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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

NO XAXADO COM LAMPIÃO.

 Por Denize Guedes

A octogenária Alzira Marques recorda os bailes animados, organizados pelo rei do cangaço.

Noite de sábado para domingo, fim de setembro de 1936. Faltava só passar o pó no rosto, espalhar o perfume atrás da orelha e calçar as alpercatas. Cabelos negros e encaracolados na altura da cintura, dentro do seu melhor vestido, a menina de 12 anos, que, se os pais se descuidassem, trocava o estudo pela dança, estava pronta para o seu primeiro baile no alto sertão sergipano com o bando do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.

Não havia escolha, só mesmo confiar na bênção da tia de criação antes de sair de casa engolindo o medo.

“Eles mandavam apanhar a gente. Vinha aquela ordem e tinha de cumprir. Se não, causava prejuízo depois”, conta Alzira Marques, que completa 86 anos em agosto. Ela lembra detalhes das incontáveis festas cangaceiras a que foi em fazendas que já não existem mais e que deram lugar à planejada Canindé de São Francisco, com o início da construção da hidrelétrica do Xingó, em 1987. Canindé Velho, como a sertaneja chama o local onde nasceu, à beira do Velho Chico, foi demolida por conta da usina, hoje fonte de renda para a cidade – atrai quase 200 mil turistas por ano com o Cânion do Xingó.

O auge de Lampião em Sergipe vai de 1934 a 1938, quando o cangaceiro foi morto ao lado de Maria Bonita e outros nove do bando, em 28 de julho, na Grota do Angico, município de Poço Redondo. “Este é o estado onde ele encontrava mais proteção, aliando-se aos poderosos locais, como o coronel Hercílio Porfírio de Britto, que dominava Canindé como se fosse um feudo”, explica Jairo Luiz Oliveira, da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço. “São os chamados coiteiros (quem dava proteção ao cangaço), políticos de Lampião. Melhor ser seu amigo que inimigo.”

Foi nas terras de Porfírio de Britto que Alzira mais arrastou as sandálias. “Na primeira vez, encontrei Dulce, que foi criada comigo em Canindé Velho e tinha virado mulher do cangaceiro Criança. Eles também eram de muito respeito e nunca buliram com gente minha. Pronto, não tive mais medo”, relembra. Temporada de baile era fim de mês, quando as volantes da Bahia e Pernambuco – as polícias mais algozes no rastro de Lampião – voltavam a seus estados para receber o soldo. “Aí os cangaceiros viam o Sertão mais livre para fazer festa”, diz.

Dia de dança, Alzira tinha de sair e voltar à noite para não levantar a suspeita dos vizinhos. Às 22 horas, punha-se a andar 2 quilômetros até o local onde um coiteiro escondia os cavalos. Outras meninas iam junto. Montavam e seguiam morro acima por uns 15 minutos. “Quando a gente chegava, ia direto dançar o xaxado, forró, o que fosse, até 4 horas da manhã.” Mesmo caminho de volta, chegava com um agrado do rei do cangaço: uma nota de 20 mil réis. “Era tanto do dinheiro, mais de 300 reais na época de hoje. Dava tudo para minha tia.”

Apesar de festeiro, não era sempre que o líder do bando dava o ar da graça. Quando ia, porém, não se fazia de rogado: no mato à luz de candeeiro, onde o arrasta-pé comia solto, brilhantina no cabelo, dançava com as moças do baile sem sair da linha. Média de 20 homens para 15 mulheres. “Ninguém era besta de mexer com a gente. Eles nos respeitavam demais. Lampião era o que mais recomendava: ‘Olha o respeito!’” Maria Bonita – que para Alzira “não era lá essa boniteza, Maria de Pancada era mais bonita” – não tinha ciúme.

O cangaceiro mais conhecido do Brasil gostava de cantar e levava jeito para compor. Quem não se embalou ao som de Olé, mulher rendeira / Olé, mulhé rendá? Ou de Acorda, Maria Bonita / Levanta, vai fazer o café? Alzira conta que era comum ele pedir ao sanfoneiro Né Pereira – outro intimado do povoado – para tocar essas canções, enquanto ele mesmo cantava. “Letra e música dele, além de ser um exímio tocador de sanfona”, confirma Oliveira.

Os bailes eram como banquetes. “Tinha comida e bebida de toda qualidade. Peixe, galinha, porco, carneiro, coalhada, bolo, cachaça limpa”, diz Alzira. Outro ponto que se notava era o aroma: os cangaceiros, que podiam passar até 20 dias sem tomar banho, gostavam de se perfumar. O coronel Audálio Tenório, de Águas Belas (PE), chegou a dar caixas de Fleurs d’Amour, da marca francesa Roger & Gallet, para Lampião. “Era perfume do bom, mas misturado com suor. Subia um cheiro afetado. A gente dançava porque era bom”, afirma a senhora, que se entrosava mais com Santa Cruz e Cruzeiro.

