Por José Bezerra Lima Irmão
Maria,
Virgulino, Cristino e Dadá
Sobre as
relações entre Lampião e Corisco, enganam-se os que supõem que eles eram
“amigos”. No começo, enquanto Corisco era apenas um cangaceiro comum, as
relações eram de chefe com subordinado. Mas a partir de 1929, quando Corisco
constituiu seu próprio bando com seus parentes e os parentes de Dadá, ele
engrossou o cangote.
Houve vários
desentendimentos entre os dois. O primeiro foi em Tanquinho do Poço, quando o
cangaceiro Fortaleza, do grupo de Corisco, tomou dinheiro de um coiteiro de
Lampião e se recusou a devolver ao dono. Depois teve o episódio do assassinato
do tabelião de Curaçá, Domiciano Pereira, por Corisco. As relações entre os
dois azedou de vez quando Corisco estuprou uma amiga de infância de Maria
Bonita em Rio do Sal. Sem falar no assassinato de Santo da Mandaçaia, por
Corisco, no Alto Bonito, perto de Poço Redondo, região em que Lampião
recomendava que nenhum morador fosse maltratado. Nos últimos dias, Lampião não
confiava absolutamente em Corisco. Maria Bonita o odiava. E não gostava também
de Dadá.
José Bezerra
Lima Irmão
Pesquisador e
Escritor
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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