Por Ranulfo Prata
Trabalhavam
alguns homens na estrada de rodagem, no sítio Carro Quebrado, entre Chorrochó e
Barro Vermelho, sob a direção do capataz José Grande, quando foram
surpreendidos pelos bandoleiros. Lampião desce da sua montada e caminha para
eles de cara fechada, sobrecenho carregado e diz aos trabalhadores
estarrecidos:
- Já avisei a
todos Qui não quero este negóço de estrada, Qui só serve p’ra passar macaco
atrás de mim, vocês não ligaro o que eu apreveni e por isto vão morrê.
Estabeleceu-se
enorme confusão, durante a qual muitos fogem em louca corrida pelo mato.
Nove deles,
porém, são pegos, subjugados e juntamente com o capataz, que não conseguiu
escapulir, foram sangrados.
E a malta,
minutos depois, abalava num galope, deixando nove corpos ensanguentados a esteirar
a estrada deserta.
(Texto
transcrito da obra LAMPIÃO/Ranulfo Prata/Editora Traço)
http://www.luizalberto.com.br/l03.html
Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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