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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Hilson Costa mostra Paisagem Urbana nesta sexta, no CPA


Começa às 19 horas a mostra das paisagens urbanas e sertanejas imortalizadas pelas suas mãos de artista.

O pauloafonsino Hilson Costa, chesfiano, há anos mora em Aracaju/SE, base do seu trabalho na subestações da Chesf no Estado de Sergipe e em Olindina, na Bahia.

Em Paulo Afonso, Hilson sempre se destacou na produção de pinturas, óleo sobre tela em quadros como os que estão na recepção e no teto da recepção do Memorial Chesf ou em grandes painéis expostos na galerias das Usina Paulo Afonso IV e Usina Hidrelétrica de Xingó e no auditório do Memorial Chesf.


Os painéis de Hilson Costa e suas telas mostram a paisagem urbana desde os operários da Chesf carregando pedras na cabeça, no início das obras da primeira Usina de Paulo Afonso às pastorinhas que animavam o Pastoril Juvenil de Natal, tantas vezes apresentado na Rua da Frente – Av. Getúlio Vargas, pelo saudoso Gilberto Leal, sem esquecer de personagens como o diretor técnico da Chesf, Amaury Menezes e o pioneiro Delmiro Gouveia e sua Usina Angiquinho.

Seguindo a sua vocação, Hilson Costa concluiu o Curso de Arquitetura na UNIT, em Aracaju e continua criando quadros, aperfeiçoando sua técnica, alguns deles com nuances da pintura chinesa e começa a mostrar esse trabalho em uma exposição que acontece nesta sexta-feira, a partir das 19 horas, no Espaço das Artes, (área circular), logo na entrada do Clube Paulo Afonso.


Para isso, Hilson Costa contou com a sensibilidade do diretor Sócio-cultural do CPA, também escritor, Sávio Mascarenhas e da diretoria do Clube.

Embora o tema da exposição seja Paisagem Urbana, o artista também oferece a oportunidade de admirar e refletir sobre personagens sertanejos que encantam a todos como o vaqueiro nordestino a quem Hilson Costa parece dar vida e movimento em sua criação.

Na visita que fez ao jornal Folha Sertaneja, Hilson Costa falou e passou aos escritores Antônio Galdino e João de Sousa Lima a sua empolgação com esse projeto que começa em Paulo Afonso, sua terra, mas é seu desejo levá-lo a muitas outras cidades de Sergipe e a outras cidades nordestinas.

Todos podem ver esse seu trabalho, cada dia melhor, no CPA, nesta sexta-feira, 6 de Fevereiro. A Exposição Espaço Urbano tem 40 telas que mostram da Ponte D. Pedro II passa por Angiquinho mostra a Kombi do seu Nestor, que há mais de 30 anos faz parte do cenário do Belvedere, onde os visitantes encontram rolete e caldo de cana e chega ao sertão, por onde passa, lépido, o vaqueiro nordestino, valente, destemido, destacado pelo mestre Ariano Suassuna como o nosso “príncipe, herói das caatingas”. O acesso é grátis.

Aqui, uma pequena amostra do trabalho de Hilson Costa. Vá ver mais vaqueiros, cachoeiras, pontes, igrejas, paisagens urbanas e também rurais, saídas das mãos do artista Hilson Costa para imortalizar o homem e a região sertaneja.


Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima

http://www.joaodesousalima.com/

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PE GOTHARDO LEMOS: MAIS UM GONZAGUEANO PARA A ETERNIDADE!!!



Publicado em 5 de fevereiro de 2015

OBRIGADO JOÃO PAULO
( Pe. Gothardo Lemos e Luiz Gonzaga)

De longe viestes
Pra estar no Nordeste
No meu Ceará
Teu gesto tão nobre
No rico e no pobre
Não se apagará
Da fé, peregrino
Ao Pastor Divino
Vieste adorar
Trazendo ao meu povo
Fervor todo novo
Pra Deus mais amor

João PauloII
De Deus, grande graça
O povo te abraça
Em ti, ver Jesus
Feliz te agradece
Por o visitares
E a Cristo adorares
Na terra da luz

