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domingo, 22 de junho de 2025

LAMPIÃO NA BAHIA.

 Por: Luiz Ruben

 
O que a imprensa registrou na época em que Lampião agiu na Bahia. Resultado de aproximadamente 150 mil páginas dos jornais: A Tarde, Diário da Bahia, Diário de Notícias, Era Nova, O Imparcial, do período de 1928 a 1940. Este livro tem no seu início, o Jornal O Povo, de Fortaleza no Ceará, apresentando uma reportagem datada de 4 de junho de 1928, setenta e oito dias antes da decisão de Lampião entrar na Bahia. Esta matéria dá uma visão da situação do chefe cangaceiro e de seu exíguo grupo ao fugir para o nordeste baiano.

Textos transcritos com a ortografia atual. As palavras em inglês foram aportuguesadas ou traduzidas, para melhor compreensão. No final das matérias do ano 1928 e no final do livro iconografia apresentando páginas dos jornais e de recortes. As notícias que a imprensa publicava sobre Lampião tinham seu nome sempre grafado "Lampeão", como mostram as fotos. Os jornais também grafavam Virgulino, embora o registro de batismo e nascimento estejam grafados com (o) Virgolino.


As localidades que tiveram seu nome modificado ao longo dos anos também foram atualizados. As matérias publicadas sobre Lampião pelos diferentes jornais, com o mesmo assunto é uma prova do interesse que o público baiano começou a despertar quando da chegada de Lampião na Bahia. Manchetes abrangendo o período de 23 de agosto de 1928 até 28 de dezembro de 1929. A primeira foi divulgada pelo Jornal A Tarde em 23 de agosto de 1928 com a seguinte manchete “Quem é Vivo... O grupo de Lampião ruma para a Bahia”.

Verão que o secretário de segurança pública, senhor Madureira de Pinho, acusa o jornal Diário de Notícias de ser seu inimigo, dando assim uma cobertura das tropelias de Lampião, desfavorável ao seu governo, mas os fatos noticiados mostravam a ação de Lampião. Não existia um jornalismo investigativo sobre a presença de Lampião na Bahia, as matérias publicadas nem sempre eram assinadas pelos jornalistas, os periódicos da capital não focavam apenas as manchetes, mas também opiniões, comentários e editoriais.
Serviço
"Lampião conquista a bahia"-Luiz Ruben F. de A. Bonfim
Edição do autor - 422 págs.
Valor: R$ 35,00 + (Frete simples) R$ 5,00. Total R$ 40,00
Pedidos: graf.tech@yahoo.com.br
ou (75) 3281 - 5080
Fonte: www.lampiaoaceso.blogspot.com
http://cariricangaco.blogspot.com/2011/11/lampiao-na-bahia.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O SANTO

 Clerisvaldo B. Chagas, 20 de junho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.254



Ainda não sou devoto de São José, mas um admirador de muito respeito ao pai de Nosso Senhor. Segundo o que sabemos sobre ele, fica evidente no meu peito essa admiração grande. Homem pacato, tranquilo e muito trabalhador, São José exercia a profissão de carpinteiro. Isso também vai nos indicar por outro lado, essa profissão que hoje ainda se encontra em evidência, seja nas capitais, seja no interior. É diferente do marceneiro, pois marceneiro faz e conserta móveis. enquanto o carpinteiro trabalha fazendo muitos outros tipos de objetos de madeira, mas não faz móveis.  E se entramos nesse mérito, ainda podemos apontar o Carapina que trabalha com madeira para ser usada na estrutura de casas. Surgem eles bastante na zona rural, em construção civil.

O certo é carpina, mas existe essa variedade, carapina, vinda do Tupi karapina que era uma espécie de pica-pau. Por causa disso, o profissional que trabalha com madeira usada nas construções de casa, pegou o apelido Tupi de carapina, isto é, pica-pau. Podemos encontrar o carapina, principalmente nas construções da zona rural, fazendo cumeeira, portas, janelas, forras e alisais. Por ele temos o mesmo respeito que temos ao marceneiro e ao carpinteiro. E por mais modesta que seja a casa as marcas do seu trabalho coopera com o conforto e a segurança do novo lar.

Portanto, ao compreender a mansidão, o caráter e a coragem de trabalhar do pai de Jesus, posso simplesmente compará-lo a simplicidade do bairro sob a sua égide. Um bairro onde o trabalho medra na força das pessoas do povo. E São José, pacato, laborioso e bom, continua trazendo para o Sertão, as chuvadas benfazejas desde o seu dia tão aguardado pelos devotos que dependem dos frutos da terra, da companhia permanente dos rebanhos, das imagens misteriosas dos campos. Como se pode desassociar a imagem atrativa do balcão aqui de dentro com as pancadas educadas da chuva lá de fora? E quem se chama José, se envaidece ao se sentir sob a proteção segura, leal e amorosa de um pai bravamente defensor que a história milenar não nega.

A propósito, ontem foi dia do Corpo do seu FILHO, hoje se inicia o inverno, seu INVERNO.



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