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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Costa Cruzeiros: Capitão do Concórdia «enganou empresa


O presidente da Companhia Costa Cruzeiros, Pier Luigi Foschi, responsável pelo navio Costa Concórdia que naufragou na costa italiana há 13 dias, disse que o capitão da embarcação, Francesco Schettino, «enganou» a empresa quando prestou informações, pelo que os dados preliminares que enviou não permitiam à companhia ter noção da gravidade da catástrofe.

 O navio naufragou na costa da Toscânia no dia 13, com 4,5 mil pessoas a bordo, estando o actual balanço em 16 mortos e 16 desaparecidos.

O capitão do Costa Concórdia foi acusado de homicídios múltiplos e abandono de posto antes do fim da evacuação dos passageiros e membros da tripulação. As operações de busca por desaparecidos e de retirada do combustível no navio Costa Concórdia foram retomadas hoje de manhã, depois de suspensas ontem devido ao mau tempo.

Foschi forneceu um levantamento pormenorizado dos diálogos de Schettino com Roberto Ferrarini, chefe da unidade de crise da Costa Cruzeiros, que faz parte da empresa norte-americana Carnival Corp. O presidente da Costa Cruzeiros disse que Ferrarini recebeu a primeira ligação de Schettino às 21:57 (hora local), no dia 13 de janeiro, cerca de 10 minutos depois de o navio colidir com um rochedo.

«Schettino disse que tinha um grande problema a bordo. Disse a Ferrarini que tinha batido numa rocha e que tinha ficado sem eletricidade no navio. O capitão disse que apenas uma das câmaras de ar tinha sido inundada», disse Foschi.

De acordo com o presidente da Companhia Costa Cruzeiros, num segundo telefonema Schettino informou às 22:06 que uma segunda câmara estava cheia de água, mas que «a estabilidade do navio não estava em perigo».

O comandante «estava muito calmo e disse que a situação estava sob controlo», acrescentou Foschi. Mas, às 22:33, Schettino declarou que «o navio se inclinava cada vez mai» e às 22h:35 disse a Ferrarini que o Concórdia seria abandonado. «Ferrarini disse ter ficado surpreso com a decisão de (Schettino) abandonar o navio», disse Foschi.



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