Há séculos sofrendo
Rigor mais tremendo
De um clima feroz
O povo suporta
A fé nos conforta
Deus luta por nós
Se fica, padece
Se parte, entristece
Mas mostra o valor
De quem na pobreza
Descobre a riqueza
Da fé no Senhor

João Paulo II… 
Na tua passagem
A minha homenagem
Filial no Senhor
A terra sofrida
A mim tão querida
Beijaste com amor
Também eu te beijo
Meu maior desejo
É beijar tua mão
E fazer-te de veras
Promessas sinceras
De amar sempre o irmão

João Paulo II…
A tua visita
É graça bendita
Pro povo cristão
É felicidade
Privar da amizade
Do teu coração
Pastor muito amado
De amor nosso brado
A Deus levarás
E a Roma voltando
Saudades deixando
Entre nós ficarás

João Paulo II…
Compacto 1980

É COM IMENSA TRISTEZA QUE A CABANA DE GONZAGÃO TRAZ O FALECIMENTO DE PE GOTHARDO LEMOS NA MANHÃ DE HOJE. VEJA A MATÉRIA NA ÍNTEGRA NOTICIADA NO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE no Estado do Ceará.

“Torcedor-símbolo do Ceará, Padre Gotardo Lemos morre, aos 85 anos. Morreu, na manhã desta quinta-feira (6), aos 85 anos, o padre Gotardo Lemos, torcedor-símbolo do Ceará e autor da música “Obrigado João Paulo II”, que era considerado uma espécie de segundo hino do clube. O religioso encontrava-se internado havia mais de um mês, por problemas decorrentes de um infarto, que havia sofrido.

Padre Gotardo era tradicionalmente o celebrante das missas em ação de graças realizadas todos os anos no aniversário do clube. Além disso, o “Capelão Oficial do Ceará” era torcedor de arquibancada do time e facilmente encontrado nos estádios nos jogos do Alvinegro.

Em 1980, na oportunidade da visita do Papa João Paulo II, Gotardo compôs a música “Obrigado, João Paulo II”, canção interpretada por Luiz Gonzaga e que ficou conhecida pelo povo como “O Hino do Papa”. A torcida alvinegra adotou a canção para o clube e havia a crença de que, sempre que a mesma era entoada nos dias de jogos do Ceará, a vitória do Vovô era dada como certa. Na missa do centenário do clube, acontecida no ano passado, Padre Gotardo, já bastante debilitado e sem condições de presidir a celebração, foi homenageado pelo clube com uma placa alusiva à data.

Em nota, o Ceará lamentou a morte do padre-torcedor e se solidarizou com sua família. Gotardo Lemos também foi fundador do Colégio Juventus, tradicional escola que existiu na Capital.

O velório do religioso acontece ainda esta manhã na Funerária Ternura, no Bairro Dionísio Torres. Às 14h, uma missa de corpo presente será celebrada no local. Mais tarde, às 16h, o corpo do padre Gotardo Lemos Será sepultado no Cemitério São João Batista.”

PE FÁBIO MOTA

Enviado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano Kydelmir Dantas 

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PRINCESA-PB: MAIOR MANIFESTAÇÃO DE INSURGÊNCIA DO MANDONISMO LOCAL

Por José Romero Araújo Cardoso 

Eita Pau Pereira que em Princesa já roncou, eita Paraíba mulher macho sim senhor, eita Pau Pereira meu bodoque não quebrou! (Paraíba – Humberto Teixeira/Luiz Gonzaga).

A indicação de Epitácio Pessoa para que o sobrinho do poderoso oligarca de nome João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque presidisse o Estado da Paraíba teve raízes na faina corrupta que grassou a unidade federativa quando o renomado político assumiu a gestão executiva brasileira entre os anos de 1919 a 1921.

O boom econômico originado com a demanda externa por matérias-primas após a primeira guerra mundial motivou a elaboração de políticas públicas que tinham nas obras de açudagem o principal carro-chefe.

Para evitar fuga de divisas para os Estados vizinhos, Epitácio Pessoa pensou em dotar a capital paraibana de um porto com infraestrutura impecável que pudesse sanar velho problema que prejudicava inexoravelmente as finanças do Estado no qual expressava a figura maior do mandonismo local. Não conseguiu, pois o dinheiro para a construção do porto foi parar nos bolsos dos seus aliados.

