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segunda-feira, 17 de maio de 2021

ENTREVISTA COM SINHÔ PEREIRA - ANTIGO CHEFE DE LAMPIÃO.

 Por Geraldo Júnior

https://www.youtube.com/watch?v=WN9q2-s4NLA&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Cangaçologia

O antigo chefe cangaceiro Sinhô Pereira no ano de 1971 durante visita realizada à cidade de Serra Talhada em Pernambuco, sua terra natal, concedeu uma entrevista ao seu parente, Luiz Conrado de Lorena e Sá e falou sobre seu passado e sobre sua vida após ter abandonado o cangaço no ano de 1922 e a respeito do seu envolvimento com Lampião e seus irmãos (Antônio e Livino). Uma história de vida fantástica envolvida em vinganças, sofrimentos e sangue. A entrevista realizada por Lorena, que a princípio foi publicada escrita, foi por mim narrada e transformada em um documentário, visando garantir assim uma maior inclusão, abrangência, acessibilidade e entendimento por parte dos interessados pelo tema. Espero que gostem desse novo formato de apresentação que criamos, porque daqui pra frente vamos publicá-lo com maior frequência. Agradeço a todos vocês pela aceitação aos nossos trabalhos e por nos acompanharem. 

Grato. Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador do canal.

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NAZARÉ DO PICO A ORIGEM DAS FAMÍLIAS FLOR E JURUBEBA - INIMIGAS DE LAMPIÃO.

 Por  Geraldo Júnior

https://www.youtube.com/watch?v=eC2c6mAWyBQ&ab_channel=Canga%C3%A7ologiaCanga%C3%A7ologia

Cangaçologia

A origem e a história de duas famílias inimigas de Lampião e que deram origem a alguns dos mais temidos e respeitados combatentes que atuaram contra o cangaço lampiônico e o banditismo imperante nos sertões do Nordeste durante as primeiras décadas do século passado. A origem a essência da história. INSCREVAM-SE TAMBÉM: https://www.youtube.com/channel/UCjSU... Assistam e ao final deixem seus comentários, críticas e sugestões. INSCREVAM-SE no canal e ATIVEM O SINO para receber todas as nossas atualizações. 

Forte abraço... Cabroeira! 

Atenciosamente: Geraldo Antônio de Souza Júnior - Criador e administrador dos canais Cangaçologia e Arquivo Nordeste. Seja membro deste canal e ganhe benefícios: https://www.youtube.com/channel/UCDyq...

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HISTÓRIAS DO CANGAÇO - A MORTE DE LÍDIA.

Por Geraldo Júnior
https://www.youtube.com/watch?v=qCrTSeO2QTM&ab_channel=Canga%C3%A7ologia

Cangaçologia

O envolvimento da jovem baiana Lídia Pereira de Sousa "Lídia de Zé Baiano" com o cangaço aconteceu durante o segundo semestre do ano de 1931, quando conheceu o afamado e temido cangaceiro Zé Baiano. Sem pensar nas conseqüências a jovem sertaneja decide abandonar a casa dos pais para seguir pelas veredas do cangaço em companhia do temível cangaceiro. Arrependida da decisão tomada de forma impensada, Lídia tenta voltar atrás, porém já era tarde demais. Infeliz e angustiada por estar ao lado de um homem por quem não mantinha sentimentos amorosos, Lídia comete outro grande erro ao se envolver em um caso amoroso com outro cangaceiro de alcunha Bem-Te-Vi III (Ademórcio) o que veio a ocasionar sua morte através das mãos do enfurecido e traído Zé Baiano. A história completa vocês conhecerão nesse documentário cuja cena foi extraída do Filme “CORISCO – O DIABO LOIRO” (1969) de Carlos Coimbra. 

ASSISTAM... Adendo / Edição: Geraldo Antônio de Souza Júnior

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PEÇA LOGO ESTES TRÊS LIVROS PARA VOCÊ NÃO FICAR SEM ELES. LIVROS SOBRE CANGAÇO SÃO ARREBATADOS PELOS COLECIONADORES.

