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terça-feira, 30 de outubro de 2018

CANGACEIROS DE POÇO REDONDO



A menina-moça que se encantou com o cabeludo e adornado moço das caatingas e a ele se prometeu para trilhar aqueles caminhos de incertezas e sofrimentos. A mocinha escolhida para ser levada ao mundo cangaceiro e pelas veredas seguindo sem imaginar as durezas do amanhã. O jovem indignado com as barbáries das volantes e resolvendo combater o mal à sombra de Lampião. O jovem sertanejo inconformado com as injustiças palmilhadas no seu mundo-sertão e abrindo a porteira da luta para o convívio ao lado daqueles que já não aceitavam o peso da canga. Um que vai pelo instinto da rebeldia. Outro que segue pelas influências recebidas de parentes ou amigos que já faziam parte do bando cangaceiro.

Tais situações, que poderiam ser muito mais acrescidas, dizem bem das motivações para que tantos jovens sertanejos de Poço Redondo, entre mocinhas (quase meninas em alguns casos) e rapazes, um dia tivessem decidido abdicar da vida comum sobre a terra do sol e enveredassem pelos caminhos das vinditas de sangue. Como dito, arroubos apaixonados de uma adolescência empobrecida, enraivecimentos e ódios pelas injustiças impostas de goela adentro, instintos de luta que só poderiam ser abrandados na luta, desejos inexplicáveis de convívio com o perigo e a incerteza da vida no instante seguinte. Contudo, uma motivação maior: o nome de Lampião e o mundo, que mesmo não sendo novo, possuía força de atração como imã apaixonante.

Por tudo isso, tantos e mais tantos filhos de Poço Redondo passaram a fazer parte das hostes cangaceiras. José Francisco do Nascimento, o Zé de Julião, depois recebendo a alcunha de Cajazeira no bando de Lampião, não tinha necessidade alguma de sair de sua confortável vida e adentrar na luta entre espinhos e feras, e muito mais levar consigo sua jovem esposa Enedina. Ora, era filho de Julião do Nascimento e Dona Constância do Nascimento, um dos casais mais afortunados da povoação sertaneja de Poço Redondo. Dono de muitas fazendas e rebanhos, com dinheiro guardado em baú e debaixo do colchão. Então, por que o seu filho José resolveria deixar a família e seguir a vida cangaceira? Uma só resposta. Ou Zé de Julião se rebaixava na sua honra, aceitando os desmandos das forças volantes e as injustiças alastrando-se desde o seu lar familiar ao sertão inteiro, ou ele se indignava. E ele se rebelou.

O filho de Seu Julião e Dona Constância sentia-se de coração partido toda vez que as volantes chegavam a Poço Redondo e se danavam a praticar barbaridades, desde agressões físicas aos humildes conterrâneos a deslavadas extorsões. Como seu pai era rico, homem de muitas posses, então quase sempre era forçado a dar dinheiro àqueles que ali deveriam estar para protegê-lo contra possíveis ações cangaceiras, e não para receber ameaças em troca de vultosos valores. Mas era assim que acontecia. Não suportando mais tamanha injustiça daqueles que se apresentavam como forças governamentais para roubar, ferir e matar, então Zé de Julião foi buscar vingança ao lado daqueles outros vingadores das caatingas. E foi assim que, mesmo casado recentemente com sua Enedina, juntou-se ao bando de Virgulino Lampião.

O caso de Zé de Julião é apenas um exemplo das muitas motivações para que tantos filhos de Poço Redondo preferissem o cangaço a ter de suportar outros - e mais angustiantes - sofrimentos da porta pra dentro e da cancela pra fora de suas moradias sertanejas. Na maioria das vezes, aqueles meninotes e moços foram como que expulsos de seus berços e forçados à luta. Afora o encantamento das meninas-moças pelos artistas das matas, dos dourados, dos perfumes e das armas, a maioria dos poço-redondenses foi como que forçada a experimentar outro tipo de vida como menos injustiças e opressões, ainda que mais dolorosa. No bando, sob o comando de Lampião, imaginavam poder, enfim, dar o troco àqueles que os havia ferido na sua honra e dignidade de sertanejos.

