Seguidores

quarta-feira, 27 de junho de 2018

O MOTE DA SELEÇÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 27 de junho de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 1.930

Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

O Brasil estar sofrendo
Pra ser o melhor do mundo
Até mesmo São Raimundo
Não estar compreendendo
Coutinho amadurecendo
Jesus não tem precisão
Ocultaram Felipão
Tite já perdeu a banha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

Bonecos correm na grama
Igual vaqueiro no mato
É jogo de gato e rato
Todo o ataque reclama
Chuteira foge da trama
Rasga a bunda e o calção
Lascaram Neymar no chão
O juiz diz que é manha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

Topete é muita frescura
Que salão não ganha jogo
É melhor curar o gogo
Balançar a perna dura
Se pelejar ninguém fura
Meta de outra nação
A rede de precisão
Vira casa de aranha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

PELÉ. (FOTO: REPRODUÇÃO/NET).

Na hora do gol refuga
Leva bomba, não tem fuga
Abaixa o meião e grita
O juiz corre e apita
Trás a tinta mela o chão
Paulinho dá um balão
Neymar outra vez apanha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

Cassimiro vai correndo
Quer partir pelo miolo
Marcelo se faz de tolo
Wiliam sai se benzendo
Thiago se maldizendo
Na perna leva um tostão
Firmino dá um bicão
Que o treinador se acanha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

O torcedor se agita
Com medo duma derrota
O zagueiro mete a bota
Uma velhinha acredita
O capitão vem e grita
Chama o juiz de ladrão
Goleiro dá um chutão
Vem o contra e lhe arranha
Como é que o Brasil ganha
Sem Pelé na Seleção?

FIM


http://bogdomendesemendes.blogspot.com

NUNCA DIGA ADEUS!

*Rangel Alves da Costa

Não, nunca diga adeus. Adeus é gesto ou palavra dolorosa demais para ser dita. E em cada expressar um rompimento que vai de uma margem a outra do coração.
Nunca diga adeus. Jamais acene em gesto de despedida. A mão é mais frágil que o coração e o seu sinal pode fazer mais sofrer do que distanciar.
Nunca diga adeus. Não diga a palavra mais triste de se dizer e depois encharca mil lenços de lágrimas. E nos varais estender-se ainda em dolorosos prantos.
Nunca diga adeus. Não abra a janela para avistar na distância aquele que de repente parte. Acaso olhe atrás, é como se gritos bradassem o desejo do retorno.
Não, nunca diga adeus. Não acenda e depois sopre a vela por que nada mais resta a iluminar. É no vazio e no silêncio que a chama se faz tão necessária para reacender a vida.
Nunca diga adeus. Nada vai impedir o trem de passar. Nada vai impedir a carruagem de seguir. Nada vai impedir de o apito soprar em despedida. Sempre haverá retorno!
Nunca diga adeus. Os olhos que brilharam de encantamento não merecem naufragar em sofrimentos e desilusões. Mirar os horizontes e saber que a vida é cheia de estradas.
Não, nunca diga adeus. Nunca diga adeus por que quem ama jamais desaparta de seu amor, quem tem o seu bem dentro do coração jamais ficará na solidão da distância.
Nunca diga adeus. Não cimente a despedida com suas lágrimas, não regue as flores tristes com suas lágrimas, não assente a poeira do caminho com suas lágrimas.
Nunca diga adeus. Quem partiu vai ficar, quem vai ficar vai partir. As fronteiras das despedidas se abrem diante de todo passo. Basta um segundo e já será outra direção.
Nunca diga adeus. Acaso não consiga impedir a partida, então que haja a compreensão de que não há convívio de eternidade. Que a saudade boa permaneça como laço inseparável.
Não, nunca diga adeus. Aquele que parte não quer dizer adeus. Aquele que parte não segue em alegria ou contentamento. E por querer ficar, então não haverá separação.
Nunca diga adeus. As flores de plástica caem, as flores do caqueiro murcham, as flores do jardim morrem. Que não morra caía nem murche ou morre também. Precisa viver.
Nunca diga adeus. Dói demais, é lancinante, é torturante de nem poder suportar. Mas se sofre assim é pelo amor sentido. E se der adeus abdica de continuar à sua presença.
Não, nunca diga adeus. Olhe para os quadros envelhecidos na parede. Olhe para os álbuns amarelados que restam nos baús. Tudo está ali. Nada foi dado adeus.
Nunca diga adeus. O namoro desfeito, a relação rompida, o noivado acabado, o casamento chegado ao fim. Mas ninguém morreu. Então não diga adeus.
Nunca diga adeus. O amor paixão não suporta um laço desfeito. Mas ninguém nasceu entrelaçado. O coração vai saber o momento certo de novamente busca a ponta da linha.
Não, nunca diga adeus. Ninguém vive de porta e janelas fechadas. Ninguém se enclausura sempre num mundo de angústia e solidão. O sol sempre chama. E há a luz da vida.
Nunca diga adeus. Sinta-se como sendo aquele a quem o adeus está sendo dado. Você entristece. Você vai chorar. Não vai querer fazer chorar a quem não merece sofrer.
Nunca diga adeus. Você sabe que o sol nasce e o sol se põe. Todo dia é assim. E assim também com a lua e as estações. Aquilo que deseja que volte, haverá de voltar sem adeus.
Nunca diga adeus. Choramos os mortos e as despedidas. Mas se com a saudade fica todo o amor sentido, então que se resguarde a presença no peito sem jamais dizer adeus.
Não, nunca direi adeus. Nem quero que me dê adeus. Ou existo agora ou nunca existirei. E se existo agora sempre estarei presente. E se existe agora sempre será presença.
Até mais! Eis a palavra. Até breve! Eis a promessa. Desde a terra à eternidade tudo será reencontro. E sem adeus!