Mais de 70 anos depois, Alzira ainda sonha com aquelas noites e sente falta da convivência com os amigos: muitas festas aconteciam em Feliz Deserto, fazenda que Manuel Marques, seu então futuro sogro, tomava conta. Não raro, o brilho da prata e do ouro das correntes, pulseiras e anéis dos cangaceiros visitam sua memória, assim como a imagem de Lampião lendo a Bíblia num canto da festa. “Ele era muito religioso.” No seu pé de ouvido fica o xa-xa-xá das sandálias contra o chão, som que deu nome ao xaxado, segundo Câmara Cascudo, ritmo tipicamente cangaceiro que não se dança em par.

Testemunha de um período importante da história do País, conta que nunca teve vontade de entrar para o cangaço nem considerava Lampião bandido: “Não era ladrão, ele pedia e pagava, fosse por uma criação, por um almoço. Agora, se bulissem com ele, matava mesmo”. Na cidade é conhecida como a Rainha do Xaxado. No último São João, que antecipou as comemorações do centenário de nascimento de Maria Bonita (8/3/1911), foi uma das homenageadas.

Balançando-se na rede na entrada de sua casa, satisfeita com os dez filhos, 40 netos e 37 bisnetos, Alzira aponta para um dos locais onde dançou com Lampião: uns 100 metros adiante, a Rádio Xingó FM. “Continua lugar de música.” Mas e Lampião, dançava bem? “Ah, ele dançava bom.”

(Foto: Cesar de Oliveira)

*A repórter viajou a convite do Ministério do Turismo e da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa).

Publicado originalmente na coluna Brasilianas, edição nº 604 da essencial revista Carta Capital. 
link para conteúdo online: CLIQUE AQUI

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"ELE ESTAVA EM ANGICO" SOLDADO OTÁVIO ALVES DA MOTA.

 Por Helton Araújo (Canal Cangaço Eterno)

Hoje falarei sobre mais um personagem que ficou  oculto em meio a história desse fenômeno social que até hoje mexe com nosso imaginário.

Otávio Alves da Mota, nasceu em Itabi-SE, no dia 14 de setembro de 1914 e antes de se aventurar na luta contra os cangaceiros era um simples lavrador, que vivia do suor de seu digno trabalho. Assim como outros tantos, as circunstâncias que os sertanejos da época eram submetidos o fez ter de escolher um lado na guerra entre cangaceiros e volantes.


Os motivos que levaram este homem a decidir encarar um desafio tão árduo não foram poucos. Lampião e seu bando atearam fogo no armazém da família da sua então noiva, além do mais, o bando de Mariano extorquiu o pai de Otávio, o mesmo foi molestado e humilhado pelo bando do feroz cangaceiro, além de seus familiares terem animais mortos pelo bando desse mesmo cangaceiro.

No ano de 1932, Otávio entrou para volante como soldado contratado, além de também ter trabalhado como rastejador. Atuou de início com o Cabo Nicolau (que seria assassinado anos depois), em seguida com o tenente Zé Rufino e por último com o tenente João Bezerra.


Em suas lutas e sofrimentos em perseguição aos cangaceiros, o destino cuidou de colocar em seu caminho um antigo desafeto, o afamado cangaceiro Mariano. Como bem sabemos na região do Cangaleixo em 10 de outubro de 1936, Mariano, Pai Velho e Pavão foram mortos e decapitados pela volante de Zé Rufino, onde em tal ocasião trabalhava o soldado Otávio.

Além desse fato, Otávio esteve presente nas mortes dos cangaceiros Serra Branca, Eleonara e Ameaço. Onde integrava a volante de João Bezerra, ele também aparece na foto das entregas dos cangaceiros, onde se fazem presentes junto com os volantes, Pancada, Maria Jovina, Cobra Verde, Vinte e Cinco, entre outros cangaceiros.


Já o ápice de sua luta contra o cangaceirismo, foi na famosa ação na grota do Angico em 28 de julho de 1938, onde foram mortos Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros, sendo uma testemunha ocular de um dos fatos mais famosos da história do cangaço. Neste mesmo ano de 1938, o soldado Otávio encerrou suas atividades como volante.

Um fato curioso sobre o soldado Otávio é que ele era muito amigo de Antônio de Jacó, o "Mané Véio" e também de Pedro de Cândido, famoso coiteiro de Lampião.


Com o dinheiro que recebeu por seus atos naquele fatídico dia, rumou com sua esposa Eutália Gomes da Mota para o interior de São Paulo onde comprou uma chácara e passou a trabalhar com suínos. Depois disso se mudou para Xambrê no estado do Paraná, onde trabalhava como administrador de uma grande fazenda.

Já idoso e acometido por alguns problemas de saúde, um de seus filhos o levou para morar consigo na capital de São Paulo, onde o mesmo veio a falecer meses depois, aos 96 anos por falência múltipla de órgãos, no ano de 2010.

O soldado Otávio foi mais um entre tantos que viveu e presenciou as terríveis situações que o cangaço oferecia naquela época. Deixou boas informações para seus familiares, que em breve vos apresentarei em postagens e em uma  live com seu neto Osmar. 



 Agradeço pelas fotos e informações ao amigo Osmar Pedroso , neto do soldado Otávio Alves da Mota.

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78 ANOS DE IDADE...

