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domingo, 30 de dezembro de 2018

2ª EDIÇÃO FLORO NOVAIS HERÓI OU BANDIDO?


Mais um livro na praça: FLORO NOVAIS: Herói ou Bandido? De Clerisvaldo B. Chagas & França Filho. Este livro estará disponível a partir de amanhã no Cariri Cangaço São José do Belmonte e segunda feira dia 15/10 Para todo Brasil. 

Preço R$ 40,00 com frete incluso. 124 páginas. Franpelima@bol.com.br e fplima1956@gmail.com e Whatsapp 83 9 9911 8286.

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AQUI LAMPIÃO FOI FILMADO | O CANGAÇO NA LITERATURA #114

https://www.youtube.com/watch?v=wyFEZBmbpaQ

Publicado em 30 de dez de 2017
Com muita luta e determinação chegamos a este local incrível. Muitos dirão que já sabiam mas quem divulgou?
Categoria

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CANGAÇO NA ÓTICA DA JORNALISTA ADRIANA NEGREIROS (É ESCRITORA)

https://www.youtube.com/watch?v=tI3VNfFfWh8&feature=share

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ESPECIAL LUIZ GONZAGA

https://www.youtube.com/watch?v=m2hkYmJNLKs

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MISTÉRIOS DE ANGICO - QUEM ERA O CANGACEIRO “NÃO CONHECIDO” – PARTE 2.

Por Luiz Ruben (*)

Ainda nos documentos citados no artigo anterior, na continuação das minhas pesquisas para meu mais recente livro “O Fim do Cangaço: As Entregas, encontrei mais um documento que talvez esclareça o nome de guerra do cangaceiro "Luiz de Thereza" desta vez no Jornal Gazeta de Alagoas em 1º de novembro de 1938, numa entrevista com o cangaceiro "Cobra Verde".

Segue a transcrição de parte do jornal com a entrevista de Cobra Verde e em anexo o fac-símile do citado jornal, uma foto do cangaceiro Cobra Verde e algumas observações sobre o fato.

Transcrição parcial do Jornal Gazeta de Alagoas, 1 de novembro de 1938.


Fala-nos Cobra Verde

Como se sabe três dos sete bandidos capturados em Poço Redondo, os denominados, Vila Nova, Santa Cruz e Cobra Verde achavam-se com Lampião no valhacouto de Angico, quando as forças comandadas pelo 1º tenente, hoje capitão João Bezerra os atacou.


Cobra Verde saía muito cedo pra comprar leite numa vacaria cita em Cajueiro, distante meia légua de Angico. De volta, ouviu os tiros e desconfiou do que acontecia. Então se aproximou cauteloso, subindo a uma elevação, de onde viu, ao longe, o combate. Não quis mais saber de nada e abalou no mundo.


Os bandidos que se encontravam em Angico. 

Foi Cobra Verde que nos forneceu a relação completa dos celerados que se achavam em Angico, no momento da refrega, ao todo 42 homens e 7 mulheres. Lá estavam Lampeão e os seus sequazes habituais, que nunca dele se afastavam, Quinta-Feira, Elétrico, Laranjeira, Candeeiro, Alecrim, Vila Nova, Quixabeira, Chá Preto e um Menino, sobrinho de Lampeão, de 16 anos.

Estavam também os seguintes grupos:

- O de Luiz Pedro constituído por Moeda, Vinte e Cinco, Cobra Verde, Amoroso, Cruzeiro e Azulão;

- O de José Sereno, formado por Cajazeira, Marinheiro, Pernambucano e Ponto Fino;

- O de Balão por Bom Deveras, Mergulhão, Macela e Besouro;

- O de Criança por Santa Cruz, Colchete, Cuidado;

- O de Jurity, por Penedo, Borboleta e Mangueira;

- O de Diferente por Velvel e Beija-Flor;

E mais: Zabelê, Lavandeira, Pitombeira e Delicado, que costumavam andar sós. As mulheres eram Maria Bonita, amante de Lampeão, Enedina, de Cajazeira, Maria, de Jurity, Bastiana de Moita Braba, Sila, de José Sereno, Dulce, de Criança e Dina, de Delicado.
Observações:

