Do acervo do pesquisador do cangaço Guilherme Machado
Mamede Paes
Mendonça (1915-1995) era proprietário de uma venda no *arraial Ribeirópolis,
Sergipe, aí por 1934/35, quando um dia, ao levantar a vista, achou-se diante de
indivíduo cor de cobre, cara enfezada e todo aparamentado. Pensou tratar-se de
fiscal do imposto de consumo. Murmurou: "Tô campado!". Encarando
com firmeza, viu que se enganara.
com firmeza, viu que se enganara.
O cangaceiro perguntou:
- Vosmicê me conhece?
Mamede ainda não era gago. Respondeu:
- Conhecer não conheço não, mas desconfio.
O cangaceiro tirou as dúvidas: "Saiba que vosmicê está falando com o capitão Lampião".
Foi aí que teve início a gagueira de Mamede:
- Api-pa-pois, ca-pi-ta-tão, o que é que o sa-si-nhor, ma-mi-ma-manda?
Lampião
pediu a féria do caixa, carne de bode, rapadura, perfume, balas para mosquetão
e parabelo, conhaque Macieira de 5 Estrelas.
- É ca-qui-qui-ca-claro, ca-pi-ta-tão! o sa-si-nhor, la-li-leva ati-ta-té e veeeenda
ta-ti-toda!
Depois de tão
horripilante encontro, Mamede Paes Mendonça resolveu deixar Ribeirópolis e
Sergipe. veio para a Bahia e tempos depois era um mega negociante, mas sempre
grato a Lampião.
Fonte blog. Lampião Aceso.
Mamede Paes
Mendonça, foto extraída de Serra do Machado Era filho de Elisiário e Maria da
Conceição, possuiu uma padaria no povoado Serra do Machado, Distrito de
Ribeirópolis-SE. José Mendonça blogspot.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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