Seguidores

domingo, 18 de julho de 2021

A VIÚVA MACHADO (1881-1981): Negociante e Lendária...

Dona Amélia Duarte Machado (1881-1981) ou Viúva Machado, foto de autoria desconhecida. Do seu lado direito, uma foto emoldurada sobre o birô, do então falecido esposo: Manoel Machado (?-1934)...

Segundo os pesquisadores, a senhora Amélia Duarte Machado ou como ficou conhecida pela alcunha de Viúva Machado, nasceu em Mossoró-RN, em 1881; e, faleceu em Natal-RN, em 1981, portanto, com 99 anos de idade, ou melhor, faltaram 50 dias para completar o centenário.

Ela foi contemporânea da Abolição da Escravatura (1888), da implantação da República (1889), da Primeira Guerra Mundial (1914-1917), da Revolução de 30 (1930), da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e do Golpe Militar de 64 (1964-1985).

O lado lendário de dona Amélia Duarte Machado (1881-1981) ou Viúva Machado, pois, relatos da oralidade de sua vida, formaram conteúdo de cordel, como este de Zé Acaci, de Parnamirim-RN...

Casou-se em 1904, com o comerciante e empreendedor português Manoel Machado (?-1934), aliás, faleceu no Rio de Janeiro-RJ, para aonde tinha ido fazer um tratamento de saúde. Observa-se na imagem da Viúva Machado, no birô, a sua direita, uma foto emoldurada do esposo.

O casarão/sobrado, localizado no largo Dom Vital, próximo à igreja do Rosário, foi comprado a Jorge Barreto Albuquerque Maranhão, membro de família oliguarca e republicana potiguares.

O Casarão/sobrado que morou dona Amélia Duarte Machado (1881-1981) ou Viúva Machado, localizado no largo Dom Vital, próximo ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e à igreja do Rosário, na Cidade Alta, em Natal-RN...

Ficou viúva em 1934 e passou a administrar: casa comercial, criação de gado, aluguel de imóveis, além, de doação, compra e venda de terrenos.

Dois fatos chamaram atenção na sua vida de empreendedora, nos anos 30 e 40: primeiro, já utilizava a mídia de jornal impresso para fazer propaganda de produtos como fogos de artifício, manteiga e anúncio de aluguel de imóvel; segundo, com a segunda Guerra Mundial, da chegada dos americanos em Natal-RN, fornecia gêneros alimentícios e trocava cheques.

A nota publicada no jornal natalense DIÁRIO DE NATAL, edição de terça-feira, 20 de outubro de 1981, que, noticiou o falecimento de dona Amélia Duarte Machado (1881-1981) ou Viúva Machado, ocorrido, no domingo, dia 18 de outubro de 1981. Na referida nota, aconteceu um equívoco, pois, afirmou, que, no dia 8 de setembro próximo, completaria 100 anos de idade, no entanto, completaria no dia 8 de dezembro...

Algumas curiosidades de sua vida: teve algumas gestações, abortos, filhos e filhas nasceram, mas, faleceram prematuramente, portanto, não tinha filhos. Em torno dela, surgiu a lenda, que, tinha uma doença rara e precisava de um remédio à base de fígado de criança, daí, ter o pseudônimo de papa-figo, inclusive, esse suposto fato foi parar nas páginas de cordel.

Em 1978, abriu a sua casa e concedeu uma entrevista ao jornalista Vicente Serejo e publicada em um jornal da Cidade.

A nome do Jornal e a data de edição, que, noticiou o falecimento de dona Amélia Duarte Machado (1881-1981) ou Viúva Machado...

Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 2013, foi objeto de estudo numa dissertação de mestrado, de Ariane Liliam da Silva Medeiros, sob o título: "AMÉLIA DUARTE MACHADO - A Viúva Machado: A Esposa, a Viúva e a Lenda na Cidade do Natal (1900-1930)."

As imagens foram copiadas do sítio Fandom/fantasia, do blog O Cordel de Acaci, do blog Nísia Floresta e hemeroteca da BN, respectivamente.

 https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/posts/3889424534502035?notif_id=1626605474323737&notif_t=feedback_reaction_generic&ref=notif

Adquiri no acervo do Kydelmir Dantas

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário