Por João Filho de Paula Pessoa
Contaram os moradores de Calumbi/Pe, que por volta de 1927 Lampião chegou à
cidade num Domingo de feira, surpreendeu os moradores e foi acertar as contas
com um desafeto seu que morava na cidade, Sr. Laurindo Cipriano, que ao saber
da presença de Lampião, não teve tempo de fugir, pois os cangaceiros já estavam
próximo à sua casa. Sr. Laurindo estava em companhia de seu filho de seis anos
e só teve tempo de fechar a porta da casa e se armar. O Bando se posicionou em
frente à sua casa e ordenou que Laurindo saísse, momento em que este gritou que
não se entregava a bandido e o bando abriu fogo contra sua casa. Sr. Laurindo
armado apenas com um rifle, enquanto os cangaceiros eram muitos e tinham forte
armamento, não se rendeu e lutou bravamente. Após alguns instantes de tiroteio
e percebendo que os tiros da casa cessaram, os cangaceiros arrobaram a porta e
invadiram a casa, ao entrar se depararam com Sr. Laurindo ajoelhado e morto,
ainda com o dedo no gatilho e seu filho de seis anos chorando e atingido na
perna. Lampião ao ver a cena, silenciou, o bando também silenciou, Lampião
enxugou os olhos e disse, “este homem não era para ter morrido, um sertanejo
desse tinha que viver para tirar raça”.
João Filho de Paula Pessoa,
Fortaleza/Ce. 15/01/2020.
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