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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

PRIMEIRAS IMAGENS DO EVENTO DE ONTEM



Casa cheia no lançamento do nosso “O Sertão Anárquico de Lampião” no Espaço Cultural Xique-Xique, em Brasília, na noite de ontem. Primeiras imagens do evento.


SURGIU NA COLINA ÁSPERA DO DISTRITO FEDERAL, DE SÚBITO, UM LIVRO DE LAMPIÃO E DAS HISTÓRIAS DA COLUNA PRESTES NO CHÃO NORDESTINO!

O SOFRER BRASILEIRO CONTINUA!

ESPERO ... OS AMIGOS CURTIREM A FAN-PAGE DO LIVRO!...DA OUTUBRO EDIÇÕES! (Clarice e Clara Arreguy).

https://www.facebook.com/events/415674775269892/permalink/415758135261556/?notif_t=event_comment_follow&notif_id=1470067814917649

EDITORIAL DE CONTEÚDO Luiz Serra

Nos dias de hoje, nas grandes cidades, uma nova forma de cangaço vem atormentando os brasileiros, em pequenas cidades, e nas proximidades das capitais dos Estados!.....

Só que Lampião, naquele tempo, conviveu num espaço de pouca ou nenhuma ordem (ANÁRQUICO SERTÃO)... e hoje há bilhões de Reais em verbas destinadas para a "dita" ordem pública! .. para as polícias, que hoje somam contingentes maiores do que os das Forças Armadas!
.
Verbas que poderiam estar direcionadas para melhoria de escolas e hospitais!

Resumindo: morre-se hoje proporcionalmente, no Brasil, mais do que nos tempos anárquicos de Lampião!!

Fotos do livro que será lançado no dia 10 de agosto.... de nossa lavra de pesquisa, intensa, e documental...O Sertão Anárquico de Lampião. Apoio: Rede Xique-Xique de Restaurantes....Cultura e comida nordestinas. Brasília, DF.


TRECHO

...GUERRA DE CANUDOS – A BATALHA DO FIM DO MUNDO!

Comentário sobre um capítulo do livro O Sertão Anárquico de Lampião. Lançamento 10 de agosto!

Em Canudos, o Beato Conselheiro arrastou para lá quase 40 mil indigentes pelo sertão agrestino, vinham caminhando em transe de rezas e ladainhas!

Assim nasceu a Vila do Belo Monte.

Aquém do morro da Favela, instalaram-se em miríades de pequenos casebres de taipa. A Igreja foi erigida junto à casa sagrada de Antônio Vicente Mendes Maciel, o líder carismático e 'assombroso', Antônio Conselheiro.

Para assuntos de guerra, foi criada uma força de guerrilha de jagunços, liderada pelo temível Pajeú, que era pernambucano, como tal seria Virgulino Lampião.

Advieram os conflitos e duas campanhas de tropas policiais tentaram abafar a ira dos fanáticos, como diziam destes.

As primeiras dezenas de mortos de policiais e milicianos do governo da Bahia e do Exército se confirmavam!

O Governo então fez enviar um forte contingente de forças federais, que saiu da Bahia, inclusive levando um canhão alemão Krupp, que ia sendo arrastado por uma parelha de bois. No comando, um herói da Guerra do Paraguai, o coronel Moreira César, apelidado de “o corta-cabeças!”

O sertão agreste, dia a dia, ia solapando os ânimos dos soldados!

Até que se deu o recontro: os guerrilheiros de Pajeú, invisíveis nas matas e atrás de pedras, munidos de bacamartes boca-de-sino, municiado com chifre de novilho, acertavam os soldados que, atingidos, alguns morriam em agonia sobre os cavalos !

Um dos que acabou tombando foi o coronel Moreira César, que, mesmo usando um colete de aço, acabou milimetricamente varado pelo disparo em local sem proteção! Afirmou-se que o próprio Pajeú foi quem acertou o mítico comandante das tropas !

O responsável por substituir Moreira César no comando da tropa foi o coronel Tamarindo, mas a tropa desarvorada, pelos seguidos e rápidos ataques dos jagunços de Pajeú, iniciaram uma desabalada carreira, sertão afora! Debandada geral!