Eis os nomes dos homens e das mulheres. Do próprio povoado: Sabiá (João Preto), filho de Zé Bié e Dona Antônia; Canário (Rocha), filho de Dona Virgem e Cante; Diferente (Nascimento), filho de Mané Grosso; Zabelê (Manoel Marques da Silva), filho de Antônio Marques da Silva e Maria Madalena de Santana; Delicado (João Mulatinho), irmão da cangaceira Adília; Demudado (Zé Neco), seu pai também se chamava Zé Neco; Coidado (Augusto), filho de Zé Brazinho; Cajazeira (José Francisco do Nascimento - Zé de Julião), filho de Julião do Nascimento e Dona Constância do Nascimento; Novo Tempo, Mergulhão e Marinheiro (Du, Gumercindo e Antônio), filhos de Paulo Braz São Mateus e irmãos de Sila; Elétrico, filho de Pedro Miguel; Lavandeira (filho de Virgem de Pemba); e Penedinho (Teodomiro), filho de Pedro Miguel e Dona Calu.

Da Fazenda Caibreiro, da Lagoa do Boi, do Baixão, da Guia e do Garrote: Bom de Vera (Luís Caibreiro) filho de Antônio Caibreiro. Da Fazenda Lagoa do Boi: Beija Flor (Alfredo Quirino), filho de Quirino da Lagoa do Boi. Do Baixão e da Serra da Guia: Moeda e Alecrim (João e Zé Rosa), dois irmãos que morreram na chacina de Angico, filhos de João Rosa; Sabonete e Borboleta (Manoel e João Rosa), mais dois irmãos, estes filhos de Antônio Rosa da Guia e primos de Moeda e Alecrim; Quina-Quina e Ponto Fino (Jonas e José da Guia), também irmãos, filhos de Pedro da Guia; Zumbi (Angelino), filho de Mané Roberto; Cravo Roxo (Serapião), filho de Mané Gregório; Cajarana (Francisco Inácio dos Santos, alcunhado Chico Inácio), filho de Inácio Vítor; Azulão (Luís Maurício da Silva); e Santa Cruz, da Fazenda Garrote, em Bonsucesso.

As mulheres: Sila (Ilda Ribeiro de Souza), companheira de Zé Sereno e irmã de Novo Tempo, Mergulhão e Marinheiro; Adília, companheira de Canário e irmã de Delicado; Enedina, mulher de Cajazeira, a única do bando que era realmente casada; Dinda, companheira de Delicado; Rosinha, companheira de Mariano; Áurea, companheira de Mané Moreno, o da Bahia; e Adelaide, companheira de Criança, irmã de Rosinha e prima de Áurea.

Desse modo, 34 foi o número de filhos de Poço Redondo que se bandearam para as hostes cangaceiras, sendo 27 homens e 7 mulheres, e dizem que apenas um decidiu ser volante (Galdino, apelidado de Garrincha, a serviço do Sargento Deluz). Jovens, mocinhas e rapazinhos, que sequer imaginaram estar selando no cangaço a fatalidade nos seus destinos. Zé de Julião, por exemplo, perdeu sua Enedina na Chacina do Angico. Sabiá morreu num combate em Canhoba. Cravo Roxo pelas forças de Odilon Flor. Demudado morto com Zé Baiano em Alagadiço. Canário morto após Angico nos arredores de Poço Redondo. Mergulhão, Elétrico, Moeda e Alecrim, todos mortos na Chacina do Angico. Bom de Vera morto em combate na região de Pinhão, em Sergipe. Dentre as mulheres, Áurea foi morta pela volante de Odilon Flor. E Rosinha foi assassinada a mando de Lampião, por haver descumprido suas ordens.

