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quinta-feira, 10 de junho de 2021

PARA ENTENDER O CANGAÇO LAMPIÔNICO.

Por Geovane Farias

Uma excelente leitura para entender o Brasil Agrário do início do século 20. Entender o Movimento do Cangaço Lampiônico nos anos 20 até os 40, basta conhecer a História do assassinato de João Pessoa.

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VIRGULINO FERREIRA E O SEU PUNHAL DE 78 CENTÍMETROS

Por João Costa

Ranulfo Prata, romancista sergipano, foi o primeiro a condensar em livro, em 1933, uma vaga biografia, ou livro-reportagem sobre o chefe do cangaço, no romance “Lampião” publicado oito antes dos acontecimentos de Angico, transformado hoje numa raridade preciosa dos escritos sobre o cangaço.,

Prata era filho de coronel fazendeiro, diretamente prejudicado pela ação do banditismo rural, e segundo pesquisadores que o sucederam, esse primeiro relato sobre Virgulino Ferreira contém imprecisões, mas que desperta, ainda hoje, bastante interesse porque baseado em narrativas orais e cartas de amigos.

Reza a lenda que, em Angico, a volante de João Bezerra encontrou um exemplar do livro de Ranulfo no bornal que Virgulino carregava – e com anotações do próprio bandoleiro.

O relato a seguir, tem como referência as campanhas da polícia baiana contra Lampião iniciadas em outubro de 1931, sob o comando do tenente João Costa, comissionado tenente-coronel, e comandante-em-chefe com sede em Jeremoabo.

Nesta campanha, devido à falta de militares, é que surgem no teatro de guerra ao cangaço os soldados “contratados” ou “provisórios”; uso de tecnologias como estações de rádio que se espalham por cidades alcançadas por ferrovias e, até, vilas de toda a caatinga: Jeremoabo, Paripiranga, Santa Brígida, Brejo do Burgo, Serra Negra, Santo Antônio da Glória, Chorrochó e outras localidades.

Lampião, que já conhece os efeitos da nova tecnologia empregada contra ele, por onde passa adverte:

- “No dia qui em pegá um “trem” deste, o macaco qui tiver cum ele tem qui engoli todo”, era o recado deixado claro Virgulino, que em 1931, aumentara a pressão sobre vilas e fazendeiros com bilhetes extorquindo ricos e remediados.

Na cabecilha de uma tropa, o tenente do Exército Liberato de Carvalho, está no encalço do bando, dia e noite, sem descanso no comando de uma volante que viria a ficar famosa; e ziguezagueando pelo sertão, Liberato e sua volante chegam a Maranduba, “região erma e triste entre Serra Negra e Cipó de Leite”, onde choca-se com o bando de Lampião.

Os cangaceiros “invisíveis dentro de trincheiras magnífica oferecidas pela sua velha aliada, a caatinga, a dominam com vantagens alarmantes”.

Liberato de Carvalho é salvo por uma “intervenção da providência Divina”, diriam depois”:

“No mais aceso da peleja, quando o pânico já se esboçava entre os soldados, que veem caídos mais de uma dezena de companheiros, intercede um socorro esperado e oportuno”.

É o Tenente Manoel Neto que surge com sua tropa de combatentes nazarenos pela retaguarda dos cangaceiros.

“O bando de Lampião, atacado pela retaguarda, se espanta, fraqueja, esmorece nas réplicas e segue a velha tática atordoante de fuga”, narra Ranulfo Prata.

“No chão tombaram 17 homens, entre mortos e feridos”; baixas humilhantes para as forças legais.

“Do bando de Lampião três ficam no campo de luta, indicando pingos de sangue que outros feridos, puderam fugir”, mas dias depois foram encontrados mais três cadáveres

Em São Paulo explode uma Revolução que viria a interromper a campanha de Liberato que deixa o combate a Lampião para seguir o Exército até o Sul.

Quem assume o comando, em Jeremoabo, é o capitão João Miguel, comissionado em tenente na Paraíba e em capitão na Bahia. Esse João Miguel é narrado como militar incompetente, chefe de rádio, que atrai a desconfiança geral.

Simplesmente, após a prisão do Cangaceiro Quixabeira, João Miguel o transforma e promove o facínora em seu ordenança, responsável por açoitar, torturar coiteiros e quem ele suspeitava.

Esse Quixabeira, antes de assessorar o comandante João Miguel, fora o cangaceiro apontado como responsável por sangrar e matar seis caçadores no Raso da Catarina, anos antes.