Por Clerisvaldo B. Chagas

AO TOCAR O DOSSEL DOS 78 ANOS DE IDADE, SINTO-ME AGRADECIDO AO SENHOR DOS MUNDOS E EMOCIONADO COM O CARINHO TRANSFORMADOR DE CADA UM DOS LEITORES, INTERNAUTAS, AMIGOS E AMIGAS QUE ME FELICITARAM NESTE MARCO SURREALISTA.

BEIJOS, BEIJOS E BEIJOS NOS SEUS GENEROSOS CORAÇÕES.

Crônica somente na próxima segunda (9).


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CANGAÇO: CANGACEIRO FOGUEIRA - BIOGRAFIA RESUMIDA

 Por Fatos na História - Cangaço e Nordeste

https://www.youtube.com/watch?v=PFIZaXuqvDE

Resumo biográfico do cangaceiro Fogueira. Referências: "Cangaceiros de Lampião - De A a Z", de Bismarck Martins de Oliveira Imagens: Pinterest

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BELO PUNHAL DA ÉPOCA DO CANGAÇO. 40 CENTÍMETROS

 Por Joab Santos


https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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O PÔR DO SOL ONDE NASCEU LAMPIÃO

Por Anildomá Willans.

 O pôr do sol do oitão da casa que nasceu Lampião, no Sítio Passagem das Pedras.

O verão está ardendo, mas logo chegará o ciclo das chuvas.
É o sertão por ele mesmo.

https://www.facebook.com/groups/508711929732768/?multi_permalinks=1599104007360216%2C1597503744186909&notif_id=1733077221961610&notif_t=group_highlights&ref=notif

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LAMPIÃO EM BARBALHA/CE - CANAL CANGAÇO EM FOCO

 Por Cangaço em Foco.

https://www.youtube.com/watch?v=XZdGl8CfXag

Passagem de Lampião em Barbalha em 1926, antes de chegar em Juazeiro do Norte. #cangaceiro #cangaço #ceará #lampião #mariabonita #nordeste #historia #cariri #juazeirodonorte

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

SATISFAÇÃO

 Por Volta Seca

É com grande satisfação que participei como entrevistado na série documental Sertão Virgulino, abordando a vida cangaceira de Antônio Silvino, o Rifle de Ouro, e sua atuação nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Este documentário será exibido em todo o Brasil, o que reforça a importância desse trabalho para a preservação da memória do cangaço.

Foi uma honra destacar quem foi Antônio Silvino em seu período áureo no cangaço e evidenciar a vasta rota percorrida por ele dentro da Paraíba. Aproveito para agradecer à equipe de Sertão Virgulino pela oportunidade de compartilhar o resultado das minhas pesquisas sobre aquele que, em minha opinião, foi o maior cangaceiro da história do Nordeste brasileiro.

Registro ainda meu agradecimento especial ao grande ativista cultural João Dantas, que também participou das entrevistas e cedeu gentilmente as dependências da Vila São João para servir de cenário a essa importante produção.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=2601359790072949%2C2600233953518866&notif_id=1733014097644358&notif_t=group_activity&ref=notif

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REZANDO E REZANDO...

 Por Helton Araújo

A fé dos cangaceiros.

O que vocês acham dessa imagem?

Eu particularmente acho muito interessante.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=2601359790072949%2C2600233953518866&notif_id=1733014097644358&notif_t=group_activity&ref=notif

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O DIÁRIO DO CORONEL ANTONIO GURGEL | DE DENTRO DO BANDO | DOCUMENTÁRIO COMPLETO | CNL | 1625

 Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=HNY_nLOt8dw

O documentário "De Dentro do Bando" aborda o cangaço no Nordeste do Brasil, com foco em Lampião e os eventos relacionados com a cidade de Mossoró-RN em 1927.

Destaca a importância do Diário do Coronel Antônio Gurgel como um dos registros históricos mais relevantes sobre o cangaço. O documento é considerado fundamental por especialistas e historiadores para o estudo desse período, fornecendo detalhes cruciais sobre o cangaço.

A publicação do diário em jornais em 1930 permitiu que a sociedade tivesse acesso a informações detalhadas sobre a vida dos cangaceiros e os eventos ocorridos durante o sequestro.

São apresentados trechos do diário, entrevistas e descrições dos momentos vividos durante o período de cativeiro pelo Coronel Antônio Gurgel. A narrativa revela a complexidade do cangaço como movimento social armado e a luta pela sobrevivência em meio a conflitos e adversidades.

Quase 100 anos depois, muitas questões ainda precisam ser esclarecidas.

De Dentro do Bando revistou os lugares e a literatura, conversou com especialistas e reconta essa história. Confira.