O único cangaceiro relacionado por Cobra Verde que nos parece novidade é o Velvel, (escrito dessa forma no jornal). Este cangaceiro nunca foi mencionado em outras fontes, por isso, me parece plausível que o Luiz de Thereza, divulgado na matéria do Jornal de Alagoas do dia 9 de novembro de 1938 com a manchete: Quem era o bandido que não foi identificado no sucesso de Angico, compartilhado por mim a todos os pesquisadores, possa ser esse cangaceiro aqui relacionado por Cobra Verde.

Alerto que a lista dos grupos feita por Cobra Verde pode gerar algumas divergências aos pesquisadores mais atentos.

Cobra Verde diferente de outros cangaceiros sobreviventes a Angico e que vieram a declarar décadas depois, com divergências, os cangaceiros participantes do evento, não conseguiram fazer uma listagem numerosa. Cobra verde, entretanto, dá essa declaração onde relaciona um maior número de cangaceiros, apenas três meses depois dos fatos de Angico, que culmina com a morte de Lampeão.

Maurício Ettinger identificou o “Não Conhecido” (assim denominado na lista de identificação das cabeças dos cangaceiros na foto da escadaria de Piranhas), como sendo Luiz de Thereza.

Será o Velvel o nome de guerra de Luiz de Thereza? Fica aí uma pista, para ser ou não confirmada!

Espero que ao compartilhar essas “descobertas” esteja contribuindo para o fim de mais um mistério na história do cangaço.

Saudações cangaceiras
Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Economista, Turismólogo, Pesquisador de Cangaço e Ferrovias.

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Cobra%20Verde

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1. A LUTA PELA TERRA – POUCOS COM TANTO E TANTOS SEM NADA

*Rangel Alves da Costa

Eustáquio preferiu sair da cozinha pela porta dos fundos, indo em direção ao quintal aberto. Não conseguiria passar pela sala e avistar os meninos já famintos àquela hora do dia e sem nada na panela que causasse a ilusão de comida.
Creuzina, sua esposa, havia puxado o pano da cabeça e agora o utilizava como lenço, e já completamente molhado de lágrimas. Nada podia fazer senão despejar o restinho de farinha de mandioca numa panela, jogar um pouco de água por cima e depois mexer até aprontar uma papa d’água.
Tiziu comeu do que lhe foi colocado no prato. Assim também com Pedro e Zefinha, a mais nova da família. Já Eustáquio, o pai, e Creuzina, a mãe, beberam do fel salivento da dor, da agonia e do sofrimento. Continuaram famintos, porém satisfeitos. Os filhos haviam tido a ilusão do alimento. E depois, e mais tarde, quando a fome dos filhos novamente despertasse?
Adiante do barraco o mundo da desolação. A estiagem havia deixado a terra em pó. Não havia verdor nem seiva de vida numa só planta. A ossada do bicho parecia uma assombração esbranquiçada. Mandacarus ressequidos, facheiros murchos, jurubebas mortas pelos beirais pedregosos das estradas. Mas o pior estava por acontecer.
Quando o portentoso alazão riscou defronte a morada, então Eustáquio logo imaginou o chão se abrindo a seus pés. A notícia já era esperada e seria o fim do mundo. E ela havia chegado. Já acreditava nisso, porém não acreditava que tão cedo pudesse acontecer. O recado foi tão breve quanto arrogante: “O patrão avisou que junte as coisas e abandone a casa”.
Já na manhã seguinte e mais parecia um quadro de Portinari. A pequena família em retirada e sem ter aonde ir. Não eram retirantes das secas, e sim retirantes do teto e da guarida de sobrevivência. Retirantes do pedaço de chão aonde se mantinham feito bicho entocados sem ter outra saída. Retirantes da esteira ao chão, do estrado da cama, do pote e do candeeiro.


