora tenha nascido no RN, foi registrado em Campina Grande (PB). o caicoense Severino Ramos começou sua carreira de compositor aos 28 anos. Em 1951 seguiu para o Rio de Janeiro, onde consolidou parcerias com Jackson do Pandeiro, Elino Julião e Gonzagão. Teve as seguintes composições gravadas por Luiz Gonzaga: NEGA ZEFA (Severino Ramos - Noel Silva) e FORRÓ DO ZÉ DO BAILE (Severino Ramos) – 1964; A CHEIA DE 24 (Severino Ramos) – COCO XEÊM (Severino Ramos - Jacy Santos) – ANITA DO CIPÓ (Jacy Santos - Severino Ramos) – 1968; RAPARAM TUDO (Severino Ramos) – 1970; AQUILO BOM (Severino Ramos - Luiz Gonzaga) – SE NÃO FOSSE ESTE MEU FOLE (Luiz Gonzaga - Severino Ramos) – FORRÓ DE ZÉ BUCHUDO (Severino Ramos - Helena Gonzaga) – OVO DE CODORNA (Severino Ramos) – 1972; INDIFERENTE (Severino Ramos - Luiz Gonzaga) – 1973; O VOVÔ DO BAIÃO (João Silva - Severino Ramos) – 1974.

Luiz Gonzaga

Luiz Gonzaga, com as suas músicas que são a maior diversidade cultural e lingüística deste País, cantou-o de Norte a Sul e de Leste a Oeste; encantou, e ainda encanta os brasileiros amantes da boa MPB; levou o nome do Nordeste para fora do Brasil, também encantando o Mundo. Defendeu sua terra e seu chão, com a sua música, sua sanfona e sua simpatia. Por isto será sempre o nosso querido Rei do Baião!

Santa Luzia de Mossoró – RN, dezembro de 2012.

(*) Pesquisador, escritor e  poeta. De Nova Floresta – PB, radicado em Mossoró – RN.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com