O escritor e
pesquisador Alcino Alves Costa em sua obra "Lampião em Sergipe" fez
interessante discussão sobre o método das decapitações, utilizados pelas
volantes nos cangaceiros, principalmente objetivando comprovar o feito, para
futuras premiações de sus autores.
Entretanto,
Alcino também ressaltou, que este uso e costume, embora pouquíssimas vezes,
ocorreram entre os cangaceiros, sendo que o objetivo era diferente, geralmente
para obter salvo conduto diante da polícia.
Este autor
aponta, pelo menos, três casos de assassinatos com decapitações cujos autores
foram seus próprios companheiros, temos portanto:
1 - O primeiro
que se tem registro foi o cangaceiro Cocada, que fora morto e decapitado pelo
companheiro, Esperança, sendo que este o matou, com tiro de fuzil pelas costas,
e ato continuo levou a cabeça daquele para a polícia em Várzea da Ema (BA),
para tentar sair da vida bandoleira, a pedido de sua mãe;
2 - Outro
registro de traição e decapitação, foi em 5 de junho de 1938, na região do
povoado Caboclo (AL), região de Pão de Açúcar (AL), em que o cangaceiro
Barreira, assassinou e decepou a cabeça de seu companheiro Atividade, para
também obter atenuantes, de seus crimes;
3 - O terceiro
exemplo, que se tem noticia, foi realizado pelo cangaceiro Penedinho, logo após
o acontecimento de Angico, em que, aquele assecla, assassinou e fez a
decapitação no cangaceiro Canário, companheiro de sua prima Adília, e levou o
troféu para o Ten. Zé Rufino na Serra Negra (BA), hoje município de Pedro
Alexandre.
É possível
pensar que as leis do cangaço, não seguiam padrões de condutas, não havia
lógicas em seus procedimentos, não há dúvida que Lampião e seus companheiros,
surpreendiam em seus atos criminosos.
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