Roteiro: Ivanaldo Fernandes Revisão Ortográfica: Monalisa Cardoso Adaptação de Roteiro: Rodolfo Amorim Fernandes Direção: Ivanaldo Fernandes Direção de Fotografia: Pacífico Medeiros Produção: Emanuel Castro Diretor de animação: Klauss Victor Storyboard: Klauss Victor Sequências de animação: Klauss Victor Investigação e Pesquisa Histórica: Ivanaldo Fernandes Consultoria e revisão histórica: Kydelmir Dantas Geraldo Maia Apresentação/Narração: Clara Jordany Narração/Antônio Gurgel: Erisberto Rêgo Intérprete de Libras Rafaele Ramona Rodrigues de Oliveira Captação e produção de Imagens: Canal 2 Produções Ronildo Medeiros Edição: Canal 2 Produções Vinicius Marinho Direção de Arte: Ivanaldo Fernandes Assistente de Direção de Arte: Maria Eduarda Amorim Fernandes Direção de Marketing: Ana Cláudia Barbalho Assessoria de Imprensa: Monalisa Cardoso Kauany Sousa Música: Letra: Lalauzinho de Lalau Ivanaldo Fernandes Intérprete: Lalauzinho de Lalau Maestro: Helan Cunha Sonorização, mixagem e masterização: Sonora Pró Music Cenografia: Ivanaldo Fernandes Entrevistas Aderbal Nogueira Kydelmir Dantas Cicinato Ferreira Geraldo Maia Lemuel Rodrigues Marcílio Lima Robério Santos Agradecimentos Casa de Cultura de Pau dos Ferros Museu Histórico Municipal Jornalista Lauro da Escóssia Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Erineide Contabilidade Academia Limoeirense de Letras Dimensão Engenharia Ltda Sociedade Amigos da Pinacoteca Potiguar - SAPP Realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo. Operacionalização: Secretaria Municipal de Cultura – Prefeitura Municipal de Mossoró Execução: Escambau – Coletivo de Ideias Realização:
SmartWeb Comunicação Integrada Ltda

https://www.youtube.com/watch?v=HNY_nLOt8dw

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RÁDIO DIFUSORA DE MOSSORÓ (AM 1170) – 72 ANOS DE HISTÓRIA NO RADIO JORNALISMO MOSSOROENSE.

 

A Rádio Difusora de Mossoró completa 72 anos nesta quarta-feira (07). É a primeira rádio oficial da cidade, a primeira do interior e a terceira emissora implantada no Rio Grande do Norte. Em 20 de outubro de 1946, o jornal O Mossoroense, já noticiava as primeiras movimentações para a instalação da rádio, que só viria a se concretizar, quatro anos depois:

Entrou em franca atividade o movimento para aquisição de uma difusora local. A firma Pinto & Sales, cujos atuais componentes, Srs. Jorge Pinto e Francisco Sales Santos Bezerra, não têm poupado esforços no sentido de dotar Mossoró das maiores e mais justa realizações, está á frente do louvavel empreendimento, já tendo enfrentado em negociações com a RCA Victor para comprar de uma aparelhagem de 500 wst que capacitará a nossa futura estação de rádio. Podemos assegurar que em dias da próxima semana será fundada a Rádio Difusora de Mossoró S/A, cujo movimento de ações foi iniciado com os melhores auspícios, sendo das cogitações de seus empreendedores a aquisição do prédio em que funcionou o Cine-teatro Déa, à rua 6 de Janeiro, de onde partirá até julho do ano vindouro a voz de Mossoró, através de suas ondas artesianas.”

No dia 02 de março de 1947 foi fundada a “Sociedade Difusora de Mossoró”, mais uma vez O Mossoroense publicava:

A Difusora Mossoroense será fundada hoje, no Pax.” Eis na íntegra a seguinte notícia: “Realizar-se-á às 9 horas da manhã de hoje, no Cine-PAX, a sessão preparatória para a fundação da Difusora Mossoroense S/A, entidade constituída por pessoas de evidencia nos círculos comerciais, com a louvável finalidade de dotar o nosso meio com uma estação de rádio. Na mesma reunião será proclamada uma diretoria provisoria, sendo acertadas as bases para a constituição do capital que integrará a Difusora Mossoroense. Ao que estamos informados, está em via de aquisição por parte dos idealizadores da nossa estação de rádio, um transmissor RCA – BTA-IL para 1.000 watts, constituindo este, também, um dos grandes assuntos a serem tratados na reunião da manhã de hoje”.

Eram os primeiros passos para a criação da Rádio Difusora, vinda a cabo pelas mãos dos organizadores Luiz Gonzaga Santos, Francisco Nunes, José Monte, José Genildo de Miranda, Jorge Pinto, Bruno Nogueira Freire, Orlando Cosme, Tiburtino de Queiroz e Garibaldi Noronha.

Em fevereiro de 1950 já se encontrava em Mossoró a aparelhagem da futura emissora que viria a funcionar na frequência de 1370 quilos ciclos, sendo sintonizada através de Amplitude Modulada (AM). O equipamento foi adquirido da Rádio Philips do Brasil e mais uma vez a notícia foi publicada no jornal centenário na edição de 12 de fevereiro de 1950, chamando a atenção do leitor para uma possibilidade da emissora entrar no ar nos primeiros dias de março, mas numa fase experimental, na antiga Rua 6 de Janeiro, no centro de Mossoró.

Cast da Rádio Difusora de Mossoró, década de 50.

