Por José Mendes Pereira
Seguidores
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
O CANGACEIRO VOLTA SECA PERDEU-SE, QUANDO DISSE QUE TERIA VISTO MARIA BONITA VIVA, E 33 ANOS DEPOIS, AFIRMOU QUE ELA MORREU JUNTA COM LAMPIÃO.
LAMPIÃO DE BURITIS MENTIU 70x7 PARA O CINEASTA JOSÉ GERALDO AGUIAR.
Por José Mendes Pereira
Após 17 anos de pesquisas, o escritor e cineasta José Geraldo Aguiar, natural de São Francisco no Estado de Minas Gerais, abandonou o seu estúdio fotográfico para coletar dados sobre o famoso capitão Lampião, que segundo ele, não teria sido assassinado em emboscada promovida pelas forças policiais na madrugada de 28 de julho de 1938, na localidade da Grota do Angico, em Porto da Folha, atual município de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, e estas, todas comandadas pelo o tenente João Bezerra da Silva, que havia nascido na Serra da Colônia, município de Afogados da Ingazeira, no Estado de Pernambuco.
Baseado nas informações de um suposto Lampião que viveu alguns anos em Buritis, no Estado de Minas Gerais, o José Geraldo Aguiar ficou crente e informado que, o homem que supostamente se dizia ser o capitão Lampião do Nordeste do Brasil, era realmente aquele senhor que se escondia lá pelas terras da cidade de Buritis.
Mas é certo que este homem que aparece na foto acima, nunca foi e nunca será o sanguinário e perverso capitão Lampião, vez que a sua aparência, principalmente os seus olhos, são totalmente diferentes dos olhos do capitão que era cego do olho direito. O que tinha de defeito no olhar de Lampião de Buritis, era em sua pálpebra, e não na visão. Veja esta foto abaixo do capitão Lampião e compare com a do Lampião de Buritis que está lá no início do texto.
Segundo o fotógrafo-pesquisador José Geraldo Aguiar, o esquartejamento de Lampião e outros jagunços, não passava de uma farsa, vez que o verdadeiro cangaceiro teria desistido do ofício antes da emboscada, juntamente com Maria Bonita e outros seguidores, fugindo para a cidade de Paulo Afonso e, de lá, para o Norte de Minas Gerais, num roteiro que inclui Manga, Itacarambi, Missões, povoados de Brejo do Amparo, São Joaquim e Tijuco, em Januária, Pedras de Maria da Cruz, Matias Cardoso, Capitão Enéas, Arinos, Urucuia, São Francisco, e finalmente Buritis, onde ele veio falecer no ano de 1993, aos 96 anos de idade.
Mas vejam bem amigos leitores, no mesmo site e no mesmo texto diz que: "a história do livro (o livro que se refere é Lampião, o Invencível – Duas vidas e Duas mortes), relata que ao sair de Angico em 1938, o capitão Lampião teria procurado um porto seguro, e este, foi no Estado do Piauí. Lá, ele viveu por alguns anos, depois passou a residir na Bahia e, gradativamente, foi descendo pelas bordas do gigantesco Rio São Francisco, chegando em Minas Gerais, e esteve em muitas cidades de lá, sendo Manga a primeira delas.
Eu como quase leigo no assunto, e nem devia falar sobre isso, acho que quem está maluco sou eu, porque só leio coisas sobre este Lampião de Buritis que não são verdadeiras.
O escritor José Geraldo Aguiar diz lá bem próximo ao início do texto, segundo site abaixo, que o capitão Lampião teria fugido para Paulo Afonso no Estado da Bahia e depois para o Norte de Minas Gerais. Mas na sequência, ele afirma que ao sair de Angico, o capitão Lampião procurou um "porto seguro" no Piauí, mas não revela a cidade ou o sítio que morou. O leitor já tem conhecimento disto.
O escritor José Geraldo Aguiar falou ainda que, a partir do momento em que ele disse que queria filmar o Lampião de Buritis, nunca mais o viu. Leia as palavras do escritor:
“- No dia seguinte, quando retornei à sua casa, ele já havia ido embora para Buritis”.