Foi daí que o coronel Tamarindo soltou a famosa frase naquele ardor crítico da batalha: “ É tempo de murici, cada um cuida de si!”.

Também o coronel Tamarindo seria morto e degolado pelos sequazes do Conselheiro!

Essa batalha dos sertões, entre o Brasil real e o Brasil virtual, no dizer de Ariano Suassuna, parecia não acabar!

Meses após, naquele fatídico ano de 1897, uma gigantesca tropa foi enviada pelo governo federal, do Rio de Janeiro, comandada pelo ministro da Guerra, marechal Bitencourt, que promoveria o cerco para além do rio Vaza-Barris, e aconteceria o massacre, denunciado por Euclides da Cunha n’Os Sertões!

Consequência da guerra do fim do mundo: o mais sangrento conflito armado de nossa História, com maior número de baixas: 25 mil mortos, entre 5 mil militares, enviados pela República, e 20 mil jagunços sertanejos!

Foto: Só-história. O cavaleiro misterioso.
OUTUBRO EDIÇÕES. Clara Arreguy. APOIO XIQUE-XIQUE Restaurantes Brasília.


O LIVRO

OS REVOLTOSOS DA COLUNA PRESTES ATRAVESSARAM O BRASIL, DE SUL A NORDESTE, ENTRE 1925 A 1927, FORAM MOMENTOS DE RANCOR GENERALIZADO E CONFLITOS PELO BRASIL.

Abordagem coligida e temporalizada (em sequência de acontecimentos) no livro O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO.

A Coluna Prestes tomou forma após o movimento militar (e civil) do tenentismo (1922). .... .. A Coluna foi um movimento que alterou a história política e social do Brasil para a modernidade e país desenvolvido (ainda que com falhas estruturantes e societárias).... fez irromper a Revolução de 1930... e o governo de Getúlio Vargas.

ABORDAGEM DAQUELES MOMENTOS CRUCIAIS EM QUE SE SE CONSIDEROU UMA INVASÃO DE TERRITÓRIO DOS CORONÉIS E DOS CANGACEIROS DE LAMPIÃO!
Como tal revelou Juarez Távora em suas Memórias (1973).
“Procurávamos evitar esses confrontos com os jagunços do coronel Zé Pereira, na Paraíba, e com os cabras de Lampião!”
“Um assombro…!”…diziam os moradores das vilas e cidades interioranas.

Uma carreira infindável de cavaleiros armados (chegou a 1600 !), cortaram o sertão nordestino, organizados por um estado-maior chefiado por Luiz Carlos Prestes e sob as chefias dos revoltosos general Miguel Costa e tenente-coronel Juarez Távora.

A cada trecho de 800 quilômetros os cavalos precisavam ser substituídos em negociações (‘nem sempre’ amistosas) com grandes fazendeiros.

Um exército em marcha com quatro destacamentos liderados pelos capitães Siqueira Campos, Cordeiro de Farias, Djalma Dutra e João Alberto Lins e Barros, todos promovidos a coronel pelo comando revolucionário. Advieram combates horripilantes, como o massacre de Piancó.

Este livro dá ênfase à passagem tumultuária dos rebeldes da Coluna pelo Nordeste, onde foram precipitados confrontos, diante da reação pontual de coronéis, com suas guardas pessoais, e os cabras dos cangaceiros.

Foto: PrismaNet


JÁ DIVISAMOS NO HORIZONTE PRÓXIMO A CAPA DO LIVRO
.....O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO ..Luiz Serra

Outubro Edições (Com esmerada parte desse trabalho de Maria Clara Arreguy Maia, Clarice Maia Scotti, Mario Lucio Arreguy Maia e Fred Jordão)

A abordagem acompanha uma sequência temporal desde o século XIX aos anos trinta do século XX, no cenário nordestino.

Aqueles acontecimentos nucleares e profundos para a alma brasileira, no cenário do sertão nordestino, que inflamou os nervos daqueles bravos brasileiros.

Como um cobertor de acalmia, o inevitável messianismo, com os padres Cícero e Ibiapina, e o Conselheiro do Belo Monte de Canudos. Era a prática religiosa adaptada às agruras do sertão, além do mais, havia as rezas de corpo fechado, para aqueles que ficavam no fogo cruzado, quando não em situações críticas de corpo a corpo!