Mas a família foi seguindo adiante levando toda a riqueza em saco e cuia. Molambos, restos, pedaços. Já ao longe, antes de tomar uma curva para o deus dará, Eustáquio parou um instante, olhou para trás e estremeceu de ódio. Avermelhou ainda mais a pele já tostada de sol, afogueou por dentro feito vulcão irrompendo todas as fúrias da vida. Quanta indignação, quanto rancor, quanto ódio!
E um ódio tão animalesco que só os feridos no espírito, corpo e alma podem sentir. Aquela paisagem sem fim, aquele meio mundo de terra e chão, aquela vastidão sem limites, e tudo de um só dono, tudo de quem sequer sabia a quantidade de terra que possuía nem a serventia de toda aquela riqueza. E ele, caminhante pelo mundo dos outros, não tendo sequer um palmo de chão.
Quis voltar. Fez menção de retornar e ir diretamente até a porta daquele senhor dono do mundo, daquela víbora recoberta de gente, daquele imprestável que se abancava na cadeira da varanda, mirando sem ter o que fazer com as suas léguas e mais léguas de terra, mas sem ceder a ninguém um só quadrado de chão. E sem deixar que o pobre fizesse vingar sobre a terra um pé de milho e de feijão, uma abóbora, uma melancia.
Quis voltar. Fez menção de retornar, mas de repente novamente voltou-se adiante e avistou sua pequena família a lhe esperar. Também sabia que não voltaria com vida acaso fosse pedir satisfação ao ex-patrão. Ele mesmo sabia das cruzes espalhadas por aqueles carrascais, das tocaias feitas e das emboscadas mortais. Um mundo de urubus, de carcarás e gaviões, de vidas definhadas ao sol pela sangria das injustiças.
A família virou a curva da estrada e seguiu adiante. Talvez Tiziu estivesse com sede. Talvez Pedro estivesse com sede. Talvez Zefinha estivesse doente. Mas tinham que seguir adiante. E para trás os imensos descampados, as catingueiras e as umburanas num canto e noutro. Pouco bicho para tanta terra e quase nenhum plantio que alimentasse a vida. Um mundo do tamanho da ganância, da injustiça e da soberba.
Um mundo grande demais para quem não merecia. E nenhum pedaço de chão àqueles que seguiam em frente na incerteza do instante seguinte e do amanhã. Porém, na mente já menos raivosa de Eustáquio um pensamento que mais tarde se tornaria ação: “Nem que sangre de morte, nem que seja ferido pelo açoite da bala, mas ainda lutarei com toda força que tiver para transformar esse chão num chão de todos. Para repartir essa terra com quem dela precisa para trabalhar e sobreviver”.
E foram seguindo adiante. E pela certeza da luta, Eustáquio agora alimentado...
(Continua)

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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AGRADECIMENTO!

Por Ana Cecília Correia Lima
https://www.youtube.com/watch?v=4PO7DGcS1wI&feature=youtu.be&fbclid=IwAR3Axy_N1zIOwgpTcRhFrry2_LCAqUZ019DK3JlUVXBsNb5Ca79Wri_v3pw

Quero agradecer de coração a todos os Amigos maravilhosos que tenho aqui... Minha gratidão é eterna pelo respeito e cuidado com que me tratam e por todos vcs serem meus Mestres queridos...

*Deixo o último Clip de Dominguinhos com Waldonys... e FELIZ EU NOVO em 2019...

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=978958695646408&notif_id=1546185474776450&notif_t=group_activity

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A PALAVRA CANGAÇO


Por Antônio Corrêa Sobrinho

A palavra CANGAÇO, nos jornais que até agora tive acesso, é grafada pela primeira vez na edição do dia 04 DE MAIO DE 1843 do JORNAL DO COMÉRCIO (RJ), ou seja, uns 80 ANOS ANTES DE LAMPIÃO elevar o significado do termo CANGAÇO à sua expressão máxima. 

Trata-se, a matéria, da transcrição de uma votação que ocorrera na Câmara Federal do Império, de uma resolução referente ao financiamento de padres missionários para catequese e civilização dos índios brasileiros, onde o deputado Albuquerque, no seu voto, diz o seguinte: 


"Na minha província mesmo onde não há índios selvagens, onde o idioma indígena é até já absolutamente desconhecido por esses mesmos de pura raça indígena que existem: aí mesmo estou certo de que importantíssimos serviços farão os missionários; e é por igual convicção que a assembleia provincial na sessão do ano passado decretou certa soma para despesas de transporte de alguns missionários capuchinhos: TENHO FÉ DE QUE ELES PODERÃO OBTER POR SUAS PALAVRAS O QUE SE NÃO TEM CONSEGUIDO POR MEIO DAS AUTORIDADES ARMADAS DE TODO RIGOR DAS LEIS; tenho uma lisonjeira esperança de que muita GENTE QUE VIVE COMO ERRANTE, CARREGADA DO COMPETENTE “CANGAÇO” (PERMITA-ME A EXPRESSÃO, POR SER PRÓPRIA E MUITO USADA NO SERTÃO) DISPA SUA ARMADURA, CONHEÇA SEUS ERROS, SE ARREPENDA, E, FAZENDO UMA VERDADEIRA CONTRIÇÃO, SE TORNEM CIDADÃOS ÚTEIS. Enfim, senhor presidente, eu tenho um tal entusiasmo por esta medida, que voto pelo artigo tal qual, e até votaria ainda por mais amplitude, se lhe pudesse dar." 

Já a palavra CANGACEIRO, dos jornais que consegui acessar, o seu mais antigo registro está no JORNAL CEARENSE, de 10 de dezembro de 1850. (A caixa alta nas letras é nossa).
Xilogravura/internet/Escola Kids

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1837813423014192&set=gm.978667662342178&type=3&theater&ifg=1

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É EMOCIONANTE! - MÉDICA MORRE APÓS CÂNCER E DEIXA CARTA COM REFLEXÃO EMOCIONANTE

Por Rafaela Lima

O conteúdo foi publicado nas redes sociais e ganhou destaque, sendo compartilhado por centenas de pessoas.

A médica Larissa Andressa Medeiros uma catarinense de 40 anos, morreu no último dia 22, mas continua emocionando os familiares e internautas. Ela deixou uma carta com conselhos e reflexões enquanto lutava contra um câncer de mama.


REPRODUÇÃO/ NSC TV

Leia a carta na íntegra:

Querida família!

Ando mais reflexiva e ausente… tem sido dias difíceis. Pensei na morte, mas vi um documentário da minha incoerência, já que é a coisa mais certa. Pedi a Deus uma 2ª chance ou força para entender se ele tiver outro propósito.

Vou fazer um pedido aqui. Hoje minhas chances de cura são menores do que as de sucesso! Luto por 10% de cura. Sem drama, é um fato! Quero e vou vencer, com a ajuda de Deus e Nossa Senhora, sem as estatísticas dos homens. Mas queria, com muito carinho, que se lembrem das coisas que estou aprendendo.

Hoje, ter 1, 2, 5 ou 20 milhões num banco; ter um bilhete de viagem maravilhosa; um vestido lindo ou poder ir em restaurantes incríveis, um bom vinho, um doce delicioso… NADA, NADA disso eu poderia usufruir agora. Não mudaria minhas chances ou acessos à remédios, não teria pique e disposição para viajar (não posso me ausentar por mais de 15 dias pela quimioterapia, que tem dado muitas reações extras), não posso beber, comer muitos doces e não tenho ânimo físico para usar um lindo vestido com alegria.

A vaidade de crescer cientificamente, ganhar algo na profissão, prestígio? Nada fica… perdi tanto tempo com isso, fui tão tola em vários aspectos. Só o carinho dos amigos, colegas e pacientes que o trabalho trouxe.

Mas claro que não serei hipócrita: trabalhar, responsabilidades e ter economias são coisas importantes, mas NÃO são mais do que viver o hoje. Ter conforto, usufruir das boas coisas da vida valem a pena. Já viver sempre esperando um futuro que pode não chegar, isto é ir morrendo aos poucos.

Então, o que ficou e o que mais me alegra? As boas lembranças dos momentos e experiências que vivi… as risadas, os carinhos, a alegria das viagens que tanto gostava, da comida gostosa (fosse caseira ou de um bom restaurante), os sentimentos verdadeiros e o amor puro da família e tantos amigos queridos que redescobri.

