Seguidores

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

João Silva, compositor parceiro de Luiz Gonzaga, faleceu no dia 6 deste mês de Dezembro.


Amigos e familiares prestaram homenagens ao parceiro musical de Luiz Gonzaga no velório que aconteceu na Câmara de Vereadores do Recife, na Boa Vista, sábado, 7 de Dezembro de 2013.

João Silva foi encontrado morto na última sexta-feira (6), no quarto do apartamento onde morava em Boa Viagem. Ele deixou cinco filhos e uma vasta herança artística com mais de 2 mil composições, como Adeus a Januário (com Pedro Maranguape) e A Mulher do Sanfoneiro.

De acordo com a declaração de óbito emitida pela equipe do Instituto de Medicina Legal (IML) na tarde de sábado, João Silva morreu em virtude de uma “hemorragia interna do abdômen devido a um aneurisma de aorta abdominal”. No momento da morte, ele estava sozinho no apartamento. A atual companheira, Benilde Nogueira, tinha viajado para acompanhar a apresentação da filha, que também é cantora, em Aracaju, Sergipe. “Na quinta-feira à noite, liguei e ele não atendeu. Fiquei com um pressentimento ruim e liguei no dia seguinte. Ele costumava acordar às 8h30 para tomar café da manhã em um supermercado próximo, mas não foi visto por lá. Pedi que os amigos fossem até o apartamento”, contou Nogueira.


Biografia

Nascido em Arco verde, a 259 quilômetros do Recife, João Silva foi agraciado com o título de Cidadão do Recife e inscrito na história da cultura pernambucana como um dos grandes compositores de forró. Autor de mais de duas mil composições, tem sua biografia publicada pelo escritor José Maria de Almeida Marques. 

O livro Mestre João Silva, pra não morrer de tristeza registra sua importante participação na criação de Danado de Bom, o primeiro disco de ouro - 1,6 milhão de cópias vendidas - da carreira de Luiz Gonzaga. Em 2009, recebeu homenagens, inclusive do canal Sons de Pernambuco, do portal Pernambuco.com, que inseriu três músicas do álbum João Silva Canta Mais Gonzaga no streaming do portal.

João Silva se preocupava com a preservação do baião. “O problema do forró de hoje é que, a cada quinze músicas gravadas, catorze são xotes e uma é baião”, declarou em entrevista ao Diário, quando preparava o álbum de inéditas Sertão Puro, atuando também como arranjador e produtor. “Só baião é forró puro.” 

Marcaram sua história sucessos como Adeus a Januário (com Pedro Maranguape), homenagem ao pai de Luiz Gonzaga; dentre outras como A Mulher do Sanfoneiro, A Puxada, Pagode Russo e Sequei os Olhos, sobre a seca que assolou o Nordeste entre 1979 e 1983 (com Luiz Gonzaga); Amei à Toa (com Joquinha Gonzaga); Aí Tem e Amigo Velho Tocador (com Zé Mocó), afora parcerias com João do Vale, Onildo Almeida, Rosil Cavalcante, Severino Ramos, Bastinho Calixto, Pedro Maranguape, Pedro Cruz e Dominguinhos, dentre outros. 

http://www.pernambuco.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

Nenhum comentário:

Postar um comentário