Eis a saga. E uma história que ainda aflora, mas agora no amor e na paz, na imensa descendência que restou e ainda gesta, entre filhos, netos, bisnetos e tataranetos, num Poço Redondo de viva memória cangaceira.


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COMUNICADO QUE PEÇO AOS AMIGOS DO FACEBOOK QUE TIREM UM POUQUINHO DO SEU TEMPO E LEIAM ESTE MEU MODESTO TEXTO.


Por Antonio José de Oliveira

"Tudo neste mundo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do Céu" - Eclesiastes 3.1.

Conforme venho avisando desde o mês de julho, quando completei SETENTA E CINCO ANOS, a idade, associada a alguns probleminhas de saúde que vão surgindo naturalmente, vai nos fragilizando. E, após constatar a presença de glaucoma em um dos olhos, assim como, tendinite nas articulações dos ombros, talvez pelo uso de vinte anos de computador (mesmo sem comprovação da origem), meu médico sugeriu a redução de tal uso. Como preciso ser obediente ao profissional de saúde para meu próprio bem, mesmo sem desativar o FACE, a fim de continuar divulgando o que for importante, tenho que reduzir o tempo de uso nas redes sociais. Para tal, como entre meus bons SEISCENTOS E CINQUENTA amigos, quero solicitar ao primeiro que conheci através dos seus quatro blogs, e depois pelo FACEBOOK, o JOSÉ MENDES PEREIRA, pesquisador e professor aposentado da Cidade de Mossoró - RN, cidadão da minha plena confiança, que, na qualidade de divulgador de cantores e da saga do cangaço sem nenhum interesse financeiro, que adicione os CANTORES NOVOS TALENTOS da boa música que estão sempre em contato com o meu FACE. Dos mais de uma centena, quero registrar apenas os nomes dos que estão sempre que necessário, em contato comigo; os demais, enviarei quando estiverem mais próximos ao meu contato.

Pesquisador Antonio José de Oliveira de Serrinha-BA.

RENAN RICO, PEDRO MOTTA POPOFF, KAYKE RHYAN, GUGU GAITEIRO, ANDRÉ CANDIOTO, JOÃO BENTO E RENATINHO, PIETRO RIOS, RAFA LEMOS, MATHEUS SANTOS FREITAS, VINNY MORAES, MARCO SOUZZA, CRISTIAN E SEBASTIAN, BRUNO BARROS, CAUÃ CARVALHO, GIAN HENRIQUE E GIOVANI, LUIS ARTHUR SEIDEL, ISAQUE BARBOSA, ALYSSON E RÔMULO, GABRIEL FAGAN LINS, GABY PONGELUPE E YASMIN PEDRINI, GUSTAVO SILVA E GABRIEL, LUCAS HERNANDES, MURILO NASCIMENTO, VINÍCIUS GERMANO, DAVI CAMPOLONGO, LUIS FELIPE, MARYA EDUARDA E JESSÉ, GÊMEOS LUCAS E GABRIEL, ALYSSON GABRIEL, JOÃO PEDRO, JÚLIO OLIVIERI, PEDRO HENRIQUE BORGES E JOÃO VITOR, GUILHERME MARTINEZ, GUSTAVO CARNEIRO, LUCAS VIOLA, ERICK WENG, WELLINGTON PARIS, MATHEUS HENRIQUE E SAMUEL, GUILHERME BEVILAQUA, EDYWAZ E FOGAÇA, JOÃO VITOR KINDEL, RICARDO RUSCH, JAYNE PRISCILA, TIAGUINHO SEPKA, PABLO PALUDO, THYAGO CAMILO, MOISÉS MARINHO, DAVI LIMA, HÉRCULYS FRANÇA, SAMYA ABREU, FILIPE BORGES, IGOR NASCIMENTO, MATHEUS COUTINHO, EDICARLOS EDINHO OLIVEIRA, PEDRO HENRIQUE E GABRIEL, NICOLAS GABRIEL, LEONARDINHO FILIPINHO, KAIO FERNANDES, MURIELZINHO, RENAN ALVES NEVES, JEAN MICHEL, LUIZ GUSTAVO, JUAN SEBASTIAN LAVERDE, BERNARDO ARAUJO, MATHEUS TAVARES, RAPHAEL SPERADIO, MATHEUS FELIPE, MARLON BRENO, SAMUEL MACHADO - O MENINO DA GAITA, ARTHUR E ALESSANDRA, RAFAEL HENRIQUE, DAVID MIRANDA, AILSINHO E ALEX NOVAES. Assim como outros que deixei para enviar em outra ocasião, são todos meninos talentosos que merecem seus nomes serem divulgados nas redes sociais e em outros meios de comunicação. 


