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quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

MACACOS E CANGACEIROS.

 Por Cabo PMPR-RR Francisco Carlos Jorge de Oliveira


Meus amigos deste grupo.

Quero que prestem atenção.

Não vou ofender ninguém.

Pois não é a minha intenção.

Vamos todos questionar.

Dando exemplos e opinar.

Das façanhas de Lampião.

Vamos travar um debate.

Sendo franco e verdadeiro.

Provando com detalhes.

E mostrando ao companheiro.

Quem eram os mais valentes.

Estúpidos ou inteligentes.

Os Volantes ou Cangaceiros.

Todos sabem que foi no Nordeste brasileiro, a região onde ocorreram os maiores conflitos revolucionários da história do Brasil. Após o crudelíssimo massacre do povo de Antônio Conselheiro na guerra de Canudos pelas tropas federais gaúchas vindas do Sul sob a comando do bravo e audaz Coronel Artur Oscar convocadas pelo presidente Prudente de morais, um dos fenômenos sociais de maior repercussão foi a saga “Cangaço” tendo como precursor Antônio Silvino “rifle de ouro”, depois Sinhô Pereira e por fim o mais cruel e sanguinário bandido de todos os tempos que o país já conheceu que foi Virgulino Ferreira da Silva o famigerado Lampião, abatido pelos valentes policiais da Força Volante Alagoana comandada pelo intrépido Tenente João Bezerra, em um prélio ocorrido na Grota de Angicos na manhã do dia 28 de Julho de 1938 onde foram mortos onze cangaceiros digo; bandidos fora da lei, o resto do bando fugiram apavorados em meio ás caatingas ainda molhada de orvalho, do lado militar houve só uma baixa, o bravo soldado Adrião que tombou no início da refrega, regando o solo árido e rochoso com seu precioso sangue de herói.

Bem como o tema é cangaço, vamos analisar a historia e os fatos ocorridos na época. Os cangaceiros eram homens do interior, caboclos que conheciam palmo a palmo as caatingas, sua geografia, as plantas, frutos, folhas, caule e raízes além da flora, ainda as inúmeras trilhas, veredas, esconderijos, olhos d’água, caldeirões, rios, riachos e cacimbas, a fauna enfim; todos os recursos que o bioma lhes oferecia. Os bandos dos Bandidos eram compostos por vários elementos selváticos que eram índios, vaqueiros, garimpeiros, pescadores, caçadores e demais caboclos que eram nascidos no sertão e entravam no bando de Lampião para não morrer de fome, por vingança, por não ter outra opção ou para não ser preso pela policia por cometer algum tipo de crime.

Para manterem seu bando, deram início a cruel saga sangrenta, cumprindo ordens de interesses de alguns Coronéis fazendeiros, grandes latifundiário e de políticos influentes da região. E foi assim que os cangaceiros começaram a disseminar o terror nas pequenas cidades, vilas, povoados, fazendas e pequenas propriedades rurais, saqueando, assassinando, roubando e cometendo os mais diversos tipos de atrocidades que se possam imaginar, deixando um rastro de sangue e dor por onde passavam.

Como nos dias de hoje, naquele tempo os governantes não davam o devido valor á vida humana, então para resolver o problema cangaço, eles recrutavam nas capitais e grandes cidades para entrar nas fileiras da policia militar qualquer jovem ou cidadão de aparência saudável que se encontrava desempregado, que no átimo agarravam sem pensar essa oportunidade, e sem um treinamento adequado recebiam o fardamento, munição e equipamentos, e vinham nos caminhões para o interior e sem a menor noção do perigo que corriam, sob o comando de um também laico, como gado caminhando para o abatedouro, adentravam nas caatingas a procura dos bandidos onde nas emboscadas eram dizimados pelos bandidos nos longínquos sertões.

Bem diz um ditado farroupilha “De tanto ir ao arroio, um dia o pote volta quebrado”, então depois de inúmeras vitorias do Bandido Lampião em confronto com os inofensivos macacos da cidade, talvez por cobrança das mídias internacionais ou mesmo compaixão e piedade a inteligência Militar o Exercito Brasileiro procurou frustrar e colocar um ponto final na alegria sádica do Capitão Cangaceiro. Começou então a recrutar e treinar sertanejos da região que tinham os mesmos conhecimentos e traquejo dos bandidos ah! Foi aí que a coisa arroxou, então já nos primeiros confrontos começaram a surgir as primeiras baixas no lado dos foras da lei. Daí o combate ficou de igual pra igual, os soldados já não eram mais surpreendidos e não caiam nas emboscadas, porem usavam a mesma estratégia dos bandidos que eram atocaiados e mortos nas ciladas preparadas pelos volantes.

Lampião abateu em luta e na maior parte covardemente muitos praças, graduados e oficiais da Força Volante, mas como todos sabem o final da historia, o celebre meliante foi abatido sem piedade em uma estratégia de guerrilha “ cilada” sem ter chance de reação, como fez com tantos infelizes sob a mira de seu fuzil assassino.

“Tem muita gente que não gosta de “macaco” Policial Militar, eu respeito democraticamente a postura deles, mas defendo minha classe e digo: “POLÍCIA É POLÍCIA e bandido é bandido”, é uma opção, tem gente que gosta de polícia e também quem gosta de bandido. Aliás, só pra clarear a memória dos que gostam de cangaceiro, Lampião e seus comparsas já foram macacos também, eles foram convocados pelo Padre Cícero Romão e recrutados por Floro Bartolomeu para fazerem parte do Batalhão Patriótico para combater a Coluna Prestes, Lampião e seus cabras vestiram fardas e ganharam patentes, também armamento moderno munições e equipamentos sofisticados do governo. Ele só voltou a vida de bandido porque alguns Estados do Nordeste se recusaram a reconhecer e não aceitaram sua patente e autoridade militar, dizendo que se atravessassem as suas fronteiras e adentrassem em suas jurisdições seriam todos recebidos à balas, diante de tal fato o rei do cangaço enfurecido mandou todo mundo pra baixa da égua e se embrenhou em meio às caatingas tomando rumo ignorado. Sem querer ofender ninguém, mas quem nasceu para ser tapete jamais será uma cortina.

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