Os coronéis sertanejos tentavam “governar” seus domínios a ferro e fogo, aliando-se a milícias ou a cangaceiros, quando não, arregimentavam verdadeiros exércitos de jagunços armados, como foi o caso do célebre coronel José Pereira, de Princesa, na Paraíba.

Nesse furdunço geral, chegou a Coluna Prestes serpenteando uma fileira de 1500 milicianos revoltosos e, no interior do sertão, foi combatida por todos os segmentos: tropas do governo, batalhões arregimentados, ditos patrióticos, e até o bando de Lampião chegou a instantes de fustigamento distanciado.

Lampião, arguto conhecedor do esconso sertão da caatinga, sai-se airosamente no ano de 1936, e aparece nas telas do cinema da capital, do Rio de Janeiro.

Inevitavelmente entraria em ação o poder central na figura de Getúlio Vargas, e da sutileza politica intervencionista, sai a solução para o fim do cangaço sertanejo.

Estará no capítulo derradeiro comentário de uma possibilidade estratégica para a queda de Lampião.
— com Fernando Ferrão.


O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO …. do Prefácio
Lançamento: 10 de agosto... Xique-Xique, 107 Sul..19h.

TENHO A PRIMAZIA DE TER NO PRÓLOGO DO MEU LIVRO O ESMERADO TEXTO DE HUGO STUDART...Luiz Serra.

... Carlos Hugo Studart Corrêa (Natal (RN), 8 de junho de 1961) jornalista, professor universitário e historiador brasileiro. Doutor em História, pela UnB. ...Foi editor, colunista ou diretor nos principais veículos do país, como Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Folha de São Paulo, revistas Veja, Manchete, IstoÉ...(Wiki)

* Aí está o trecho circunstanciado de Studart para o Prefácio de O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO:

“A construção narrativa de Luiz Serra está fundamentada, ontológica e epistemologicamente, na escola historiográfica dos Estudos da Cultura, cujos pressupostos começaram a ser formulados na década de 1920, na França, com a École des Annales.

Liderados por Lucien Febvre e Marc Bloch, a partir dos Annales, a historiografia começou a ser reinventada com vertentes mais flexíveis de análise, como a Nova História, a História das Ideias e a das Mentalidades.

A Nova História também passou a defender a relevância dos perdedores, dos pobres, dos personagens anônimos e dos anti-heróis. Os cangaceiros, por exemplo, encontram-se nesse escopo”.

Gravura: do pintor cearense Aldemir Martins.


MARIA BONITA – PRIMEIRA-DAMA DO SERTÃO – DO CORDEL, IMORTAL EM VERSOS, NA CANTORIA! 

Fragmento de O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO.
Luiz Serra (10/08 no Xique-Xique - SQS107)

“ Na presença de irmãs e dos pais, intimidados, a pequena Maria demonstrava espírito de resolução, mesmo diante de excêntrica proposta, possivelmente motivada por atração fulminante diante da fama do capitão. Ao seu talante, fazer-se acompanhar de um bando de salteadores, considerados violentadores, incendiários, assassinos, lato sensu. Era preciso muito destemor e ousadia. Naqueles confins de caatinga, submersos na realidade de fazendeiros acoitando tais figuras de trágica reputação, mas que, por arrazoado, tinham um chefe muitas vezes judicioso.

Nesse entremeio poderia passar a volante num azougue destemperado e assustador.

Naquela altura, a fama de poder restrito fazia a figura de Lampião no persuadir de autoridades, na atração de jovens na seca de ocupação, de gente se esquivando de força policial, cientes do distante mundo da ordem pública.

Maria Bonita, aos 25 anos, a senhora do cangaço, imortalizada, em foto de fim de tarde aparente da caatinga, pelo admirável libanês Benjamin Abrahão, o cineasta inspirado, que concebeu a obra indicativa, mostrando para os tempos futuros um outro Brasil, lustro da sociedade, esquecido nos grotões do sofrido agreste.

Naqueles dias renasceu para a memória de um povo a primeira dama do sertão, em um mundo deserto de castelos imaginários, no recinto de aceiros, acercando tordas e santuários vãos, num amarfanhado de gravetos e volteios tortuosos de mata recurvada da caatinga.”

Foto: Água Viva.

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