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terça-feira, 25 de dezembro de 2018

LADOS DA VIDA

Por José Di Rosa Maria

LADOS DA VIDA

Do armador do presente
Pro armador do passado,
Armei a rede da vida
E me deitei sossegado
Pra ver o tempo passar
E ao mesmo tempo dar
Uma espiada de cheio
Com toda atenção caída
Na linha que marca a vida
Do ser humano no meio.
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Do lado leste dos anos,
Gravurados pela paz,
A cem metros vi um monte
De sonhos azul-lilás
E um rio de alegria
Despejando poesia
No mar das inspirações
Que vomitava inocência
Tocado pela essência
Das flores das ilusões.
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Vi no pináculo do riso
A transparência do belo
Auxiliar o amor
Na construção dum castelo
Murado de regozijo
Pra servir de esconderijo
Pra vida ainda criança
Que dava seus passos ternos
Nos primogênitos invernos
Do jardim da esperança.
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Do lado oeste da vida,
Vi veredas de cansaços
Feitas pelos pés dos nos
Carregados de embaraços;
Presenciei a tristeza
Se banhar na correnteza
Do riacho da saudade,
Que arrastava os arquivos,
Guardiões dos negativos
Das fotos da mocidade.
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Assisti cenas grotescas
Do filme da impotência
Gravadas pelo destino
Nas páginas da existência;
O rádio dos desencantos
Tocava a canção dos prantos
Chorados pela velhice
Que, cheia de desenganos,
Pagava o bonde dos anos
Pro reino da caduquice.
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Depois desarmei a rede
Da vida pra terminar
De viver os últimos dias
De vida sem reclamar
Das derrotas e tristezas,
Desânimos e incertezas
Pelo destino cativo…
Mesmo de olhos cansados,
Foi bom olhar os dois lados
Da vida que ainda vivo.
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SIDE OF LIFE
From the present owner
Pro owner of the past,
I built the web of life
And I lie down quietly
To see the time pass
And at the same time give
A glimpse of full
With all my attention
On the line that marks life
Of the human being in the middle.
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On the eastern side of the years,
Engraved by peace,
A hundred yards I saw a lot
Of blue-lilac dreams
And a river of joy
Pouring poetry
In the sea of ​​inspirations
Vomiting innocence
Touched by the essence
Of the flowers of illusions.
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I saw the pinnacle of laughter
The transparency of the beautiful
Help love
In the construction of a castle
Wall of rejoicing
To serve as a hiding place
For life as a child
Who gave his tender steps
In the first-born winters
From the garden of hope.
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On the west side of life,
I saw trails of weariness
Made by the feet of us
Loaded with embarrassment;
I saw the sadness
Bathe in the stream
From the stream of saudade,
That dragged the files,
Negative Guardians
From the photos of the youth.
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I watched grotesque scenes
From The Impotence Movie
Recorded by destination
In the pages of existence;
The Disenchantment Radio
Played the song of the weeping
Crying for old age
That, full of disillusionment,
I paid the tram of the years
Pro kingdom of decay.
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Then I tripped the network
From life to finish
Living the Last Days
Life without complaint
Of defeats and sorrows,
Dejections and uncertainties
By the captive destination ...
Even with tired eyes,
It was good looking both ways.
Of the life I still live.
Author: Jose Di Rosa Maria
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