Agradecido a você meu caro amigo Mendes de Mossoró que sempre divulgou as minhas singelas matérias, e os meus agradecimentos aos amigos pesquisadores, escritores, modelos, poetas, cantores, atores, enfim, todos que vêm me aturando por esses anos, mas, não irei desativar minha conta no FACEBOOK, apenas usando de forma moderada, que segundo meu amigo Genésio Queiroga, SAÚDE EM PRIMEIRO LUGAR. 

Um abraço a todos daqui desta nossa querida Bahia, 30 de outubro de 2018 - Antonio José de Oliveira.

Antonio José de Oliveira é aposentado como Agente de Tributos da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia. Natural de Riachão do Jacuípe, mas reside no Povoado de Bela Vista – Serrinha – BA. Formado em Teologia, Pedagogia e fez pós-Graduação em Psicopedagogia e Psicanálise Clínica.

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ACHADOS - ENEDINA, A BELA ENEDINA

Enedina, a esposa de Zé de Julião
Olhem que ainda não é 8 de Março, mas justamente neste 23 de fevereiro dedicamos dois artigos a duas senhoritas, personagens da saga de Lampião. 
A primeira foi homenageada pela confrade Aninha e a seguir um artigo comemorativo pela razão de um achado daqueles indeléveis para história do cangaço! 
Quebrando nosso ritmo atual, diria até um protocolo de uma no máximo duas postagens diárias não podia adiar para que vocês assim como eu tivessem a oportunidade de conhecer a figura de Enedina, na única fotografia existente.
Texto e foto: Cortesia do "vaqueiro da história", mestre Alcino Costa

Há muitos anos, dominado pela minha obsessão em pesquisar as coisas do sertão, em especial, as coisas do cangaço, eu vivo à procura de fatos quase que impossíveis de serem encontrados dos tempos de Lampião.

Carrego em meu sentimento uma vontade louca de encontrar fotos daquelas mocinhas que se bandearam para o cangaço. Será que fotografias não conhecidas poderiam ainda ser encontradas? – assim eu imaginava.

Eu tinha quase a convicção que não. Você, meu querido vaqueiro da história, você já imaginou encontrarmos uma foto de Lídia Pereira de Sousa, a famosa Lídia de Zé Baiano, nascida no Raso da Catarina, no lugarejo Salgadinho, o mesmo local do nascimento de Nenê de Luís Pedro e de Naninha de Gavião?

Como se sabe, dizem que Lídia era a mulher mais linda e mais atraente do cangaço. A sua história foi triste e medonha. Em 1934 foi assassinada. O assassino foi seu próprio companheiro, o desalmado “Carrasco de Chorrochó”, o antigo pedreiro Aleixo, celebrado no cangaço com o nome de Zé Baiano. Uma versão dá conta de que ela foi enterrada no Riacho do Quatarvo, nas terras da antiga fazenda Paus Pretos, do coronel Antônio Caixeiro, em terras do município de Poço Redondo. 