Escritor José Geraldo Aguiar, se o senhor ainda estivesse aqui conosco, eu diria: Quando o senhor levou o assunto para filmá-lo, ele não quis, porque, sabia muito bem que tudo que dissera era mentira. Um verdadeiro impostor. Jamais ele foi Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião do Nordeste do Brasil, e pelo que eu tenho lido,nem um dia se quer, Lampião verdadeiro esteve no Estado de Minas Gerais.
Amigo leitor, o que eu escrevi, como protesto às informações do depoente, não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. E em nenhum momento falei mal do saudoso escritor José Geraldo Aguiar.
Não tenho conhecimentos suficientes sobre o tema, sendo assim, não posso discordar de trabalhos lampiônicos de escritores e pesquisadores. Todas as minhas inquietações são sobre depoentes que escorregaram nas suas informações aos entrevistadores, e os profissionais deste tema que é cangaço, não têm culpas de forma alguma sobre mentiras ditas por eles.
Se você quiser conferir para não achar que eu estou criando fatos, aqui está o site:
https://www.tvriopretoburitis.com.br/2019/01/lampiao-morreu-em-buritis/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
UMA TRAGÉDIA COM COCOTA SERESTEIRO DE MOSSORÓ, IRMÃO DOS COMPONENTES DO TRIO MOSSORÓ CARLOS ANDRÉ, HERMELINDA LOPES E JOÃO MOSSORÓ
Por José Mendes Pereira - (Crônica 55)
O SOLDADO HELENO
O soldado Heleno Tavares de Freitas era natural do Estado de Alagoas, filho de João Tavares de Freitas e Joana Maria da Conceição. Soldado do destacamento de Polícia da cidade de Belmonte, cujo comandante na época era o sargento José Alencar de Carvalho Pires (Sinhoinho Alencar), aos 20 anos de idade casou com Enedina Maria da Conceição, natural do município de Salgueiro, filha de Rufino Benedito da Silva e Jesuina Maria Ribeiro. O matrimônio do soldado Heleno foi realizado na Matriz de São José de Belmonte no dia 27 de julho de 1920 pelo padre José Kherle, e teve como testemunhas José Bezerra Leite e Luiz Mariano da Cruz, ambos também soldados da Polícia Militar de Pernambuco.
Viúva do soldado Heleno, casou Enedina Maria da Conceição em 1925 com Severino Luiz dos Santos, filho do senhor Francisco José dos Santos e Idalina Maria da Conceição.
Para homenagear o ato heroico deste bravo soldado, a cidade de Belmonte possui em uma de suas principais artérias o seu nome: “RUA SOLDADO HELENO.”
O CAPITÃO LAMPIÃO, SEU IRMÃO ANTONIO FERREIRA E SEUS COMANDADOS, POR PURA VINGANÇA, BAGUNÇARAM O ESTADO DE ALAGOAS.
Por José Mendes Pereira
No ano de 1927, após sete anos das mortes de dona Maria Sulena da Purificação (morte natural), e seu pai José Ferreira da Silva ou Santos, este assassinado por arma de fogo, quase cinco meses faltando para uma possível invasão à Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, Lampião e seu mano Antônio Ferreira da Silva, resolveram intranquilizar o Estado de Alagoas, com permanentes invasões, usando o ódio e o poder de vingança sem piedade, e eliminando vidas sertanejas inocentes, mas sem medo, responsabilizando o militar da Polícia de Alagoas, o tenente coronel José Lucena de Albuquerque Maranhão, maior desafeto policial de Lampião, por ter matado o seu querido e amado pai, enquanto o amado velho debulhava grãos em sua nova residência, no Estado de Alagoas. A maldade que haviam feito com o seu pai, assassinando-o sem motivo nenhum, porque o velho não tinha nada a ver com as suas desordens, o capitão Lampião e o irmão não pretendiam deixar impune.
