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quarta-feira, 1 de julho de 2015

UMA HISTÓRIA DE TRAIÇÃO, AMOR E ÓDIO NOS SERTÕES DO BRASIL


Há 77 anos, o terrível encontro entre militares do Governo Getulista e cangaceiros liderados por Lampião e sua esposa, Maria Bonita, estes pegos de surpresa e quase sem nenhuma reação na madrugada de 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe, pôs fim à chamada Era do Cangaço. Em meio àquelas árvores retorcidas da caatinga, resultando num verdadeiro banho de sangue no sertão nordestino, 11 integrantes do afamado bando, incluindo o casal líder, foram mortos e tiveram suas cabeças decepadas. 


Esta tragédia verdadeira é o tema do grandioso espetáculo ao ar livre e gratuito “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião”, concebido a partir do texto dramatúrgico escrito pelo pesquisador do Cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu.

Numa realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, a montagem chega ao 4º ano com absoluto sucesso e será apresentada de 22 a 26 de julho às 20h na antiga Estação Ferroviária. 

A frente da encenação, que conta com mais 80 profissionais entre atores/atrizes, equipe técnica e produção, está um mestre das grandes encenações teatrais ao ar livre no Estado, o diretor, ator, dramaturgo e iluminador José Pimentel.

Com cenas de relances quase cinematográficos, “O Massacre de Angico – A Morte de Lampião” reconta a vida do Rei do Cangaço, desde o desentendimento inicial de sua família com o vizinho, Zé Saturnino em Serra Talhada, suas terras faziam extrema e os jovens viviam em pé de guerra por pura vaidade.

Para evitar uma tragédia, que de fato aconteceu, seu pai, Zé Ferreira, seguiu com os filhos para Alagoas, mas acabou sendo assassinado por vingança. Revoltados, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos entregaram-se ao Cangaço, movimento que deixou muito político, coronel e fazendeiro apavorado nas décadas de 1920 e 1930 no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por outros, os cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições sociais daquela época, tanto que a honra e bravura de Lampião foram decantadas pelos poetas populares, ao mesmo tempo em que o Governo o via como uma doença que precisava ser eliminada.


Foi pela decisão do então presidente da República, Getúlio Vargas (cena presente no espetáculo), que as tropas militares conseguiram preparar, após diversas tentativas, uma emboscada em local propício, de única entrada e saída. Mas, até sua morte, fatos importantes da trajetória deste homem que marcou a história do Brasil, afamado como herói e bandido, são revelados, como seu encontro com Padre Cícero para receber a patente de capitão do Exército Patriótico; seu amor à esposa, a quem chamava de Santina, a festa da cabroeira dançando xaxado e coco; culminando com a traição de Pedro de Cândida, coiteiro que foi torturado pelos militares e acabou informando o local de repouso dos cangaceiros em terras sergipanas (Lampião foi assassinado aos 41 anos. Maria Bonita estava com 27).

No elenco, atores de Serra Talhada, mas também do Recife, Olinda e Limoeiro além da atriz/cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita e é natural de Maceió, Alagoas, mas passou toda a infância na Capital do Xaxado.
         
Venha viver conosco essa história de traição, amor e ódio.

http://pontodeculturacabrasdelampiao.blogspot.com.br/2015/06/uma-historia-de-traicao-amor-e-odio-nos.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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