Ranulfo Prata, ao narrar a chegada de Lampião na Vila Queimadas, lugar de alguma prosperidade com estação ferroviária, descreve pela primeira vez para os leitores a dimensão do terror do cangaço, num momento que Virgulino, de forma contraditória, combina cordialidade com uns e crueldade com inimigos capturados.

Ao amanhecer, o bando tomou de assalto o quartel fazendo prisioneiro todo o destacamento, formado por sete soldados e um sargento, deixando-os sob a guarda de alguns cangaceiros, enquanto ele se deslocava até a pensão do lugar onde pediu que fosse servido um almoço.

- Faço questão da presença de todos os hóspedes, recomendou.

Sentado à cabeceira da mesa, Virgulino com sua voz pausada, baixa e gestos cordiais, deixava a todos, ao menos aparentemente, confortáveis, enquanto degustavam um verdadeiro banquete sertanejo.

Ao fim da refeição Virgulino fez questão de pagar a conta, deixou o local e se dirigiu de volta ao quartel para um tête-a-tête com os prisioneiros. O primeiro é levado à sua presença no oitão da cadeia, onde Lampião percebe a presença de curiosos, mas não se deixa afetar.

- Ajoelhe-se, Cabra! Ordenou Virgulino, que saca seu largo punhal de 78 centímetros de lâmina e crava na fossa supra-clavicular do prisioneiro.

“A arma, agudíssima, vara facilmente o mole dos tecidos, como um palito a manteiga,”, narra o escritor.

Em seguida ordena que outro prisioneiro seja conduzido à sua presença, e a cena se repete; arrastam para fora o terceiro, o quarto, o quinto, o sexto e o sétimo, que enfrentam o mesmo suplício no encontro com a morte.

Chegara a vez do sargento, comandante do destacamento.

Ali, no pátio da cadeia, uma voz de uma das pessoas que assistiam às execuções, clamou por misericórdia.

- Pelo amor do Divino, tenha misericórdia! Este homem tem família numerosa, é uma pessoa querida aqui do lugar; poupe ao menos esta vida, seja misericordioso!

- Que assim seja! E quando eu deixar este lugar, enterrem os mortos, porque este macaco aí, fica vivo para contar o que faço com macacos que encontro pela frente”, disse Lampião, que antes de deixar a vila ainda tomou umas lapadas de conhaque numa bodega ali próxima da cadeia transformada em cadafalso.

Acesse: blogdojoaocosta.com.br

Fonte. Lampião, de Ranulfo Prata, segunda edição

Foto1. Liberato de Carvalho. Foto2.

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MARIA PISTOLEIRA

 Por José Nicodemos

Era assim chamada a prostituta Maria Graça Lopes, no registro civil. O apelido se jistificava pelo fato de ser filha de um pistoleiro paraibano, dos mais temidos daqueles sertões. Gabava-se, e com razão, que não tinha medo de homem, não lhe importava o tamanho.

Mulata alta, corpo parecido com o de homem, peito quase chato, um tanto angulosa, olhar vivo e felino, mas sem deixar de ser bonita, fazia salão com uma bolsa no ombro, dentro desta um revólver calibre 38. Mas não era de provocar briga com ninguém, respeitadora. Também não era de correr; topava a parada, fosse quem fosse.

Era Maria Pistoleira, por assim dizer, o escudo de suas companheiras, quando agredidas por algum tipo covarde: tomava-lhes logo as dores.
Ora se. Muitos apanhavam dela, dizia-se. Inclusive um certo bacana da sociedade local que, achando-se gostosão, nunca pagava à mulher de que se servia. Era conhecido por esse predicado.

Dava-se que as novatas eram logo informadas pelas outras a respeito dele, o dito, de modo que se recusavam a ir com ele pra cama.

Pois uma vez chegou ali na zona uma das bandas do Ceará, nova e bonita, correu o boato na cidade, e logo cedo da noite lá foi o cara, a melhor roupa e perfumado, na sua pinta de grã-fino, a procurar Alzira (era o seu nome). Desprevenida, ela topou a cantada do tal sujeito, e este, como era do costume, não lhe pagou o momento de amor. Foi aquela confusão, dentro e fora do quarto. 

Nisto, Maria Pistoleira interveio em favor da companheira - Você só sai daqui quando pagar, ou dou-lhe uma surra com seu próprio cinturão. Você já conhece a força do meu braço, cabra safado.