Nessa época, a porção setentrional paraibana mantinha laços econômicos muito fortes com Mossoró, enquanto a meridional era ligada ao Recife, onde se destacava a família Pessoa de Queiroz como principal agente econômico do processo de exportação da produção gerada no semiárido.

A barreira orográfica representada pelo planalto da Borborema auxiliava bastante nas decisões dos produtores sertanejos de buscar outros pólos econômicos a fim de realizar negócios lucrativos, tendo em vista a deficiência de meios de transportes eficazes, pois geralmente os deslocamentos eram feitos com tropas de burros.

Quando assumiu a presidência paraibana, João Pessoa declarou guerra tributária que atingiu frontalmente a elite sertaneja agropastoril. A taxação sobre a produção, sobretudo a cotonicultura, fez com que a margem de lucros dos produtores caísse consideravelmente. Porteiras foram colocadas em pontos estratégicos para que a taxação sobre os produtos fosse realizada. Dessa forma logo os cofres do Estado foram abarrotados de dinheiro oriundo de majorações exorbitantes.

Em contrapartida, a situação social e econômica sertaneja foi se tornando periclitante, com a alta generalizada dos preços aliada à seca que teve início em 1926 com pequeno intervalo em 1929. Nesse ano a situação tornou-se ainda mais alarmante, pois foi deflagrada a grande crise na bolsa de valores Novayorquina, onde eram comercializadas as matérias-primas indispensáveis à reconstrução européia depois da primeira guerra mundial. Na guerra sem trégua ao mandonismo local, João Pessoa passou a agir de forma impensada sobre as bases do Epitacismo. Destituía ou transferia sem a menor cerimônia pessoas importantes do esquema oligárquico, como chefes de mesas-de-renda. O Estado da Paraíba ficou conhecido como a “Suíça Brasileira”, graças à mão-de-ferro do Presidente que restabeleceu as finanças públicas, extremamente combalidas com a fase aguda de corrupção que marcou as gestões de Sólon de Lucena (1920-1924) e de João Urbano de Vasconcelos Suassuna (1924-1928).

João Pessoa foi convidado pelos governos gaúcho e mineiro para compor a chapa da Aliança Liberal, em vista que havia sido desmanchada a política do café com leite quando da indicação de Júlio Prestes para suceder Washington Luís. Dessa formas, como candidato a vice-presidente, o chefe do executivo paraibano chegou a Princesa, reduto do “Coronel” José Pereira Lima, principal município prejudicado pelas ousadas políticas públicas adotadas pelo sobrinho do poderoso Epitácio Pessoa.

João Pessoa e comitiva foram bem recebidos. Princesa, localizada no cordão de serras que divisa o Estado da Paraíba do Estado de Pernambuco, estava toda enfeitada com bandeiras vermelhas, símbolo da Aliança Liberal, pois era o representante do Epitacismo que se encontrava no território que devia vassalagem à expressão maior da política de compromissos que caracterizava a República Velha.

Quando João Pessoa mostrou a chapa da Aliança Liberal, a qual excluía o nome de João Suassuna, estava sendo selado o rompimento do “Coronel” José Pereira com as bases da orientação política que até então seguia.

A confirmação veio quando o presidente chegou à capital e recebeu telegrama do chefe político Princesense em tom desafiador, no qual informava seguir rumo próprio em companhia de correligionários espalhados pelo Estado. Trocas de telegramas cada vez mais acintosos não deixaram margem a nenhuma dúvida, pois João Pessoa escudando-se na defesa da ordem em razão do pleito eleitoral a ser realizado em 28 de fevereiro de 1930 decidiu de forma intransigente enviar tropas para o sertão, sendo declarada neste dia a guerra de Princesa.

Conforme o brioso oficial paraibano Ademar Naziazene, em livro sobre a história da polícia militar paraibana, o número total do contingente a disposição do presidente João Pessoa era 890 combatentes. A primeira investida foi sobre a vila do Teixeira, reduto da família Dantas, invadida pela tropa comandada pelo Tenente Ascendino Feitosa que aprisionou vários membros deste clã sertanejo.

