Por O Explorador
Ademar Bezerra de Albuquerque (Fortaleza, 18 de julho de 1892 – Rio de Janeiro, 16 de julho de 1975), bancário, fotógrafo, artista e dono da Abafilmes.
Adhemar Bezerra de Albuquerque nasceu em Fortaleza, em 19 de julho de 1892.
Iniciou seus estudos no colégio do Anacleto e, posteriormente, com sua mãe, que foi a diretora do primeiro grupo escolar de Fortaleza.
Tendo perdido o pai aos dez anos de idade, foi obrigado a trabalhar para ajudar na manutenção da família. Já nesta idade o seu espírito criador e imaginativo fazia-se mostrar através de esculturas em madeira e pequenas maquetes de navios veleiros.
No esporte foi um dos grandes entusiastas, tendo-se destacado no ciclismo e futebol, na sua juventude, e posteriormente no tênis e no xadrez.
Foi um dos pioneiros da fotografia e da cinematografia no Ceará, tendo fundado em 1934 a ABA FILM.
Aposentando-se em 1948, depois de quarenta anos de trabalho no Bank of London, fixou residência em Belo Horizonte, onde fundou o Studio Albuquerque. Em 1959 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde continuou com seu “hobby” preferido, a fotografia, dedicando-se também a pintura que em pouco tempo o absorveu totalmente.
Aposentando-se em 1948, depois de quarenta anos de trabalho no Bank of London, fixou residência em Belo Horizonte, onde fundou o Studio Albuquerque. Em 1959 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde continuou com seu “hobby” preferido, a fotografia, dedicando-se também a pintura que em pouco tempo o absorveu totalmente.
Ademar Bezerra de Albuquerque entrou para a história com o empréstimo e orientação do uso do material fotográfico para o secretário do Padre Cícero, “turco” (sírio/libanês) Benjamin Abrahão Botto. Este trabalho conjunto resultou no registro fotográfico e cinematográfico do cangaço, precisamente de Lampião (Virgulino Ferreira da Silva) e seu bando.
Lampião e Benjamin Abrahão formavam uma dupla curiosa. Aparentemente o cangaceiro pernambucano Virgulino Ferreira da Silva e o imigrante sírio não possuíam nada em comum.
Um traço, porém, os unia: um instinto apuradíssimo para o marketing pessoal. Abrahão acompanhou o bando de Lampião em meados de 1936, quando registrou, em fotos e filmes, a mais completa iconografia da história do cangaço.
Abrahão (1901-1938) desembarcou no Recife em 1915. Teve várias ocupações, com especial talento para aplicar pequenos golpes. Sua lábia encantou até mesmo o padre Cícero, de quem foi secretário em Juazeiro do Norte (CE).
Após a morte do padre, empreendeu outro projeto para conquistar fortuna: registrar a vida do rei do cangaço.
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Financiado pela empresa de material fotográfico Abafilmes, Abrahão embrenhou-se pelo sertão atrás dos cangaceiros. Conquistou a confiança de Lampião e tornou-se fotógrafo oficial de seu bando.
Exibicionista nato tanto quanto Abrahão, Lampião (1898-1938) deixou-se fotografar e filmar com entusiasmo e incentivou seus companheiros a fazer o mesmo.
O sírio registrou imagens prosaicas: o bando se alimentando, pegando água nos riachos, preparando comida, criando o vestuário.
O material produzido por Abrahão não alcançou o resultado financeiro esperado. O filme com Lampião foi apreendido pelo governo Getúlio Vargas em 1937 e só voltou a circular em 1954.
Das 99 fotos de Abrahão preservadas no acervo da Abafilmes, cerca de 40 não foram comercializadas.
Longe da glória almejada, Abrahão foi assassinado com 42 facadas no sertão de Pernambuco em 1938. O crime nunca foi totalmente esclarecido. Lampião foi abatido no mesmo ano, em uma emboscada da polícia.
(Fonte: http://www.mauc.ufc.br/expo/1963/06 – Exposição de Adhemar Albuquerque/ Por José Maia – 22 de agosto de 1963)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/02/1586247- MARCO RODRIGO ALMEIDA – DE SÃO PAULO – 07/02/2015)
http://www.oexplorador.com.br/adhemar-bezerra-de-albuquerque/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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