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

SEXTO VÍDEO CANGAÇO - Lampião em Limoeiro_parte 1


Por Aderbal Nogueira

Após a fuga de Mossoró Lampião e seu bando passaram por Limoeiro do Norte no Ceará. Na época a cidade era apenas um arruado de poucas casas e o mais prudente era ser "prudente" testemunhos narram como foi a estadia de Lampião naquela pequena urbe. 

Vale ressaltar que na fuga de Mossoró Lampião teve uma das maiores perseguições de sua vida cangaceira, durante um tempo mais de 1000 soldados estiveram em seu encalço, e somente um conhecedor das caatingas e com familiaridade também nas guerrilhas e combates nas matas poderia ter saído vivo daquela grande perseguição; não é à toa que ele já era lenda enquanto vivo. Gravado em 1997.

https://www.youtube.com/watch?v=w0LGLaDI-8M

Publicado em 3 de dez de 2017

Primeira parte de depoimentos de testemunhas da presença de Lampião e seu bando na cidade de Limoeiro do Norte no ceara.
Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

HISTÓRIAS DAS GRANDES BATALHAS O FOGO DA MARANDUBA

Por Raul Meneleu


Quando estive nos campos de guerra do Fogo da Maranduba, nunca poderia imaginar o que realmente acontecera ali, se não fosse a ajuda de um mago da narrativa, em um de seus livros sobre essa odisseia chamada Cangaço.

Em encantamentos presenciais, imagino o Caipira de Poço Redondo, Alcino Alves Costa, em pé, nessa rocha em que estive; olhando e se transportando para aquele dia nove de janeiro de 1932 às quatorze horas, quando se deu esse famoso combate entre os heróis Nazarenos com seus inimigos mortais, Lampião e seus cangaceiros. 


Eu não conseguia ver o que houvera naqueles campos, a não ser uma pequena cruz fincada no meio da caatinga, para marcar a sepultura inicial desses bravos que deram sua vida, para tentar acabar com aquelas feras que viviam fazendo perversidades pelo sertão.

Antes, como visto pelo Alcino, em sua encantada presença ao dia do combate, onde visitou com os olhos da imaginação esse ermo que estamos vendo agora. Era uma mataria fechada. Hoje apenas um ermo quase sem vegetação alta. Mas ainda vemos alguns umbuzeiros da época.

Convido os amigos a virem comigo apreciar o que Mestre Alcino viu com os olhos da imaginação e pelos diversos contatos que teve com alguns dos heróis nazarenos e com cangaceiros ainda vivos, quando talvez nessa mesma pedra, ou em Fogo da Maranduba!*

"O cerrado de Maranduba era, e ainda é, uma das mais faladas caatingas da região sertaneja de Sergipe, mataria grossa: o cipó de leite, bom nome, angico, aroeira, braúna, barriguda, umburana, quixabeira e umbuzeiro, morada do gato, da ema, do caititu, do tatu bola e do peba.

Pastos onde só vaqueiros machos corriam atrás de bois, vaqueiros escolhidos e famosos como os Soares, o maioral Milinho, João Preto, os Teobaldo, os do Cuiabá e os de João Maria: Adolfo e Manezinho Cego, o famoso Manezinho de Rosara.

Ali. Bem ali. Naquele emaranhado quase que intransponível, está o coito de Lampião. É ali onde as mulheres cangaceiras esperam seus homens que retornam de mais uma de suas costumeiras razias.

Os soldados vêm chegando. Chegam a umas pias. Espantados, vêem os pingos de água que caem dos paus em cima das pedras. Sinal de que os bandidos ainda estão por ali mesmo. Ao redor das pias, apenas uns quinze homens, os outros estão atrasados, alguns estão na casa velha do Maranduba e outros ainda nem lá chegaram. Mané Neto, louco por uma desforra, resolve não esperar os retardatários e seguir em frente, sabe que os homens de Lampião estão bem próximos, ali naquela mataria.
   