E foi o que sucedeu. Depois de lhe dar uma boa surra, de cinturão, entre chutes machos, Maria Pistoleira tirou-lhe toda a roupa, sem poupar a de baixo, até os sapatos, e revólver em punho, fê-lo que corresse nu, pelas ruas, então abertas, até chegar em casa, moralmente esbaforido.
 
Fonte: defato.com
Mossoró (RN), Domingo - 06 de junho de 2021.

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AÇUDE DE VARZINHA - SERRA TALHADA PE

 Do acervo do Jose João Souza

Construído pela antiga Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, em 1938.

Pintura em tela da Artista Plástica Bernadeth Cavalcanti Ferraz

Adendo: Postado em nosso blog para propagar o bom trabalho do artista plástico Bernadeth Cavalcanti Ferraz.

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SÍTIO DOS NUNES CHEGANDO AO LOCAL ONDE NIL NUNES FOI MORTO E ENTERRADO PELO CANGACEIRO JARARACA E BANDO.

 Por Cangaçologia

https://www.youtube.com/watch?v=CCEQSayFeME&ab_channel=Canga%C3%A7ologiaCanga%C3%A7ologia

Nessa segunda parte do documentário mostraremos a região em que Nil Nunes foi preso, morto e enterrado pelo cangaceiro Jararaca e seu bando.

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CANGAÇO - MEMÓRIAS DE UM SOLDADO DE VOLANTE

Aderbal Nogueira - Cangaço 

https://www.youtube.com/watch?v=dBU-rgMEHbk&fbclid=IwAR2-peTESENXOHSlV9CiU4BZiM1Acbgk6G6F1Lh4iU-qBzOeJqbADsGCcO4&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Ex-volante João Gomes de Lira fala das dificuldades para escrever seu livro. Link desse video: https://youtu.be/dBU-rgMEHbk

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ESTA É A PEDRA DO SAPO LOCALIZADA NUMA CIDADE DO RIO GRANDE DO NORTE!!!

 Por Fátima Maria Araújo

Foto: Kelly

Qual é o nome dessa cidade????

Alguém desse grupo já a visitou????

"É em Fernando Pedroza uma pacata cidade do Rio Grande do Norte, localizada na microrregião de Angicos, que tem uma população de cerca de apenas 3 mil habitantes. Nesta pequena localidade existe uma pedra, que fica às margens da BR 304, no formato de um sapo.

Apesar de sua forma assustadoramente semelhante ao animal, a pedra não foi criada pela mão do homem, mas sim esculpida pela própria natureza. A natureza e seus mistérios"!

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UMA VISITA ILUSTRE

Por Kydelmir Dantas

Seguindo o roteiro... Com direito a máscaras na entrada, distância legal e alcóol gel após o aperto de mãos. Porém, como não poderia ser diferente num FILME, teve ação, aventura e emoções fortes. Recebo em meu espaço de leituras, pesquisas e "viagens" a visita ilustre de Seu Hamilton Marinho, o pioneiro do Cinema em Nova Floresta, através da implantação do CINE ÍRIS, para visitar o espaço dedicado à memória do cinema em nossa querida cidade. Neste seriado não teve o The End... Só o até logo para, desta vez, o artista trazer a mocinha dona ELCY, com direito a um bate-papo mais longo e um café com torradas. 

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE, numa amizade que já passa de meio Século.

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ZÉ RUFINO

 Por Manoel Severo

Tenente Zé Rufino, um dos maiores perseguidores e matadores de cangaceiros de todos os tempos... Zé Rufino é personagem principal de nossos GRANDES ENCONTROS, ao vivo, nesta quarta no canal do Cariri Cangaço no YOUTUBE

QUARTA, 09 de Junho de 2021 as 19H30...Imperdivel

Basta clicar no link: https://www.youtube.com/watch?v=aZPUqx3-tRQ

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"MEU IRMÃO"

 Por Hélio Xaxá

"Fiz esta poesia num momento de alegria. ano que vem, certamente, publicá-la-ei novamente com saudade..."


"MEU IRMÃO"


Abriu-se a rosa do coração

Na árvore casta da família...

E percebe Deus que um irmão

É o fruto mais doce da bacia.


Seus ramos abraçam outros ramos

Protege-nos com a própria vida

Transmite força e juntos vamos

Torna-se tronco, copa, fruto: guarida.


Assim és tu, irmão querido

Exemplo para todo ser nascido

Enxada, lápis, caráter e abrigo.


Deu-nos as ferramentas do saber

Força e sabedoria para crescer

Mais que irmão, tu és um amigo!

Autor: Hélio Xaxá


Adendo: José Mendes Pereira


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