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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cronologia do cangaceiro Antonio Silvino - 1875 - 1944 - Parte IV

Por: Frederico Pernambucano de Melo

Em 1899 (o cangaceiro Antonio Silvino), deixando Canhotinho, onde se achava com todo bando alistado na Guarda Municipal, deste até a mata sul do Estado para atender a convite do coronel e senhor de engenho Epaminondas de Melo Barreto, por mãos de quem vem a conhecer os irmãos Eduardo e José Tavares de Melo, do engenho Arandu de Cima, que o contratam por 6 contos de reis para atacar a casa-grande de Usina Santa Filonila, em Escada, e raptar D. Tereza Pontual dos Santos Dias Melo, esposa de José e deste afastada por desentendimentos graves. Tereza era filha do usineiro, coronel Manuel Antonio dos Santos Dias, dono da Empresa de Ferro Carril de Pernambuco e um dos pró-homens da açucarocracia da época.


Às seis horas da manhã de 10 de Outubro, a casa-grande está sob cerco, ferindo-se violento tiroteio. O usineiro com a filha Tereza e um outro filho, se achava num outro local da usina, de onde fogem de trole para o engenho Limoeirinho, do barão de Suassuna.

O ataque, além de inútil, provoca a morte de vários criados do coronel, inclusive duas auxiliares da cozinha, nesse rol sombrio vindo a se incluir uma filha menor do usineiro, Feliciana dos Santos Dias, de 13 anos de idade, que passa inesperadamente pela linha de fogo do próprio Antonio Silvino e é atingida. Em 18 anos de vida no cangaço, será este o único crime a merecer o arrependimento expresso do chefe cangaceiro.

Na fuga da usina, o grupo é cercado em Gravatá pelo subdelegado e jagunços do coronel Santos Dias. Silvino foge baleado no braço. \perde dois cangaceiros. \procura abrigo na Paraíba, zonas da caatinga-agreste, brejo e sertão do cariri.

CONTINUA...

Fonte:

Diário Oficial
Estado de Pernambuco
Ano IX
Julho de 1995

Material cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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