 


No entanto, não sabe Mané Neto que a natureza havia presenteado aquela parte da caatinga com um extraordinário anel, formado por um maravilhoso círculo. Sete umbuzeiros circundam belamente as pias, é uma paisagem de raríssima beleza. É nesse anel formado pelos sete umbuzeiros que Lampião se refugia com seus homens. Havia chegado naquele mesmo momento, coisa pra menos de meia hora, demorara-se um pouco nas pias e agora espalhara seus homens pelas sombras dos umbuzeiros. A alegria é geral. Abraços e vivas fazem a felicidade de todos. Os bandidos formam uma só família. Vivem irmanados pela dor e pelo sofrimento.

Apenas Lampião não tem alegria. Está taciturno e inquieto. Chama Luís Pedro e ordena:

— Avise ao pessoá qui enquanto nóis num preparar os sentinelas, eu num quero ninguém desequipado, quero todo mundo aperparado e pronto pra uma surpresa. Achu qui a quarquer momento a gente vai ser atacado.

Mané Neto está saindo das pias e vagarosamente caminha na mataria. Os cangaceiros estão ali a menos de cinquenta metros. A hora da verdade chegou. Escutam as vozes alegres da cabroeira. Rápidos cercam, ou pensam que vão cercar o coito. Acham que os bandidos estão em um umbuzeiro. Jamais poderiam imaginar que ali existissem sete umbuzeiros e que os bandoleiros estivessem espalhados em todos, como também não imaginaram que os bandidos estivessem praticamente preparados para o combate, graças ao poder misterioso de Lampião que previu com precisão o momento do perigo.

São exatamente duas horas da tarde. É o dia nove de janeiro de 1932. Estão frente a frente os inimigos mortais. Nazarenos e Lampião se enfrentarão, Liberato e sua força serão os coadjuvantes da tremenda desforra. A oportunidade de vingar-se do desastre da Serra Grande se apresenta e os nazarenos não poderiam deixar fugir esta grande chance. Serra Grande era uma marca dolorosa que feria profundamente a vaidade de Mané Neto; grandioso combate que ficara nos anais da guerra cangaceira, oportunidade em que as forças comandadas por nada menos que seis experientes comandantes, os temidos Arlindo Rocha, Zé Olinda, Gino, Domingos, Euclides Flor e Mané Neto, foram espetacularmente derrotados pelo iluminado cangaceiro da Ingazeira.

Triste 26 de novembro de 1926, data em que as mortais balas dos bandidos deixam marcas indeléveis em suas pernas e quase o levam para o outro mundo. Agora, seis anos depois, surge a maior chance e ela precisa ser aproveitada. Serra Grande e Maranduba, além de Serrote Preto, foram na verdade as maiores vitórias e os maiores feitos do grande rei dos cangaceiros.

Nos cerrados de Maranduba, Lampião dá o alarme. Grita:

— Cuidado mininos. Os macaco cercaro a gente.

Nesse momento, o inferno como que desaba naqueles ermos. Não existe nada comparável à violência e aos estrondos do combate e do tiroteio. O ribombar ecoa longe, muito longe. Parece que o inferno transportou para aquela esturricada terra os horrores e agonias de suas profundezas.

Os das volantes, valentes, vaidosos, confiantes e destemerosos, atiram e avançam enlouquecidos e alucinados. A ordem de Mané Neto é avançar e avançar sempre. Liberato está ao seu lado; ele e mais alguns entre os quais Mané Véio, Elias Marques e o filho Pocidônio estão na vanguarda, ao lado de Mané Neto. Querem mostrar que são verdadeiros machos, verdadeiras feras, que nada ficam a dever à força pernambucana.

Os soldados gritam: Mistura! Mistura!

A vitória parece certa. Já estão misturados, juntos, dentro do coito. Os retardatários vêm chegando, tudo vai ser muito mais fácil, a animação da tropa é sem igual, aquele está sendo um feliz combate. Lampião não tem como safar-se do cerco que lhe fizeram. É hoje ou nunca.

É para Mané Neto a justa recompensa de tantos anos de luta e sofrimento, desde aquele já distante 1923, quando juntamente com o amigo e conterrâneo Odilon Flor ingressaram nas tropas do governo, persegue o infeliz inimigo, e vem sendo sistematicamente derrotado. Alí não é Serra Grande. Naquele combate, apesar de Lampião ter enfrentado seis destemidas volantes, com mais de trezentos homens e sair vencedor, contava com a vantagem de ser o atacante, de estar fortemente preparado e bem entrincheirado esperando as volantes impossibilitadas de sair da arapuca.

