Seguidores

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Monsenhor Américo - Parte I - 12 de Maio de 2013

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Américo Vespúcio Simonetti nasceu em Assu/RN em 21 de dezembro de 1929, sendo filho do casal Alfredo Simonetti e Maria Augusta de Sá Leitão Simonetti. Foi o quarto filho de um total de sete irmãos: Maria Amália Simonetti (Ir. Angelina), José Nazareno Simonetti, Maria Anita Simonetti, Joaquim Alfredo Simonetti (Padre Alfredo), João Batista Simonetti, Maria da Salete Simonetti Gomes e um filho adotivo: João Batista. O pai morreu quando Américo tinha apenas 10 anos.


“Eu sou de uma família católica, cresci com o hábito de ir à igreja. Recebi influências tanto da minha mãe como do meu pai. Não houve exigência por parte deles, eu sozinho quis seguir o sacerdócio. Aos poucos, ainda em Assú, fui despertando essa vontade, esse desejo. Foi ai que resolvi ingressar no seminário. A formação católica que recebi tem muito sentido para mim”, declarou Monsenhor Américo numa entrevista que concedeu ao jornal “Gazeta do Oeste” em novembro de 2002.
               
Iniciou seus estudos em Assú. Com dez anos e dois meses de idade, encontrava-se no Seminário de Santa Terezinha de Mossoró, entre os novatos de 1940. Os estudos superiores foram feitos em São Leopoldo/RS, de 1950 a 1952, Filosofia e Teologia entre 1953 a 1956, também em São Leopoldo. Em 1969 fez especialização em Didática do Ensino Superior na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como forma de aperfeiçoar em sua formação. As ordens sacras foram dadas nas seguintes datas: subdiaconato em 01 de janeiro de 1956 em São Joaquim/SC, por Dom Daniel Hostin. Presbiterato a 02 de dezembro de 1956, em Assú, por Dom Eliseu Mendes. Sua primeira missa foi realizada na Matriz de São João Batista, em Assú, no dia 08 de dezembro de 1956. 

Foi nomeado vigário cooperador do Monsenhor Júlio Alves Bezerra, na mesma paróquia. Em 1962 foi chamado pelo então bispo de Mossoró Dom Gentil Diniz Barreto, sendo nomeado vigário da paróquia do Coração de Jesus, onde permaneceu de 1962 a 1964. Assumiu a coordenação da Ação Pastoral na Diocese a partir de 1962, a superintendência da Rádio Rural de Mossoró a partir de 1963 e foi indicado como vigário geral da Diocese a partir de 1969.
              
Foi professor de psicologia do Curso Normal Regional em Assú, de 1960 a 1961. Professor de Economia Política da Escola Técnica de Comércio, na Escola Nossa Senhora das Vitórias, em Assú, em 1961. Professor de Latim, no Ginásio Pedro Amorim, também em Assú, em 1961. Professor de Literatura Latina, no Instituto de Letras e Artes da Universidade Regional do Rio Grande do Norte, hoje Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN.
               
Foi Reitor durante vários anos do Santuário Coração de Jesus, Diretor do Lar Sacerdotal, Diretor do Departamento Diocesano de Ação Social e da Cáritas Diocesana, Diretor do Curso Superior de Iniciação Teológica, Diretor do Centro Pastoral de Ciências Religiosas e Animador da Ação Católica no setor da Juventude Agrária Católica – JAC, quando ainda se encontrava em sua cidade Assú.
               
Uma de suas mais importantes obras foi a criação da Rádio Rural de Mossoró, com o apoio do bispo diocesano Dom Gentil Diniz Barreto, em 1963. Para isso mobilizou, durante muito tempo, a cidade e a região de Mossoró, com promoções como: A Feira da Providência, o Festival dos Municípios e o Concurso A Mais Bela Voz.
               
Padre Américo Simonetti recebeu o título honorífico de “Monsenhor” do bispo diocesano Dom Gentil Diniz Barreto e, no ano de 1980 foi nomeado pároco da Catedral de Santa Luzia, substituindo o Monsenhor Huberto Bruening .
               
Como pároco, resgatou os festejos da padroeira Santa Luzia e ajudou a transformá-la num dos eventos religiosos mais importantes do Estado do Rio Grande do Norte. Criou um tema para cada ano da festa e foi o incentivador principal da peça do Oratório de Santa Luzia. Sempre promoveu o bem e ajudou a todos que lhe procuravam. Era uma pessoa generosa e responsável por inúmeros trabalhos realizados na Diocese de Mossoró. Foi dele, por exemplo, a famosa frase que acompanha a procissão de Santa Luzia: “Mossoró com alegria, saúda Santa Luzia”.
               
Seu lema era: “Não desanimar nunca, embora venham muitos ventos contrários”.
              
Continua na próxima semana

Todos os direitos reservados

É permitida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, desde que citada a fonte e o autor.

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

Fontes:
http://www.blogdogemaia.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário