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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

QUANDO POLÍCIA E CANGACEIROS LUTARAM LADO A LADO


OS CONFLITOS DE TACARATU

Encontramos numa correspondência de Tacaratu para a “Província”, do Recife, a narração completa daqueles conflitos. Eis o resumo:

“Tendo o capitão Ignácio de Carvalho sido ameaçado de morte, bem como toda a sua família, pelo tenente-coronel Cavalcanti, chefe de uma quadrilha de facínoras, reuniu-se os seus amigos e parentes em número de 40 e com este diminuto grupo de pessoas, travou conflito com Cavalcante às 9 horas da manhã do dia 11 de dezembro. Morreram na luta aquele tenente-coronel, seu filho Antônio, o cabra Manoel Alexandre conhecido por “Ponto Fino”, o célebre Cypriano de Queiroz, Manoel Januário de Carvalho e João Silvestre de Queiroz sendo feridos de bala dois filhos de Cavalcanti e uma filha moça.

Grande foi o tiroteio, saindo muita gente baleada de parte a parte. Correndo alguns do grupo do capitão Ignácio para um lugar distante duas léguas, Itaparica, ali foram sitiados numa furna não só pelos cangaceiros de Cavalcanti, como pela força de polícia sob o comando do tenente Paiva, o ex-administrador do “Tempo”, o amigo do senhor Domingos Pinto, que procura gente de sentimentos iguais aos seus, para fazer a polícia.

Os dez infelizes que se refugiaram na furna sofreram um fogo constante da polícia e dos sicários, que mataram, um por um, todos os que se achavam refugiados.

O capitão Ignácio de Carvalho foi o último a quem arrancaram tão miseravelmente a vida na presença de Paiva, sendo o seu corpo, assim como o dos companheiros, atirados ao São Francisco.

Que miserável situação!”

“O ESTADO DE S. PAULO” - 06 de janeiro de 1887.

Imagem Wikipédia

2ª Fonte: facebook

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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