Agora a situação é totalmente inversa, tudo é diferente; apesar do número de soldados ser muito menor, todos os trunfos estão do lado das volantes. Acham que Lampião havia sido atacado de surpresa, e o local, embora muito fechado, era raso, em um plano que muito beneficiava os atacantes; tudo favorecendo as forças.

Mas do outro lado, o herói, o titã do nordeste, o guerreiro ímpar dos sertões. Imediatamente, dos sete umbuzeiros estrondam furiosas as armas da cabroeira. Rápidos formam um envolvente bloqueio. Procuram de todas as maneiras fazer frente aos da volante. Experientes, calejados e preparados, os veteranos bacamarteiros, dentro da mais perfeita ordem, procuram se alargar pelo cerrado, numa manobra altamente tática e envolvente, deixando os atacantes sem saber para onde dirigir o combate. Começam então a aparecer as primeiras dificuldades, aquele combate que parecia dominado e à mercê dos soldados, está se apresentando como um difícil e tremendo confronto.

O momento do flagrante já passou. Estarrecidos, os soldados sentem que não conseguiram a vantagem esperada e ainda se dão conta de que já não são os atacantes; sofrem uma medonha investida. O ímpeto e ferocidade dos bandidos são inigualáveis. Começam a ficar desnorteados. Aquilo que parecia ser o início de uma gloriosa vitória começa a ser um terrível e inesperado pesadelo. A luta é de uma atrocidade impressionante. Ali está a nata dos valentões sertanejos. Verdadeiras feras. Verdadeiros suicidas.

Mané Neto, o lendário vesgo de Nazaré, mostra-se realmente um valentão. A sua vaidade, a sua soberba, na verdade são nascidas de seu temperamento de ferro e de sua incomparável coragem. Liberato não deixa por menos, é também um gigante sertanejo. Juntamente com o Mané Fumaça, formam uma dupla de desassombrados comandantes que não sabem qual é o significado da palavra medo.

Mas apesar da valentia dos comandantes e de seus soldados, o destino da batalha estava selado. A derrota havia se afigurado desde o início da perseguição quando o despeito entre as volantes havia decretado aquele desastre que, no momento do tiroteio, estava se consumando. O verdadeiro e maior desastre foi a chegada dos retardatários.

Com o estrondar do pesado fogo eles reúnem suas últimas forças e correm para ajudar os companheiros. Não contam com a experiência de Lampião e seu bando que se haviam espalhado deixando os soldados sem saber para que lado atirar.

Quando também se envolvem com a luta não discernem o alvo a ser atingido e, na ânsia de socorrer seus companheiros, disparam naqueles que se aproximam, confundidos com os inimigos.

Angustiados percebem o fortíssimo e nutrido fogo em que se encontram. O desastre e a tragédia se configuram. Desesperados, Mané Neto e Liberato tentam parar o fogo cerrado de seus próprios comandados. O impossível está acontecendo, desgraçadamente seus melhores homens estão dentro de um corredor mortal, cujo tapete era o sangue de sua própria gente.

As baixas começam assustadoramente a subir. Os primeiros atacantes estão sendo dizimados, os homens de Mané Neto são os mais atingidos. Desenha-se o quadro monstruoso de mais uma desastrada derrota.

Dos da Bahia estão na linha da frente, além de Liberato, os valentes de Santa Brígida; Elias Marques, seu filho Pocidônio e Mané Véio, os quatro baianos brigam juntos. Um pouco mais ao lado, brigam Mané Neto e João de Anízia, outros estão espalhados e amparados nos troncos das árvores.

Os bandidos estão enlouquecidos. Avançam como se fossem feras, atiram e adiantam, negoceiam e progridem, gritam e atiram. Rifles e mosquetões estão em brasa, a sede é torturante, os cangaceiros em cima, endemoniados.

De repente, Elias é baleado, Pocidônio pergunta se o ferimento é grave, o ferido é um titã, quer lutar ao lado do filho. Responde que não. Foi apenas um ferimento no braço. A luta continua, minutos depois Mané Véio vê Elias caído, corre e ampara o tio colocando-o sobre suas pernas. Antes viu um cangaceiro como um louco pular na frente dos atiradores, parecendo que queria pegar Mané Neto à mão.

O bandido está tão próximo que, sem dificuldade alguma, atira e o cangaceiro cai a seus pés. Aproveita e da cabaça do próprio bandoleiro bebe água; retirando a caneca dependurada na mesma cabaça, enche-a de água. Quando sorve o precioso líquido sente um gosto muito grande de sangue. Não se incomoda. Como está morrendo de sede torna a encher a caneca e aí vê a mesma se tingia com o sangue que pingava da cabeça do cangaceiro morto: Sabonete.

