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sábado, 11 de julho de 2015

A CANGACEIRA DULCE MENEZES

Por Ruas Menezes Ruas
Martha filha da cangaceira Dulce e o genro Tião Ruas

Olá!

Sou Tião Ruas, casado com Martha, filha de Dulce. 
Fui o responsável pela reportagem feita pela Record, no dia 1º de maio deste, sobre ela.

Sou Professor de História, poeta e compositor. Vivi minha infância dentro da casa de dona Dulce, com os filhos dela.
Senti-me no dever de resgatar para o Brasil, a história de Dulce Menezes dos Santos, e colocá-la como mito vivo da tragédia de Angicos. A verdadeira história dela, após angicos, é Jordânia, onde residiu e criou seus filhos com seu marido João Anastácio Filho (Jacó). Criança, é outra história. Falo com ela sempre. Está vivinha da silva, tá? Rsrsrsrs!

Abraços.
Fonte: facebook


Pouco se sabe sobre Dulce, uma bela moça nascida em Sergipe e que conseguiu escapar da morte em Angico. A exemplo das demais contribuiu para amenizar a violência do bando, sendo a fiel companheira, enfrentando perigo, fome, sede e demais sofrimentos nas caatingas em pé de igualdade com os homens. Ela ainda está viva e provavelmente morando em São Paulo. Com a idade avançada, as recordações devem ser mínimas. Dulce, já foi personagem aqui, mas retorna devido à informação de que ela está viva. A única viva, assim como a história do Cangaço.

Dulce é exemplo de que o Cangaço lateja, para inquietação de alguns e que pede um maior estudo e não suposições. História se faz com fatos, documentos.

A história do Cangaço está a dever a verdadeira importância da mulher nesse movimento que durou anos seguidos em todo Nordeste sendo odiado e temido por uns e aplaudido por tantos. A contradição ainda há.

Se, o cangaceiro ainda é enquadrado como bandido (76 anos depois da morte de Lampião), a mulher dele, não passa de uma bandida, bandoleira e até criminosa.

Elas chegaram a somar 40, após 1936, já nos últimos anos. Mas poucas ficaram famosas. Existiram aquelas que, mesmo no anonimato, tiveram importância reconhecida pelos historiadores. É o caso de Dulce, a doce a segunda companheira de Criança. Assim era chamado João, que entrou no bando quase menino…

Reconstruir essas vidas, a exemplo de Dulce, é uma tarefa quase impossível diante da ausência de informações, como era o costume da época que nada registrou. Mesmo que se restaure o passado, a história não será a mesma. Esse tributo à mulher cangaceira ainda está por vir.

Fonte: http://www.mulheresdocangaco.com.br/dulce-ainda-vive/

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

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