Será que existem fotos da bela 'Maria de Juriti', nos tempos de sua juvenil mocidade ao lado deste famoso cangaceiro? Quem é de nossos confrades que conhece uma foto de Dinda, a mocinha filha de Poço Redondo que foi para a companhia de seu noivo, João Mulatinho, irmão de Adília de Canário, alcunhado no bando de Delicado?

Quem conhece uma foto de Rosinha, de Mariano e de Adelaide, de Criança, caboclinhas irmãs, filhas que eram de Lé Soares?

Quem antes dessa postagem conhecia uma foto de Enedina, a única mulher casada do bando de Lampião? Com certeza absoluta ninguém.

Pois bem! Meus amigos e companheiros no rastejar a história dos povos sertanejos, em especial a história do cangaço e de Lampião, neste mês de fevereiro de 2011, eu tive uma grandiosa surpresa. Surpresa que me deixou pleno de felicidade. Emocionado mesmo. Conversando com Antônio Neto, um grande artista de Poço Redondo, neto da falecida Maninha, que era irmã de Enedina, a Enedina de Zé de Julião, a Enedina que morreu em Angico ao lado de Lampião, ele me disse que sua mãe, dona Antonieta, tinha uma foto da esposa do cangaceiro Cajazeira de pouco antes dela ter ido para o cangaço. Ainda mais. Que aquela foto havia sido tirada no dia de seu casamento que aconteceu na igrejinha de Poço Redondo, em 15 de Agosto de 1937.

Fiquei atarantado com aquela inesperada novidade. Ter esta foto em minhas mãos era algo de um valor extraordinário. Tonho Neto se comprometeu em ir buscá-la na Pia do Boi, fazendinha do município onde a sua mãe reside.

A minha expectativa era enorme. Eis que no dia 20 deste mês, este meu querido amigo me entregou a foto, esta foto que tenho a felicidade de mostrá-la a todos os que pesquisam e estudam o cangaço.
Vejam meus companheiros o quanto Enedina era bela. Uma menina-moça que carregava em seu corpo e em seu espírito uma lindeza incomparável. E saber que uma jovem e linda mulher, como Enedina, no fulgor de sua mocidade, perdeu a vida, com a sua cabeça esbagaçada por uma infeliz bala, na subida de uma das serras de Angico, é um acontecimento que ainda hoje, após tantos anos, nos deixa tristes e desconsolados.

Olhem devagar e com muito carinho esta foto. O que é que vocês acharam? Que tal! Aí está a prova do quanto a mulher sertaneja era e é bela, linda, maravilhosa.

A beleza da mulher cangaceira era realmente invulgar. Além de Lídia, considerada a mais bela de todas, não podemos desconhecer a beleza de Maria Bonita, de Maria de Pancada, de Dulce, a segunda companheira de Criança; de Sila de Zé Sereno, o jeito trigueiro e belo de Dadá de Corisco e Inacinha de Gato e tantas outras que com sua beleza e seu fascínio alucinavam os jovens cangaceiros que tinham naquelas lindas flores campestres, flores em forma de gente, a essência do amor e do desejo se derramando aos dengos em seus másculos braços, alucinadas de desejos, dominadas por uma volúpia incontrolável, dando e recebendo quase que divinais momentos de felicidade e prazer, mesmo que em um ambiente quase que perene de sofrimento e gravíssimos perigos da própria vida.

A história tem sido injusta com a mulher cangaceira. Elas mudaram o viver do cangaço. Foram verdadeiras heroínas que amenizavam a brutalidade dos cangaceiros. Foram elas as sertanejas que ali estavam, naquele tão perigoso meio, unicamente para estarem ao lado do homem amado, dando e recebendo carinho, arriscando a vida em troca do prazer e da felicidade em acompanhar e estar ao lado do homem de sua vida.

Elas eram lindas. Enedina era uma prova do que estou afirmando. Admirem esta foto que é uma relíquia da história de Poço Redondo e da história do cangaço.

Alcino Alves Costa
O Caipira de Poço Redondo
Ói o homem aí! ói a cara dele
É como se eu estivesse presente vendo a satisfação do confrade em mais um importante achado. 