À disposição do “Coronel” José Pereira foi formado verdadeiro exército composto de mais de 2.800 homens, armados e municiados principalmente com rifles winchester calibre 44. Depoimentos prestados pelo Coronel Manuel Arruda de Assis ao NDIHR/UFPB registraram que as armas estavam ainda encaixotadas com o selo da importadora Matarazzo.

A Polícia Militar paraibana lutava com armas obsoletas, com munição vencida, impossível de ser usada de forma adequada. Para tentar contornar a situação dramática, o governo gaúcho montou esquema de contrabando em barris de sebo, tendo em vista que a alfândega, enquanto órgão federal, era controlada pelo perrepistas.

Zé Pereira enviou cerca de 500 homens, comandados por Lindu e Luiz do Triângulo, para soltar os Dantas que se encontravam aprisionados e ameaçados de ser sangrados. O movimento armorial, liderado por Ariano Suassuna, reconheceu o gesto heroico, concedendo título de nobreza ao último comandante supracitado, em obra por título “O Romance da Pedra do Reino”.

Foram quase cinco meses de combates inenarráveis, quando se destacaram nomes como Marcolino Pereira Diniz, Manuel Lopes Diniz, Cícero Bezerra, Sinhô Salviano, João Paulino, Caixa de Fósforo, entre outros, do lado do “Coronel” José Pereira, enquanto combatentes fiéis a João Pessoa se destacaram Coronel Elísio Sobreira, Raimundo Nonato, Clementino Quelé, Jacob Franz, gaúcho que saiu do Rio Grande do Sul para servir à causa da Aliança Liberal, entre muitos outros, comandados pelo Secretário de Interior e Justiça José Américo de Almeida.

Com total apoio do Palácio do Catete, Zé Pereira conseguiu que Princesa se tornasse território livre e independente, com constituição própria, hino e bandeira próprios, exército próprio, enfim, legalmente separada do Estado da Paraíba. A família Pessoa de Queiroz, com quem o chefe princesense mantinha laços econômicos e pessoais estreitos e marcantes, manteve-se impávida ao lado das oligarquias insurgentes durante toda a luta, não obstante a proximidade familiar com o Presidente João Pessoa.

Sobre Princesa, Ruy Facó destacou em Cangaceiros e Fanáticos que o território transformou-se em fortaleza inexpugnável s que sobre seus muros vacilavam as tropas regulares. Com certeza, pois a cidadela insurgente e seus arredores foram fortificados e defendidos com unhas e dentes na maior demonstração de rebeldia do mandonismo local na República Velha.

Em 26 de julho de 1930, após constatar a ausência de ética ensejada pelas batalhas, quando diário e cartas íntimas foram publicadas na imprensa oficial paraibana, o advogado João Duarte Dantas foi à caça do Presidente João Pessoa pelas ruas do Recife, encontrando- o na companhia de amigos na confeitaria Glória. Os tiros que mataram João Pessoa puseram fim à luta e a uma era, pois em outubro de 1930 foi deflagrada a revolução que iria gradativamente cercear o poder dos “Coronéis” e instituir nova ordem abalizada na ênfase ao nacional-populismo que caracterizou o período varguista.

In: C268n Cardoso, José Romero de Araújo. Notas para a História do Nordeste / João Pessoa: Ideia, 2015. 119p. ISBN 978-85-7539-961-3 1. História – Nordeste - Brasil CDU 625 P. 71-74.

Enviado pelo escritor, professor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso.

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COQUETEL MARCA LANÇAMENTO DO CARIRI CANGAÇO PRINCESA 2015, EM FORTALEZA


Na última semana a Curadoria do Cariri Cangaço reuniu vários pesquisadores e amigos para Coquetel de Lançamento em Fortaleza, do esperado Cariri Cangaço Princesa 2015; evento que reunirá de forma inédita os maiores pesquisadores da temática, durante três dias nos municípios de Princesa Isabel e São José de Princesa, na Paraíba.