Se o militar José Lucena o procuravam para eliminá-los do solo sertanejo, que tivesse se embrenhados até as caatingas do nordeste brasileiro, pois era por lá, que eles e toda cangaceirada da sua "Empresa de Cangaceiros Lampiônica Cia" estavam com redes armadas e cachimbos acesos nos coitos que faziam por lá, e não tivesse eliminada a vida de um senhor admirado no meio de toda vizinhança do sertão Pajeuense, principalmente em Vila Bela, nos dias de hoje Serra Talhada.
Um dos motivos das desordens dos irmãos naquele Estado alagoano era para mostrarem ao tenente coronel José Lucena, que a sua imagem como militar, não passava de um simples homem covarde e oportunista, por ter exterminado a vida de um senhor pacato, amigo respeitado por toda gente daquela região que antes morava.
O outro motivo, foi para cobrar do Zé Saturnino por ter usado a sua covardia contra o seu pai, quando antes, ambos, eram compadres, amigos e vizinhos de propriedades, fazendo o velho sair dali, às pressas, privando o direito dele, da sua esposa e de toda família serem felizes na sua amada terra, onde nasceram e se criaram, obrigando-os fugirem do querido chão pernambucano, e os empurrando para as terras que só as conheciam como passeio. Clique neste link e leia sobre a morte de José Ferreira da Silva..., e conheça Senhor Maurício Vieira de Barros, o homem que enterrou o velho Ferreira - https://tokdehistoria.com.br/tag/pai-de-lampiao/
Lá em Pernambuco, seu pai e os seus familiares, com saudades, deixaram para trás, tudo que haviam adquirido com muito trabalho e esforço: propriedade, agricultura, criações e principalmente, um baú de sonhos, sonhos e muitos sonhos que pretendiam tornar realidade. Não querendo que seus filhos continuassem na desgraça, seu José Ferreira da Silva achou que a solução seria abandonar tudo ali, e sem muita demora, vendeu tudo que possuía por um valor insignificante, ganhando como prêmio, um grande prejuíso. Que tamanha infelicidade provocada por um homem que um dia se dizia ser um grande amigo do seu pai!
Lá, em Alagoas, os Ferreiras, filhos e filhas tiveram o desprazer de caminharem para assistirem o sepultamento da sua mãe dona Maria Lopes, que faleceu quase que de repente, infartando. Sentindo bastante desrespeito do Zé Saturnino com o seu esposo, veio a óbito. E com poucos dias que a mãe partira para a eternidade, foi a vez de levarem o pai para enterrá-lo, porque fora assassinado pelas armas do tenente José Lucena.
No silêncio do seu “EU”,acho que o rei dizia que não tinha dúvida, que o principal culpado das suas desventuras, era o Zé Saturnino, por não ter assumido a sua desonestidade, quando o assecla viu peles dos seus animais na casa de um dos moradores da Fazenda Pedreiras. Se o fazendeiro tivesse assumido o feito, não teria sido necessário ele e seus irmãos viverem de correrias dentro das matas, tentando ocultarem das volantes que os perseguiam.
O rei do cangaço, talvez, ainda se lastimava que todos os seus antes amigos, viviam passeando pelas redondezas do lugar, livres de perseguições, e diariamente aconchegados às mocinhas do povoado, frequentando festas e bailes. E enquanto os outros gozavam da liberdade, eles eram privados de participarem dos divertimentos que o povoado oferecia. Infelizmente, teriam que passar a vida inteira se amparando às árvores, castigados pelas chuvas, sol, poeiras, dormindo no chão, misturados com insetos de todos as espécies, no meio de violentos tiroteios, tentando se livrarem dos estilhaços de balas. E na maioria das vezes, fome, fome, e muita fome, vivendo um horroroso sofrimento.