Sei que nada será tão palpável como é para mim. Sei que precisei passar por isso para ter tanta clareza de pensamentos. Ouvia isso dos pacientes, mas não coloquei em prática. Gostaria que experimentassem sem ter que passar por algo ruim para mudar.

Brigas, reclamações, vaidades e conflitos acontecem, mas deixam o ar muito pesado, sugam nossa energia e não levam a nada. Transformam a reunião alegre em algo desagradável. Amor, perdão, paz e alegria renovam tudo!

Nós, sendo filhos, noras e genros, pais, irmãos, casais.. todos iremos errar. Escolher o caminho tem esse desfecho: de acertar ou errar. E errar tem o aprendizado, só o erro traz essa graça de aprender e mudar! Não aprendemos com os erros alheios. Infelizmente. Os acertos também não trazem esse conhecimento todo, por ironia. Ninguém sabe o que é certo; o certo para mim não é para os demais.

Vamos conviver em paz, respeitar a individualidade das pessoas, dos casais, mesmo não sendo nossa opinião. Vamos celebrar a vida, ter prazer nos encontros, evitar brigas ou assuntos pesados. Queria que todos que puderem começassem a passear, viajar, praticar a leveza no dia a dia. Quem quiser ir, voltar, sair, ficar, silenciar… siga seu coração. Decida por si. Não esperem permissão para serem felizes. Só quem pode nos autorizar somos nós mesmos.

Américo, meu amor, você tem me ensinado muito também. Foi um ano terrível para nós. Muitas concessões, ajustes… mas nosso amor tem aprendido a ser laço de fita, não e nunca NÓ. Nos respeitamos, apoiamos, nos incentivamos. Se você está estressado, volta da corrida leve, com o sorriso mais lindo no rosto e só traz boas energias para mim. Não fala nada pesado, não fala de ninguém, sempre positivo, o melhor companheiro que poderia ter… meu amor ! Muitas vezes discordamos, queremos coisas diferentes, mas aprendemos a respeitar a decisão do outro sem perder tempo tentando convencer. Acho que ganhamos mais amor e respeito! Amor não é posse ou prisão, é liberdade e respeito. Sei que ainda temos muito a aprender, mas acho que estamos no caminho, entre acertos e erros.

Tenho vontade de gritar para todos que quero bem: “Tomem as rédeas de suas vidas. Viajem, namorem, comprem com responsabilidade o que lhes dá prazer. A vida é HOJE! Só hoje! Viagem, comam num lugar gostoso, comprem a roupa bonita que querem. Não sabemos se viveremos até o futuro, se gozaremos da aposentadoria, se teremos saúde e ânimo para aproveita-lá!! Vivam. Vivam! Cada um é dono da sua trajetória e a vida dará em troca amor verdadeiro, grandes amigos que farão parte da família e muito boas memórias.”

https://www.metropoles.com/vida-e-estilo/comportamento/medica-morre-apos-cancer-e-deixa-carta-com-reflexao-emocionante?utm_source=push&utm_medium=push&utm_campaign=push

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PUBLICAÇÃO DO JORNAL O MALHO (RJ), ANO 1911.


Por Antônio Corrêa Sobrinho

Na "república", em Salvador, os acadêmicos de Medicina: Eronides de Carvalho (na extrema esquerda, o então futuro governador e interventor federal em Sergipe), Manoel Torres, Antonio Ferreira, Vitorino Bastos, Amphisio Ribeiro e Thalses de Souza. As mulheres: sinhá Henriqueta, jubilada em artes culinárias, e a pequena Bena (uma criança), copeira.


Disse Dr. Archimedes Marques:

Essa fotografia está na página 31 do primeiro volume do meu livro LAMPIÃO E O CANGAÇO NA HISTORIOGRAFIA DE SERGIPE. A original dela hoje se encontra no INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DA BAHIA. 

