Por José Mendes Pereira
Parece que o que dizem sobre o capitão Lampião que era bem recebido na casa de José Felipe, seu sogro, não era bem assim, e aqui eu apresento aos amigos leitores as minhas inquietações.
O natalense historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros em um dos seus trabalhos - clique no link abiaxo - fala sobre a recusa de José Felipe com o seu novo "Noro" (genro) que era o afamado capitão Lampião.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2014/10/familiares-narram-imprensa-sobre-maria.html
Vamos ouvir em segredo o que o historiógrafo diz sobre eles:
(...)
Vinte anos após a morte de Lampião e Maria Bonita na Grota do Angico, o repórter A. C. Rangel e o fotógrafo Rubens Boccia seguiram para o sertão a serviço do periódico carioca “O Jornal”.
Este era autodenominado o “órgão líder dos Diários Associados”, sendo o primeiro veículo jornalístico adquirido pelo poderoso Assis Chateaubriand e se tornou o embrião do que viria a ser a empresa jornalística Diários Associados. O objetivo dos profissionais da imprensa era realizar uma entrevista com o pai de Maria Bonita o José Gomes de Oliveira mais conhecido como Zé Felipe.
Maria Bonita e Zé de Neném seu primeiro esposo
O pai de Maria Bonita nada narrou sobre a esterilidade do sapateiro e nem sobre o primeiro marido da sua filha, mas comentou que ficou arruinado com a união de Maria e o “Rei do Cangaço”. Ele afirmou ao jornalista que em consequência daquela união passou oito anos andando pelo norte do país, verdadeiramente como um “cão escorraçado e sem sossego”.
"Se ele passou oito anos fora de casa possivelmente não estava nem um pouco satisfeito com aquela união".
Zé Felipe comentou que após Maria decidir seguir os passos de Virgulino Ferreira da Silva o Lampião, nas poucas vezes que pode estar frente a frente com a sua filha, buscou convencê-la a deixar aquela vida. Atitude bastante razoável para um pai diante daquela situação. Comentou que Lampião vivia como um “alucinado” e que não parava em parte alguma. Mas como bem sabemos, ele não conseguiu convencer a filha.
(...)
O jornalista Rangel informa que Zé Felipe lhe narrou que em uma ocasião em meio a uma caminhada forte, com a polícia seguindo nos calcanhares, Maria Bonita foi ficando cada vez mais para trás, pois trazia embalada uma criança sua, com pouco tempo de nascida. Sem explicar como, a reportagem informa que a cangaceira com seu filhinho pegou um cavalo e conseguiu chegar próximo ao bando. Como a criança chorava muito, Lampião se exasperou e, para evitar que o bando fosse encontrado pela polícia, quis “sangrar” com um punhal seu próprio filho. Mas Maria saltou de punhal na mão e encarou o chefe cangaceiro frente a frente e este desistiu de sua ação.
Noutra ocasião Zé Felipe narrou ao jornalista Rangel que Maria tinha ficado raivosa com o companheiro e chegou a quebrar-lhe uma cabaça d’água na cabeça. [2]
Em outra parte
da narrativa, o velho Zé Felipe narrou uma desobediência de sua filha perante
Lampião.
(...)
Não deixa de fazer uma visitinha ao blog do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros. Basta clicar neste link: https://tokdehistoria.com.br .
Informação ao leitor: São apenas as minhas inquietações, por esta razão ponho (parece), nada de garantir ou desrespeitar
o que os escritores, pesquisadores e cineastas já registraram.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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