   Por José Mendes Pereira


A primeira obra é "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS" que já está na 5ª. edição, e aborda o fenômeno do cangaço e a vida do maior guerrilheiro das Américas. Um homem que não temeu às autoridades policiais  e muito menos aqueles que lutavam contra a sua pessoa, na intenção de desmoralizá-lo nas suas empreitadas vingativas, e eliminá-lo do solo nordestino. Realmente foi feito o extermínio do homem mais corajoso e mais admirado do Nordeste do Brasil, na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe, mas não em combate, e sim, através de uma emboscada muito bem organizada pelo alagoano tenente João Bezerra da Silva. 


O Segundo livro da trilogia do escritor e pesquisador do cangaço é: "FATOS ASSOMBROSOS DA RECENTE HISTÓRIA DO NORDESTE" com 332 páginas, e um grande acervo de fotos relacionado ao assunto. E para aqueles que gosta de ler e ver fotos em uma leitura irá se sentir realizado com todas as fotos.


O terceiro livro da trilogia também do escritor José Bezerra Lima Irmão é: "CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO NORDESTE" resgata fatos sobre os quais a história oficial silencia ou lhes dá uma versão edulcorada ou distorcida: o "desenvolvimento" do Brasil, o desumano progresso de colonização feito a ferro e fogo, Guerra dos Marcates, Cabanada, Balaiada, Revolução Praieira, Ronco da Abelha, Revolta dos Quebra-Quilos, Sabinada, Revolta de Princesa, as barbáries da Serra do Rodeador e da Pedra do Reino, Guerras de Canudos, Caldeirão e Pau-de-Colher, dando ênfase especial à saga de Zumbi dos Palmares, Invasões Holandesas, Revolução Pernambucana de 1817, Confederação do Equador e Guerras da Independência, incluindo o 2 de Julho, quando o Brasil se tornou de fato independente... São assuntos que dão gostos a gente lê-los.  

Adquira-os com o professor Pereira através deste e-mail: 

franpelima@bol.com.br

ou com o autor através deste g-mail: 

josebezerralima369@gmail.com

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O CANGAÇO NA LITERATURA

Por O Cangaço na Literatura

PROGRAMAÇÃO: I Simpósio do Cangaço na Literatura

De 17 de maio a 21 de maio de 2021

Evento este em comemoração aos 4 anos do programa O Cangaço na Literatura, que apaga velinhas no dia 18 de maio

Programação:

Segunda-Feira 19h, 17 de maio

Luiz Ruben (Paulo Afonso-BA) - Catalogação de jornais raros

Dr. Leandro Cardoso (Teresina-PI) - Medicina do Cangaço

Maria Quiteria de Moraes (Caruaru-PE) - A Herança do Cangaço

Sorteio: Heróes e Bandidos (Gustavo Barroso, primeira edição de 1917)

Terça-Feira 19h, 18 de maio

Robério Santos (Itabaiana-SE) - Literatura do Cangaço

Humberto Mesquita (Paris/França) - Rastejando Cangaçeiros

Eutímio Carvalho (Cícero Dantas-BA) - Produção de Cinema do Cangaço em 2021

Sorteio: Lampião Senhor do Sertão (Élise Jasmin)

Quarta-Feira 19h, 19 de maio

Afonso Villasanti (Campinas-SP) - A Ópera do Cangaço

Moreira de Acopiara (São Paulo-SP) - O Cangaço e o Cordel

Roosevelt Fernandes (Campina Grande) - A Arte do Couro

Sorteio: Lampião na Bahia (Oleone Coelho Fontes)

Quinta-Feira 19h, 20 de maio

Tamirys Karolyne (Princesa Isabel-PB) - A Arte da Cutelaria do Cangaço

Beto Patriota (Poço Redondo-SE) - Xaxado: A Dança dos Cangaçeiros

Murilo Mello (Salvador-BA) - Canudos Eterno

Sorteio: Apagando Lampião (Frederico Pernambucano de Mello)

Sexta-Feira 19h, 21 de maio

Exibição do filme A ÚLTIMA SEMANA DE LAMPIÃO (1986). Produção rara da TV Aperipê.

Sorteio: A Guerra Total de Canudos (Frederico Pernambucano de Mello)

Todas as palestras estarão no canal do YouTube O Cangaço na Literatura

Obrigado a todos!

https://www.facebook.com/groups/1995309800758536

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ENTREVISTA ESCRITORA ELANE LIMA MARQUES

Escritores Archimedes Marques, Elane Lima Marques e João de Sousa LIma

"Satisfação pessoal em ver o meu trabalho sendo divulgado, propalado, lido, por vezes elogiado pelo público; enfim, deixando como parâmetro para pesquisas de futuras gerações.”

