Por José Ribamar
FATOS
LAMENTÁVEIS
Fito
os céus sem nimbos em época de seca,
Choro o abandono dos mortos pomares,
Dói em mim a sede da veiga desértica
Na impertinência dos raios solares.
Choro o abandono dos mortos pomares,
Dói em mim a sede da veiga desértica
Na impertinência dos raios solares.
Há
festivo encontro de fartos abutres,
Carcaças retratam mortos numa guerra,
Enquanto as raízes das árvores se ardem
No calor pungente do corpo da terra.
Carcaças retratam mortos numa guerra,
Enquanto as raízes das árvores se ardem
No calor pungente do corpo da terra.
Casebres
fechados, esperanças mortas,
Esforços perdidos, horas mal vividas,
Reclamos expressos no livro do tempo
Por pessoas fartas de ilusões perdidas.
Esforços perdidos, horas mal vividas,
Reclamos expressos no livro do tempo
Por pessoas fartas de ilusões perdidas.
Aves
e campônios famintos emigram
Em áreas estranhas, ambos exilados
Pelo tenso impacto da fome bravia,
Suprema rival dos desventurados.
Em áreas estranhas, ambos exilados
Pelo tenso impacto da fome bravia,
Suprema rival dos desventurados.
Miseravelmente
seres indefesos
Aflitos perecem, e não há quem some,
Cigarra estridula e urubu arpeja
Zombando das dores das vítimas da fome.
Aflitos perecem, e não há quem some,
Cigarra estridula e urubu arpeja
Zombando das dores das vítimas da fome.
Notícias
da fome sofrida por muitos
Depressa se espalham por muitas cidades
E chefes supremos negam remissões
Aos bravos supridos de necessidades.
Depressa se espalham por muitas cidades
E chefes supremos negam remissões
Aos bravos supridos de necessidades.
(Poema:
José Ribamar - Desenho: Wendel Ricardo)
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Grande poeta José Ribamar, desculpa-me, não foi por querer colocar o meu nome. Eu estava fazendo um trabalho meu nesta mesma página, fui até à página de e-mail, vi que José Romero me enviou, aí voltei à página e esqueci de retirar o meu nome e colocar o seu. Desculpa-me, não foi sacanagem minha. Espero que o poeta entenda. Isso já aconteceu uma vez com um trabalho de um amigo. Em vez de colocar o nome do amigo, coloquei o meu. Desculpa-me mais uma vez
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