Manoel Severo promotor do encontro ressaltou a grande e surpreendente expectativa gerada em todo o Brasil em torno do Cariri Cangaço em terras do cel José Pereira e de Marcolino Diniz: "Sabíamos que Princesa e Patos de Irere, pela grandeza de suas histórias, pelo personagens marcantes que ali escreveram com páginas de suor e sangue, episódios vitais para o nosso país, por si já fariam do evento por demais esperado, entretanto me surpreendeu além da conta, a enorme repercussão de nossa chagada a Princesa Isabel e São José; hoje com apenas poucos dias de divulgação, ainda sem a programação fechada, sem maiores informações aos nossos amigos, já temos 76 confirmações de pesquisadores de todo o Brasil. Agora é ao lado do confrade Emmanuel Arruda, ao lado de nossa Secretária de Cultura Socorro Mandu e com o apoio do Prefeito Domingos, de Princesa e da querida Rúbia Matuto de São José, realizar um evento que fique na memória do estimado povo daquelas cidade e também no coração de nossos convidados de todo o Brasil, que vão sem dúvidas, invadir o Cariri Cangaço Princesa 2015". 
  
Wescley Rodrigues, Manoel Severo e Comendador Mariano
Dra Maria Amélia, Tomaz Cisne e Ezequias Aguiar

Para Wescley Rodrigues, Conselheiro Cariri Cangaço e sócio da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, o Cariri Cangaço Princesa "já se configura como mais um grande sucesso da marca Cariri Cangaço e com certeza mais uma vez a Paraíba se faz presente, aumentando nossa responsabilidade, mas sem dúvidas teremos um evento inesquecível".

Já Aderbal Nogueira, também Conselheiro Cariri Cangaço e Diretor do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, "não podia ser diferente, o Cariri Cangaço chegando a Princesa Isabel e São José; onde fica o lendário Casarão de Patos; berço da revolta de Princesa, no episódio do Território Livre, só podia, sem dúvidas gerar essa expectativa toda, mas garantimos que quem vier ao Cariri Cangaço Princesa 2015, não vai se arrepender".

Ingrid Rebouças e Dra. Maria Amélia
Manoel Severo, Wescley Rodrigues, Afrânio Gomes e Aderbal Nogueira
Manoel Severo, Dra. Maria Amélia e Comendador Mariano

O Cariri Cangaço Princesa 2015, inaugura a agenda de atividades do evento para este ano, e se realizará entre os dias 19 e 20 de Março, nos municípios de Princesa Isabel e São José de Princesa, na Paraíba; sob a coordenação de Manoel Severo, Emmanuel Arruda e Socorro Mandu, com o apoio das Prefeituras de Princesa e São José e ainda a assinatura da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, do GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará e do GPEC - Grupo Paraibano de Estudos do Cangaço. 

Em breve Programação Completa e Informações Gerais...


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AS CABEÇAS DE ANGICO

Por Geraldo Júnior

Após terem sido mortos, os cangaceiros tiveram suas cabeças decepadas e levadas para serem exibidas em diversas cidades nordestinas.

A princípio todos os cangaceiros mortos foram identificados, porém essa identificação realizada ainda no calor dos acontecimentos gerou dúvidas entre pesquisadores e estudiosos, em relação a sua autenticidade.

Alguns dos cangaceiros(as) mortos(as) em Angico eram personagens conhecidos de seus algozes e de populares, o que facilitou para que fosse realizada a identificação de suas cabeças com maior precisão, porém os demais, até os dias atuais, ainda não se chegou a uma unanimidade, entre estudiosos, quanto as suas identificações.

Recentemente através de informações obtidas por um pesquisador (Luiz Ruben), descobriu-se a verdadeira identificação de um dos mortos, sendo ele... LUIZ DE THEREZA (5º da esquerda para a direita na primeira fila na imagem abaixo)... porém, como não deixaria de ser diferente... há quem conteste a autenticidade dessa descoberta.

Identificando:

1ª Fileira da esquerda para a direita: LAMPIÃO - MARIA BONITA - LUIZ PEDRO - QUINTA FEIRA - LUIZ DE THEREZA.

2ª Fileira da esquerda para a direita: NÃO IDENTIFICADO - NÃO IDENTIFICADO - ENEDINA (Companheira do cangaceiro Zé de Julião - Cajarana) - NÃO IDENTIFICADO - NÃO IDENTIFICADO - MERGULHÃO.