Elane Lima Marques nasceu em Aracaju em 17 de março de 1959. Na graduação, é formada em Pedagogia pela Faculdade Pio X, com especialização em Administração Escolar. Na pós-graduação cursou Psicopedagogia Institucional e Clínica. Na área de voluntariedade notabiliza-se no Lions Club International, tendo ocupado a Presidência do Lions Clube Atalaia, assim como os cargos de Coordenadora do Gabinete de Integração, Assessora da Mulher e da Família, Assessora Distrital das Crianças, Assessora Distrital de Eventos, Presidente da Divisão D, e atualmente exerce o cargo de Presidente da Região D do Distrito LA3 que abrange Pernambuco, Alagoas e Sergipe. É sócia também do Woman’s Club International of Sergipe onde ocupa o cargo de 2ª Vice-Presidente.

Boa leitura!

Pesquisadora aracajuense apresenta ‘Sila, do Cangaço ao Estrelato”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

Escritora Elane Lima Marques, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que a motivou a ter gosto por temáticas voltadas para o cangaço?

Elane Marques - Sendo Conselheira do Movimento Cariri Cangaço e acompanhando o meu companheiro, escritor Archimedes Marques, também me apaixonei por esse tema culminando em escrever o livro “Sila, do Cangaço ao Estrelato”, uma obra que minucia a história de vida dessa cangaceira, companheira de Zé Sereno, uma mulher que sobreviveu ao cangaço e também venceu na grande metrópole São Paulo.

Em que momento pensou em escrever “Sila, do Cangaço ao Estrelato”?

Elane Marques - Na qualidade de autêntica representante da mulher, conforme sempre procurei ser em todas as áreas de minha atuação, quando me inteirei mais profundamente do tema cangaço, procurei dentre as cangaceiras aquela que melhor fizesse parte do meu perfil, pois pretendia escrever algo a seu respeito. Assim, em uma dessas pesquisas de campo alguns anos atrás, próximo a Curituba, município de Canindé do São Francisco, em Sergipe, conhecemos uma pessoa encantadora, humilde, um homem simples e castigado pelo tempo: José de Souza Lins Ventura, mais conhecido por Zé Leobino, vaqueiro aposentado, nascido na fazenda Cuiabá, em 3 de fevereiro de 1924. Zé Leobino, nos seus doze anos

de idade, conheceu Lampião, Maria Bonita e diversos outros cangaceiros, dentre os quais Sila, que sempre se acoitavam naquela propriedade pertencente à portentosa família Brito que dominava o baixo São Francisco. Após sermos apresentados, depois de uma curta conversa, ele foi logo dizendo que eu era bonita e bem feita igual a Sila, com uma “anca” bem torneada, também uma mulher determinada, decidida e acima de tudo, uma mulher que demonstrava saber o que queria, enfim, o retrato em pessoa de Sila. Oportunamente fizemos outra visita ao simpático Zé Leobino, e novamente esse “galanteador” asseverou estar olhando para Sila, para ele a mais bela das cangaceiras. Desse modo, vaidosa como sempre fui, me despertou a ideia fixa de melhor pesquisar essa mulher, uma brava cangaceira do passado e uma grande mulher no período pós-cangaço. Aquele cansado homem me fez ver o que estava “escrito nas estrelas”, ou seja, que eu deveria escrever sobre Sila, e assim foi feito.

A autora e o grande Zé Leobino

Apresente-nos a obra.

Elane Marques - O envolvimento de Sila com o cangaço se deu na segunda metade de 1936, quando passou a conviver maritalmente com o então cangaceiro Zé Sereno (José Ribeiro Filho) que pertencia ao bando de Lampião. Esse acontecimento mudou para sempre a vida dessa jovem sertaneja, natural de Poço Redondo, Sergipe, menina nos seus 13 anos de idade que, juntamente com sua família, se tornou a partir de então alvo das perseguições das Forças Policiais Volantes que atuavam no combate ao banditismo pelos sertões. Sila e seu companheiro estiveram presentes em alguns combates e sobreviveram à emboscada realizada pela Força Policial Volante de Alagoas, comandada pelo então Tenente João Bezerra, que vitimou Lampião, Maria Bonita e outros nove cangaceiros, além de um soldado da Força Policial, fato ocorrido em 28 de julho de 1938 na grota do Angico, em Sergipe. Após a morte de Lampião, o casal se entregou às autoridades em troca da anistia prometida pelo governo Vargas, e pouco tempo depois de serem liberados pela Justiça, seguiram perambulando a pé pelas estradas vivendo grandes aventuras,

com destino ao sul da Bahia, indo posteriormente para Minas Gerais e por fim para a grande São Paulo, onde se estabeleceram definitivamente.

De que forma Sila se destacou após o cangaço?

Elane Marques - Assim que chegou a São Paulo, nasceu o quarto filho com vida do casal; entretanto, somente três estavam em sua companhia, pois o primeiro, nascido na época de cangaço, fora entregue a terceiros para uma melhor criação. A exemplo das outras paragens, sem dinheiro algum, comeram o “pão que o diabo amassou” entre os paulistanos da periferia, não somente por terem um passado de sangue, mas principalmente por serem sertanejos nordestinos, pior ainda, por terem sido cangaceiros. Mas os dois foram à luta: Zé Sereno fazia “biscate” aqui e acolá até que conseguiu um emprego fixo como vigilante e faxineiro em uma escola municipal. Sila, por sua vez, mostrava seus dotes na costura. Costurava em casas diversas ganhando diárias ou por encomenda. Costurava na sua residência as roupas dos clientes da redondeza.

Sila em dois tempos

do-se como podia. Durante alguns anos, trabalhou como costureira na TV Bandeirantes, costurou roupas para as dançarinas do Chacrinha, foi camareira das atrizes Regina Duarte e Fernanda Montenegro. Também fez figuração nas novelas “Sapos e Beijos” e “Os Imigrantes”. Auxiliandonas filmagens da minissérie “Lampião”, da Globo, nos anos 80, regressou ao palco de sua tragédia. Sila começou a viajar, dar palestras e resgatar a epopeia do cangaço, que viveu na carne. Mas Sila era “ranhenta”, sempre queria mais. Quando descansava, estava lendo ou escrevendo algo, aprimorando a língua portuguesa, daí virou escritora, autora de três livros: (SOUZA, Ilda Ribeiro de. “Sila Uma Cangaceira de Lampião”. São Paulo: Traço Editora e Distribuidora Ltda, 1984. / SOUZA, Ilda Ribeiro de. “Sila, Memórias de Guerra e Paz”. Recife: Imprensa Universitária, 1995. / SOUZA, Ilda Ribeiro de. “Angicos Eu Sobrevivi”. Oficina Cultural Mônica Buonfiglio, 1997). Pelo fato de ser conferencista em vários eventos, congressos e afins, Nordeste afora, Sertão adentro e noutros tantos lugares do Brasil, passou a ser mais conhecida ainda, dando entrevistas para muitas revistas, rádios, televisões, jornais... Sila agora já era uma celebridade, uma estrela... 

A cangaceira Sila

Devido ao seu excelente desempenho, montou um atelier de costura nos Jardins, em São Paulo e fez bicos de vendedora e enfermeira, viran

Quais os principais desafios para a escrita do enredo que compõe o livro?

Elane Marques - Os desafios e dificuldades vieram e se foram à medida que a “colcha de retalhos” ia sendo remendada com a ajuda do meu companheiro, do amigo escritor Paulo Gastão, do cineasta Aderbal Nogueira, do pesquisador Geraldo Junior e dos remanescentes familiares de Sila, dentre tantos outros pesquisadores que contribuíram para a grandeza da obra.

O que mais a marcou enquanto escrevia o enredo que compõe “Sila, do Cangaço ao Estrelato”?

Elane Marques - Sem sombra de dúvida, o que mais me marcou foi o falecimento de Gilaene de Souza Rodrigues, a Gila, filha de Sila, pessoa que acolheu na totalidade os meus propósitos, que me forneceu importantes informações, fotografias iné-

Onde podemos comprar seu livro?

Elane Marques - Nas livrarias: Leitura, no Shopping Boa Vista, em Salvador; e Escariz, no Shopping Jardins, em Aracaju. Também por correspondência fazendo o pedido pelo meu e-mail: marqueselane2@bol.com.br

Quais os seus principais objetivos como escritora?