O acontecimento marcante, no entanto, só veio a acontecer no dia 07 de setembro, com grande festa e evento solene às 8h, na Avenida Cunha da Mota, no bairro Pereiros. As instalações receberam as bênçãos e prelação de Dom João Batista Portocarrero Costa, segundo Bispo da Diocese de Mossoró. Assim antes adaptados a ouvir a programação de emissoras de Fortaleza, Recife e Natal, os mossoroenses passaram a ter uma emissora própria local.

A solenidade inaugural contou ainda com visitação aos estúdios e dependências de administrações da Rádio Difusora, fazendo o uso da palavra Dr. Paulo Gutemberg de Noronha Costa, superintendente da emissora; o professor Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, representando o prefeito da época, Jorge de Albuquerque Pinto e o bispo da Diocese de Mossoró, Dom João Portocarrero Costa, declarando inaugurada a rádio.

Às 20h ocorreu um grande show musical, com o cast artístico da Difusora, dentre os quais: Manoel de Souza Queiroz, Dalva Estela Freire, Josué de Oliveira, Dayse de Melo Pinheiro, Maria Neusa Freire, Maria Aparecida, Maria Stella Nogueira Freire, Maria Laura da Silva, apresentação da Orquestra Jazz Tangará, pertencente à própria rádio e que teve duração até 1952 e Conjunto Regional, organizado por Paulo Gutemberg,  e que teve duração até 1959. Durante todo o dia, a Rádio esteve no ar, com programa de estúdio patrocinado por várias firmas locais.

Momento do discurso do professor Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, no dia da inauguração da Rádio Difusora de Mossoró. Vemos na foto ainda as seguintes autoridades: Titico Brasil, Dr. Vingt Rosado, Renato Costa, Lauro da Escóssia, Sebastião Gurgel, Gutemberg Costa, Pedro Fernandes, Raimundo Juvino, Dr. João Costa, Mota Neto, Padre Luiz Soares de Lima, seu Paiva do cartório, Dr. João Marcelino e Dr. Mário Negócio.

 

“…z y20, rádio Difusora de Mossoró, que opera na frequência de 1.270 kilociípitos, onda média de 256 metros, ponto quarenta…” (Vinheta de divulgação da Rádio Difusora de Mossoró, em 1950).

Compunha o primeiro quadro de locutores: Francisco Paula Brasil, José Genildo, Genaro Fonseca e Cleide Siqueira (a primeira mulher radialista do rádio mossoroense). Todos os eventos eram realizados no Cine Caiçara e retransmitidos para a Rádio, podendo ser escutados em todos os cantos da cidade, inclusive para quem não tinha como assistir ao vivo as apresentações, pois era necessário comprar ingresso.

A Rádio também realizava grandes promoções e shows com artistas de renome nacional, como: Alcides Gerardi, Elza Laranjeira, Nora Ney, Jorge Goulart, Luiz Gonzaga, Trio Irakitan, Bob Nelson, Renato e seus Blues Caps, Carlos Gonzaga, Ângela Maria, Emilinha Borba, Cauby Peixoto, Conjunto Farroupilhas, Nelson Gonçalves, Coronel Ludugero, Izaurinha Garcia, Núbia Lafayete, entre outros.

Visita da cantora Emilinha Borba trazida pela Rádio Difusora.

Inicialmente, a Difusora funcionava no 1° andar do antigo Cine Caiçara, na rua Alfredo Fernandes e depois foi transferida para a rua Dionísio Filgueira, no centro da cidade, e, posteriormente, passou definitivamente veio a ser instalada na avenida Cunha da Mota, no bairro Pereiros.

De caráter informativo e educativo, o programa “Vesperal das Moças”, apresentado pelo radialista Genildo Miranda, no auditório do Cine Caiçara, tinha sempre casa cheia e foi responsável por revelar um grupo de comunicadores formado por Ivonete de Paula, José Maria Madrid, Ely Mendes, Rita Mangabeira, além de outros,  que após teste, passaram a compor o elenco da radionovela transmitida pela emissora e onde permaneceram por muito tempo. O programa também teve apresentação do locutor Aldir Frazão.

De 1961 a 1964, o programa dominical “Divertimentos I-20”, apresentado por José Maria Madrid no auditório do Cine Caiçara, revelou grandes nomes da música local, como: Aldenora Santiago, Laíre Campiele, José Alves e Totoenzinho e seu Conjunto.

A Difusora também mantinha um quadro de noticiário, sendo o ponto de informação e de entretenimento dos mossoroenses, sendo que muitos, por não ter poder aquisitivo para comprar um aparelho receptor do sinal da rádio, dividiam a audição nas calçadas com os vizinhos mais abastados para “ver e ouvir” a programação.

Plateia concorridíssima do “Vesperal das Moças”, que tinha o comando de Genildo Miranda.

Segundo Ismael Fernandes Siqueira, as notícias eram repassadas ao rádio da seguinte maneira:

 

A gente comprava o jornal lá em Natal ou em Fortaleza, doutor Paulo Gutemberg trazia, a gente recortava, colava num pedaço de papel e ali desenvolvia na máquina de datilografia. Era o noticiário noturno, porque o jornal saía de manhã, chegava a tarde e Doutor Paulo desenvolvia no ar.”

No dia 02 de outubro de 1972 a Rádio Difusora de Mossoró passou a pertencer ao grupo Alves, integrando ao Sistema Cabugi de Comunicação. A mudança oficial de proprietários, no entanto, ocorreu em 30 de maio de 1986, quando 80% das ações foram vendidas ao saudoso Aluízio Alves, Henrique Eduardo de Lyra Alves, Paulo de Tarso Pereira Fernandes e Ismael Wanderley Gomes Filho em Assembleia Geral presidida por Paulo Gutemberg de Noronha Costa. Os demais acionistas eram: Maria Aurineide de Oliveira Costa, esposa de Renato de Araújo Costa, Milton Nogueira do Monte e Enéas da Silva Negreiro. Nesta época o Conselho Fiscal era integrado por: Francisco de Queiroz Porto, Garibaldi de Noronha Costa e Maria Nelly de Noronha Costa.

Entre os anos de 1985 e 1986 a emissora sofreu, como grande parte da cidade, os efeitos de uma catástrofe natural, com uma grande enchente, tirando-a do ar por 45 dias. Por sorte as águas do rio Mossoró não atingiram seus transmissores.

https://difusoramossoro.com.br/radio-difusora-de-mossoro-am-1170-72-anos-de-historia-no-radiojornalismo-mossoroense/

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DR. PAULO GUTEMBERG DE NORONHA COSTA.

 Por José Mendes Pereira

"Tive a honra de ser seu funcionário na Editora Comercial S.A. durante 12 anos, e por ele, fui colocado como estagiário no controle da Rádio Difusora de Mossoró durante três meses. Mas a minha preferência, foi pela Editora, onde ali eu achei mais interessante do que rádio. Nunca me arrependi de ter desistido do controle de rádio". 

Dr. Paulo Gutemberg nasceu no dia 12 de abril de 1926, na cidade de Mossoró. Era filho de Antônio de Araújo Costa Filho e Maria Mavignier de Noronha da Costa. Cursou o Primário e Ginasial no Colégio Diocesano Santa Luzia. Formado Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade do Ceará, em 1949, e foi orador da turma. Após a sua formatura em Direto, retornou à Mossoró, e só passou a exercer a profissão, algum tempo depois. 

Juntamente com seu irmão Renato de Araújo Costa e outros sócios, Paulo Gutemberg fundou as Rádios: Rádio Difusora de Mossoró, em 07 de setembro de 1950. A Rádio Difusora de Areia Branca Ltda, Editora Comercial S/A, e os cinemas Cine Caiçara, Cine Jandaia e Cine Miramar de Areia Branca. 

Na cidade de Mossoró ele exerceu as seguintes atividades profissionais como advogado, professor, jornalista e radialista, tendo sido um dos pioneiros da radiofonia desta urbe. Foi diretor-superintendente da Rádio Difusora de Mossoró, por longos anos, redator e um dos dirigentes do Jornal do Oeste; poeta e compositor, tendo sido um dos compositores do Hino da Resistência de Mossoró. 

Diretor da empresa e proprietário dos Cinemas “Caiçara” e “Jandaia”, em Mossoró e “Miramar”, em Areia Branca; Diretor da .; Diretor da Editora Comercial S/A e do Jornal Oeste; Deputado Estadual à Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, entre os anos de 1963 a 1966; Diretor Jurídico da Fiação e Tecelagem de Mossoró S/A – FITEMA, 1966 a 1967; Diretor do Núcleo do SESI, em Mossoró; Delegado Regional da Fazenda Estadual, com sede em Mossoró, entre os anos de 1964 a 1966; Secretário de Administração da Prefeitura de Mossoró; Professor de português da Escola Normal de Mossoró, em 1951 e professor concursado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Ele foi candidato a deputado estadual por mais de uma vez. Dr. Paulo era casado com Maria Helena Nogueira e dessa união nasceram os filhos: Constância Maria Nogueira da Costa, Paulo Roberto Nogueira da Costa, Luiz Antônio Nogueira da Costa e Ricardo Jorge Nogueira da Costa.

No dia 19 de março de 1987, a cidade de Mossoró perdeu o seu empresário Paulo Gutemberg de Noronha Costa, conhecido e tratado por todos, simplesmente como Dr. Paulo Gutemberg, tendo falecido na capital Natal-RN, vítima de um infarto no miocárdio. 

Dr. Paulo ganhou como homenagem uma rua com seu nome, localizada no Loteamento Gurilândia, bairro Santo Antônio, através da Lei N° 620/92 de 23 de março de 1992, uma proposta do então vereador João Newton da Escóssia Júnior, que também já faleceu.

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domingo, 1 de dezembro de 2024

PERSEGUIDORES DE LAMPIÃO

Do acervo Beto Rueda

Da esquerda para direita: Gervásio de Souza Ferraz, Raul Ferraz, Manoel Concórdio, Manoel Ferraz, Antônio de Belo e Olegário Pereira.

Fazenda Curral Novo, Floresta(PE), 1927.
FONTE:
GOMINHO, Leonardo Ferraz. Manoel Netto: no rastro de Lampião. Floresta: TDA, 2022.

https://www.facebook.com/groups/508711929732768

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"LAMPIÃO E BENJAMIM ABRAÃO - UMA DAS MAIS IMPORTANTES REPORTAGENS FOTOGRÁFICAS DOS ÚLTIMOS TEMPOS" ;

  de Ângelo Osmiro Barreto.

