Por Valdir José Nogueira
Localizada no
alto sertão de Pernambuco, a bela cidade de Belmonte, tranqüila e pacata, com a
bela torre sineira da Matriz de São José, contemplando poeticamente o
poente e dominando majestosa toda a paisagem ao seu redor, em certo dia do ano
de 1925 se viu em apuros, ante um boato que correu rápido entre os quatro
cantos da cidade: Lampião ia invadir Belmonte mais uma vez. Traumatizada ainda
com o massacre de 20 de outubro de 1922, a população entrou em pânico.
Sobre tal ameaça o jornal “A Província (PE)” de 29 de julho de 1925, com o título “Lampião e seus sequazes”, publicou a nota seguinte:
“Pessoa
chegada do interior do Estado informou-nos de que o célebre bandido “Lampião”,
que chefia um grupo de 30 cangaceiros, composto de indivíduos afeitos ao crime,
encontra-se em território pernambucano, ameaçando agora entrar em Belmonte.
O sobressalto na população desse município é naturalmente grande, dada a audácia de “Lampião”.
Este celerado, quando faz uma ameaça, torna-a efetiva; a questão é de oportunidade.
O nosso informante adiantou-nos que, ao deixar o interior, ao passar por Belmonte com destino a esta cidade de Recife, soube estarem organizados mais dois outros grupos de cangaceiros, um composto de 25 homens, e o outro de 20 com o fim de auxiliarem a “Lampião” que está sendo tenazmente perseguido pelas forças estaduais da Paraíba e Alagoas numa ação conjunta.”
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