Lampião e seu irmão Antonio sabiam que na região do Pajeú, todas as cidades dali, como Itapetim, Tuparetama, São José do Egito, Ingazeira, Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores, Calumbi, Serra Talhada, Floresta e Itacuruba, muitas os condenavam como homens perigosos, mas que todos que os julgavam como bandidos cruéis, entendessem o porquê das suas práticas criminosas. Fizeram simplesmente para defenderem o que lhes pertencia, e em prol das suas honras. Se eles não defendessem o que eram seus, com o passar dos tempos, todos iriam querer pisá-los como se nada valessem na vida.
Enquanto descansava sobre o chão dos seus coitos, Lampião ainda imaginava que, se o Zé Saturnino não tivesse manipulado o tenente Zé Lucena para assassinar o seu generoso pai, quem sabe, talvez ele não tivesse se tornado um bandoleiro; e sim, um fazendeiro, um engenheiro, um rábula qualquer, ou outra coisa parecida. Ou ainda se casado com serra-talhadense e construído uma linda e maravilhosa família.
E agora, depois de tantas decepções que os dois manos passaram, principalmente a dolorosa e sofrida morte do José Ferreira da Silva, como os irmãos Ferreiras se vingariam das maldades que fizeram contra eles?
Lampião e o seu mano Antonio Ferreira decepcionados e de cabisbaixas diante da vizinhança, e privados de tudo e de todos, já que não havia como assassinarem os causadores das suas declinações e morte do seu pai por armas de fogo, decidiram que o mais propício para amenizarem as suas dores e sofrimentos, seria fazerem invasões constantes no Estado de Alagoas, não importando com o tipo de atrocidade, vingando-se a maneira deles. Já que tinham perdido o respeito diante da vizinhança lá em Pernambuco, uma ou umas desordem a mais, não influenciavam nada.
E a partir de 11 de janeiro de 1927, Lampião e Antonio Ferreira organizaram-se e com os seus comandados partiram para bagunçarem o Estado de Alagoas, a terra do tenente Zé Lucena, onde destruíam tudo que viam pela frente, não dando tranquilidade aos moradores sertanejos, e geralmente, rios de sangue ficavam escorrendo por onde os vingadores passavam.
Adquira este livro "Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico" com o professor Pereira através deste e-mail:
franpelima@bol.com.br
Informação ao amigo leitor:
Nesse período, Lampião tinha no cangaço apenas o seu irmão Antônio Ferreira da Silva, porque o Livino Ferreira, seu irmão, tinha sido assassinado no ano de 1925. Mas com poucos dias destas bagunças, o Antônio foi morto acidentalmente por balas. Veja vídeo:
O Ezequiel Ferreira da Silva, irmão do capitão Lampião, só entrou para o cangaço, quando o Antônio foi morto, e foi neste mesmo ano de 1927. Quem causou a sua morte foi o cangaceiro Luiz Pedro, um dos cangaceiros da velha guarda de Lampião.
Muitos fatos que aparecem aqui no texto que eu escrevi, são verídicos, mas outros, são apenas as minhas imaginações.
Imaginar, não quer dizer que atrapalha a literatura lampiônica. Sendo para discordar do que foi escrito por pessoas que fazem os seus trabalhos com seriedades, eu sou a primeira pessoa a protestar.
Eu escrevo mais para cultivar a leitura sem atrapalhar os escritores, pesquisadores e cineastas encarregados de organizarem a literatura lampiônica.
Não contrario e nem tão pouco tenho conhecimento para guerrear contra estes catedráticos, no que diz respeito à literatura lampiônica. Eu sou como um cão que fica esperando pelo resto de comida do prato de quem come.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
O GALISTA VOLTA SECA
Acervo do Guilherme Velame Wenzinger
ROTA MÍSTICA DO CANGAÇO
Por Aderbal Nogueira
Nossa expedição pela Rota Mística do Cangaço chegou ao Caldeirão da Santa Cruz do Deserto.
Obrigado Wilton
Dedê Soares pela recepção e ensinamentos juntamente com o professor Lemuel
Rodrigues .
Surpresa boa
ter as presenças de Wilton da Piçarra, Clenio Novais e Valdir
José Nogueira.
https://www.facebook.com/aderbal.nogueira
http://blogdomendesemendes.blogspot.com