O ferimento de Elias, a princípio, aparentemente sem a menor gravidade, agora lhe retira a vida. Nos braços de Mané Véio e de Pocidônio, esvai-se em sangue. O filho também está baleado em uma perna. A situação torna-se dramática e desesperadora. Entre os nazarenos, a tragédia ainda é maior. Mané Neto e os seus, debaixo de um verdadeiro massacre, assiste à queda de seus homens numa constância alarmante.

Muitos feridos e vários mortos. Já estão sem vida os irmãos Edelgício e Ercílio de Sousa Novaes, filhos de Conrado Ferraz Nogueira, da fazenda Ema, e irmãos de Aureliano e Herculano. Também tomba sem vida o sargento João Cavalcante, conhecido como João de Anízia da Ipueira, além de Antônio Benedito, Pedrinho e Manuel Ventura.



Dos cangaceiros morrem apenas Sabonete e Catingueira. Aquela tão sonhada desforra, aquela gloriosa vitória, torna-se em uma retumbante derrota, parecendo que as duas volantes serão aniquiladas pelos verdugos de Lampião. 

Mané Neto está enlouquecido, não se conforma com o desastre e renega a sua própria sorte.

Alucinado, contempla seus homens estirados, sem vida naquela caatinga. Procura pelo companheiro João de Anísia, o valoroso sargento de sua Nazaré, até que o encontra morto no pé de uma braúna, não nota ferimento e nem sangue; só depois de revirá-lo é que descobre o grande furo deixado pela bala em suas costas. Não é possível que aqueles homens tão destemidos e valentes estejam ali sem vida.

O que dirá aos pais, irmãos, esposas e filhos quando para Nazaré retornar? Alí mortos estão os homens que nasceram, cresceram e viveram sempre juntos, todos praticamente de uma mesma família, todos enfrentavam e quase sempre eram derrotados por um dos seus, por um dos que também viveram toda sua vida naqueles campos secos e bravios dos sertões de Vila Bela. 

A batalha do Maranduba, como a de Serra Grande, foram os maiores pesadelos da história romanesca daqueles que perseguiam os asseclas nordestinos e a total desmoralização dos cabras de Nazaré, a partir desse fatídico dia, não mais conseguiram ímpetos e nem ânimo para guerrear com Lampião e sua gente. Maranduba e Serra Grande são, portanto, os dois maiores marcos, os dois maiores feitos da guerra cangaceira."

* Do livro MENTIRAS E MISTÉRIOS DE ANGICO - Alcino Alves Costa, transcrito por Raul Meneleu em seu essencial blog Caiçara do Rio dos Ventos

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/06/historias-das-grandes-batalhas.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

PROCURANDO LIVROS? CONSULTE O ACERVO DO PROFESSOR PEREIRA



O nosso amigo e parceiro de Conselho Cariri Cangaço, Professor Pereira acaba de atualizar seu estoque de livros raros e de preciosidades da literatura do cangaço e das coisas do nosso nordeste.

Estão à nossa disposição, desde os mais belos clássicos sobre a temática como os últimos e esperados lançamentos.






Indicação Bibliográfica da vez: Padre Ibiapina 


Na sua atividade missionária, fundou 22 Casas de Caridade, dezenas de cemitérios, açudes e outras benfeitorias úteis aos sertanejos.

Ele foi um ser humano iluminado e serviu de luz a muitos pobres abandonados pelo governo. Temos uma bom acervo disponível sobre este notável religioso. Todos estes livros do mostruário, ou são específicos, ou contém capítulos sobre esse santo missionário.

Para consultar disponibilidade, preços, fretes, solicitar o seu catálogo são mais de 300 títulos; é só entrar em contato: 

franpelima@bol.com.br e 
WhatsApp83 99911-8286.

http://lampiaoaceso.blogspot.com/2018/06/procurando-livros.html

http://bogdomendesemendes.blogspot.com

FOGO DA MARANDUBA


Por Manoel Severo

A conferência sobre o Fogo da Maranduba ficou a cargo do colecionador e pesquisador do cangaço, Ivanildo Silveira, de Natal. O épico combate aconteceu quando Maranduba e Poço Redondo ainda eram município de Porto da Folha, emancipação dada em 1953. O mês era janeiro e o ano 1932; dias antes havia acontecido o terrível episodio das “ferrações” por Zé Baiano na vizinha Canindé. 

O fato acirrou a sanha dos soldados sob o comando das duas volantes; a pernambucano de Mané Neto e a baiana de Liberato de Carvalho; o Tenente Manoel Neto, bravo Nazareno, viu tombarem sem vida muitos de seus valorosos homens nesse fogo da Maranduba e afirmou que nunca tinha visto tanta bala como viu ali, outra coisa que se comentava foi que no local em que aconteceu o fogo de Maranduba, durante vários anos, das árvores e dos matos rasteiros não ficaram folhas, tudo era preto, como se tivesse passado um grande fogo. As árvores ficaram completamente descascadas de cima abaixo, de balas.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NO RASTRO DE LAMPIÃO

Por Charles Meira
Fazenda Espaduada que pertenceu ao Coronel João Sá.