Parabéns e obrigago, mestre!
















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UM HOMEM PRECISA VIAJAR...


“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”. Amyr Klynk

No meio dos estudiosos fiquei conhecido como ‘o cara do Blog', ou o 'Kiko do Lampião Aceso’ que completa hoje, 10 anos na web.

Mas os quase 20 anos de paixão por este tema, eu não passei somente na frente de um computador, ou como diria meu mestre, no conforto de um gabinete. Também pisei e ainda ei de pisar muito chão, tomar sol na cabeça, pra ver de perto, com os meus próprios olhos os cenários desta história que nos instiga e nos aprisiona pro resto da vida.

Nos 80 anos de morte de Virgulino Ferreira da Silva eu compartilho os melhores momentos de tantas aventuras proporcionadas por minha família, e principalmente pelos AMIGOS que o cangaço me deu, e claro, pela complacência (libera nóis ai) de sucessivos patrões ao longo destes 10 anos.

Queria ter chegado mais cedo, alcançado mais gente que foi ‘simbora’ sem me dar tempo de ao menos segurar nas suas mãos. Mas olha, cumpadi, sou muito satisfeito pelo que pude ver, colher e entrevistar visse?

A gente vai em busca de cangaço, mas no meio do caminho se bate com Luiz Gonzaga, Padre Cícero, Messianismo e tantos outros temas da historiografia nordestina.

Viva a Memória do Cangaço, e o nosso Lampião Reacendido.

Atenção: antes de copiar (baixar) ou mesmo compartilhar as imagens deste álbum, para uso em publicações, sejam escritas ou em blogs, exigimos primeiramente realizar a formal gentileza de pedir a nossa autorização.

Berço da fera do Nordeste. Vestígios do que foi um dia a casa em que nascera Virgolino Ferreira da Silva, sítio Passagem das Pedras, Povoado São Domingos, Serra Talhada, PE.

O amigo Camilo Nogueira, no momento em que nos presenteou com uma relíquia inestimável, uma telha que pertenceu a casa em que nascera Virgulino. Ele é o atual proprietário da lendária Ingazeira dos Ferreiras. — em Serra Talhada.

Ruínas da Fazenda Poço do Negro, um distrito de Serra Talhada, próximo ao povoado de Nazaré, em Floresta, última morada dos Ferreiras em Pernambuco. Nesta casa, em 12 de fevereiro de 1918, Zé Saturnino com 16 homens ataca Virgolino e seu tio (materno) Manoel Lopes e os primos Sebastião Francisco e Domingos Paulo e o cabra Luiz Cameleira.  Que por sua vez enfrentam Zé Saturnino por horas de cerrado fogo.  O primeiro inimigo de Lampião abandona o campo de luta, conduzindo baleado o companheiro José Joaquim dos Santos (José Guedes).

Testemunha viva da História II.  Este pé de Umbú - Cajá ficava no terreiro da casa dos Ferreiras no lugar Poço do Negro. Ele foi plantado pelos irmãos Ferreira, e em 2017 completou 100 anos de existência.

Sr. João Alves de Barros, filho de Zé Saturnino, 1º inimigo de Lampião.

Fazenda Baixa Grande, do não menos lendário e emblemático "Major Zé Inácio do Barro". Foi dessas terras que em 1918 saíram os primeiros homens de Sebastião Pereira (Sinhô Pereira) e Luiz Padre.

Em carrara esculpida... A paisagem de interior, defronte a casa do coronel José Inácio do Barro. — em Barro, Ceara, Brazil.

Marcas de um tiroteio que durou 6 horas, contra a casa do padre Lacerda no distrito de Coité, município de Mauriti, CE em 19 de janeiro de 1922.— em Mauriti.

