Zé Baiano (?
— 7
de junho de 1936) foi um cangaceiro que
integrou o bando de Lampião. Conhecido por sua crueldade,
tinha o costume de marcar com um ferro em brasa as iniciais "JB"
no rosto ou
no púbis de
mulheres de cabelo curto ou por estarem usando vestidos cujo comprimento ele
considerava inconveniente, passando a ser conhecido por isso como o
"ferrador de gente". Devido à cor de sua pele, foi apelidado também
de "pantera negra dos sertões".[1] Liderou
seu próprio bando, em companhia do qual foi morto em 1936 após uma emboscada em
Alagadiço, povoado do
município de Frei Paulo.[2]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Lampião e seu
bando invadiram Alagadiço pela primeira vez em 1930, arrombando casas
e roubando pertences dos moradores. Pelo povoado estar em uma posição
estrategicamente privilegiada, e por não contar com destacamento reforçado
de polícia,
os cangaceiros transitavam livremente pela região. Lampião voltou mais três
vezes a Alagadiço; na segunda ocasião, procurou o coiteiro Antônio
de Chiquinho, querendo informações sobre um destacamento policial que perseguia
seu bando.[3]
A última
visita de Lampião ao povoado foi em 1934, quando deixou Zé
Baiano no comando da região. Acompanhado de seus comparsas Demudado, Chico
Peste e Acelino, ele aterrorizou a localidade, cometendo atrocidades, saqueando
e impondo sua própria lei em Frei Paulo e vizinhanças. O bando costumava
esconder-se da polícia nas casas de fazendeiros, ou então na mata, mas foi o
coiteiro Antônio de Chiquinho que acabou pondo um fim ao reinado de
criminalidade de Zé Baiano.[3]
Cansado de ser
perseguido pelos policiais devido ao envolvimento com o cangaço, o comerciante
armou uma emboscada aos criminosos. Durante uma entrega de alimentos em 7 de
julho de 1936, acompanhado dos conterrâneos Pedro Sebastião de Oliveira (Pedro
Guedes), Pedro Francisco (Pedro de Nica), Antônio de Souza Passos (Toinho),
José Francisco Pereira (Dedé) e José Francisco de Souza (Biridin), Antônio deu
fim a Zé Baiano e seu bando. Manteve segredo do fato durante quinze dias,
temendo represálias de Lampião. O cangaceiro, contudo, decidiu não se vingar
após ser convencido por Maria
Bonita que o empreendimento poderia ser perigoso, pois o povoado
contava com a presença de um canhão.[3]
Referências
Ir para cima↑ Lampião,
senhor do sertão: vidas e mortes de um cangaceiro. Elise Grunspan-Jasmin.
EdUSP. ISBN
9788531409134 (2001)
Ir para cima↑ "I
Encontro Cultural de Alagadiço". FUNCEFETSE
https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Baiano
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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