De férias na cidade de Antas – BA, sempre gostava de conversar com o meu sogro Aurelino Félix de Souza. Sabendo da minha curiosidade sobre a história de Lampião, o Sr. Lelo, como era mais conhecido, me contou na ocasião um fato ocorrido na sua infância, quando da passagem do “Rei do Cangaço” naquela cidade. Mesmo não dando o crédito merecido, escrevi um texto sobre o assunto intitulado “Um Dia Diferente”. Chegando a Jequié enviei o texto para Domingos Ailton publicar na revista Cotoxó. Para minha surpresa, um dia quando adquirir a revista na Banca de Antônio, o texto havia sido editado. Recentemente, após a leitura de alguns livros sobre a história de Lampião, entre eles “Lampião O Cangaceiro!” de autoria de João de Souza Lima que mora em Paulo Afonso – BA fiquei sabendo mais detalhadamente da vida do “Terror dos Sertões”, do cangaço na região, dos coronéis baianos, do Raso da Catarina e principalmente de várias citações do município de Antas. Também mantive contato telefônico com o autor do livro, contei o fato, tirei algumas dúvidas relacionadas com os seus escritos e enviei o texto para ele publicá-lo no seu blog. Posteriormente o escrito foi publicado, com certeza dando o autor do livro, crédito a veracidade do fato, devido suas pesquisas e o seu grande conhecimento do referido assunto.

Luciano Félix no local onde Lampião passou que fica no centro da cidade em Antas - BA.

        No dia vinte e três de dezembro deste ano, fui com familiares novamente a região onde passou Lampião. Inicialmente uma parada em Caldas do Jorro – BA, para visitar a praça onde os turistas tomam banhos nas águas medicinas e em seguida comer o tradicional carneiro assado, acompanhado de farofa molhada e sobremesa de doce de leite, uma especialidade dos restaurantes daquela cidade. Prosseguimos a viagem, passando por um entroncamento, que vai para as cidades de Tucano e Euclides da Cunha. Neste cruzamento mudamos de direção e seguindo passamos nas cidades de Ribeira do Pombal, Cícero Dantas e finalmente no final da tarde chegamos ao município de Antas, terra de Maria José minha esposa, onde passamos dez dias. Durante este tempo, mantive contatos com Raniere Nilo, Edy Nilo, Luciano Félix, pessoas também interessadas na história do cangaço, para dialogarmos os assuntos contidos nos livros: “Lampião em Paulo Afonso”, “Lampião em Sergipe” e “Lampião O Cangaceiro”, que levei para conseguir encontrar os locais onde Lampião passou naquela região.
            Durante cinco dias consultei e analisei valiosos subsídios daqueles moradores e também curti o clima agradável das noites da cidade de Antas. Abastecido destas informações, no dia 28 de dezembro, no carro de Afonso Santana, motorista experiente e conhecedor de toda região, acompanhado de Maria José Félix Meira, minha esposa e sua irmã Aniralda Félix, pela manhã cedinho seguimos viagem no “Rastro de Lampião”. Ouvindo as músicas de Lindomar Castilho, chegamos à cidade de Sítio do Quinto, mencionada também no livro como sendo o local do primeiro encontro de Lampião e o Coronel João Sá. Conhecemos e registramos através de fotos alguns locais principais da cidade, entretanto após verificar que a fazenda citada ficava em outra região, próximo de Jeremoabo, cidade com a maior área territorial naquela região, particularidade que contribuiu para compreender o porquê da proximidade das cidades e a localização correta da fazenda.

Charles Meira na cidade de Sítio do Quinto – BA, localidade onde aconteceu o primeiro encontro de Lampião com o Coronel João Sá.

Seguimos viagem, agora através de uma bem cuidada estrada de terra, caminho certamente percorrido na época pelos cangaceiros com destino ao município de Jeremoabo. Durante a viagem contemplamos uma região que predomina a caatinga, portanto, região com pouca água e vegetação, pouca fazenda, onde somente existem plantações de palmas, alimento dos animais, na sua maioria muito magros. Na rota, passamos por dois lugarejos pequenos, porém com aparência de bem cuidados pelos poderes públicos que administram aquele local. Paramos poucos minutos para saber de moradores do povoado o caminho correto para Jeremoabo, em seguida deixamos a estrada principal e através de caminhos estreitos feitos para a locomoção dos proprietários das fazendas, na maioria pouco habitada, deste modo local difícil para obter informações para encontrar os locais citados nos livros de João de Souza Lima, mesmo com toda a experiência de Afonso o nosso guia. Nem mesmo os passados quase 40 anos quando esteve na região, fez Afonso perder a confiança e desistir de encontrar as Fazendas Caritá e Abobreira.