Elane Marques - Satisfação pessoal em ver o meu trabalho sendo divulgado, propalado, lido, por vezes elogiado pelo público; enfim, deixando como parâmetro para pesquisas de futuras gerações. 

Sila

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor a escritora Elane Lima Marques. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Elane Marques - Desejo que as pessoas não deixem os livros impressos morrerem. Adquiram, leiam, continuem colecionando e engordando suas bibliotecas. Usem seus computadores e celulares para outros fins, esquecendo um pouco dessa história de livro virtual.

ditas; enfim, uma santa alma que se colocou à minha inteira disposição e que ficou radiante com minha ideia de escrever sobre sua mãe. Uma pessoa extraordinária que também deixou marcadas as suas considerações no meu livro em texto simples, mas direto sobre seus pais. Uma pessoa que também viria pessoalmente para o lançamento do meu livro, mas que infelizmente faltando apenas alguns dias para o evento partiu para o outro mundo, quem sabe a se reencontrar com Sila e Zé Sereno.

O que mais a encanta na trama?

Elane Marques - A lição de vida que nos traza grande Sila, provando que quando há perseverança se pode mudar da água para o vinho.

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EX-CANGACEIRA NARRA MORTE DE LAMPIÃO

Ana Francisca Ponzio - Especial para A Folha - São Paulo, domingo, 30 de julho de 1995 - Cotidiano

Hoje dona Sila tem medo de cobra e sapo. Nem parece a cangaceira que, há quase 60 anos, participou do bando de Lampião, o mito das caatingas, misto de bandido e justiceiro, que morreu em uma emboscada em 1938.

Costureira aposentada, Sila é viúva de Zé Sereno, homem de confiança de Lampião. Foi ele quem a sequestrou, quando ela tinha 14 anos, para transformá-la em companheira e cangaceira.

Os dois tiveram quatro filhos e ficaram juntos até que um enfarte o matou, em 1981. Na época, já viviam em São Paulo, para onde vieram em 1945, após a anistia concedida por Vargas aos cangaceiros sobreviventes.

Alheia às versões sobre o cangaço, Sila está lançando um livro de memórias.

``Sila - Memórias de Guerra e Paz" narra as experiências da autora desde a entrada no cangaço. ``A partir de meus depoimentos, foi lançado um livro sobre minha vida, em 84. Como a assinatura era de outra pessoa e nunca vi a cor do dinheiro, resolvi contar minha história para que meus netos saibam que fui uma mulher corajosa e batalhadora".

Na verdade, Sila é o apelido que Ilda Ribeiro de Souza ganhou na infância. Nascida na cidade de Poço Redondo, interior de Sergipe, era filha de um fazendeiro. Com oito irmãos, ela perdeu a mãe aos seis anos e o pai aos 13.

Aprendeu a costurar e bordar -habilidade que continuou praticando no cangaço, durante os curtos períodos de trégua policial. Apesar da aridez do sertão, os cangaceiros gostavam de vestir roupas enfeitadas, além de usar jóias.

Andar perfumado era outro hábito dos homens e mulheres do cangaço. ``Ganhávamos perfumes estrangeiros dos fazendeiros que nos protegiam. Banho era mais difícil, só tomávamos quando parávamos em algum lugar seguro."

Ao contrário do que já se disse, os homens do cangaço não costuravam. ``Esta era uma tarefa das mulheres. Cozinhar, sim, era costume dos cangaceiros", diz Sila.

Ela conta que teve um filho um ano após se juntar a Zé Sereno. ``Maria Bonita foi a parteira". Como não eram permitidas crianças no cangaço, Sila entregou o filho, que chamou de João do Mato, aos cuidados de conhecidos de sua família. Muitos anos depois, ela soube que o bebê morreu com poucos dias de vida. ``Era uma vida sacrificada. Só cangaceiro aguentava, os soldados não".

Sila acompanhou o bando, ainda que contrariada com Zé Sereno por tê-la raptado. No segundo dia de cangaço, após muita caminhada, ela presenciou o primeiro confronto entre o bando de Lampião e os mocas, ou macacos, como eram chamados os soldados. ``Com o tempo, a gente vai se acostumando com o que é bom e o que é ruim", comenta Sila, na casa em que mora com o filho mais novo, Wilson, no Butantã (zona oeste de SP).

