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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Corisco - o Diabo Loiro

Por: José Mendes Pereira


          Cristino Gomes da Silva Cleto era seu nome verdadeiro. Nascido no dia 10 de agosto de 1907, no Estado de Alagoas. No ano de 1924,  foi convocado pelo Exército Brasileiro para cumprir o serviço militar, mas talvez não satisfeito com as exigências das forças armadas, desistiu   em seguida.

corisco.jpg
Corisco

          No ano de 1926, Cristino  tomou a decisão de incorporar-se ao bando de cangaceiros do famoso Virgulino Ferreira da Silva, apelidado Lampião. Corisco foi um dos cangaceiros mais admirados pelas mulheres,  pela sua  beleza, dono de um físico atlético e cabelos longos, de grande força física, tornando-se desejado.   Com todos esses adjetivos, no bando de cangaceiros foi apelidado de Diabo Loiro.

 
Lampião e Maria Bonita

           Assim que Lampião levou Maria Déia, a futura Maria Bonita para o cangaço, com a liberação do chefe, Corisco raptou uma moça de 13 anos, descendente dos índios Pancarerés, a Sérgia Ribeiro da Silva, conhecida por Dadá. Como a companheira não sabia  ler e escrever, Corisco a ensinou,  e também como usar armas de fogo.

Dadá

           Esta muito serviu ao cangaço, pois era a grande estilista, enfeitava as vestes de todos os cangaceiros. Corisco permaneceu com ela até no dia de sua morte. O casal teve sete filhos, mas apenas três deles sobreviveram, e um deles é o Sílvio Bulhões, muito conhecido por todos os escritores e pesquisadores do cangaço. (Ver vídeo).


Do acervo do escritor Aderbal Nogueira
 
 Desentendimentos

           Como em toda sociedade sempre há desavenças por uma razão qualquer, infelizmente Lampião e Corisco  se desentederam, causando a separação do bando, e com isso Corisco foi obrigado a formar o seu próprio grupo de cangaceiros.   Mas mesmo assim, não afetou muito o relacionamento amigável entre eles.

Ficheiro:Degola de Lampião MB.jpg

Cabeças dos cangaceiros abatidos na Grota de Angicos
             Na madrugada de 28 de julho de 1938, na Grota de Angicos, no Estado de Sergipe, a polícia alagoana cercou o bando de cangaceiros,  matou e degolou onze asseclas que se encontravam acampados na fazenda Angico, entre eles morreram: o rei  Lampião e a sua rainha Maria Bonita.
           
            O cangaceiro Corisco não se encontrava no acampamento no momento do massacre, e ao tomar conhecimento, ao receber essa notícia, vingou-se ao seu modo.

             Cinco dias depois do combate na Grota de Angicos, Corisco  matou o  coiteiro Domingos Ventura, e mais cinco pessoas de sua família, incentivado por Joca Bernardo, dizendo que o coiteiro era o responsável pela denúncia de Lampião.

Joca Bernardo

          Corisco cortou-lhes as cabeças, e mandou-as para o Tenente João Bezerra da Silva. E com elas foi o recado: “-Faça uma fritada. Se o problema é cabeça, aí vai em quantidade”. 

          Com uns trinta dias depois do massacre de Angico, a maioria dos cangaceiros já havia se rendido. Na ativa apenas o grupo de Corisco.

Morte do cangaceiro Corisco

              Em 1940, o governo Getúlio Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá decidiram se entregar, mas antes que isso acontecesse, foram baleados.

          Corisco foi morto no dia 25 de maio de 1938, em Brotas de Macaúbas, na Bahia, assassinado por Zé Rufino, o maior caçador de cangaceiros. Dadá foi atingida na perna, e precisou amputá-la. Foi presa, mas posteiromente foi liberada para particpar da sociedade. Com a morte de Corisco,  morreu o cangaço do nordeste brasileiro. 
        
         Corisco foi enterrado em Jeremoabo, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu corpo exumado. Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita.


Fonte de pesquisa:
Wikipédia - Enciclopédia livre

Um comentário:

  1. Anônimo21:45:00

    Tenho interesse em historias e adoro saber desses tempo do cangaço.

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