O terceiro dos homens, ANTONIO FERREIRA, é o ANTONIO CAIXEIRO, pai de Eronides Ferreira de Carvalho. Os outros são amigos da família Ferreira e NÃO ACADÊMICOS DE MEDICINA como diz a matéria. 

Possuo um livro da FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA com todos os FORMANDOS DESDE A SUA FUNDAÇÃO e NENHUM DESSES NOMES CONSTA NAS SUAS RESPECTIVAS RELAÇÕES... 

Ademais o menino ERONIDES FERREIRA DE CARVALHO era muito novo para já ser ACADÊMICO DE MEDICINA, ou seja, ele nasceu em 25/04/1897 e essa foto é de 1911, portanto, ele tinha 14 anos de idade.



Que bom, o seu esclarecimento, Archimedes. A informação dos nomes é que se tratam de acadêmicos é do próprio jornal.

Quanto à condição de Eronides de Carvalho nesta foto, Archimedes Marques, concordo com você, estamos aparentemente diante de um pré-adolescente, porém, vejo em jornal 1919 referências ao doutor Eronides de Carvalho clinicando em Sergipe.

Ainda Antônio Corrêa Sobrinho:

Seja esta informação do Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930): CARVALHO, Eronides de

*militar; rev. 1930; gov. prov. SE 1930; gov. SE 1935-1937; interv. SE 1937-1941; juiz TSN 1942-1943.

*militar; rev. 1930; gov. prov. SE 1930; gov. SE 1935-1937; interv. SE 1937-1941; juiz TSN 1942-1943.

Eronides Ferreira de Carvalho nasceu em Canhoba, então povoado do município de Propriá (SE), no dia 25 de abril de 1895, filho de Antônio Ferreira de Carvalho e de Balbina Mendonça de Carvalho.

Realizou seus estudos básicos em Maceió, no Colégio 11 de Janeiro e no Liceu Alagoano, onde concluiu o secundário em 1910. No ano seguinte, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia e, pouco tempo depois, começou a trabalhar em atividades ligadas ao curso que frequentava. Foi auxiliar de laboratório da cadeira de terapêutica, estagiário do Hospício São João de Deus, diretor da Beneficência Acadêmica e auxiliar de clínica hospitalar do cirurgião Antônio Borja, seu professor. Diplomou-se em 1917, defendendo a tese intitulada Do ópio em terapêutica mental, aprovada com distinção, tornando-se assim membro da Sociedade Médica dos Hospitais da Bahia.

Em novembro de 1918 foi nomeado diretor-geral interino de Higiene e Saúde Pública de Sergipe, dirigindo os trabalhos de profilaxia da epidemia que ficou conhecida como “gripe espanhola”. Diretor interino do posto de assistência pública do estado durante o ano de 1919, Eronides exerceu as funções de inspetor médico do sistema escolar entre fevereiro e outubro do ano seguinte, quando foi comissionado para representar seu estado natal no Congresso de Proteção à Infância que seria realizado no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Em virtude do adiamento desse conclave, Eronides recebeu a missão de estudar o funcionamento do Serviço de Inspeção Médica Escolar do estado de São Paulo.

Em agosto de 1921, foi nomeado para o corpo de veterinários do Serviço de Indústria Pastoril, ligado ao Ministério da Agricultura Indústria e Comércio, passando a exercer essas funções em seu estado natal. Aprovado em concurso para o Corpo de Saúde do Exército em fevereiro de 1923, foi classificado como segundo-tenente no 1º Regimento de Cavalaria Independente, localizado em Bela Vista (MT). Dois meses depois, foi transferido para o 28º Batalhão de Caçadores, em Aracaju, e, no ano seguinte, tornou-se primeiro-tenente. Nessa patente, acompanhou as tropas que, em 1926, perseguiram a Coluna Prestes em sua passagem pelo Nordeste.
Ingresso na política

A Revolução de 1930, no Nordeste, teve início na Paraíba, onde se encontrava o capitão Juarez Távora, seu principal articulador na região, e um importante grupo de oficiais ligados ao movimento tenentista. Depois da ocupação da capital paraibana, as colunas rebeldes marcharam para o sul, conseguindo adesões e depondo, sucessivamente, os governos de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A unidade em que Erônides de Carvalho servia colocou-se ao lado dos revolucionários e, em 17 de outubro, com a deposição de Maurício Graco Cardoso, presidente de Sergipe, Erônides assumiu o governo estadual, entregando-o três dias depois ao general José de Calasans, conforme critério adotado por Juarez Távora.

No dia 24 de outubro, consolidou-se a vitória da revolução com a deposição, no Rio, do presidente Washington Luís, e em 16 de novembro Augusto Maynard Gomes — líder de duas sublevações militares em Sergipe na década de 1920 — foi nomeado interventor federal no estado.

Nos anos seguintes, descontente com a administração estadual, Erônides de Carvalho passou a fazer oposição ao interventor, consolidando essa opção quando, em fins de 1932, o Governo Provisório chefiado por Getúlio Vargas convocou eleições para a formação de uma Assembléia Nacional Constituinte. Nessa época, Erônides, Gonçalo Rollemberg do Prado e Augusto César Leite foram os principais articuladores da União Republicana de Sergipe, fundada em 5 de março de 1933, enquanto Maynard Gomes apoiou a criação do Partido Republicano de Sergipe, que indicou candidatos à Constituinte pela lista “Liberdade e Civismo”. Nas eleições, realizadas em maio de 1933, Erônides de Carvalho, promovido a capitão no mês anterior, tornou-se suplente de Augusto César Leite, único deputado eleito na legenda de seu partido para a bancada sergipana na Constituinte, composta de oito membros.

Entretanto, em outubro de 1934 a União Republicana de Sergipe obteve a maioria das cadeiras da Assembléia Constituinte estadual que, em março do ano seguinte, encerrou seus trabalhos elegendo Erônides de Carvalho para governador. Inconformado com esse resultado, Maynard Gomes, a princípio, recusou-se a transmitir o cargo para seu sucessor, sem contudo conseguir impedir sua posse.

No governo do estado

No início de sua gestão, Erônides de Carvalho procurou saldar o débito do estado para com o Banco do Brasil, herdado da administração anterior, cujos atos foram sistematicamente desfeitos pelo novo governo. Baseado em pareceres do ex-presidente Epitácio Pessoa e dos juristas Heráclito Sobral Pinto e Mendes Pimentel, o governador anulou os decretos de criação do Tribunal de Contas e de alteração do funcionamento do Tribunal de Justiça, então chamado de Corte de Apelação do Estado, aumentando o número de desembargadores. Realizou também melhorias na Biblioteca Pública e reaparelhou a imprensa oficial, além de construir escolas, estradas, pontes, a cidade de menores “Getúlio Vargas” e o quartel do Corpo de Bombeiros. Vinculado profissionalmente à área de saúde pública, Erônides de Carvalho ampliou significativamente a capacidade da rede hospitalar do estado e realizou uma reforma geral no sistema de esgotos da capital. Conseguiu também uma verba de trezentos contos de réis da Câmara Federal para aumentar o combate ao banditismo que agia no interior do estado, especialmente o bando de Lampião.

Em novembro de 1935, ofereceu ao presidente da República tropas da Polícia Militar de Sergipe para colaborarem na repressão ao levante comunista deflagrado nesse mês em Natal, Recife e Rio de Janeiro. Rapidamente dominada, a rebelião deu lugar a uma das maiores ondas de repressão até então havidas no país submetido ao estado de sítio e, depois, ao estado de guerra até junho de 1937. Erônides determinou a realização de diligências policiais para descobrir possíveis ramificações da sublevação em Sergipe, concluindo que elementos ligados ao ex-interventor Maynard Gomes, seu adversário político, estavam envolvidos com os comunistas. Baseado nessas considerações, escreveu ao presidente Getúlio Vargas, solicitando a transferência de alguns oficiais que não gozavam de sua confiança. J. Pires Wynne, em seu livro História de Sergipe, nega a existência de qualquer vínculo entre Maynard Gomes e os comunistas, lembrando que, mais tarde, ele integrou o Tribunal de Segurança Nacional, encarregado de julgar os envolvidos no levante de 1935.