Obs: Deixando claro que há quem pense de maneira diferente.

Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)

Fonte: Facebook
Página: Geraldo Júnior Ocangaço

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A IMPORTÂNCIA DO CORDEL EM SALA DE AULA


Veículo de fabuloso fomento à identidade regional, o cordel tem nas camadas populares seus mais constantes e fiéis consumidores, sendo através dos tempos valorizado e cultuado como a verdadeira e autêntica literatura nordestina, o livro de bolso do povo da região.

Há ênfase a diversos clássicos da Literatura de Cordel, os quais são estudados com seriedade em importantes academias espalhadas mundo a fora, não obstante ser recente o estudo desse gênero em Universidades Brasileiras.

Entre esses, destacam-se as produções de Leandro Gomes de Barros, João Martins de Athayde, José Camelo de Melo, José Pacheco, João Ferreira de Lima, entre outros, inspiradores do Movimento Armorial, criado pela genialidade ímpar de Ariano Suassuna.

A importância de estudar o cordel em sala de aula está sendo enfatizado em projeto ousado e inovador, por título Acorda Cordel, coordenado pelo poeta popular, radialista, ilustrador e publicitário cearense Arievaldo Viana, nascido aos 18 de setembro de 1967, nos sertões adustos de Quixeramobim, terra que também viu nascer o beato Antônio Conselheiro.

Intitulado Acorda Cordel na Sala de Aula, folheto de número 70 da Coleção Queima- Bucha, publicado em Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, em janeiro de 2006, esse cordel traz ilustração de capa do próprio autor.


Vale ressaltar que Arievaldo Viana foi eleito no ano de 2000, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, ocupando a cadeira de número 40, cujo patrono é o poeta popular João Melchíades Ferreira.


Arievaldo Viana desenvolve sua verve extraordinária alertando sobre a necessidade de primar por normas ortográficas e gramaticais corretas, tendo em vista que o cordel, quando usado para a alfabetização, principalmente de jovens e adultos, deve respeitar a linguagem corrente, sem erros grosseiros que atrapalhem os objetivos propostos em seu projeto de fomento ao processo ensino-aprendizagem.

O autor sintetiza a influência do cordel em sua vida, desde a infância, quando se verificou o contato do mesmo com grandes nomes da literatura regional, cujas histórias eram lidos pela avó com o frenético entusiasmo de quem se rende aos encantos das bravuras e feitos épicos narrados primorosamente em folhetos de diversos mestres do passado.

Arievaldo Viana confessa, sem titubear, que os versos geniais decorados de diversos cordéis, tiveram influência mais incisiva que os livros nos quais estudou. O cordel tinha decisiva importância na formação do povo nordestino em razão que o advento do rádio e da televisão era pouco enfático. A mídia ainda não havia contaminado efetivamente o imaginário do povo nordestino.

A fim de que recuperemos nossa identidade vilipendiada pelos rumos da globalização, o autor frisa a importância de que cada biblioteca estruture sua cordelteca como fonte de saber.

Aviso singular quanto à utilidade do cordel, está contido na necessidade da observância da métrica, rima e oração que cada folheto deve conter, visto que, na brilhante advertência do autor, deve existir sequência lógica para que o estudo seja contemplado de êxitos.

A influência da avó é destacada intensamente no folheto, como forma de exaltar a importância do cordel na sala de aula, pois conforme o autor, esta teria sido sua mais completa fonte de inspiração para que se desabrochasse o amor pelo gênero mais identificador da verdadeira cultura nordestina.

In: C268n Cardoso, José Romero de Araújo. Notas para a História do Nordeste. João Pessoa: Ideia, 2015. 119 p. ISBN 978-85-7539-961-3 1. História – Nordeste - Brasil CDU 625. P. 83 - 84.

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A revista O Cruzeiro de 26 de setembro de 1953 publicava:

Material do acervo do pesquisador Adalto Silva

Há exatos 62 anos, a revista O Cruzeiro de 26 de setembro de 1953, publicava este material:


Observe ao lado esquerdo desta página João Bezerra da Silva colocando flores sobre as pedras onde o seu irmão Virgulino Ferreira da Silva, o sanguinário Lampião foi assassinado.

Fonte: facebook

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