Sila nunca entendeu bem os porquês do cangaço. ``Não havia muito tempo para conversa".

Contudo, ela guarda boas lembranças dos antigos companheiros. ``Éramos uma família. Todos eram iguais e as mulheres sempre foram muito respeitadas. Os soldados é que faziam barbaridades e botavam a culpa em Lampião."

O rei do cangaço, afirma Sila, era calmo, leal, honesto, valente, tinha senso de justiça e despertava respeito. Já Maria Bonita, era mais espevitada, na opinião de Sila. ``Sempre foi brincalhona."

Na noite anterior à tragédia que abateu o grupo de Lampião, em Angico, em Sergipe, Sila avisou Maria Bonita de que luzes estranhas piscavam ao longe. ``Ela disse que deviam ser vagalumes. Na verdade, eram os macacos, já posicionados para nos matar."

Boa corredora, Sila escapou ao cerco que matou Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, cujas cabeças decepadas foram exibidas em cidades do Nordeste. Alguns meses depois, Sila e Zé Sereno se renderam para enfrentar a legalidade no sul do país. ``Naquela época, nunca pensei que um dia relataria essa história."

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/7/30/cotidiano/28.html

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FAÇA DA LEITURA CANGACEIRA UM DIVERTIMENTO PARA VOCÊ. É GOSTOSO LER CANGAÇO.

A MORTE DO VALENTE CANGACEIRO ANTONIO ROSA IRMÃO ADOTIVO DOS FERREIRAS

Por José Mendes Pereira

Não encontrei informação se foram os pais ou não que deixaram ou abandonaram o garoto Antonio Rosa Ventura na casa de José Ferreira da Silva, que era pai de Virgolino Ferreira da Silva o sanguinário e perverso capitão  Lampião. Colhi apenas que fora deixado por retirantes que vinham do Estado de Alagoas, que com fé, procuravam receber a bênção do Padre Cícero Romão Batista, lá em Juazeiro do Norte, no Estado do Ceará, talvez na esperança de uma vida melhor.

Podemos imaginar algumas hipóteses do menino Antonio Rosa ter ficado com a família Ferreira. Mas lembrando ao leitor que estas hipóteses fazem parte do meu pensamento, e não estão registradas em nada que escreveram sobre o cangaceiro Antonio Rosa na literatura lampiônica.

Primeira hipótese: Possivelmente não aguentou a caminhada, mesmo que tenha sido montado em animais, não estava com condições de seguir viagem;

Segunda hipótese: Talvez não estava se sentindo bem e foi obrigado a não seguir viagem com os seus pais ou com pessoas que naquele dia eram responsáveis por ele;

Terceira hipótese: Devido o tempo que tenha permanecido (estada) na casa dos Ferreiras, talvez tenha brincado com algumas crianças ou adolescentes, e ali, gostou, e pediu aos seus encarregados para ficar com a família de José Ferreira da Silva, acreditando que seria bem melhor viver por ali mesmo, e com certeza, foi aceito por todos. 

O menino cresceu no meio daquela família como se o seu sangue fosse dela, e após o conflito dos Ferreiras com Zé Saturnino e os Nogueiras o Antonio Rosa Ventura decidiu tomar as mesmas dores juntando-se a Virgolino Ferreira, Livino Ferreira e Antonio Ferreira. E com o passar dos tempos, posteriormente, ele assumiu por completo a bandidagem acompanhando os três irmãos Ferreiras no cangaço.

No início do ano de 1924 Antonio Rosa Ventura entrou no povoado de “São João do Barro Vermelho”, e através de conversa com um cidadão que tinha como nome "Constantino", este que era dono de uma bela arma, que para sua infelicidade, o Antonio Rosa Ventura desejou possuí-la. Mas o Constantino não tinha interesse de desfazer daquela arma, e mais tarde, com interesse de ficar com ela, Antonio Rosa assassinou o Constantino. Ciente da morte que fizera Antonio Rosa deu no pé em busca de abrigo no Estado da Paraíba, e lá, novamente como antes, juntou-se aos irmãos Livino Ferreira e Lampião.

