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domingo, 27 de abril de 2025

ZOSIA

Enterrada com uma corrente e cadeado no pé e uma foice de ferro sobre o pescoço, a jovem apelidada de “Zosia” jamais deveria voltar dos mortos.

Descoberta em 2022 por arqueólogos da Universidade Nicolau Copérnico, no vilarejo de Pien, no norte da Polônia, Zosia era uma das dezenas de pessoas enterradas como “vampiros” — temidas por suas comunidades no século XVII.
Agora, 400 anos depois, cientistas usaram DNA, impressão 3D e modelagem com argila para reconstruir seu rosto, revelando o lado humano por trás de antigas crenças sobrenaturais.
“É irônico”, escreveu o arqueólogo sueco Oscar Nilsson. “Eles fizeram de tudo para que ela não voltasse à vida… e nós fizemos de tudo para trazê-la de volta.”
Ela tinha entre 18 e 20 anos, e análises sugerem que sofria de uma condição médica que provocava desmaios, dores de cabeça intensas e possivelmente problemas mentais — sintomas que, na época, podiam alimentar rumores de possessão ou vampirismo.
A foice, a corrente, o cadeado e até certos tipos de madeira enterrados com ela eram considerados itens de proteção mágica.
Em um túmulo próximo, os arqueólogos também encontraram uma criança-vampiro, enterrada de bruços e acorrentada.
Zosia, apesar da superstição que a cercava, parecia vir de uma família rica ou nobre. Em uma Europa devastada por guerras e pestes, o medo do sobrenatural encontrou solo fértil — e Zosia se tornou vítima não apenas da morte, mas também da crença popular.

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