O historiador, pesquisador e escritor Angelo Osmiro Barreto, nos brinda a todos com mais um importante trabalho literário saído da sua talentosa lavra.

Publicação com o prestigioso selo da Editora Sebo Vermelho, de Natal, RN. Adquira entrando em contato com o autor: (85) 99987-1646

Ângelo Osmiro, entre inúmeras outras atribuições, é presidente do insigne Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará - GECC.


"Manoel Neto no rastro de Lampião"de Leonardo Ferraz Gominho.

Interessado? Pode enviar mensagem via zap (82) 99949 - 9831. R$ 60,00 (incluso correio), pagamento por PIX ou depósito em conta corrente Banco do Brasil ou Caixa Econômica.

“Lampião e a aliança de Gonzaga”Novo livro de Valdir Nogueira

No alvorecer do dia 20 de outubro de 1922 a pacata cidade de São José do Belmonte teve a sua paz abalada ante a invasão e um massacre impiedoso, impetrado por um bando de cangaceiros que tinha como objetivo específico dar um fim a vida do industrial e bem sucedido coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz. Envolvendo as duas tradicionais famílias do lugar, Pereira e Carvalho, esse triste episódio por muito tempo permaneceu velado na cidade, deixou cicatrizes profundas. Até hoje, há quem se emocione ou evite falar sobre o fato que espalhou sangue e dor pelo município.

Assim como outros pesquisadores, desvendando mistérios, Valdir Nogueira, tenta elucidar, através dessa sua nova obra literária, a grande trama que foi o cruel assassinato, daquele que tentou desenvolver São José do Belmonte: Luiz Gonzaga Gomes Ferraz, empresário ousado e empreendedor, um homem que ascendeu socialmente por esforço próprio, e que, infelizmente, teve a sua vida ceifada pelas balas assassinas do famigerado banditismo.

Sobre o novo livro de Valdir comentou o historiador e escritor Sérgio Augusto de Souza Dantas, prefaciador da referida obra:

“O presente trabalho chega em excelente hora. Pretende o autor – e o consegue com êxito – analisar devidamente um dos icônicos eventos protagonizados por Lampião, quando ainda incipiente chefe de grupo de cangaceiros e recém egresso da confraria capitaneada pelo célebre Sebastião Pereira, o “Sinhô”. Sem dúvida, cuida o presente trabalho do mais ousado episódio do início da carreira do hoje famoso cangaceiro pernambucano. Evento importante, mas que tem sido repetidamente desconsiderado pelos estudiosos do controvertido personagem. O assalto a Belmonte e o consequente assassinato de importante figura política do lugar – não nos custa destacar – são marcos em sua turbulenta vida de crimes. Será através destas duas ações que o apelido “Lampião” se consolidará em definitivo pelos sertões”.

A apresentação é do artista plástico Manuel Dantas Vilar Suassuna, e Orelha do historiador e escritor Igor Cardoso, ora editado sob a chancela do Centro De Estudos De História Municipal - CEHM, que promete trazer luz a um dos mais polêmicos episódios do cangaço, que no dia 20 de outubro do corrente ano completará 100 anos.

Para adquirir entre em contato com o autor pelo (87) 99652-9650

"Lampião: a construção de um mito" ; de Maria Otilia Souza.

 

Nesta obra, da  professora e escritora capelense Maria Otília Cabral Souza, que tem apresentação do ilustre Dr. Manoel Severo, curador do Cariri Cangaço; a autora aborda a criação da imagem de Lampião como elemento simbólico do Nordeste, e por esse viés semiótico mostra os elementos que influenciaram esse processo, a exemplo da fotografia e seu caráter simbólico na construção e perpetuação do mito Lampião, a literatura de cordel como gênero épico na construção do herói popular, a visão midiática que o cinema propõe e sua postura crítica, a visão romanceada do herói bandido no romance e na música e por último, o papel da cultura de massa na descaracterização de Lampião.

Segundo a autora, "O desejo de transformar pessoas complexas e lendárias como Lampião em imagem símbolo torna-se cada dia mais forte, e na fronteira entre o passado e o presente quando impera o desconhecimento predomina a necessidade de reinventa-lo. Não importa ser, importa parecer. É nesse momento que o passado histórico doloroso se perde ancorado em novas interpretações. Destroem-se os valores históricos e se refaz uma nova imagem de Lampião. Ele se transforma em um produto de consumo exótico, extravagante e deixa para trás sua história, sua verdade.

Nesta obra a autora dá relevante destaque a dois importantes episódios de Lampião em Capela. História que há mais de 90 anos encontrava -se esquecida.

Após árdua tarefa de compilar informações, dirimir dúvidas, filtrar narrativas passadas, na incessante busca da verdade comparada, procurou narrar com extrema fidelidade fatos já conhecidos e vários outros inéditos com riqueza de detalhes e registros fotográficos desses dois episódios: Uma entrada inesperada em 1929 e uma tentativa frustrada em 1930 graças a coragem dos capelenses que lutaram com heroísmo em defesa da cidade.

