Por Guilherme Machado
As aventuras de dois Cacheiros Viajantes na Caravan GM de Santa Irmã Dulce dos Pobres... No término dos anos 70 e começo dos anos 80 eu e o meu parceiro Reis, Reginaldo Cardoso Dos Santos, o popular Black Men... Eu perdi o emprego que tinha em uma emissora de rádio em Sergipe, e Reis tinha perdido o emprego na White Martins, divisão de Recife PE...
Dissidimos viajar para vender móveis no interior da Bahia, Sergipe e Pernambuco, eu não tinha dinheiro nem pra comer! Imagine viajar, por três Estados do Nordeste e sem nenhuma condição financeira. Mas com muita garra e coragem, eu fui para a estrada e passei 13 anos viajando de ônibus. A coisa só veio a clarear quando o amigo Reis, decidiu com muito esforço comprar uma perua GM que pertencia ao Hospital Santo Antônio. A qual servia a Irmã Dulce em suas peregrinações do dia a dia. Ai, nós viramos gente!!! botei a bichinha na estrada, eu barbeiro feito uma anta, e o Reis me ensinando como sobreviver as estradas de pau e pedra...
Nessa época, asfalto só de Salvador à Feira de Santana, o resto era com nós, quando a perua quebrava nós passávamos de 2 a 3 dias na beira dos tenebrosos caminhos....
Comer só quando achávamos um brega aberto íamos lá e pedíamos às meninas de ouro que fritassem uma costela de bode pra nós. De vez em quando, Reis me dava a Perua para eu dirigir, e ia dormir ao lado. Quando acordava estava eu parado e com a segunda marcha encavalada.
O homem já acordava me dando bofetes e me xingando do que
podia (risos), mas entrava em baixo da bichinha e destroncava a marcha e aí eu
lavava mais de um mês sem pegar no automóvel. Quando me oferecia para dirigir, Reis gritava, passa fora aqui é só para piloto chofer barbeiro dirige o carro
da sua mãe. E aí começava a briga entre eu e o valentão do Black Man.
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