Em março de 1936, Erônides de Carvalho viajou para o Rio de Janeiro a fim de obter auxílio para o combate aos efeitos das secas e enchentes que assolavam regiões do estado, bem como para a realização de obras na barra de Aracaju, conseguindo a quantia de seiscentos contos para iniciar a dragagem. Em 1937, posicionou-se a favor da candidatura de José Américo de Almeida às eleições presidenciais previstas para o ano seguinte. Apesar de apoiar oficiosamente esse candidato, Vargas já articulava um golpe de Estado de caráter continuísta e, no início de outubro desse ano, conseguiu autorização do Congresso para decretar novamente o estado de guerra sob a alegação de que havia sido descoberto o chamado Plano Cohen, pretensamente elaborado pelos comunistas visando à tomada violenta do poder. Conforme comprovação posterior, tratava-se de um documento forjado, utilizado pelo governo e sua alta cúpula militar para favorecer a concretização do projeto golpista.

Erônides de Carvalho foi nomeado executor, em Sergipe, dos poderes excepcionais conferidos ao Executivo durante a vigência do estado de guerra, o mesmo acontecendo com todos os outros governadores estaduais, à exceção dos de São Paulo, Rio Grande do Sul e do prefeito do Distrito Federal. Em fins desse mês, o deputado Francisco Negrão de Lima, secretário-geral do comitê diretor da campanha eleitoral de José Américo, visitou vários estados do Norte e Nordeste, inclusive Sergipe, em missão secreta com o objetivo de arregimentar, em nome do governo federal, o apoio dos governadores ao golpe de Estado que, em 10 de novembro, implantou o Estado Novo, decretando a suspensão das eleições e o fechamento do Legislativo e dos partidos políticos.

Partidário do novo regime, Erônides foi confirmado no posto, convertido em interventor federal em Sergipe. Na nova fase de sua gestão, vários estudantes foram presos e condenados pelo Tribunal de Segurança Nacional, encarregado do julgamento dos opositores do Estado Novo.

Substituído pelo capitão Mílton Pereira de Azevedo em junho de 1941, Erônides de Carvalho declinou do convite para se tornar adido comercial brasileiro em um país africano, sendo então nomeado, em março de 1942, para a vaga de Maynard Gomes no Tribunal de Segurança Nacional, representando o Exército. Integrou o corpo de juízes desse tribunal até agosto de 1943, ano em que foi promovido a major médico, transferido para a reserva e nomeado tabelião do 14º Ofício de Notas da Justiça, no Rio de Janeiro.

Em 1945, com a reorganização da vida política nacional, tornou-se presidente do diretório regional de Sergipe e membro do diretório nacional do Partido Social Democrático (PSD).

Em fevereiro de 1952, foi promovido a tenente-coronel na reserva.

Faleceu no Rio de Janeiro em 19 de março de 1969.

Foi casado com Ivete de Melo Góis.

Publicou discursos e relatórios técnicos sobre saúde pública. Seu correligionário Augusto César Leite escreveu Em defesa do governador Erônides de Carvalho (1937).

Robert Pechman

FONTES: ARQ. GETÚLIO VARGAS; ARQ. MIN. EXÉRC.; ARQ. PÚBL. EST. SE; ASSEMB. NAC. CONST. 1934. Anais; CABRAL, O. História; Correio da Manhã (15/6/39); Diário do Congresso Nacional; Encic. Mirador; GUARANÁ, M. Dic.; INST. NAC. LIVRO. Índice; PEIXOTO, A. Getúlio; POPPINO, R. Federal; SILVA, H. 1937; WYNNE, J. História.

Continua Antônio Corrêa Sobrinho: 


Ainda a respeito da substanciosa intervenção do amigo Archimedes, fiquei intrigado quando comparei as imagens do Antonio Ferreira do O Malho (acima) com a considerada fotografia de Antonio Caixeiro, pai de Eronides de Carvalho (fotos que trago a seguir), na minha opinião as imagens não são da mesma pessoa.


https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?epa=SEARCH_BOX

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