A obra está à venda ao preço de R$ 50,00 + R$ 13,00 = 63,00 para qualquer parte do Brasil. Pix (79) 9 9909-6309.


"Quem Matou Delmiro Gouveia?"de Gilmar Teixeira.

A obra que está em sua segunda edição, traz um dos mais polêmicos episódios do começo do século passado, quando o um dos mais ousados empreendedores da história do nordeste, o cearense de Ipu, Delmiro Gouveia é alvejado a bala na varanda de seu chalé, no final da tarde, na localidade de Pedra, atual Delmiro Gouveia.

O livro é uma verdadeira odisseia na busca da elucidação dos fatos, confrontando depoimentos e notícias da época, rastreando fatos que passaram despercebidos quando ainda no calor dos acontecimentos. Vale a boa leitura e o conhecimento dos registros. Agora é esperar o lançamento do livro de Gilmar Teixeira e colocar mais lenha na fogueira das "mentiras e mistérios" das histórias do nordeste.

Para adquirir entre em contato com o autor pelo (75) 99199-1601

http://lampiaoaceso.blogspot.com/search/label/Delmiro%20Gouveia

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

QUER LER A TRILOGIA DO ESCRITOR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO, PEÇA-A ATRAVÉS DO EMAIL NO TEXTO.

    Por José Bezerra Lima Irmão

Diletos amigos estudiosos da saga do Cangaço.

Nos onze anos que passei pesquisando para escrever “Lampião – a Raposa das Caatingas” (que já está na 4ª edição), colhi muitas informações sobre a rica história do Nordeste. Concebi então a ideia de produzir uma trilogia que denominei NORDESTE – A TERRA DO ESPINHO.

Completando a trilogia, depois da “Raposa das Caatingas”, acabo de publicar duas obras: “Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste” e “Capítulos da História do Nordeste”.

Na segunda obra – Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste –, sistematizei, na ordem temporal dos fatos, as arrepiantes lutas de famílias, envolvendo Montes, Feitosas e Carcarás, da zona dos Inhamuns; Melos e Mourões, das faldas da Serra da Ibiapaba; Brilhantes e Limões, de Patu e Camucá; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas, da Serra do Teixeira; Pereiras e Carvalhos, do médio Pajeú; Arrudas e Paulinos, do Vale do Cariri; Souza Ferraz e Novaes, de Floresta do Navio; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques, os sanhudos de Arapiraca; Peixotos e Maltas, de Mata Grande; Omenas e Calheiros, de Maceió.

Reservei um capítulo para narrar a saga de Delmiro Gouveia, o coronel empreendedor, e seu enigmático assassinato.

Narro as proezas cruentas dos Mendes, de Palmeira dos Índios, e de Elísio Maia, o último coronel de Alagoas.

A obra contempla ainda outros episódios tenebrosos ocorridos em Alagoas, incluindo a morte do Beato Franciscano, a Chacina de Tapera, o misterioso assassinato de Paulo César Farias e a Chacina da Gruta, tendo como principal vítima a deputada Ceci Cunha.

Narra as dolorosas pendengas entre pessedistas e udenistas em Itabaiana, no agreste sergipano; as façanhas dos pistoleiros Floro Novaes, Valderedo, Chapéu de Couro e Pititó; a rocambolesca crônica de Floro Calheiros, o “Ricardo Alagoano”, misto de comerciante, agiota, pecuarista e agenciador de pistoleiros.

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Completo a trilogia com Capítulos da História do Nordeste, em que busco resgatar fatos que a história oficial não conta ou conta pela metade. O livro conta a história do Nordeste desde o “descobrimento” do Brasil; a conquista da terra pelo colonizador português; o Quilombo dos Palmares.

Faz um relato minucioso e profundo dos episódios ocorridos durante as duas Invasões Holandesas, praticamente dia a dia, mês a mês.

Trata dos movimentos nativistas: a Revolta dos Beckman; a Guerra dos Mascates; os Motins do Maneta; a Revolta dos Alfaiates; a Conspiração dos Suassunas.

Descreve em alentados capítulos a Revolução Pernambucana de 1817; as Guerras da Independência, que culminaram com o episódio do 2 de Julho, quando o Brasil de fato se tornou independente; a Confederação do Equador; a Revolução Praieira; o Ronco da Abelha; a Revolta dos Quebra-Quilos; a Sabinada; a Balaiada; a Revolta de Princesa (do coronel Zé Pereira),

Tem capítulo sobre o Padre Cícero, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, o episódio da Pedra Bonita (Pedra do Reino), Caldeirão do Beato José Lourenço, o Massacre de Pau de Colher.

A Intentona Comunista. A Sedição de Porto Calvo.

As Revoltas Tenentistas.

Quem tiver interesse nesses trabalhos, por favor peça ao Professor Pereira – ZAP (83)9911-8286. Eu gosto de escrever, mas não sei vender meus livros. Se pudesse dava todos de graça aos amigos...

Vejam aí as capas dos três livros:



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Adquira-os através deste endereço:

franpelima@bol.com.br

Ou com o autor através deste:


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