O certo é que, corria um boato em boca miúda que a população de “São João do Barro Vermelho” bem armada, aguardava um dia o rei do cangaço entrar na localidade em visitas a amigos do vilarejo, inclusive sua comadre dona Especiosa, seria atacado pelos parentes do morto. 

Dona Especiosa

Mas o rei do cangaço capitão Lampião que sabia muito bem conquistar amigos, tomou logo conhecimento, que a familia do Constantino estava querendo se vingar de Antonio Rosa Ventura, pela morte do seu parente.

Mas como em todo lugar sempre tem gente que está ali para propagar o que ouve, uma pessoa chamada de “Afonso Gomes”, procurou um primo de Lampião, na “Vila de São Francisco, o Basto Paulo Barbosa, e os dois rumaram ao sertão paraibano, para se encontrarem com o rei Lampião, e lá, ouviram dele o seguinte:

- Que negócio é esse? Vocês estão se armando para me matar e vem aqui onde estou?

O Afonso Gomes retrucou, dizendo-lhe:

- Quem está se armando é a família de “Constantino” para matar Antonio Rosa Ventura, em vingança pela sua morte.

Ao ouvir o diálogo, Livino Ferreira da Silva que estava em companhia de Lampião afastou-se um pouco dali, e conversou com os dois, isto é, com Afonso Gomes e o Basto Paulo Barbosa, tendo dito o seguinte:

- Diga a família do finado que por dez mil réis nunca mais Antonio Rosa Ventura bota os pés por lá.

Dias depois, o grupo de cangaceiro chegou ao Estado de Pernambuco, e vai direto para a região da “Serra Vermelha”, na fazenda “Situação”, que pertencia a um senhor de nome Francisco Baião.

À noite vinha chegando, e o cangaceiro Antonio Rosa Ventura foi em busca de um lugar para se deitar. E ali mesmo, na varanda da casa, levou o punho da rede para colocar no armador. Livino e um dos cabras chamado Enéas, por uma janela que dava acesso à varanda da casa, apertaram os gatilhos das suas armas, banhando de munições as costas do velho parceiro e irmão de criação dos Ferreiras, porque fora criado pelos pais de Lampião. Antonio Rosa Ventura caiu sobre o chão sem soltar um só gemido.

No dia seguinte, pela manhã, o valente cangaceiro Antonio Rosa Ventura foi sepultado pela vizinhança, a umas vinte braças de distância da casa em que morrera.

Antonio Rosa Ventura morreu no dia 08 de julho de 1924.

Fonte de pesquisa:

"Lampião, nem herói nem bandido - a história ", pgs 72/74, do pesquisador Anildomá Willians de Sousa.

FOTOS:

1 - Antonio Rosa ou Antonio do Gelo - http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br/.../o-ca...

2 - Dona Especiosa - http://josemendespereirapotiguar.blogspot.com.br/.../o-ca...

3 - Lampião é o primeiro da esquerda. Livino é o que está atrás de Lampião;

4 - https://www.facebook.com/SaoJoaoDoBarroVermelho/

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AULA DE CAMPO NA CRUZ DO CANGACEIRO ZEZÉ PATRIOTA NO MOCAMBO ITAPETIM PE NA DIVISA COM A PARAÍBA

 Por Vicente de Paula

Aula de campo na cruz do cangaceiro Zezé Patriota no Mocambo Itapetim PE na divisa com a Paraíba

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SÓ COMO ARQUIVO NO NOSSO BLOG - ISTOÉ GENTE - Morre MC Kevin após acidente; funkeiro caiu do 11º andar

 

MC Kevin morreu neste domingo (16) após sofrer um acidente num prédio na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O funkeiro caiu do 11º andar, segundo informações do G1. A morte foi confirmada pelo jornal Metrópoles.

‘Só tenho a agradecer’, Thais Fersoza se emociona com clique em família

O artista deu entrada no hospital em estado gravíssimo e, mesmo tendo sido socorrido pelo Corpo de Bombeiros, não resistiu. Kevin sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e acabou morrendo. Deolane Bezerra, namorada do cantor, estava acompanhando-o, segundo testemunhas.

No último sábado (15), MC Kevin havia se apresentado numa balada e compartilhou momentos do show em suas redes sociais.

https://istoe.com.br/morre-mc-kevin-apos-acidente-funkeiro-caiu-do-11o-andar/

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