Casa da Fazenda Caritá que pertenceu ao Coronel João Sá, um dos maiores coitos de Lampião e seu grupo.
Repentinamente, o nosso guia demonstrando muita alegria, falou que aquela local onde estávamos naquele momento era a entrada para a Fazenda Caritá. Dois motivos o levaram supor ter encontrado a propriedade que foi do Coronel João Sá. O primeiro devido à mudança da vegetação e o segundo a visualização do minadouro, detalhe considerado por Afonso determinante para encontrar aquela propriedade. Deixamos Maria José e Aniralda tomando conta do carro e seguimos um caminho estreito e deserto, porém uma região completamente diferente, onde predominava o verde, a existência de muitas árvores frutíferas como: mangueiras, coqueiros e capim em abundância. Passamos pelo minadouro, jorrando água, fator da mudança repentina da vegetação daquelas terras. No caminho também encontramos duas motos, me levando a pensar ser assaltantes e pedir a Afonso para voltarmos, porém não atendeu o meu pedido, dizendo que teríamos que seguir, pois logo encontraríamos a Fazenda Caritá. Um pouco afastado do caminho, vimos algumas pessoas tirando frutas, tentamos contato, entretanto fugiram mata adentro. Continuamos a caminhada sempre subindo uma ladeira, motivo que cansei e gritava Afonso que sumiu entre altos cipós, que formavam um túnel. Minutos depois, ouvi gritos dele informando que havia encontrado a fazenda e juntos contemplamos com felicidade o local procurado. Desde que chegamos à localidade e depois de encontrá-la, entendemos que devido possuir água abundante, alimentação, esconderijo natural, foram os motivos da escolha daquele local para um dos maiores coitos do grupo de Lampião.

Charles Meira no local onde tinha um dos maiores engenhos da região e nele possuía uma portentosa almanjarra que produzia rapadura, alfenins e garapa.

Na Fazenda Caritá que hoje é um assentamento de “Sem Terras”, existe um escombro, que entendemos ser a antiga casa onde ficou Lampião e seu grupo e do lado uma antiga e grande casa, aparentemente bem cuidada, porém na ocasião sem habitantes para dar informações. Registramos este importante momento com muitas fotos, como também tudo o que ocorreu no caminho anteriormente. Com semblantes de crianças depois de ganhar presentes no dia de Natal, retornamos rápido para o local que deixamos o carro, onde encontramos minha esposa e sua irmã desesperadas e gritando, preocupadas com a nossa demora. Sobre o ocorrido nesta localidade, quando cheguei a Jequié e consultei novamente o livro de João de Souza Lima, verifiquei que o escritor falava que o local que julguei ser a casa antiga do Coronel era um local onde tinha um dos maiores engenhos da região e nele possuía uma portentosa almanjarra que produzia rapadura, alfenins e garapa. Como fiquei com desconfiança qual seria a verdadeira casa que esteve Lampião, mantive contato através de e-mail com o escritor que gentilmente respondeu e tirou a minha dúvida. “A casa lateral ao engenho é a casa do Barão e que depois foi do coronel João Sá e a casa que Lampião andava, fica mesmo lateral a almanjarra é quase que auto-explicativo, pois não vi outra casa sem ser essa não, com estrutura pra ser um casarão tão importante”. Deixamos aquele oásis no sertão e continuamos no “Rastro de Lampião”, retornando ao ambiente anterior de região muito seca e predominantemente de caatinga

Afonso Santana e a esposa do encarregado na atual casa da Fazenda Abobreira, local onde lampião passou e que hoje pertence ao Deputado Estadual Marcelo Nilo.

No roteiro traçado por Afonso, o nosso próximo alvo seria encontrar a Fazenda Abobreira, que ficava na mesma região, patrimônio onde também passou Lampião e seu grupo. Com os mesmos problemas de locomoção dos estreitos caminhos anteriormente encontrados, de parar em duas propriedades para pedir informações, entretanto sem as mesmas dificuldades para achar o primeiro local, chegamos às terras do “Nilo”, terras que também possui um minadouro, porém com ambiente característico da caatinga. No local onde ficava a casa onde Lampião passou, hoje existe outra grande e bem cuidada sede, onde mora o encarregado, ausente no momento, sua esposa e sua filha, que cordialmente nos receberam. O local é todo bem cercado, possui currais, bastante água e alimentação para uma grande quantidade de saudáveis animais. A Fazenda Abobreira hoje pertence ao Deputado Estadual Marcelo Nilo. Depois de registramos com fotos a fazenda e seus moradores, tomamos água, descansamos um pouco da longa, cansativa viagem e prosseguimos para a cidade de Jeremoabo para conhecer a Fazenda Espaduada, último local projetado do nosso roteiro no “Rastro de Lampião”. Na cidade de Jeremoabo – BA, onde o cangaço foi destaque na Bahia, chegamos próximo das 12h. Depois dos abraços o almoço logo foi servido. No almoço comemos uma deliciosa galinha caipira, acompanhada de outros pratos de variadas comidas também muito saborosas. Doce de Mamão, Goiaba, Banana, Caju, suco de Uva e Caju foi à caprichada sobremesa servida por Maria José. Depois muita conversa, fotos e um merecido descanso.

Charles Meira em frente á casa da Fazenda Espaduada que pertenceu ao Coronel João Sá, localizada na parte urbana da cidade de Jeremoabo – BA.

           Na parte da tarde, conduzido por Afonso nosso motorista e acompanhado por Maria José (Bazé), prima de minha esposa, fomos conhecer a Fazenda Espaduada que pertenceu ao Coronel João Sá, localizada na zona urbana da cidade. Após autorização de um senhor que reside em uma casa na  fazenda, percorremos a pequena área que fica uma bela casa sede, porém totalmente abandonada. Além da sede, uma casa onde moravam os empregados, uma grande árvore e junto dela uma banheira, provavelmente um dos utensílios da casa e uma capela completamente em ruínas. Infelizmente não conseguimos entrar na casa sede da fazenda, entretanto registramos a visita através de fotos. Depois de uma viagem bastante proveitosa, onde visitamos parentes queridos e passamos nos lugares onde esteve o “Rei do Cangaço”, retornamos para a cidade de Antas, deixando programada outra viagem com Maria José para no final de 2017, ocasião que visitaremos as localidades de Malhada de Caiçara, o Raso da Cataria e a Grota de Angico, local onde morreu Lampião e dez cangaceiros, incluindo sua esposa Maria Bonita.

* Texto publicado na Revista Cotoxó de abril de 2017.

http://waldemirvidal1.blogspot.com/2017/05/no-rastro-de-lampiao.html

http://bogdomendesemendes.blogspot.com

GUILHERME MACHADO DESCOBRE NA BAHIA HOMEM QUE CONHECEU LAMPIÃO


Por Guilherme Machado

Encontrei na Bahia: Um bate papo com o Senhor Emídio Barbosa de Melo. Um difusor da história do homem sertanejo, seu Emídio nasceu na cidade de Carira Sergipe no dia 4 de outubro de 1930 aos 88 anos de idade seu Emídio já rodou por quase todos os rincões deste Brasil sofrido. 


Em 1935 aos 5 anos de idade seu Emídio foi morar na fazenda horizonte do Coronel João Maria de Carvalho onde seu pai era vaqueiro! Onde menino Emídio conheceu Lampião e sua cabroeira arranchados na fazenda do Coronel João Maria. 


Ainda com muita lucidez seu Emídio me falou que sentia arrepios horripilantes quando ouvia conversas dos Cangaceiros quando embriagados disse-me que uma vez teve que andar na garupa do cavalo do Cangaceiro Arvoredo para fazer uma visita a uma tia sua que morava em um povoado por nome lagoa dos porcos 3 léguas da cidade de Serra Negra. 

Seu Emídio ao completar 18 anos teve problemas com um Jagunço da fazenda vizinha de propriedade do Coronel João Sá, o tal jagunço se chamava Pedro Grande e era pistoleiro de aluguel do coronel João Sá...



Seu Emídio saiu da Bahia em 1958 foi morar no norte do Paraná na cidade de Paranavaí com ele levou a filha de um fazendeiro e a moça era descendente do poderoso Amâncio Pereira gente de posse da região de Santo Antônio da Glória Bahia. Labutou por muitos anos na labuta da colheita do café em todo o norte do Paraná. Teve em cidades como Londrina, Cambé, Rolândia, Astorga, Nova Esperança, Santa Fé e Marigá. Teve 7 filhos 5 homens e duas mulheres. 

Atualmente o seu Emídio mora no povoado chamado Serrote no Município de Glória vive com uma outra mulher, e se diz muito feliz apesar de ter perdido a visão e está totalmente cego. Mais um poço de gentileza e sabedoria. Não larga o seu rádio de pilha por nada deste mundo! Me falou que conhece o mundo todo pelas ondas do rádio. Obrigado ao seu Emídio pelo o aprendizado que tive com o nosso bate papo e que nosso bom Deus e Santa Luzia lhes abençoe!!!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1564121303691789&set=a.420488464721751.1073741899.100002818033461&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com