Em 26 de junho de 1922, o palacete da senhora Joana Vieira Sandes de Siqueira Torres, a Baronesa de Água Branca, em Alagoas era invadido por Virgolino e seu recém criado bando. O ataque entra para a sua biografia como o primeiro, desde que se tornou chefe cangaceiro.

Clique no link para ver todas as fotos. São mais de 100 fotos.

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MARIA BONITA e LAMPIÃO NO REINO ENCANTADO


Quirino Silva

Uma pequena amostra do 'Cariri Cangaço' em São José do Belmonte-Pernambuco. 4 dias de reverência a nossa cultura nordestina. Ele é um legitimo representante da cultura Nordestina. Incorpora a figura do enigmático cangaceiro Lampião. 

https://www.youtube.com/watch?v=BR5ZU5MhZaI&fbclid=IwAR3E7SHZncoasK-P7D1FCe709XMa-dkHz6tJLJQuNfzBBedDNC074Y2J68A

O Quirino Lampião em suas apresentações procura exaltar a alegria, a amizade e a união entre as classes sociais. Mostra que os tempos de tirania e de tristeza oriundas da época do cangaço ficaram no passado da história. Participa de eventos diversos, e se expressa através da simpatia, e da animação de suas danças típicas do nordeste como o forró e o xaxado.

Contato 83-99655.0922 email: eletroquisa@bol.com.br


Publicado em 22 de out de 2018

Performance com Quirino Silva e Célia Maria Silva, casal de artistas que se apresentam em seminários e encontros culturais do Nordeste. Essa performance foi apresentada por ocasião do CARIRI CANGAÇO EM SÃO JOSÉ DO BELMONTE precisamente na Pedra Bonita ou Pedras do Reino.
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Elba Ramalho/Ze Ramalho/Geraldo Azevedo
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As Grandes Décadas Da Música Popular Brasileira
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SEM TÍTULO


Durante Seminário do Cariri Cangaço em São José do Belmonte, foto com o primo grande historiador e escritor Geraldo Ferraz, neto do célebre major Theofanes Ferraz Torres grande vulto da história policial de Pernambuco.

O major Theophanes Ferraz Torres nasceu em Floresta a 27 de dezembro de 1894, muito cedo abraçou a carreira das armas. Entre os oficiais da polícia pernambucana que desejavam capturar Lampião estava o major Theophanes Torres Ferraz. 

Aos 30 anos de idade, este militar era considerado uma verdadeira lenda no seio da corporação em que atuava. Ferraz havia se notabilizado pela prisão do famoso cangaceiro Antônio Silvino, em novembro de 1914, após o tiroteio ocorrido no sítio Lagoa da Laje, na zona rural do atual município pernambucano de Vertentes. 

Foto tirada em frente à Prefeitura municipal. Sentados da esquerda para a direita: o prefeito João Primo de Carvalho, Jacinto Gomes dos Santos (Delegado de polícia), major THEOFANES FERRAZ TORRES, dr. Eurico de Souza Leão, dr. Melquíades Montenegro (juiz municipal), major Joaquim Leonel Pires de Alencar e Antônio Brandão de Alencar. Em pé e por trás de Theofanes e Eurico: tenente Arlindo Rocha. O capitão Nelson Leobaldo encontra-se por trás do major Joaquim Leonel.

A segunda foto mostra a visita do dr. Eurico de Souza Leão em 1928 à cidade de Belmonte, quando da inspeção ao Sertão pernambucano. Foto tirada em frente à Prefeitura municipal. Sentados da esquerda para a direita: o prefeito João Primo de Carvalho, Jacinto Gomes dos Santos (Delegado de polícia), major THEOFANES FERRAZ TORRES, dr. Eurico de Souza Leão, dr. Melquíades Montenegro (juiz municipal), major Joaquim Leonel Pires de Alencar e Antônio Brandão de Alencar. Em pé e por trás de Theofanes e Eurico: tenente Arlindo Rocha. O capitão Nelson Leobaldo encontra-se por trás do major Joaquim Leonel.

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